Meio Ambiente & Desenvolvimento Humano

sábado, 26 de janeiro de 2019

As minas de Minas Gerais

Uma crônica sobre Minas, para amenizar o sofrimento.

   Foto:  Instituto Innhotim, MG
Março/2014
Valdir Barreto Rios

Sois belas, sois Minas, sois um só Gerais de transformações divinamente geográficas que corta, marca e demarca de forma enigmática o mapa, dando vida e corpo, formando um relevo de pele e tons, com esta essência cultural brasileira única.

Das montanhas não se devem tentar decifrar seus enigmas, pois são embaraçadas, ondas de praias que na falta de um mar, por longas planícies o velho Chico se desenhou, num despencar das úmidas gotas jorradas do alto, onde segue sempre rasgando a terra em múrmuros, tracejando cerrado e caatinga.

Não se sabe se a porta pra seu interior está na visão, emoção, razão ou apenas desce escoando em forma de velozes cachoeiras, tão perigosas que faz valer o grito de alerta dos riscos incalculáveis, tal qual é, navegar e desvendar o velho Chico sem antes o reverenciá-lo.

Das suas garrafais letras, ressurgem os rabiscos que por tuas lágrimas vezes tristes, vezes alegres, preenchem os espaços das sinuosas curvas dos teus rios, formando um grande tapete turvo que formam leitos, que muitos gostariam de se deliciar em solo de cidades ribeirinhas.

Ah! como seria bom, poder matar a sede, abrandar o fogo, ou pelo menos aliviar desejos intrépidos escondidos que queimam sem incendiar.

Observa-se dentro destas tuas frondosas matas virgens, mesmo explorada ou não, o vigor da tua força, sempre suspensas a bailar, sem destino, como lençol em varal acobertado por tuas exuberantes serras, estão as tralhas do viajante em hipnose, logo vê-se, imóvel e atônito de forma que já não consegue avançar ao destino pretendido.

As grutas como parte feminina “intocadas” estão, aos bons olhos do passageiro solitário, que em sua sina, apenas acena pela janela da Maria Fumaça, donde vem o assovio do vento acorrentado pelas imagens das altas nuvens, que se embaraçam ao lambido da fumaça emitida a cada esforço no subir da serra.

Na estação com a chuva fina e o vento forte, o violeiro abraça a viola, entoa sua canção em um timbre afinado, que mais parece ser forjada a fogo e brasa de um polido fogão de lenha. Assim, encanta-se a menina, sorria o testemunho dos anos que também observa a inocência nos braços, que não sabe se é quesível, pois ecoa também uma cantiga de ninar.

Na pequena fresta de uma porta entreaberta, iluminada pelo ardente sol de verão, numa velha cabana de sapé, em cima de uma cama de vara, está o velho cobertor de lã à espera do corpo que ao sentir o frio da noite certamente se abrigará ao teto e ao calor humano do anjo protetor.

Avistam-se sombras de um velho ipê, que de tão roxo suas flores se confundem a cor do batom, que delineou a geometria e a face dos arco-íris matizados por uma fé inigualável que faz ampliar procissões nas ladeiras a busca das Igrejas, ou em caminhos reais a procura da tão rara jóia.

Nas veredas e vales de Salinas, te embriagas pelo arder da bebida extraída da moagem da cana, porque, através dela, tomas coragem de passar a ponte que mesmo quebrada, será este sempre, o único caminho para teu refúgio.

Desta forma retoma a realidade, só agora entendendo que atrás das preciosidades, os viajantes buscam tanto ouro em Ouro Preto, que até esquecem dos diamantes deixados em Diamantina.

Não te aquietes, mas contenta-te, a firma-se em qualquer solo mineiro, Canastra, Jequitinhonha ou Sertão. Seja qualquer cidade ribeirinha, de preferência Januária pela caninha ou sua história, levada aos longínquos rincões pelo velho vapor, que suave deslizam nas águas do Velho Chico.


Lembra-te sempre destas terras de grutas e gerais, onde tudo é ouro de mina. Porque a riqueza das minas estará sempre nas minas de Minas Gerais.



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Camaçari: Quantos Royalties "VALE", as vidas humanas e o meio ambiente? I

Imprudência, negligência ou imperícia. Faz diferença para as vítimas e ou meio ambiente?

26 jan 2018
12:20
Valdir Rios
Eng. Ambiental e Radialista

Reprodução: TV RECORD


As tragédias se repetem. Antes Mariana,  nesta sexta (26) chora Brumadinho o Brasil e o mundo.

Segundo dirigente da VALE, um impacto menor para o meio ambiente e uma verdadeira catástrofe quando se trata de vidas humanas.

Os números são imprecisos, já que a própria VALE, afirma ser acima de 400 dos seus colaboradores desaparecidos. Estes números podem dar ao Brasil talvez uma marca histórica neste tipo de desgraça ambiental.


A economia com base em produção primária

O Brasil tem crescido fortemente este apelo à economia com base na produção primária, estando assim os recursos naturais e todo o seu meio, em maior exposição e consequentemente riscos.
Há atividades de pouco impacto dentro deste campo, (diga-se sustentável), porém existe aquelas que mesmo buscando sua atuação com base nestes preceitos e valores, impõe maiores danos a natureza pois sua produção tem como base matéria prima que necessariamente muda bruscamente o meio ambiente a exemplo da mineração, extração madeireira, agronegócio e extração de petróleo.


Mineração, extração de petróleo, madeireira e agronegócio.


Com base nestes 4 pilares, geralmente o resultado desta economia dar-se pela exportação de matéria-prima para outros países.  Através de suas tecnologias, estes países agregam valores e passam a deter a maior renda e lucro sem ter que sacrificar seus recursos naturais.

Vale lembrar que na exportação destes produtos indiretamente exportamos água um outro bem de valor imensurável diante da crise hídrica mundial estabelecida.

Os  hidrocarbonetos é matéria-prima para vários produtos no Brasil (peças automotivas, eletrônicas, adubo e muitas outras coisas que se utiliza no dia a dia).

Vale salientar que mesmo com tamanha dependência com o petróleo, seus derivados não está em boa fase, tanto é que a FÁBRICA DE FERTILIZANTES NITROGENADOS-FAFEN/PETROBRAS, que fornece matéria prima para outras indústria no Polo Industrial de Camaçari Brasil e exterior, está sob  constantes ameaças de encerrar suas atividades tanto na Bahia como Sergipe.

 Vida e morte FAFEN/economia nordestina.

O novo Governo do Presidente Bolsonaro muda o tom e fala em privatizar a empresa o formato ainda não esta definido e os primeiros passos já estão sendo dados conforme noticiou-se esta semana na mídia.
Oxalá, quem sabe uma medida ideal para tornar a empresa competitiva e uma nova restruturação econômica para o Nordeste.

A culpa

Entra governo sai governo, buscam tirar suas responsabilidades atribuindo sempre a outrem. 
Ao certo, a falta de punição a quem cometeu o crime de Mariana, permite às mineradoras um desleixo e desrespeito com a causa ambiental e humana. 

Existe uma cobertura do crime por parte de meio político, uma morosidade da justiça brasileira e a omissão daqueles que deveriam assumir seus atos de irresponsabilidade.

Enquanto não se decide quem deve e como deve assumir esta conta, os processos se arrastam por longos períodos na varas de justiça as empresas continuaram a atuar de forma a ter o ser humano e o meio ambiente como passivo ambiental dentro de suas planilhas representando para esses apenas um risco de ônus (despesa/pecúnia).

Acompanhe a próxima edição.



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terça-feira, 22 de janeiro de 2019

Salvador: Ponta de Humaitá.

Magia e energia da baía de todos os Santos.

22 Jan 2018
09:23H
Valdir Rios



A cidade baixa conta com um dos espaços onde a magia que envolve está terra, pode ser sentido através da energia que se emana das praias, dos cultos afros, do farol, da igreja, do forte e de uma panorâmica da Ilha de Itaparica.

Ponta de Humaitá, ainda é daqueles lugares tranquilo, que se assemelha as antigas cidades interioranas. A tranquilidade se manifesta no ambiente paisagistico, seja por sua obra natural, intervenções humanas e até pelo convívio harmonioso entre moradores e poucos turistas que frequentam o espaço.

O que mais chama atenção é o sol. Ao cair da tarde, as pessoas largam a praia que fica do outro lado do forte, para tomar a muralha que protege a igreja e farol, para assistir uma das cenas mais lindas criado pelo astro rei.

O domingo (20), foi especial, já que a lua que antecedeu a lua de sangue resolveu dar o ar das graças logo cedo criando um espetáculo majestoso, na medida em que um se punha o outro se refletia cada vê mais nas águas da baía.

A limpeza no local ainda é mantida, os profissionais que  olham os veiculos muito educados e sem exigir valores pra tal serviço, ficando a critério do proprietário  o valor da gorjeta.

Existe um casarão no local, onde parte encontra-se em ruínas dado a ação do mar, o que deveria haver uma intervenção do poder público no sentido de recuperar e fazer a exploração turística do local.

Talvez uma boa música criasse maior harmonia no ambiente, principalmente ao cair da tarde com o pôr do sol. 

Há  jovens  com  violões, entoando entre as notas de um bom MPB, canções de Djavan, Raul Seixa e Belchior.

A capoeira de Humaitá dá as cara com o tom de hospitalidade que cerca as calçadas, mostrando ginga e a cultura que veio do outro lado do continente.

Apesar dos aspectos positivos, deveria haver intervenções no sentido de valorizar a cultura  e manter preservado, de coibindo elementos que possam prococar impactos negativos.

Por ser bem próximo, vale pena dá um pulo  a Colina Sagrada para uma benção  e a Ribeira pra se refrescar com o sorvete tradicional.





























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VIDHA LINUS

CONSULTORIA AMBIENTAL LICENÇAS,ELABORAÇÃO EIV, PRAD. Av Radial B, 122 Bairro Mangueiral CEP 42807-380 CAMAÇARI - BAHIA 71 3040 5033 99168 5797 VBRAMBIENTAL@YAHOO.COM.BR

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