Meio Ambiente & Desenvolvimento Humano

domingo, 30 de janeiro de 2022

Lulu e sua pescaria

Valdir Rios 30 jan

Se vai ao Jacuípe
Emboque cabeça a riba
Pro lado que se põe o sol
Reme forte e num se iniba
Vino nesse rumo
espero na lagoa da Caraíba
Uma cuia de Farofa
Vou deixar no Lagedo
A carne do sol bem gorda
E o fogo logo acesso
café cardíaco pra tomar
Tá pronto logo cedo
Rodão mandou dizer
requeijão vai levar
Ficamos no pé do Morro
É bonito aquele lugar
Vilson, Silvano e Elinaldo
Num pense faltar
Lulu adiante o barco
Não fique de arrudei
Pegue um Crumatá
Ou traga um vermei
As muier e os convidado
Trinta a diante, já contei
Num fique de trololó
Nus lugar que passar
Mas traga Bule-Bule
Pros versos recitar
Sem Zé Araújo e sanfona
Nem pense de chegar
Passe em Riachão
Gavião e São José
Atravesse na barrage
De lá venham a pé
Se cansarem na estrada
Pegue a jega de Guelé
Orlando não disse se vinha
Guinha e Tezinha fez confusão
Lucia de Agnelo logo vem
Pra manter a tradição
Contar uns caso tinhoso
De Agnelo cava chão
Rita de Nozinho se arrumou
Entrou no velho tergal
Gastou o dinheiro na roupa
Pensou que era Natal
Nalva da farmácia disse:
Rita só que ser a tal
Cleonice toda ixibida
Morando nas banda do Rio
Logo chegou muito bela
A cena todos assistiu
Pra fazer camaradage
novidade troxe nos bocapiu
Meu cumpadre Roque chegou
E trouxe umas piabinha
Que pegou com Alan
Lá perto da barraginha
Vou salgar e botar no sol
Pra comer bem torradinha
Vamo deixar de arrudei
Lulu diga onde chegou
Liquinho tá vindo junto
Ou ni Conquista ele ficou
Adiante aperte o passo
Num deixe o sol se pôr
Paremo de conversa
Neném chegue pra cá
vamo acender o fogo
Margarida e Verá vá chamar
O fato de bode tá aqui
É elas que vai tratar
Vou botar o café no fogo
a rede Betinha estende
Se começar a chover
Tem uma casinha de alpendre
Se o fogo daqui apagar
Por lá nois acende
Humberto cadê voce
Dona Elvira chegue pra cá
Cristina sumiu daqui
Certeza foi no Pará
Buscar meu primo Zé
E acabaro de chegar
Vou deixar de trelelé
Mas as Alices não felei
Maria Alice em Jacobina
Alice nu Sum Palo a passei
Já faz muito tempo
Mas aqui num esquecerei
A todos que não lembrei
Não vá se incomodar
Se chegar vai ser bem vindo
O lugar vou logo falar
Perto da vorta do rio
Na sombra do Jatobá
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Um taquim da Rua da Água

Valdir Rios - 29 jan 2022




Passando em Várzea da Roça
Na frente de uas casas parei
Foi na Rua da Água
Que Eu logo assuntei
Pessoas boas que moravam
É claro, logo alembrei
A pintura e o patribanda
De cor reluzente
Na outra, bem disbodata
Maria de Sinhá passando na frente
Fiz uma viagem no tempo
nos anos 80, bem de repente
A família de Antonio de Julio
Na primeira morava
Funilaria e pipoca
Martelo, panela e milho se misturava
Tinha oficina de relógio
E violão alguém tocava
Ainda tinha a radia
Trans Sem Antena no ar
Beto paraibano fez
E Tocava sem parar
Missa e sapo na lagoa
Programação pra variar
Logo descendo a baixo
Um Macineiro afamado
Nezinho de Theodoro
Um cabra muito arretado
Fazia do moveis a brinquedo
Sem ficar muito avexado
Uma tabuleta da missa
Ele na madeira anotou
No mês de Dezembro
o Padre Alfredim celebrou
A primeira da história
Que o povoado registrou
Zé de Tête e dona Lurde
Moravam colado ali
A budega depois da casa
Tinha suco e pinga a servir
Barcão e bacia prastica
copo de dose da marca Nadir
Piso ladrilho de barro
Era última moda
Tinha chinela havaina
E fumo de corda
e pra se verter água
era no quintal depois da porta
Foram momentos de ouro
que não tem como esquecer
mesmo estando em outrora
se tivesse poder
assistia no cinema
tempos de gloria que podemos viver


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VIDHA LINUS

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