Meio Ambiente & Desenvolvimento Humano

quarta-feira, 12 de julho de 2017

O Google Earth mapeia a Amazônia


Mapa interativo permite monitorar áreas desmatadas, demarcações indígenas e conhecer melhor a regiãoCaptura da tela da plataforma 'Eu sou Amazônia' do Google Earth.



Google lançou nesta terça-feira uma plataforma com mapas interativos da Floresta Amazônica. A nova ferramenta permite monitorar áreas desmatadas e conhecer melhor as  580 terras indígenas demarcadas no Brasil. Baseada no Google Earth – ferramenta de mapas e imagens de satélite do Google –, a plataforma Eu sou Amazônia traz, além dos mapas, um conteúdo interativo com 11 vídeos com as histórias dos moradores da floresta, de indígenas a quilombolas.
O embrião desta plataforma surgiu em 2007, quando o cacique Almir Suruí, da tribo Suruí, abriu o Google Earth em um café num centro urbano. Ali ele se questionou por que não havia informações sobre a Amazônia. No ano seguinte, Almir Surui foi até o Vale do Silício, na Califórnia, e bateu à porta do Google propondo uma parceria para combater o desmatamento e mapear o estoque de carbono em suas terras. De lá para cá, a companhia foi desenvolvendo a tecnologia necessária para mapear todas as áreas indígenas da Amazônia. “Para mim, tecnologia serve para isso: transformar o sonho em realidade”, disse Almir durante o lançamento. “A floresta não é só dos povos indígenas. É patrimônio de todo povo brasileiro e do mundo”.
As informações foram levantadas e reunidas pelo Instituto Socioambiental (ISA), que produziu um verdadeiro atlas das terras indígenas brasileiras. Dos 11 vídeos, nove foram feitos pelo diretor Fernando Meirelles (Cidade de Deus), e dois tiveram produção feita pelo ISA. Os recursos da plataforma permitem que o usuário suba a trilha do Yaripo, no Pico da Neblina, com os Yanomami ou caminhe pelo parque indígena do Xingu, por exemplo. Também é possível observar a evolução do desmatamento da floresta amazônica a cada dez anos, a contar a partir de 1984. 
A plataforma também aborda os municípios da região que estão na lista do Governo como aqueles que devem controlar o desmatamento ilegal da floresta. É possível conhecer melhor a cidade de Paragominas, no Pará, que está mudando a sua geografia desde que adotou um pacto para o controle do desmatamento. O município chegou a ocupar o primeiro lugar na lista negra de desmatamento feita pelo Ministério do Meio Ambiente, posição que trouxe diversas sanções econômicas. Hoje, a cidade trabalha para se tornar a primeira cidade verde da região.
Um dos projetos de Paragominas é a chamada pecuária verde, que prevê aumentar a produtividade dos rebanhos, recuperando, ao mesmo tempo, as matas nativas. A plataforma apresenta os pontos onde a pecuária verde está sendo implantada e compara, no mapa, com a área destinada à pecuária extensiva. Isso porque se estima que 60% da área destruída da Floresta Amazônica foi transformada em pastos. Algo equivalente ao território da Espanha. “Não seria exagero dizer que o desmatamento pode estar no seu prato”, diz o texto ao lado do mapa.
Os vídeos ajudam a ilustrar em imagens o que o mapa tenta mostrar na geografia. São histórias como as dos povos Temembé e Paiter Suruí, que usam tecnologias de monitoramento para proteger seus territórios da exploração ilegal e dos desmatamento. Também é possível conhecer a luta das mulheres Yawanawá, que restauraram seu legado cultural por meio do empoderamento feminino, conquistando um espaço na indústria global de cosméticos. Ou aprender sobre a cadeia de produção de alimentos originais da Amazônia, como a casatanha-do-pará e o açaí.


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Estudo revela que praticar atos de generosidade traz felicidade

Publicado em 12 de Julho de 2017

O que inspira os humanos a praticarem atos de generosidade? Economistas, psicólogos e filósofos refletem sobre esta questão há milênios.

felicidadeOK

 (Foto: Reprodução/Flickr/Goutler Rodrigues)

Se pressupormos que o comportamento humano é motivado principalmente pelo interesse pessoal, parece ilógico sacrificar voluntariamente os recursos pelos outros.

Na tentativa de resolver esse paradoxo, alguns especialistas formularam a teoria de que doar ou presentear satisfaz o desejo de elevar a posição do indivíduo em um grupo.

Outros sugeriram que o ato promove a cooperação tribal e a coesão – um elemento-chave na sobrevivência dos mamíferos. Outra explicação é que doamos apenas porque esperamos receber algo em troca.

Um estudo publicado nesta terça-feira (11) sugere que a resposta pode ser muito mais simples: doar nos deixa feliz.

Os cientistas realizaram um experimento em um laboratório em Zurique, na Suíça, com 50 pessoas que relataram seus próprios níveis de felicidade após atos de generosidade. Consistentemente, eles indicaram que doar era uma experiência de bem-estar.

Imagem do cérebro

Ao mesmo tempo, os exames de ressonância magnética revelaram que uma área do cérebro ligada à generosidade desencadeou uma resposta em outra parte relacionada à felicidade.

“Nosso estudo fornece evidências comportamentais e neurais que apoiam a ligação entre generosidade e felicidade”, escreveu a equipe na revista científica “Nature Communications”.

Os pesquisadores informaram aos participantes que cada um deles teria à disposição um valor de 25 francos suíços (US$ 26) por semana durante quatro semanas.

Metade dos participantes foram convidados a se comprometer a gastar o dinheiro com outras pessoas, enquanto o resto poderia planejar como gastariam o dinheiro com eles próprios. Nenhum dinheiro foi realmente recebido ou gasto por nenhum dos dois grupos.

Depois de se comprometerem com os gastos, os participantes responderam às perguntas enquanto seus cérebros estavam sendo examinados. As perguntas evocaram cenários que opunham os próprios interesses dos participantes contra os interesses dos beneficiários da sua generosidade experimental.

Os pesquisadores examinaram a atividade em três áreas do cérebro – uma ligada ao altruísmo e ao comportamento social, uma segunda à felicidade e uma terceira área envolvida na tomada de decisões.

A equipe descobriu que o grupo que se comprometeu a doar o dinheiro relatou estar mais feliz do que os que iam gastar a quantia com eles próprios.

As descobertas têm implicações para a educação, política, economia e saúde pública, segundo os pesquisadores. “A generosidade e a felicidade melhoram o bem-estar individual e podem facilitar o sucesso social”, escreveram.

Fonte:g1.globo.com
http://portaldoamazonas.com/estudo-revela-que-praticar-atos-de-generosidade-traz-felicidade
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As novidades do maior congresso de oncologia do mundo

O encontro anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica apontou os principais avanços tecnológicos e estratégias contra o câncer

 

O encontro anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica, realizado em Chicago, em junho, apresentou a mais de 35.000 profissionais de saúde de todo o mundo estudos e pesquisas que apontaram avanços tecnológicos importantes e novas estratégias contra o câncer. A expectativa é de que, em breve, essas novidades impliquem em melhores taxas de cura e de controle da doença, principalmente se conseguirmos superar algumas barreiras, como a aprovação de terapias e o acesso ao tratamento.
Sabemos que, na maioria das vezes, as novas propostas terapêuticas são caras. Por isso, alguns dos grandes destaques deste evento foram os estudos que utilizaram estratégias básicas e mais baratas, mas de impacto bastante significativo na vida do paciente.

A importância da comunicação médico-paciente

O principal deles indica que a boa comunicação entre médicos e pacientesresulta em melhores prognósticos. Um levantamento realizado no Memorial Sloan Kettering Cancer Center, nos Estados Unidos, mostrou que pacientes que informavam os médicos, via uma plataforma on-line, sobre suas queixas de tratamento e recebiam uma resposta atenciosa, viveram mais e com mais qualidade.

Nutrição e estilo de vida

Outro ponto a se destacar é o papel da nutrição e do estilo de vida, que continuam relevantes no combate a diversos tipos de câncer. Uma das pesquisas apresentadas avaliou o papel da manutenção do peso, atividade física e da dieta (rica em vegetais, frutas e fibras e pobre em carne vermelha e carne processada) em 992 pacientes com câncer de cólon avançado. Depois de sete anos, os pacientes que adotaram um estilo de vida mais saudável apresentaram uma diminuição do risco de morte em 42% e diminuição em 31% do risco de progressão ou morte pela doença.

Mais uma vez, esses números mostram como a mudança no estilo de vida tem impacto enorme nas chances de cura e em evitar recidiva de pacientes com câncer. Cabe aqui, mais uma vez, ressaltar a importância da parceria com a equipe médica, na orientação aos pacientes, enfatizando que as mudanças no estilo de vida têm impacto tão importante quanto o tratamento.

Efeitos colaterais da quimioterapia

Os estudos também abordaram alguns efeitos temidos da quimioterapia, tema de queixas frequentes nos consultórios, como a queda de cabelo, fadiga e alterações na função cerebral dos pacientes. Em um dos trabalhos, os pesquisadores acompanharam pacientes com câncer de mama que se submeteram a quimioterapia e verificaram que elas apresentaram piora nas taxas de memória, raciocínio, processamento de informações, em comparação àquelas que não receberam este tratamento. Estes efeitos podem durar até seis meses.

Queda de cabelo pode ser prevenida

queda de cabelo, em decorrência do tratamento, tem grande interferência na aparência, autoestima e adesão ao tratamento. Uma das potenciais estratégias pera evitar este relevante e comum efeito colateral é a touca gelada, que diminui a temperatura do couro cabeludo, causando vasoconstricção dos vasos sanguíneos que irrigam o folículo capilar. O processo diminui a concentração do quimioterápico nestes folículos, evitando a assim a queda do cabelo. Este estudo avaliou 142 pacientes com câncer de mama localizado tratadas com quimioterapia. Entre as mulheres que usaram a touca, 50% preservaram seu cabelo. A boa notícia é que vários centros brasileiros já disponibilizam esta estratégia.

Yoga e ginseng combatem a fadiga

fadiga é um dos efeitos colaterais mais relatados por pacientes e dois estudos mostraram que a adoção de hábitos simples pode auxiliar a superação desta etapa. Um deles analisou o impacto da prática de yoga na redução do cansaço. O estudo foi feito com 321 pacientes, 77% deles com câncer de mama. Os pesquisadores compararam o tratamento convencional com o tratamento convencional aliado a quatro semanas de prática de yoga. Os pacientes que fizeram yoga apresentaram melhora da fadiga e na qualidade do sono.
Outro estudo analisou o impacto do consumo do ginseng coreano vermelho sobre o cansaço. Os pesquisadores acompanharam pacientes com câncer avançado de colo e reto em tratamento quimioterápico. O grupo que usou ginseng apresentou menores taxas da fadiga, menor alteração de humor, melhoria nas relações interpessoais e melhora na capacidade de caminhar.
Uma das conclusões mais valiosas destas pesquisas é a importância do fortalecimento do vínculo entre paciente e equipe médica, do resgate da conversa mais atenciosa, do acolhimento dos anseios de quem está passando pelo tratamento. Desta forma, as intervenções, quando exigidas, são mais eficientes e a adesão ao tratamento, com a necessária adoção de um estilo de vida mais saudável, torna-se mais fácil.
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Guia fomentará PSA nos estados e municípios

Publicação lançada durante evento em Campinas (SP) orientará governos estaduais e municipais sobre as Pagamento por Serviços Ambientais (PSA).
 

DA REDAÇÃO
Uma das ferramentas com mais alto potencial para a conservação de vegetação nativa, nascentes e habitats em áreas privadas, o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) acaba de ganhar um reforço à sua adoção no Brasil. O Ministério do Meio Ambiente (MMA), em parceria com organizações da sociedade civil, lançou nesta terça-feira (11/07) o Guia para a Formulação de Políticas Públicas Estaduais e Municipais de Pagamento por Serviços Ambientais, no Fórum Brasil de Gestão Ambiental, que ocorre em Campinas (SP). 
Os responsáveis pela elaboração do Guia incluem as organizações The Nature Conservancy (TNC) e Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, com apoio da Agência de Cooperação Técnica Alemã (GIZ). Feita por especialistas nos setores ambiental, jurídico e econômico, a publicação apresenta informações sobre o funcionamento do PSA, seus benefícios e as diferentes estratégias para implementação pelos agentes públicos. 
O Pagamento por Serviços Ambientais busca incentivar as ações de recuperação e conservação ambiental realizadas por indivíduos ou grupos. O objetivo é garantir benefícios provenientes da manutenção dessas áreas, como a provisão de água, a filtragem de nutrientes, a regulação do clima, a manutenção da biodiversidade e o armazenamento de carbono.
Para o diretor de Conservação de Ecossistemas do MMA, Carlos Alberto Scaramuzza, o PSA é um instrumento fundamental para a consolidação dos esforços de conservação e recuperação da vegetação nativa e para o cumprimento dos compromissos internacionais do país, promovendo, ao mesmo tempo, o fomento à adequação de imóveis rurais e o aumento da vegetação em áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade. 
“O Guia traz também orientações sobre a importância de que a elaboração e implementação de políticas públicas de PSA esteja alinhada com outras metas e estratégias de desenvolvimento e conservação ambiental mais amplas, potencializando ganhos de escala dos resultados e reduzindo custos de transação”, explicou Scaramuzza.
EXPERIÊNCIA BRASILEIRA
A publicação abarca grande parte da experiência brasileira com PSA. “Há boas experiências a serem destacadas, mas notamos que, nos últimos anos, novos marcos normativos de PSA foram criados sem considerar elementos essenciais sobre conceitos e instâncias relativas ao PSA, tornando-as insuficientes à implementação dos programas de forma eficiente”, explicou o analista Renato Atanazio, da Fundação Grupo Boticário. 
Segundo Atanazio, a compilação dos conceitos e os aprendizados dos casos apresentados no Guia ajudam a suprir essa necessidade, já que favorece a disseminação de práticas adequadas para elaboração das políticas públicas necessárias à garantia de efetividade e perenidade dos programas de PSA.
A discussão entre estados municípios sobre a implantação de incentivos à conservação, como é o caso do PSA, ocorre há anos. “Agora, chegamos a um momento de análise mais realista sobre seus benefícios e desafios”, explicou Claudio Klemz, especialista em políticas de segurança hídrica da TNC. “O Guia vem justamente reforçar esse refinamento, com análises de casos concretos no Brasil, lições aprendidas e orientações práticas sobre como implantar políticas de PSA de uma forma inteligente e tecnicamente embasada.”
INCENTIVOS
Os participantes dos projetos de PSA recebem incentivos técnicos e financeiros de governos ou da iniciativa privada para a conservação de áreas estratégicas para o meio ambiente. Os incentivos variam de acordo com critérios como a extensão da área preservada, a qualidade ambiental e o esforço necessário para implantar boas práticas de uso do solo e de restauração dos trechos degradados. 
Em troca, os participantes garantem que não utilizarão aquelas áreas para outras atividades, como a agropecuária. Em muitos casos, afirmam também que trabalharão para recuperar e manter partes da propriedade, em conjunto com os setores público e privado.
O Guia aborda, também, a importância de as políticas públicas de PSA estarem alinhadas às prioridades e aos objetivos ambientais dos governos locais e regionais. De acordo com a diretora Raquel Agra, da GIZ, o PSA pode, por exemplo, ser uma medida para garantir a disponibilidade de água em algumas regiões brasileiras por estimular a conservação de nascentes. Mas, em outros locais, o PSA pode contribuir com outros objetivos como a redução de emissões de gases de efeito de estufa ou a conservação de ecossistemas.
“O Guia destaca, assim, a complementaridade do PSA com outras políticas públicas e estratégias na área ambiental e da gestão do território e a importância desse alinhamento para a promoção do desenvolvimento sustentável das regiões, importante para produtores, governos e para toda a população”, acrescentou Raquel Agra.  
Do ponto de vista dos compromissos globais na área de mudança do clima, a  divulgação do PSA no Brasil pode ajudar a tornar viável a economia de baixo carbono no país. O compromisso brasileiro no contexto do Acordo de Paris é reduzir as emissões de gases do efeito estufa em 37% até 2025, com indicativo de reduzir 43% até 2030, por meio de ações como o combate ao desmatamento e a restauração de 12 milhões de hectares de florestas. 
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terça-feira, 11 de julho de 2017

Mundo vive sexta extinção em massa - e é pior do que parece

Estudo alerta que planeta atravessa uma aniquilação biológica de suas espécies animais, o que lança perspectiva sombria sobre o futuro da vida, inclusive humana. Um terço das espécies vive declínio populacional.

Por Deutsche Welle  G1
O mundo está passando por uma "aniquilação biológica" de suas espécies animais, num fenômeno que já pode ser considerado uma sexta extinção em massa e que é mais grave do que parece, aponta um estudo divulgado nesta segunda-feira (10). 

Segundo o estudo publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), há uma tendência de investidas cada vez maiores contra a biodiversidade do planeta, resultando numa perspectiva "sombria sobre o futuro da vida, inclusive humana". O motivo, diz o estudo: "problemas ambientais globais causados pelo homem". 

"Nas últimas décadas, a perda de habitat, a superexploração de recursos, os organismos invasivos, a poluição, o uso de toxinas e, mais recentemente, as mudanças climáticas, bem como as interações entre esses fatores, levaram ao declínio catastrófico nos números e nos tamanhos das populações de espécies de vertebrados tanto comuns como raros", afirmam, os pesquisadores. 

Para a pesquisa, uma das mais completas já feitas sobre o tema, cientistas da Universidade de Stanford e da Universidade Nacional Autônoma do México utilizaram uma mostra de 27,6 mil vertebrados terrestres e uma análise detalhada de 177 espécies de mamíferos que sofreram declínio populacional entre 1900 e 2015. 

Os pesquisadores observaram que as populações de vertebrados sofreram grandes perdas, inclusive entre as espécies que despertam pouca preocupação. Cerca de um terço (8.851) das espécies analisadas – o que representa quase metade das espécies de vertebrados conhecidas – apresentou declínio populacional e diminuição em termos de distribuição geográfica, mesmo aquelas que atualmente não são consideradas como sob risco de extinção. 

Já entre os 177 mamíferos estudados, todos perderam 30% ou mais em distribuição geográfica, com mais de 40% registrando um declínio populacional severo, com encolhimento superior a 80%.
"Diversas espécies de mamíferos que estavam relativamente seguras há uma ou duas décadas estão agora em perigo", dizem os pesquisadores. Como exemplos de quedas representativas na população, eles citaram guepardos, orangotangos, leões, pangolins e girafas. 

Nos 500 milhões de anos de existência da Terra, houve cinco "extinções em massa" que levaram ao desaparecimento de 75% das espécies. O último episódio aconteceu cerca de 66 milhões de anos atrás, quando 76% de todas as espécies foram perdidas, incluindo os dinossauros, devido à atividade vulcânica, alterações climáticas e impacto de asteroides. 

Os cientistas ressaltaram ainda que o foco na extinção de espécies leva a "uma falsa impressão de que o habitat da Terra não está ameaçado, e sim apenas lentamente entrando em um episódio de grande perda de biodiversidade". 

"Essa visão negligencia as tendências atuais de declínios e extinções da população", afirma o estudo. "A aniquilação biológica resultante obviamente terá graves consequências ecológicas, econômicas e sociais". 

"A humanidade acabará por pagar um preço muito alto pela diminuição do único conjunto de vida que conhecemos no universo", alertam os cientistas. 


 

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MP pede R$ 72 milhões em indenizações por danos ambientais cometidos por mineradoras em Ourolândia

Ex-prefeita, cinco empresas e nove empresários são denunciados por crimes ambientais

10/07/2017 - 14:39
Redator: 
George Brito (DRT-BA 2927)
 
Indenizações no total de R$ 72,8 milhões por danos ambientais causados por atividades ilegais de extração e beneficiamento de mármore “Bege Bahia” foram pedidas à Justiça pelo Ministério Público estadual em uma série de 16 ações civis públicas ajuizadas, nos últimos 20 dias, contra o Município de Ourolândia, 32 empresários e o Instituto do Meio Ambiente e Recurso Hídricos (Inema). Segundo o promotor de Justiça Pablo Almeida, as atividades eram desenvolvidas por meio de licenças ambientais ilegais, sem licenciamento ou em desacordo com as obtidas. Foram pedidas também a anulação das licenças concedidas pelo Município e pelo Inema e a paralisação das atividades.

Pelas ilegalidades, a ex-prefeita Yhonara Rocha de Almeida Freire; o ex-secretário municipal de Meio Ambiente, Múcio Ancelmo Oliveira de Azevedo; e a ex-técnica ambiental do Município Bernadeth Sousa Rocha Simões foram denunciados por crime ambiental, na concessão de licenças ilegais, e pelo crime de prevaricação. Se condenados, a pena máxima pode chegar a 16 anos de prisão para cada um, informou Pablo Almeida. Também foram denunciados, criminalmente, nove empresários e cinco empresas por apresentarem, no licenciamento, estudos, laudos e relatórios ambientais falsos e enganosos. A pena para eles pode alcançar até seis anos de prisão. As empresas denunciadas são a Polibege Mármores, RM Mármore e Granito, JN Mármore, Fladmar e a Bege Gran. Os empresários denunciados são: Antônio Neto Alecrim Freire, Noberto Marques Rodrigues, Miriam Feitosa Alexandrino, João Ricardo de Jesus Brito, Cristiane de Jesus Brito, Nilton Mesquita Góis Júnior, Emerson Megia Iglesias Simal, Guidacy Ribeiro Piovezan e Marco Luiz Ribeiro Piovezan.

Segundo o promotor Pablo Almeida, “as investigações demonstraram que os licenciamentos ambientais em trâmite no Município de Ourolândia não obedeciam aos trâmites legais, já que as empresas e empresários apresentavam estudos falsos, incompletos e com dados equivocados, e os agentes públicos, mesmo assim, cientes dos equívocos e falsidades, em conluio com a iniciativa privada, concediam licenças ambientais, em prejuízo ao meio ambiente”. Ele informou que a situação do licenciamento de empresas de extração e beneficiamento de mármore em Ourolândia vem sendo acompanhada pelo MP, desde 2010, por meio do programa de Fiscalização Preventiva Integrada (FPI). “O MP sempre buscou fomentar a regularização dos empreendimentos, como forma de implementar o princípio do desenvolvimento sustentável. Entretanto, muitos anos depois das primeiras fiscalizações, o setor privado, com a conivência do Poder Público, continua desenvolvendo suas atividades de maneira predatória”, afirmou o promotor.

Pablo Almeida destacou que a atividade de extração e beneficiamento do mármore, realizada de forma predatória, prejudica os recursos hídricos da Bacia do Salitre, bem como o relevante conjunto de cavernas da cidade, com volume significativo de fósseis e pinturas rupestres. “Segundo o Inema, por exemplo, o complexo de cavernas denominado 'toca dos ossos' é considerado o mais fossilífero do Brasil. Um dos fósseis de preguiça gigante encontrado em Ourolândia se encontra exposto no Museu Nacional do Rio de Janeiro”, pontuou.

 
Cecom/MP - Telefones: (71) 3103-0446 / 0449 / 0448 / 0499 / 6502

https://www.mpba.mp.br/noticia/37787 

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VIDHA LINUS

CONSULTORIA AMBIENTAL LICENÇAS,ELABORAÇÃO EIV, PRAD. Av Radial B, 122 Bairro Mangueiral CEP 42807-380 CAMAÇARI - BAHIA 71 3040 5033 99168 5797 VBRAMBIENTAL@YAHOO.COM.BR

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