Meio Ambiente & Desenvolvimento Humano

sexta-feira, 19 de maio de 2017

Renda mínima universal no México: uma utopia possível

A ideia desponta como alternativa a políticas públicas ineficazes contra a pobreza




Um mendigo, no centro da Cidade do México.
Um mendigo, no centro da Cidade do México. CUARTOSCURO

Entre a zona mais sofisticada e a mais vulnerável de Santa Fe, no noroeste da Cidade do México, há apenas alguns quilômetros e um abismo socioeconômico: os carros de luxo se transformam em velhos peseros [micro-ônibus comuns na cidade] e a opulência vira miséria. Essa é só uma das dezenas de imagens da enorme brecha de renda que dilacera a megalópole latino-americana. É um elemento marcante do México atual — o país dos 50 milhões de pobres que é, ao mesmo tempo, potência econômica e bastião da inequidade. Poucas, muito poucas nações exibem tamanha disparidade de renda como esta, berço dos menos favorecidos e do sexto homem mais rico do mundo.


No entanto, longe de agregar argumentos para a resignação, um grupo de acadêmicos ao qual se juntou, pouco a pouco, uma gama de políticos progressistas insiste na viabilidade de um plano que eliminaria a pobreza a partir do primeiro dia de aplicação: a renda mínima universal, um serviço público que seria concedido a todos os cidadãos pelo mero fato de o serem. Um salário sem distinguir se a pessoa trabalha; uma rede de assistência básica que frearia a miséria. Em muito poucos anos, essa sorte de antídoto contra o veneno da pobreza extrema passou do terreno da utopia ao da políticas públicas factíveis. Sua razão de ser é agora reafirmada num país com as características do México.
“É viável, pode ser financiado. Só é preciso haver uma verdadeira vontade política”, afirma Enrique del Val, diretor geral de Planejamento da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM). Tanto a Coneval — ente independente que avalia as políticas públicas contra a pobreza no país — como a Comissão Econômica da ONU para a América Latina e o Caribe (Cepal) validaram a ideia. “É uma proposta especialmente vigente, tendo em vista a debilidade econômica, a pobreza e as dúvidas sobre o futuro do trabalho: a robotização, a inteligência artificial... É urgente refletir”, diz a mexicana Alicia Bárcena, secretária executiva do braço regional das Nações Unidas. Seu temor sobre a crescente automatização do trabalho, que ameaça deixar enormes bolsões de desempregados no mundo inteiro, encontra apoio nas cifras: segundo um recente estudo da consultoria McKinsey, o México ocupa o sexto lugar entre os países com maior porcentagem de trabalhadores que correm risco de serem substituídos por máquinas: 52%.
As primeiras referências mexicanas à ideia remontam ao início dos anos setenta. Era a época prévia ao grande auge do petróleo e à icônica (e não realizada) promessa do presidente José López Portillo de que os lucros decorrentes do óleo chegariam a todos os cidadãos. O pensador Gabriel Zaid propôs então que cada mexicano recebesse uma espécie de dividendo da renda nacional, igual para todos. Só que a proposta não surtiu efeito. Somente três décadas depois, chegaram à Câmara dos Deputados as primeiras iniciativas legislativas de criação de uma renda mínima.
Em 2015, o progressista Partido da Revolução Democrática (PRD) levou outra proposta ao Senado. E a mesma legenda tentou, sem sucesso, incluir a renda cidadã universal na nova Constituição da Cidade do México. Mas a proposta mais ambiciosa e detalhada chegou exatamente há um ano, por iniciativa de Araceli Damián e Norma Xóchtil Hernández, duas deputadas do esquerdista Morena: um plano com prazo de 40 anos para conceder a cada mexicano 1800 pesos (cerca de 300 reais) por mês. Começaria pelos coletivos mais vulneráveis — menores de idade e maiores de 65 anos — e teria um custo ao erário do Estado equivalente a 12,9% do PIB.
O serviço substituiria os mais de 5.000 programas sociais vigentes em todos os níveis da administração mexicana, segundo dados de Del Val, o que representaria uma economia considerável. E exigiria, de acordo com meia dúzia de especialistas consultados, uma ampla reforma fiscal — que começaria tarifando as diversas e abundantes fortunas mexicanas, para depois elevar as contribuições do restante da população. “Estou convencido de que o mexicano médio não se negaria a pagar mais impostos se lhe fosse explicado, de maneira clara, que o seu dinheiro seria destinado a criar uma renda cidadã”, diz Rogelio Huerta, da UNAM.
Embora os experimentos realizados até agora em países como Canadá coloquem em dúvida a noção de que a renda mínima desestimula o trabalho — ou seja, que os cidadãos com renda garantida terão menos interesse em produzir —, dentro e fora do país os críticos da iniciativa utilizam esse argumento. Ainda hoje, a ideia de uma renda mínima universal no México continua a anos-luz de países como Finlândia e Holanda — onde já está sendo testada — e Suíça — onde foi rejeitada em referendo ano passado. Mas tem ganhado força. Inclusive derrubou o muro da academia para entrar, aos poucos, no debate público.
“Ainda há muito a fazer, mas estamos mais perto do que nunca”, afirma Huerta. “Agora é preciso que o movimento extrapole as iniciativas dos partidos e constitua uma corrente política apoiada pelos intelectuais e a sociedade civil.” As eleições de 2018 serão a grande pedra de toque: um grupo de especialistas no assunto, liderado por Enrique del Val, vai propor no fim do ano um programa independente, esperando obter retorno de todas as formações políticas. Se o projeto entrar na campanha, não há motivos para pensar que o México não possa ser um país pioneiro da renda básica universal.


UMA DAS MELHORES PLATAFORMAS DE TESTES DO MUNDO EMERGENTE


Aos olhos dos especialistas, o México é uma das melhores plataformas de testes para a renda mínima universal no mundo emergente – o bloco de países onde reside 80% da população mundial. “Seria um excelente lugar para os ensaios”, diz Rogelio Huerta, economista e professor da UNAM. “É um dos países mais desiguais do mundo. Mais da metade da população está abaixo da linha da pobreza, e a economia cresce há anos em ritmo lento, abaixo da média da América Latina.”
Além disso, é preciso considerar a altíssima taxa de informalidade do mercado de trabalho – que terminaria com a renda mínima – e a grande margem existente em termos fiscais, já que o México é o país industrializado com a menor pressão tributária sobre o PIB: 17,4%, metade da média da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Bastaria corrigir essa brecha para fechar melhor as contas.
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A falta de sono pode arruinar sua aparência

Estudo realizado na Suécia mostrou que aparência, saúde e aspecto social podem ficar comprometidos com a falta de sono e o cansaço


Olhando as rugas

A ciência acaba de comprovar que a expressão “sono de beleza” é real. De acordo com um estudo publicado no periódico científico Royal Society OpenScience, sono é sim sinônimo de beleza. Na pesquisa, pessoas que dormiam pouco foram consideradas menos atraentes, saudáveis e interessantes. Além do físico, a aparência sonolenta, pode afetar diretamente o aspecto social.

A pesquisa

A equipe de pesquisa do Instituto Karolinska, faculdade de medicina na Suécia, fotografou 25 pessoas depois de duas noites de sono normal e depois de duas noites de um sono de apenas quatro horas. Então, pediram para que outros 122 participantes avaliassem a aparência das pessoas nas fotos em relação a atratividade, saúde, sonolência e confiabilidade delas.
Algumas noites de sono perdidas não afetaram tanto a noção de confiabilidade, mas os avaliadores disseram estar menos inclinados a se socializar ou considerar os sonolentos atraentes e saudáveis.

Problemas para socializar

“Se a pessoa parece menos saudável, é mais provável que as pessoas se afastem dela. No entanto, isso não explica todo o efeito da não querer se socializar com ela. Esse é um dos fatores, mas não é toda a história.”, disse Tina Sundelin, uma das pesquisadoras do estudo, ao The Guardian.
Outras pesquisas já mostraram que há boas razões para evitar pessoas que se privam do sono. Pessoas que dormem pouco podem ser menos otimistas e sociáveis, afetando outras ao redor. Além disso, a privação do sono também tende a deixar as pessoas mais irritadas. “Você logo percebe que alguém não dormiu direito, pois ela geralmente está menos agradável, difícil de lidar”, explicou Tina.
Com o tempo, a falta de sono pode fazer com que as pessoas se tornem piores para entender e expressar suas emoções, além de serem mais propensas a sofrer acidentes. A primeira vista, pode parecer injusto apontar esses defeitos e evitar o convívio com elas, mas segundo os pesquisadores, quem dorme pouco naturalmente precisa de um tempo sozinho para se recuperar.

Aparência de cansaço

No entanto, os efeitos da privação do sono se mostraram menores no aspecto social. De acordo com a pesquisa, ter quatro horas de sono por dois dias levou a uma queda de apenas 4% na sociabilidade dos participantes. Na verdade, o que mais foi levado em conta foi a aparência de cansaço do que as horas de sono perdidas. Os voluntários se mostraram 20% a 30% menos propensos a socializar com pessoas que pareciam cansadas, quando comparados com pessoas que dormiam bem.
“O sono tem grande impacto em como as pessoas nos vêem, então é importante priorizá-lo”, disse John Axelsson, líder do estudo, ao The Guardian. 

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Saiba qual é a rede social que mais impacta a saúde mental

Segundo novo estudo, o Instagram é a rede social que tem maior impacto na saúde mental dos jovens, em questões como aceitação do corpo, ansiedade e solidão

Redes Sociais
De acordo com um estudo da Sociedade Real para Saúde Pública, do Reino Unido, o Instagram é rede social que mais impacta negativamente a saúde mental dos jovens. O questionário criado pelos pesquisadores mostrou que o aplicativo de compartilhamento de imagens afeta de forma negativa o sono, a percepção do corpo e o fear of missing out (em tradução livre, o ‘medo de ficar por fora’) dos usuários britânicos, principalmente mais jovens.
A necessidade de estar sempre online para acompanhar as postagens dos amigos pode ser extremamente prejudicial, levando a comparações irreais, ansiedade e depressão.

Opinião dos jovens

Na pesquisa, 1.500 jovens britânicos com idade entre 14 e 24 anos avaliaram como as plataformas de mídias sociais que usavam impactavam questões como depressão, ansiedade, solidão e o senso de comunidade. O site com mais respostas positivas foi o YouTube, seguido pelo Twitter e Facebook. Já os aplicativos Snapchat e Instagram foram considerados os piores nestes quesitos. Um problema presente em quase todas as mídias foi o vício no uso das redes, que pode estimular a insônia.
Só o Instagram tem 500 milhões de usuários ativos e mais de 95 milhões de fotos postadas e 3,5 bilhões de curtidas diariamente. “É interessante como o Instragram e o Snapchat, ambos aplicativos focados no culto à imagem, foram indicados como os piores para a saúde mental e bem-estar. Eles parecem estar mais ligados ao sentimento de inadequação e ansiedade entre os mais jovens”, explicou Shirley Cramer, chefe executiva da Sociedade Real para Saúde Pública, ao The Telegraph.
Um dos participantes do questionário apontou a constante preocupação com o que os outros pensam sobre suas fotos e postagens. Outro entrevistado contou também que passa muito tempo nas redes e acaba perdendo o sono, atividades escolares e até oportunidades de sair com amigos e familiares.

Busca pela identidade

“As plataformas que deveriam ajudar as pessoas a se conectarem com outras podem, na verdade, estar alimentando uma crise na saúde mental”, disse a equipe de pesquisa em comunicado. Apesar disso, 1.479 dos jovens disseram que o Instagram também promove formas de expressão e a busca pela identidade pessoal, assim como Twitter e YouTube. O site de compartilhamento de vídeos foi classificada como uma mídia para aumentar a conscientização dos jovens. Já o Facebook foi listado como um importante meio para busca de apoio emocional e coletividade.
Segundo Becky Inkster, pesquisadora honorária da Universidade de Cambridge, jovens e adolescentes sentem a necessidade de se sentirem confortáveis ao falarem sobre problemas pessoais e acabam recorrendo às redes sociais e ambientes online. “Como profissionais da saúde, precisamos fazer todas as tentativas para entender as expressões, os léxicos e os termos da cultura da juventude moderna para melhor se conectar com seus pensamentos e sentimentos”, explicou ao The Telegraph.

Alertas nas redes sociais

Segundo o estudo, sete em cada 10 dos jovens entrevistados acham importante que as redes sociais, como o Twitter e o Facebook, apresentem algum suporte sobre o assunto. No entanto, os alertas atuais são bastante discretos.
Em relatório, os especialistas sugeririam que os sites em questão procurassem alertar os usuários sobre os riscos relacionados ao comportamento e acesso constante, considerado vicioso, e ajudá-los a procurar ajuda, caso demonstre perigo à saúde mental.
“Alguns estudos já mostraram que as redes sociais podem ser tão viciantes quanto o cigarro e o álcool, e hoje elas são tão intrínsecas à vida dos jovens que é impossível ignorar os problemas que causam à saúde das pessoas”, disse Shirley.
De acordo com um porta-voz da ONG britânica Mental Health Foundation, cujo nome não foi citado, essa é uma área que precisa de mais estudos. “Comparar-se com os outros é um problema ainda maior quando é a partir de postagens nas redes sociais, envolve comparar o irreal com a vida real”, disse ao Daily Mail.

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Casos de ebola no Congo representam alto risco nacional, mas baixo risco global, diz OMS

Casos de ebola no Congo representam alto risco nacional, mas baixo risco global, diz OMS

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Em uma atualização sobre o surto, confirmado na semana passada, a agência da ONU para a saúde afirmou que há dois casos confirmados e 18 casos suspeitos de infecção por ebola. Três pessoas morreram entre casos suspeitos e confirmados.

Peter Salama, diretor-executivo da OMS para emergências em saúde, disse que a avaliação de risco sobre o surto é de que o risco é alto em nível nacional, médio em nível regional e baixo em nível global.

O difícil acesso ao nordeste do país, região afetada pelo vírus, é um grande desafio logístico no envio da ajuda médica, mas representa também uma barreira natural que limita o avanço da doença, altamente contagiosa.

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Candidatos surdos vão poder prestar o Enem por vídeo-prova

Novo recurso é mais uma opção aos candidatos, que já contavam com auxílios de tradutor-intérprete de libras ou de leitura labial na hora da prova

Inep disponibiliza prova de vestibular online em Libras

Pela primeira vez, participantes com surdez ou deficiência auditiva poderão prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) por meio de uma vídeo-prova traduzida em Língua Brasileira de Sinais (libras). Além deste recurso, os estudantes ainda poderão contar com auxílio de tradutor-intérprete de libras ou de leitura labial na hora da prova, ambos disponíveis desde 2016.
Para desenvolver o novo modelo, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que organiza o exame, teve a parceria da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que já oferece essa opção em seus vestibulares.
Para montar a vídeo-prova, a universidade fez o teste com dois simulados de sessenta questões de edições passadas do Enem. As perguntas, com diferentes níveis de dificuldade, foram então aplicadas em grupos de estudantes surdos ou com deficiência auditiva que aceitaram participar da pesquisa como voluntários.
Agora, depois de aprovado, o material está disponível online para quem quiser fazer o teste nesse formato. A diferença é que na vídeo-prova do estudo as respostas podem ser marcadas no próprio computador, enquanto no dia do Enem elas deverão ser repassadas para o cartão-resposta impresso, como fazem todos os participantes.
O candidato que quiser fazer a vídeo-prova deve escolher esta opção no ato da inscrição, que termina nesta sexta-feira. É preciso ainda anexar o laudo médico que comprove a deficiência auditiva ou surdez. Caso queira, o participante também tem direito a uma hora adicional para realização da prova, desde que solicite esse benefício na inscrição.
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Google Lens reconhecerá qualquer coisa ao se apontar o celular

Sundar Pichai demonstra o poderio da inteligência artificial diante dos desenvolvedores da empresa na conferência I/O 2017

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O CEO do Google, Sundar Pichai, fala do Google Lens na conferência de desenvolvedores Google I/O, em Mountain View, Califórnia.  AP
“A sua ideia se transformará em quê?, dizia o painel do anfiteatro de Mountain View durante a conferência de desenvolvedores Google I/O 2017, que acaba de começar na sede da Califórnia. Sundar Pichai, o CEO do Google, rodeado de 7.000 desenvolvedores, mostrou as ferramentas do buscador para passar de uma ideia a um produto. Para o Google o software é o que torna possível que os humanos façam mais com seus aparelhos. Não o mostram como algo elevado, mas como um convite a que mais e mais pessoas adiram a um mundo que apresentam como uma explosão de criatividade.
Android já está em 2 bilhões de aparelhos. “Mas já não somos celular primeiro, mas ‘primeiro a inteligência artificial”, disse. Como exemplo, o Gmail acaba de acrescentar respostas automáticas. “Poderá adiar uma reunião na agenda ou agradecer. Aprende e economiza tempo”, enfatizou o líder. O Android é a joia da coroa do Google, tanto que terá sua própria linguagem de programação, a Kotlin.
Há duas semanas anunciaram o reconhecimento de várias vozes em seu assistente Google Home. Isso se deve à inteligência artificial.
Google Photos já supera os 500 milhões de usuários em dois anos no mercado. Segundo o dirigente, com o Google Lens, o primeiro anúncio do dia, o reconhecimento poderá ser usado em outros aplicativos. David Lee, responsável pelo Photos, comunicou três novidades: pessoas com as quais sugere compartilhar imagens, baseando-se no reconhecimento de conteúdo, galerias compartilhadas e... Photo Books para imprimir as fotos em papel. Não é brincadeira. O Google quer facilitar a impressão de lembranças. Estreia nos Estados Unidos na semana que vem, a partir de 9,99 dólares (31 reais).
Scott Huffman mostrou que o tradutor agora entende não só a voz, mas também textos em imagens
A aposta na inteligência artificial é tão forte que estão criando os próprios servidores, edifícios completos dedicados a otimizar a experiência de ter previsões mais naturais e reconhecimento da realidade sem demora. Pichai, habitualmente modesto, não se conteve: “Estamos contratando os melhores doutores nessa área”.
A saúde é uma das obsessões do Vale do Silício. O Google considera que a inteligência artificial pode ajudar a encontrar melhores padrões para detectar câncer, como mostrou em tela. “Estamos dando os primeiros passos, mas o estudo das redes neuronais pode melhorar os diagnósticos e descartar falsos positivos”, disse na despedida, antes de dar seu testemunho.
Scott Huffman, diretor de engenharia do Google, foi o encarregado de mostrar como o tradutor já não entende somente a voz, mas também textos em imagens. Se for possível uma comparação, na semana passada a Microsoft fez algo similar durante o Build, mas integrando-o no Office e Skype. O Google o integra no Lens, sua câmera, para que seja mais direto. Em meados do ano, em francês, alemão, português do Brasil e japonês. No final do ano, em espanhol, italiano e coreano.
O Google considera que a inteligência artificial pode ajudar a encontrar padrões melhores para detectar o câncer
A ambição do Google vai além dos 2 bilhões de usuários do Android. O Google chega ao iPhone com seu assistente para a queda de braço direta com a Siri. Os da Apple foram pioneiros, mas o avanço não foi o esperado.
No I/O de 2016 apresentaram Home, seu alto-falante inteligente. Ainda não chegou a nenhum país de língua espanhola, nem ao Brasil, mas no Google insistem em que é o futuro do bem-estar em casa. Por hora, é preciso se conformar com chamadas por telefone, tanto para celulares como fixo, grátis nos Estados Unidos e Canadá. Basta dizer “Ei, Google, ligue para a mamãe”.
A música é parte central do lazer, e o Spotify é um de seus aliados, mas não o único. A HBO e a Netflix também estarão nos dispositivos do buscador que se conectem com a televisão.
Susan Wojcicki, principal executiva do YouTube, entrou em cena para destacar sua grande plataforma. “Ao contrário da mídia, não somos unidirecionais. Nós promovemos a comunidade, a comunicação”, vangloriou-se. Embora o YouTubechegue a uma enorme quantidade de telas, o vídeo é consumido, sobretudo, no celular. O próximo trem que o Google não quer perder é o do vídeo imersivo. O conteúdo gravado em 360 graus chegará mesmo que não sejam usados óculos. Somente movendo o celular será possível ver o que aconteceu ao redor da cena central. Como o Facebook já faz, permitirá emissão ao vivo em 360 graus.
A conexão entre criadores e o público vai ser potencializada com o Super Chat, uma opção que proporcionará receita aos donos do canal para conversar com as estrelas nascidas dentro dessa vasta e caótica filmoteca e lhes sugerir missões.
Na área em torno do palco estavam The SlowMo Guys, especialistas em difundir imagens em câmera lenta, com populares cenas de objetos que se derretem. Em troca de 500 dólares deixaram que os desenvolvedores os alvejassem, ao vivo, com 500 bolas d’água. Não mudará o rumo da humanidade, mas foi divertido.
Wojcicki impôs a ordem. O Google vai doar meio milhão de dólares em troca do experimento, para imprimir próteses para crianças.
Dave Burke, responsável pelo Android, tomou as rédeas do hardware. Os dispositivos são cruciais para sua expansão. Por exemplo, 60% dos computadores das escolas para menores de 12 anos nos Estados Unidos usam Chromebooks.
A cada minuto oito brasileiros entram na Internet pela primeira vez. Por isso temos que fazer com que esses dispositivos sejam mais acessíveis, que não consumam tantos dados e sejam mais baratos. O Google sabe que a conquista do mundo em desenvolvimento é seu celeiro do futuro. Por isso criaram o Android Go, para oferecer a melhor experiência por menos de 200 dólares (625 reais). Ou o YouTube Go, para que se consuma vídeo em lugares com conexão limitada.
O Google mantém sua batalha para ganhar presença no mundo da realidade virtual. Prometeram novos dispositivos antes do final do ano. Como a Microsoftcom o Hololens, talvez a versão mais avançada, e o Facebook com seus filtros e espaços virtuais. O Google quer aterrissar na realidade mista. Insistiram em que o Pokémon Go, o aplicativo do qual são acionistas, é seu posto avançado.
Google for Jobs: sua ferramenta para que empresas como a Fedex e a Johnson&Johnson contratem os candidatos mais adequados. O especial deste serviço é que colaboraram com o Linkedin, propriedade da Microsoft, e com o Facebook. Os inimigos já não são como antes no Vale do Silício. A colaboração entre empresas oferece benefícios para competir cada uma em seu estilo.
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VIDHA LINUS

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