Meio Ambiente & Desenvolvimento Humano

quinta-feira, 8 de junho de 2017

Um telescópio realiza a observação que Einstein considerava impossível

'Hubble' calcula a massa de uma estrela graças a um efeito óptico previsto há mais de 80 anos

Ferdinand Ellerman, Albert Einstein, Walther Mayer e Edwin Hubble em observatório astronômico
Ferdinand Ellerman, Albert Einstein, Walther Mayer e Edwin Hubble em observatório astronômicoREUTERS

Em dezembro de 1936, quase a contragosto, Albert Einstein decidiu escrever à revista Science para publicar “alguns pequenos cálculos” que tinha feito a pedido de um astrônomo amador. Era o tcheco Rudi Mandl, que o havia visitado para lhe contar sua teoria de que as estrelas atuam como lupas que concentram a luz de outras estrelas, e que esse excesso de radiação poderia ter causado a extinção dos dinossauros. Em pouco mais de meia página, o físico alemão descreveu o fundamento físico por trás desse fenômeno. De acordo com a teoria da relatividade, a massa de uma estrela curva o espaço e o tempo a seu redor. Assim, os fótons de outro astro, alinhado exatamente atrás, se desviam e se concentram para formar um vistoso círculo de luz em torno da estrela em primeiro plano. “Naturalmente”, escreveu o ganhador do Nobel de Físicaem 1921, “não há nenhuma esperança de observar esse fenômeno”.
Em um estudo publicado nesta quarta-feira na Science, um grupo de astrônomos utiliza esse efeito óptico, conhecido como lente gravitacional, para medir pela primeira vez a massa de uma estrela moribunda. Trata-se de uma anã branca que também era objeto de outra polêmica entre astrofísicos sobre a relação entre o raio e a massa das estrelas, cuja descoberta valeu o prêmio Nobel de Física ao indiano Subrahmanyan Chandrasekhar em 1983.
Este fenômeno nunca fora observado fora do Sistema Solar
O novo estudo descreve uma lente gravitacional assimétrica que ocorre quando as duas estrelas não estão alinhadas e que nunca havia sido observado fora do Sistema Solar, segundo a Science. Nestas circunstâncias Einstein previu que a estrela do fundo pareceria desviar-se de sua localização real por causa da deformação do espaço e do tempo causada pela estrela em primeiro plano.
Baseando-se nessa previsão, a equipe de Kailash Sahu, no centro de operações científicas do telescópio espacial Hubble, buscou entre 5.000 estrelas até encontrar dois astros desalinhados. Em 2014, a estrela anã Stein 2051 B se colocou na posição ideal. Tendo como referência o fenômeno descrito por Einstein, a equipe foi capaz de medir a massa dessa estrela, que é dois terços da do sol. O importante é que fizeram isso sem analisar o incremento de luminosidade decorrente dos dois astros ao se alinharem, que é indetectável para o Hubble, mas estudando o deslocamento aparente da estrela do fundo.
Diagrama do efeito óptico observado pelo 'Hubble'.ampliar foto
Diagrama do efeito óptico observado pelo 'Hubble'.
O trabalho não só confirma a previsão de Einstein. Também Chandrasekhar se sai bem, pois a massa da anã branca se encaixa à perfeição com suas previsões teóricas que lhe valeram o Nobel.
Com relação a Mandl, o homem que pressionou Einstein para que publicasse seus cálculos, parece que morreu numa situação bem anônima em Los Angeles (EUA) em 1948, depois de ter ganhado a vida lavando pratos e tentado uma carreira de inventor, explica a ScienceNews. As lentes gravitacionais que discutiu com Einstein há mais de 80 anos são usadas continuamente em astronomia para medir massas, entre outras coisas de matéria obscura, o misterioso componente do universo que pode ter provocado o impacto do asteroide que aniquilou os dinossauros.
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O mapa do seu mundo: Agentes Ambientais Voluntários participam de oficina de monitoramento ambiental

Os Agentes Ambientais Voluntários percorrem os rios, os lagos, os igarapés, as trilhas na floresta ou as comunidades rurais. Na rota da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Amanã, no Amazonas, eles já conhecem os caminhos, os atalhos e as regiões onde se concentram os conflitos do uso da área. Todo esse conhecimento tradicional dos moradores da região é uma ferramenta importante para a realização do trabalho de agente ambiental. Para ampliar estes conhecimentos, cerca de treze agentes desta unidade de conservação participaram de um curso de técnicas de mapeamento e monitoramento ambiental, com pesquisadores do Instituto Mamirauá.

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A atividade foi realizada entre os dias 25 e 26 de maio na comunidade Calafate. O curso foi oferecido pelo Instituto Mamirauá – que atua como uma unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações – como um reforço para alguns dos agentes já credenciados pelo programa.  “Ensiná-los a ler os mapas e a entender o que é essa informação e como elaborar isso é muito importante no papel deles como orientadores do uso correto dos recursos. Isso facilita, é um instrumento a mais para eles conversarem com a comunidade, entenderem o que está ali no espaço”, contou Jéssica dos Santos, que é pesquisadora no Instituto e ministrou o curso.

A pesquisadora destaca que os agentes ambientais possuem um importante papel de coleta de dados da unidade de conservação, que servem como subsídio para o desenvolvimento de pesquisas científicas ou para o planejamento de ações. “Na proteção ambiental, esses dados auxiliam os parceiros do instituto a visualizarem onde estão acontecendo os conflitos, para cada tipo de uso ilícito, e direcionarem mais as ações”, disse.

Durante o curso, os agentes participaram de aulas teóricas e práticas. Entre as atividades, os agentes trabalharam com a produção de croquis e mapas mentais, imagens de satélite, e aparelho de navegação GNSS, popularmente conhecido como GPS. “Discutir, na realidade deles, o que causa conflito nas comunidades, o que seriam usos indevidos da floresta e, a partir disso, como mapear essa informação pra gerar dados para o monitoramento e ajudar a controlar isso. Orientamos como elaborar mapas e croquis, de forma que a informação possa ser aproveitada como um dado para monitoramento, mesmo quando não possuem ferramentas para registro mais preciso, como o GPS “, contou.

Luís Sérgio dos Reis é agente ambiental na comunidade Boa Esperança, e traz uma frase forte para os outros colegas de trabalho: “eu falo que meu professor é o mundo e a professora é a necessidade, que faz a gente correr atrás do objetivo que tem”. Seu Luís falou sobre o que mais gostou nas oficinas. “O mais interessante é comprovar o trabalho da gente, quando eu mando uma informação, que tiro uma coordenada geográfica, isso é um registro que o instituto coloca num banco de dados, cada informação em um mapa”, contou.

O programa Agente Ambiental Voluntário é implementado pelo Departamento de Mudanças Climáticas e Gestão de Unidades de Conservação, do Governo do Amazonas, com parceria do Instituto Mamirauá. A ação conta com recursos do Fundo Amazônia, gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES).

Texto: Amanda Lelis
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Casamento contribui para uma vida mais longa

De acordo com um novo estudo, o casamento aumenta a sobrevida de diabéticos e cardíacos

Casamento
A ciência já mostrou diversas vezes benefícios associados ao casamento, como proteção da saúde cardíacaredução de dores e melhora no tratamento contra o câncer. Agora, um novo estudo sugere que aqueles que tem um parceiro na saúde e na doença podem ter uma vida mais longa e saudável.
A pesquisa, realizada pela Escola Médica da Universidade de Aston, no Reino Unido, mostrou que pessoas casadas que possuem algum dos três fatores mais comuns de risco cardíaco – pressão alta, alto nível de colesterol e diabetes tipo 2 – têm mais chances de viver mais do que pessoas solteiras com esses problemas. Segundo os especialistas, o apoio entre os parceiros contribui para um bom estilo de vida e melhor adesão ao tratamento.

Redução de riscos

Para chegar a esse resultado, os pesquisadores analisaram um banco com dados de mais de um milhão de pacientes entre 2000 e 2013. Os participantes tinham, em média, 60 anos de idade e cada um deles foi rastreado por cerca de cinco anos. Os resultados mostrara que os participantes com alto nível de colesterol, mas que eram casados,  tinham 16% mais chance de sobreviver a esse período do que os solteiros.
O matrimônio também foi benéfico para pessoas com diabetes e pressão alta. No primeiro grupo, o aumento da sobrevida foi de 14% e no segundo, de 10%.
O estudo é um dos maiores do gênero e foi apresentado durante a conferência da Sociedade Cardiovascular Britânica, realizada em Manchester. “Nossa pesquisa sugere que o casamento tem um efeito protetor, que se deve provavelmente ao apoio no controle dos principais fatores de risco para doenças cardíacas“, disse Paul Carter, principal autor do estudo, ao Daily Mail.

Apoio social

Uma pesquisa anterior já havia sugerido que pessoas casadas têm 71% mais chances de sobreviver a um acidente vascular cerebral (AVC) e 14% de sobreviver a um ataque cardíaco. No entanto, o casamento não é necessariamente a causa desses benefícios. “As descobertas não devem ser vistas como um motivo para se casar, mas como encorajamento para que as pessoas construam fortes redes de apoio com amigos e familiares”, disse Carter.
De acordo com Mike Knapton, da Fundação Britânica do Coração, as interações sociais são importantes determinantes para a saúde e o bem-estar. “Caso não seja casado, se você tem algum dos principais fatores de risco para doenças cardíacas, você pode recorrer a pessoas próximas para ajudá-lo a gerenciá-los”.

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Chapada dos Guimarães ganha cadeira de rodas adaptada

Com o equipamento, pessoas com deficiência ou limitações físicas poderão praticar esportes de montanha no parque 
por Portal BrasilPublicado07/06/2017 18h38Última modificação07/06/2017 18h38
Divulgação/Montanha Para TodosDoação da cadeira será feita pela Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia de Mato Grosso
Doação da cadeira será feita pela Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia de Mato Grosso
O Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso, recebe, neste sábado (10), uma cadeira de rodas adaptada para que pessoas com deficiências ou limitações físicas possam praticar esportes de montanha.
A cadeira será usada para permitir acessibilidade de cadeirantes até o mirante da Cachoeira Véu de Noiva, atrativo mais visitado da Chapada, administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
O equipamento será doado pela Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (Sbot), seção Mato Grosso, que também deverá reformar o auditório e banheiro do parque, o que deve tornar os locais acessíveis a pessoas com dificuldade de locomoção.
A Sbot é colaboradora do projeto Montanha para Todos e escolheu o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães para receber a doação de Julietti, nome dado à cadeira adaptada, que foi desenvolvida por Guilherme Simões Cordeiro e Juliana Tozzi, para ajudar a própria Juliana e todas as pessoas com mobilidade reduzida a curtir trilhas de difícil acesso.
O projeto Montanha para Todos foi idealizado e desenvolvido por Guilherme e Juliana e tem como objetivo espalhar Juliettis por todo Brasil e permitir que pessoas com deficiência possam realizar atividades na natureza sem qualquer custo.
Fonte: Portal Brasil, com informações do ICMBio

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segunda-feira, 5 de junho de 2017

Pesquisadores criam repelente contra Aedes aegypti a partir de planta amazônica

Mosquito da dengue

Estudos comprovaram que extratos da aninga, encontrada em áreas alagadas da floresta, inibem crescimento dos ovos
por Portal BrasilPublicado01/06/2017 19h16Última modificação05/06/2017 16h10
Divulgação/Museu GoeldiPesquisadores constataram que não havia mosquitos transmissores da malária onde era encontrada a planta
Pesquisadores constataram que não havia mosquitos transmissores da malária onde era encontrada a planta
A luta contra o Aedes aegypti, mosquito transmissor de doenças como dengue e zika vírus, está prestes a ganhar uma nova arma. Pesquisadores do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) estão desenvolvendo um larvicida e repelente à base de aninga, planta encontrada nas áreas alagadas da Amazônia.
Segundo a pesquisadora Cristine Bastos do Amarante, os estudos para criar o repelente contra o Aedes começaram há três anos com a participação de 20 pesquisadores e devem durar mais cinco anos. Os cientistas trabalham no desenvolvimento de um composto produzido com os óleos essenciais e extratos das espécies do gênero Montrichardia, do qual a aninga faz parte.
A pesquisa começou há dez anos, após a constatação de ribeirinhos de que não havia mosquitos transmissores da malária nos locais onde era encontrada a Montrichardia linifera, nome científico da aninga.
"Isso nos motivou a levar ao laboratório, estudar a composição química e fazer ensaios com a aninga. Vimos que, realmente, os extratos dessa planta inibiram o crescimento dos ovos do Plasmodium falciparum, que é o parasita causador da malária. Repetimos os testes e começamos a ter resultados positivos", relata Cristine Bastos.
"Publicamos um estudo em 2010 sobre o combate à malária. Agora estamos estendendo os estudos para o Aedes. Esperamos bons resultados pelas substâncias que já encontramos, que são reconhecidamente repelentes na literatura. Queremos desenvolver uma formulação ou transferir essa tecnologia para uma empresa", disse a pesquisadora.
De acordo com informações do Ministério da Saúde, em 2016, pelo menos 794 pessoas morreram no País em consequência das doenças transmitidas como dengue, zika e febre chikungunya. 
Fonte: Portal Brasil, com informações do MCTIC
Todo o conteúdo deste site está publicado sob a licença Creative CommonsCC BY ND 3.0 Brasil CC BY ND 3.0 Brasilhttp://www.brasil.gov.br/ciencia-e-tecnologia/2017/06/pesquisadores-criam-repelente-contra-aedes-aegypti-a-partir-de-planta-amazonica
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Maior avião do mundo sai à pista

O Stratolaunch, do cofundador da Microsoft Paul Allen, foi projetado para colocar foguetes em órbita

Madri / Los Angeles 
o avião mais grande do mundo

O Stratolaunch, fora do hangar no deserto de Mojave.  AFP

avião Stratolaunch, uma gigantesca aeronave de duas cabines e uma asa de 117 metros de envergadura, criado para colocar foguetes em órbita, saiu na quarta-feira, dia 31 de maio, pela primeira vez do hangar onde está sendo montado no deserto de Mojave (Califórnia) para seus primeiros testes. O maior equipamento voador já construído é um projeto da companhia Stratolaunch Systems, do multimilionário filantropo e cofundador da Microsoft Paul Allen. O lançamento de teste está previsto para 2019.


 


O maior avião do mundo é formado por dois corpos, unidos por sua asa de 117 metros — mais do que o comprimento de um campo de futebol profissional —, mede 72 metros da ponta à cauda e sua altura máxima é de 15 metros na cauda. Tem seis motores como os usados por um Boeing 747 e pesa 227 toneladas. Foi criado para carregar foguetes e satélites a baixas órbitas da Terra, desde que a carga não pese mais de 590 toneladas. O aspecto é de um catamarã aéreo.
O avião se desloca por terra graças a suas 28 rodas, com as quais terá de percorrer e tomar velocidade de decolagem durante os 3,6 quilômetros de pista de que vai precisar para alçar voo, diante dos dois quilômetros necessários para um avião comercial convencional. Já no ar, o plano consiste em subir até uma altitude máxima de 10,6 quilômetros, colocar a carga em órbita e voltar.


“Isso marca o fim da fase inicial de construção da aeronave e o início da fase de testes em terra (...): motores e taxiamento [deslocamento pela pista] antes do primeiro voo”, afirmou Jean Floyd, presidente da empresa, em um comunicado em função do início da fase de teses. “O Stratolaunch está em vias de realizar seu primeiro teste de lançamento [ao espaço] em 2019”, afirmou Floyd.
O plano é colocar em órbita um foguete Pegasus XL, usado normalmente para transportar satélites. O foguete iria para decolagem no meio das duas fuselagens do avião gigantesco. “Isso marca um passo histórico em nosso trabalho para alcançar a visão de Paul G. Allen de dar acesso à órbita baixa da Terra”, acrescentou o executivo.
O comunicado da empresa anuncia que nos próximos meses “começarão os testes de terra e voo” nas pistas do Mojave. O objetivo é fazer a primeira demonstração de lançamento em 2019.
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Descoberto o planeta mais quente do universo

O planeta Kelt-9b, duas vezes maior do que Júpiter, registra temperatura de 4.300 graus

Kelt-9b
Ilustração da estrela Kelt-9 e seu planeta
Durante anos, astrônomos de todo o mundo competem para encontrar o planeta mais parecido com a Terra fora do sistema solar. Utilizam telescópios terrestres e espaciais para rastrear o universo em busca de mundos rochosos, com uma atmosfera protetora, água líquida e, possivelmente, vida.

 

Nesta segunda-feira, uma equipe de astrônomos apresenta uma descoberta oposta a tudo isso, mas não menos apaixonante. O planeta foi identificado com um telescópio extremamente pequeno, chamado de KELT, cujo objetivo é detectar exoplanetas ao redor de estrelas muito maiores, brilhantes e violentas do que o Sol. Esses astros parecem abrigar muito menos planetas do que as estrelas menores, e uma possível explicação é que esses mundos acabam sendo devorados por sua estrela ou desintegrados pela intensa radiação.
Os responsáveis pelo telescópio descrevem nesta segunda-feira, na revista Nature, o Kelt-9b, um planeta gasoso cerca de duas vezes maior do que Júpiter e que está 30 vezes mais perto de sua estrela do que a Terra do Sol, o que o torna o gigante gasoso mais quente descoberto até o momento.
O novo mundo está a 650 anos-luz. Lá, um ano terrestre dura um dia e meio, o tempo necessário para dar uma volta em torno da estrela. O Kelt 9-b oferece sempre a mesma face ao seu astro. A temperatura na face iluminada ultrapassa 4.300 graus, quase 10 vezes mais do que em Vênus, o planeta mais quente do sistema solar. O calor e a radiação fazem com que os átomos da atmosfera vibrem tanto que é impossível que se unam para formar água ou qualquer outra molécula com a qual possa ser possível construir uma química minimamente habitável.
O planeta poderia ser engolido por sua estrela em 200 milhões de anos

Um futuro brilhante

O planeta apresenta os mesmos mistérios que outros gigantes gasosos, mais parecidos com estrelas do que com planetas. O Kelt-9b leva isso ao extremo, pois sua temperatura é mais elevada do que a da maioria das estrelas. “Além de hidrogênio e hélio, os elementos detectados são metais neutros, como potássio e sódio”, diz Scott Gaudi, astrônomo da Universidade do Estado de Ohio (EUA) e coordenador do estudo. É um mistério se este júpiterquente tem um núcleo sólido, embora “segundo a maioria das teorias de formação planetária, deveria ter um e ser composto de rocha e gelo a uma temperatura de cerca de 50.000 kelvin [49.700 graus]”, disse Gaudi.
Com os atuais níveis de radiação ultravioleta, o planeta perderia toda sua atmosfera em 600 milhões de anos, com isso expondo seu núcleo. Mas muito antes, em 200 milhões de anos, a estrela consumirá todo o hidrogênio contido e iniciará um processo de envelhecimento e morte, que triplicará seu tamanho. Se ainda restar algo do planeta, é possível que seja engolido, causando uma grande explosão de luz, explica o estudo.
“Este planeta é o mais distante em termos de vida, o mais extremo, o mais inóspito e infernal, mas, graças ao estudo de sua atmosfera, vamos aprender uma nova astrofísica”, destaca Ignasi Ribas, pesquisador do Instituto de Ciências do Espaço, em Barcelona. A descoberta também reforça a ideia de que “existem planetas em toda parte, inclusive nas estrelas mais quentes”, acrescenta o astrônomo.
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VIDHA LINUS

CONSULTORIA AMBIENTAL LICENÇAS,ELABORAÇÃO EIV, PRAD. Av Radial B, 122 Bairro Mangueiral CEP 42807-380 CAMAÇARI - BAHIA 71 3040 5033 99168 5797 VBRAMBIENTAL@YAHOO.COM.BR

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