Meio Ambiente & Desenvolvimento Humano

sexta-feira, 16 de junho de 2017

Senge conquista vitória na garantia do Salário Mínimo Profissional

16/06/2017

Resultado de imagem para ENGENHEIROS
FOTO ILUSTRATIVA GOOGLE

 
A Lei nº 4950-A, que regulamenta o Salário Mínimo Profissional, foi aprovada em Abril de 1966. Apesar de ter sido vetada integralmente pelo presidente militar Castelo Branco, o veto foi derrubado por 3/5 dos votos do Congresso Nacional, como determinava a Constituição em vigor na época. O segundo presidente do ciclo militar, Marechal Costa e Silva, solicitou a inconstitucionalidade da Lei no Supremo Tribunal Federal em 1969, obtendo uma vitória parcial que foi a exclusão dos servidores públicos estatutários nos níveis federal, estadual e municipal.

Em voto expresso pela ex-ministra do STF Ellen Grace em 2013, foi aprovada súmula vinculante que reconhece a constitucionalidade do estabelecimento de Salário Mínimo Profissional para os profissionais celetistas de empresas privadas, publicas e de controladas pelo Estado. Porém não foi reconhecida a obrigatoriedade do pagamento do Salário Mínimo Profissional para os Engenheiros, Geólogos e Médicos veterinários servidores públicos.


É importante ressaltar que, quando a Lei foi aprovada em 1966, não havia distinção entre servidores públicos, celetistas e empregados da iniciativa privada, sendo que posteriormente, em 1969, foi declarada a inconstitucionalidade para os servidores públicos estatutários hoje classificados como RJU – Regime Jurídico Único.


Nos últimos anos, o Sindicato dos Engenheiros da Bahia ingressou com várias ações contra empresas privadas e públicas por não cumprimento do Salário Mínimo Profissional, obtendo êxito na quase totalidade dos casos, como recentemente ocorreu em ações coletivas contra a EMBASA e a CERB que estão em processo de execução. Via de regra, as empresas usam os seguintes argumentos para não pagar o Salário Mínimo Profissional:
1-   Mudança na nomenclatura do cargo exercido para descaracterizá-lo como atividade de engenharia. Exemplo: Analista ambiental, de infraestrutura e etc.;
2-   A inconstitucionalidade da Lei 4950-A, pois os valores não estão expressos em reais;


Ação do sindicato em relação ao cumprimento do Salário Mínimo Profissional, é inicialmente, notificar a empresa por via administrativa abrindo um processo de negociação. Caso este não tenha êxito é impetrada ação judicial.


A partir de 2011, o SENGE–BA celebrou acordos com algumas empresas que sempre são submetidos à aprovação dos Engenheiros empregados, realizou negociações com prefeituras para pagamento do Salário Mínimo Profissional a engenheiros servidores públicos do Regime Jurídico Único das Prefeituras - a exemplo de Vitoria da Conquista e Salvador - e realizou notificações extrajudiciais e impetrou ações nos concursos que não respeitavam o Salário Mínimo Profissional, sendo que, nos casos de suspensão de concursos e/ou processos de seleção o êxito foi insignificante.


Atualmente o SENGE-BA está em processo de ajuizar ações contra entidades não governamentais que participam de editais de apoio técnico à agricultura familiar e contratam profissionais Engenheiros Agrônomos com denominação genérica, englobando, muitas vezes, profissionais de áreas diversas como: de sociologia, direito, pedagogia, biologia e etc. A dificuldade atual é que os profissionais fazem a denuncia anônima mas não identificam a organização prestadora de serviços.


É importante que os profissionais de Engenharia procure o seu sindicato dos Engenheiros da Bahia representante legal da nossa categoria profissional
O SENGE-BA nestes 80 anos a serem completados em 27 de setembro de 2017, reafirma o seu COMPROMISSO COM A ENGENHARIA E COM O BRASIL.


Não fique só, fique sócio do SENGE -BA

Engenheiro Ubiratan Félix
Presidente do SENGE-BA

Fonte: Senge BA
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“Oitava maravilha” pode ser encontrada na Nova Zelândia

Cientistas afirmam ter descoberto localização exata dos Terraços Rosa e Branco, soterrados por uma erupção vulcânica em 1886

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Terraços Rosa e Branco, às margens do Lago Rotomahana em panorama do pintor John Barr Clarke Hoyte (1870). (Hocken Library/Reprodução)

Uma dupla de cientistas afirma que os Terraços Rosa e Branco, atração natural da Nova Zelândia soterrada por uma erupção vulcânica há 131 anos, pode estar a um passo de ser redescoberta. Em um estudo publicado no Journal of the Royal Society of New Zealand, na última semana, os pesquisadores afirmam ter encontrado a localização exata dos terraços, que estariam a cerca de quinze metros da superfície, sob toneladas de lama e cinza.

“Oitava maravilha”

Os Terraços Rosa e Branco eram cascatas que exibiam uma coloração característica branca e rosada no Lago Rotomahana, na ilha Norte da Nova Zelândia. A formação atraía turistas de toda a Europa no século XIX e, por sua beleza, costumava ser descrita como a “oitava maravilha do mundo”. Em 1886, uma erupção do Vulcão Tarawera destruiu o local.
Na última década, pesquisas foram conduzidas no local para averiguar se alguma parte dos terraços havia resistido, mas todas apontavam para a sua completa destruição. Contudo, o local exato da formação jamais havia sido encontrado. Para tentar verificar se algo dos terraços ainda poderia estar submerso, os pesquisadores neozeolandeses Rex Bunn e Sascha Nolden pesquisaram mapas e anotações do geólogo austro-alemão Ferdinand von Hochstetter (1824-1884) feitas antes da erupção de 1886. Hochstetter deu descrições detalhadas da localização dos terraços no século XIX e, com a aplicação dessas informações a um mapa topográfico atualizado da região, Bunn e Nolden acreditam ter encontrado a localização precisa da antiga formação.
De acordo com os pesquisadores, ainda é necessária uma investigação mais ampla, que inclua captura de imagens e perfuração do solo, para examinar a região e poder determinar possíveis escavações no local. Segundo Bunn, o local pode estar soterrado, mas em boas condições e a retirada da lama e cinzas poderia restaurar a formação para o turismo.

Lago Rotomahana
Lago Rotomahana, no vale vulcânico de Waimangu, na Nova Zelândia (Michael Runkel/Robertharding/Getty Images)


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Bolsa Verde estimula reflorestamento

Na Reserva Extrativista Delta do Parnaíba, 22% das famílias recebem o benefício como contrapartida à preservação ambiental.

Sexta, 16 Junho 2017 00:00

RENATA MELIGA (texto) e GILBERTO SOARES (fotos)
Enviados especiais ao Delta do Parnaíba
Gilberto Soares/MMA                                Plantio na comunidade de Canárias



Quase três mil famílias da Reserva Extrativista Marinha Delta do Parnaíba, localizada entre os estados do Maranhão e Piauí, vivem da pesca artesanal e, especialmente, da cata de caranguejo. Dessas famílias, 639 (22%) recebem recursos do Programa Bolsa Verde, do Ministério do Meio Ambiente (MMA), como um estímulo à preservação do ecossistema.

O Bolsa Verde apoia a superação da pobreza em unidades de conservação de uso sustentável, concedendo R$ 300, a cada três meses, a famílias em situação de extrema pobreza que desenvolvem atividades de conservação.

De acordo com gerente de projeto do Departamento de Extrativismo do MMA Leonardo Pacheco, resultado do monitoramento da cobertura vegetal nas áreas atingidas pelo Bolsa Verde, realizado pelo ministério, em parceria com a Universidade Federal de Lavras (MG), aponta que houve regeneração da vegetação nessas regiões.

Pacheco explica que ao longo dos anos, a partir do momento em que as pessoas residentes nas unidades de conservação passam a receber recursos do programa, é possível observar que a área desmatada é menor. “Ainda não podemos afirmar, contudo, que a diminuição da área antrópica está diretamente relacionada com a atuação dos beneficiários do Bolsa Verde. Estamos dando início a estudos que possam fazer essa relação, mas os números nos dão uma boa perspectiva nesse sentido”, esclareceu Leonardo.

Com uma área de 27 mil hectares, a reserva extrativista está inserida nos municípios de Araioses e Água Doce, no Maranhão, e Ilha Grande, no Piauí. Além da pesca e da cata do caranguejo, os moradores das comunidades praticam outras atividades tradicionais como a cata de mariscos, retirada do pó da carnaúba, aproveitamento de frutas, agricultura familiar e artesanato.

CANÁRIAS

Há 16 anos, Maria da Conceição Araújo Silva (foto abaixo), 29 anos, vive na comunidade de Canárias, uma das cinco que fazem parte da Resex. Pescadora profissional, ela é beneficiária do Programa Bolsa Verde e acredita que a conservação do meio ambiente tem relação direta com a subsistência da sua família. “O programa foi uma grande melhoria aqui para a comunidade. Ele mudou muito minha vida. Além de ajudar na questão financeira, contribui para o nosso conhecimento em relação à importância de preservar o meio ambiente. Se você não preservar, como é que você vai ter um futuro melhor para os seus próprios filhos? ”, questionou a pescadora.



Também para garantir o futuro de seus descendentes, a pescadora Maria Iracélia Lima de Carvalho, 31 anos, se engajou na questão ambiental. Iracélia é uma das beneficiárias do programa que está à frente do mutirão de plantio de mangue na região. No último evento, realizado em maio deste ano, ela mobilizou e incentivou toda a população a participar da atividade. Segundo Iracélia, embora a região seja muito rica em biodiversidade, a população vive de maneira bastante humilde. “Com a chegada do Bolsa Verde, as pessoas começaram a se preocupar mais com a questão da natureza. O programa nos trouxe benefícios econômicos e mais consciência ambiental para a população”.

Maria Iracélia acrescentou, ainda, que o plantio e a preocupação com o meio ambiente são extremamente importantes. “O que nós estamos fazendo aqui irá refletir diretamente na vida dos nossos filhos no futuro. O mangue protege o camarão, o caranguejo. É do mangue que tiramos o nosso sustento”, enfatizou. Para a pescadora, é muito bom poder contribuir para a natureza. “Espero que essa experiência possa ser passada de pai para filho e que possamos todos proteger nossa ilha”, concluiu.
Nascida em Canárias, Lucineide Alves Marques (foto abaixo), 40 anos, também tem a consciência de que proteger a biodiversidade é de extrema importância para a garantia de seu sustento. “Acho que nós devemos proteger mais a natureza. Queremos melhorar para termos os peixes sempre em nossa ilha. Os peixes se reproduzem no mangue e desmatando o mangue nós é que saímos prejudicadas”, lembrou.



FORTALECIMENTO 

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) é o órgão responsável pela gestão das unidades de conservação federais. Segundo a gestora da Resex, Tatiana Rehder, a “comunidade de Canarias passa por um processo de fortalecimento comunitário e que, aos poucos está sendo feita uma construção coletiva de ações na região.

“Estamos reestabelecendo a confiança e propiciando atividades que já apontam para o fortalecimento das associações locais. É o início de um processo de organização e os primeiros passos para a gestão da pesca. Sobre a pesca, várias oficinas foram realizadas com os pescadores para a discussão e construção coletiva de como melhorar a estabelecer regras sobre as pescarias. O primeiro passo foi e continua sendo, o fortalecimento comunitário”, disse.
 
PLANTIO

Em visita recente à Reserva Extrativista Marinha de Delta do Parnaíba, o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, se comprometeu a dar prioridade na elaboração do plano de manejo e a estudar a ampliação da área da Resex. Na ocasião, o ministro participou da ação para recuperação de área de manguezal degrada na Ilha das Canárias. Cerca de dois mil pés de siriba (espécie comum em mangues) foram plantados nos limites da Resex.

Acesse fotos

A atividade faz parte de uma iniciativa da própria comunidade e conta com apoio do ICMBio, da Universidade Federal do Piauí (UFPI) e das organizações não governamentais Comissão Ilha Ativa e Rare.

Ao participar do plantio das mudas, o ministro Sarney filho explicou que, nas localidades onde o Programa Bolsa Verde foi implantado, o desmatamento é menor do que em áreas em que ele ainda não existe. “Aqui mesmo, na Resex do Delta do Parnaíba, todo programa de plantio do manguezal foi feito por beneficiários do Bolsa Verde, principalmente por mulheres. O Bolsa não é um programa meramente social, é um programa ambiental e está diretamente ligado a unidades de conservação de sustentabilidade”, disse.

Assista ao depoimento do ministro Sarney Filho

O idealizador do projeto, Francisco das Chagas Rodrigues (foto abaixo), integrante do Grupo de Assessoramento Técnico do Plano de Ação Nacional para a Conservação das Espécies Ameaçadas e de Importância Socioeconômica do Ecossistema Manguezal (PAN Manguezal), explicou que a proposta surgiu após observar várias áreas na região que estavam sem vegetação nativa, degradadas.



Rodrigues teve a ideia de convidar mulheres beneficiárias do Programa Bolsa Verde para ajudá-lo a reflorestar essas áreas. “É isso que temos feito. Esta é a terceira atividade de plantio, mas gostaria de contar com pessoas de toda a comunidade e não apenas dos beneficiários do Bolsa Verde. Mas, enquanto houver áreas degradadas e gente disposta a plantar, continuarei a lutar”, contou.

DELTA

O Delta do Paranaíba, único delta em mar aberto das Américas, localizado entre os estados do Maranhão e Piauí, além de ser um santuário de reprodução e alimentação de peixes, caranguejos, mariscos, lagostas e camarões, compõe uma vasta área de grande produtividade e exuberância natural. Composto por mais de 75 ilhas, está inserido em duas unidades de conservação: Resex Marinha Delta do Paranaíba e da Área de Proteção Ambiental Delta do Parnaíba.

Os manguezais, praias e estuários deste território garantem a reprodução e alimentação da vida marinha, desempenhando papel fundamental no equilíbrio ecológico da região.

Aproximadamente dez mil famílias, tanto da Resex quanto do entorno, vivem da pesca artesanal até os dias de hoje na região do Delta, utilizando técnicas tradicionais, o que justificou a criação da Resex Marinha Delta do Parnaíba.

Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA): (61) 2028-1227
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Cientistas criam microesferas ecológicas para cosméticos

Uma solução promissora para a poluição causada por microesferas plásticas em rios e oceanos do mundo

Pesquisadores do Centro de Tecnologias Sustentáveis ​​da Universidade de Bath, no Reino Unido. (University of Bath/Divulgação)

São Paulo – Centenas de cosméticos e produtos de higiene pessoal possuem em sua formulação microesferas plásticas que conferem textura mais leve a sua composição ou funcionam como esfoliantes. Medindo menos de 0,5 milímetros, essas partículas passam incólumes pelas redes de tratamento de esgoto e acabam poluindo rios e oceanos.

Estima-se que, em um único banho, 100 mil partículas de plástico sejam despejadas no meio ambientePor serem tão pequenas, elas são ingeridas por zooplânctons (seres que estão na base da cadeia alimentar marinha), mariscos, peixes e, por tabela, nós, humanos.

Para piorar, o plástico no oceano atrai substâncias químicas tóxicas, como poluentes orgânicos persistentes, e, portanto, pode ser muitas vezes mais tóxico do que a água circundante. Não à toa, os Estados Unidos resolveram banir, em 2016, o uso de microesferas plásticas em cosméticos, enquanto Canadá e União Europeia endurecem suas regulações a respeito.

Mas os esforços vão além do comando e controle, abrangendo a pesquisa de substitutos mais ecológicos para aplicação na indústria. Eis que pesquisadores britânicos do Centro de Tecnologias Químicas Sustentáveis (CSCT) da Universidade de Bath desenvolveram uma alternativa renovável e biodegradável para as microesferas de plástico.

As novas microesferas são feitas de celulose, que é o material que forma as fibras resistentes encontradas na madeira e nas plantas. Os cientistas dissolvem a celulose para formar pequenas gotículas que são então “ajustadas” ao formato  desejado.

Segundo os pesquisadores, essas micropartículas de celulose são robustas o suficiente para permanecerem estáveis ​​em um produto de higiene ou cosmético, mas podem ser “quebradas” nos processos de tratamento de esgoto, ou mesmo no ambiente natural em um curto período de tempo, o que não acontece com as partículas derivadas de petróleo.

Os resultados foram publicados na revista ACS Sustainable Chemistry and Engineering. Segundo a equipe de cientistas, o processo é escalável e renovável, sendo possível recuperar celulose do lixo descartado pela indústria de fabricação de papel, por exemplo.

Para desenvolver as partículas ecológicas, a equipe contam com financiamento de pouco mais de 1 milhão de euros do Conselho de Pesquisa em Engenharia e Ciências Físicas do Reino Unido. Nas próximas etapas, eles trabalharão com parceiros industriais para desenvolver versões que possam ser utilizadas comercialmente em cosméticos e produtos de higiene pessoal.

http://exame.abril.com.br/ciencia/cientistas-criam-microesfera-ecologica-de-celulose-para-cosmetico/ 
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Cientistas desvendam mecanismo que nos permite reconhecer rostos

Estudo consegue reproduzir as imagens que macacos criam ao enxergar faces humanas - usando somente os estímulos elétricos dos cérebros deles

(amoklv/iStock)
A mágica acontece é uma área específica do cérebro: o lobo temporal inferior. Por lá, as diferentes faces que enxergamos todos os dias são reconhecidas a partir de um processo complexo. É esse mecanismo que te torna capaz de perceber que sua namorada mudou de cabelo ou reparar que o colega de escritório deixou o bigode crescer, por exemplo. Apesar disso, o funcionamento de tais células especialistas nunca tinha sido investigado a fundo.

Para elucidar a questão, pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Califórnia combinaram o uso de ressonância magnética à análise do comportamento de neurônios do cérebro de macacos (Macaca mulatta).

Em um experimento, testaram como os bichos reagiam a fotos de mais de 2 mil rostos humanos. Os cientistas marcaram, em cada rosto, pontos que ajudariam a determinar cerca de 50 diferentes características. Aqui entram desde fatores mais gerais como a cor dos olhos ou o tom de pele até outros específicos – como a distância entre os olhos, tamanho do nariz e etc. Tudo para entender quais aspectos físicos ativavam mais ou menos os neurônios ligados ao reconhecimento de rostos.

http://super.abril.com.br/ciencia/cientistas-desvendam-mecanismo-que-nos-permite-reconhecer-rostos/

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quarta-feira, 14 de junho de 2017

Um exame do cérebro mostra onde se esconde a compaixão humana

A empatia pela dor alheia ativa os mesmos padrões cerebrais em várias pessoas

ELPAIS/BRASIL
O pequeno Omran, de cinco anos, sobreviveu a um bombardeio na cidade síria de Alepo em agosto do ano passado.
O pequeno Omran, de cinco anos, sobreviveu a um bombardeio na cidade síria de Alepo em agosto do ano passado. AP
A imagem do pequeno Omran, coberto de pó e ensanguentado, que abre esta matéria, provoca na maioria das pessoas uma intensa empatia. A fotografia do pobre Aylan, com sua camiseta vermelha e suas calças azuis, sem vida em uma praia turca, também suscita imensa empatia. Mas são empatias diferentes. A primeira gera compaixão, solidariedade e vontade de ajudar Omran. A segunda, dor, angústia e até vontade de olhar para o outro lado. Um estudo mostra agora as bases cerebrais das duas emoções.

A empatia é um mecanismo neuronal básico nos humanos. Nas comunidades primitivas, essa capacidade de interpretar os estados mentais do outro e colocar-se em seu lugar servia para saber se os que se aproximavam do grupo tinham boas ou más intenções. A empatia é fundamental para as relações humanas. Tanto que, com exceção de psicopatas e determinados autistas, todos os humanos são seres empáticos. Um grupo de pesquisadores dos EUA estudou em que parte do cérebro se gera e se é igual em diferentes pessoas.

Os cérebros de 66 voluntários foram submetidos a exames de ressonância magnética funcional enquanto ouviam testemunhos reais de dramas humanos, alguns com final feliz, outros não. Fora do equipamento, os voluntários tiveram de avaliar como cada história os fez sentir. A primeira coisa que comprovaram é que a empatia não se restringe a uma região determinada do cérebro – muitas interferem, e com funções bem diferentes. “O cérebro não é um sistema de módulos no qual há uma região encarregada da empatia. Trata-se de um processo distribuído”, diz o diretor do laboratório de neurociência da Universidade do Colorado, em Boulder (EUA), e coautor do estudo, Tor Wager.
A partir da empatia despertada pelas histórias, os pesquisadores puderam apreciar dois padrões bem diferenciados entre a que tem a ver com a solidariedade e a compaixão e a angústia empática. Da primeira participam regiões cerebrais como o córtex pré-frontal ventromedial e o córtex medial orbito-frontal, relacionados aos processos com os quais o cérebro avalia algo. “As mesmas regiões que interferem na avaliação da comida ou do dinheiro aparecem envolvidas em nosso estudo quanto à avaliação do bem-estar dos outros”, explica Yoni Ashar, membro do grupo de Wager e principal autor do estudo.


No entanto, histórias como a de um veterano de guerra que acaba mendigando nas ruas ou a de um doente de câncer que acaba mal, que despertam mais angústia do que compaixão, ativam outras regiões do cérebro, como o córtex pré-motor e o córtex somatossensorial primário. Ambas são conhecidas por participar dos processos chamados de espelho. “As regiões cerebrais que aparecem de preferência relacionadas à angústia empática também são ativadas enquanto experimentamos ou observamos ações, sensações e expressões faciais”, comenta Ashar.

Mas o resultado que mais chamou a atenção deste trabalho publicado na revista Neuron é que todas as pessoas examinadas demonstram padrões cerebrais muito semelhantes quando empatizam com os protagonistas de cada história. Apesar de a emoção ser muito pessoal, o padrão de ativação é comum. De fato, puderam usar esses padrões como marcadores para prever como outro grupo de 200 pessoas, cujo cérebro não foi escaneado, avaliaria as mesmas histórias ouvidas pelo primeiro. Os
pesquisadores acreditam que esses padrões podem, no futuro, ser úteis na detecção de transtornos como a psicopatia.

 

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Começa o espetáculo das jubartes em Abrolhos

Ponto alto da temporada de baleias na costa da Bahia é entre agosto e setembro, mas primeiros animais já dão o ar de sua graça. Parque nacional marinho ordena a visitação. Confira as regras 

Publicado: Quarta, 07 de Junho de 2017, 17h50   ICM

Enrico Marcovaldi Projeto Baleia Jubarte 9

Brasília (07/06/2017) – Está aberta mais uma temporada das baleias jubartes no Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, no litoral da Bahia. Como ocorre ao longo dos anos, as jubartes migram das água frias da Antártica para acasalamento, procriação e cuidados iniciais de seus filhotes. O banco dos Abrolhos representa o principal berçário das baleias no Atlântico Sul, sendo o arquipélago dos Abrolhos o ponto de maior concentração desses carismáticos animais.

As primeiras baleias foram observadas por visitantes no último dia 4. "Desde então, todos os dias turistas e funcionários da equipe do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos têm avistado, relatado e registrado fotos desses animais", diz o chefe da unidade de conservação, Fernando Repintaldo, analista do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Enrico Marcovaldi 25A observação das baleias jubartes é um dos principais atrativos do parque. O ponto alto da temporada de observação se dá entre os meses de agosto e setembro. Os passeios são realizados por meio de empresas credenciadas para operação da visitação comercial na UC. Para isso, elas cumprem todos os requisitos de qualidade e segurança no atendimento aos turistas, em sintonia com o ordenamento da visitação no parque nacional marinho.

Além das baleias, os visitantes podem contemplar toda a beleza singular do Arquipélago dos Abrolhos, realizar uma trilha monitorada em uma das ilhas que abriga centenas de ninhos de aves marinhas e praticar o mergulho livre e/ou autônomo no ambiente de maior diversidade recifal de todo o Atlântico Sul.

. Informações sobre visitação ao Parque Nacional Marinho dos Abrolhos aqui.

Normas para observação

No Brasil a atividade de observação de cetáceos é regulada por portaria específica do Ibama que apresenta normas de conduta que devem ser respeitadas, como manter distância mínima de cem metros dos animais, sendo que a partir de tal distância os motores das embarcações devem permanecer em ponto neutro, e a aproximação passa a ser uma decisão das baleias. Não é permitido mergulhar nem nadar junto a esses animais, devido aos riscos de acidentes que podem ocorrer no contato acidental entre os animais e humanos.

Atualmente, o Instituto Baleia Jubarte mantém monitoramento regular das temporadas reprodutivas das jubartes no Brasil, em especial na região do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, onde são monitorados aspectos da saúde, do tamanho das populações e da interação entre esses animais com as embarcações que trafegam na região. Até 2016, a população das jubartes em águas brasileiras foi estimada em 17.000 indivíduos.

Comunicação ICMBio – (61) 2028-9280 – com informações do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos

http://www.icmbio.gov.br/portal/ultimas-noticias/20-geral/8964-comeca-o-espetaculo-das-jubartes-em-abrolhos 
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Secretaria de Saúde emite alerta para notificação imediata em caso de peste bubônica no Ceará

42 municípios estão inseridos na vigilância da doença causada pela mesma bactéria da peste negra - que dizimou milhares de pessoas na Idade Média. Mas, não há notificação no CE desde 2005, e risco de epidemia é praticamente nulo

  17:15 | 13/06/2017       O POVO

Alerta para notificação imediata de peste bubônica foi emitido nessa segunda-feira, 12, pela Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa). O último caso da doença no Estado foi confirmado em 2005, por exame sorológico, no município de Pedra Branca. A nota técnica da secretaria orienta vigilância em 42 cidades cearenses.

A peste bubônica é transmitida pela bactéria Yersinia Pestis, a mesma da peste negra, doença que matou milhares de pessoas na Europa durante a Idade Média. Essa bactéria tem como vetores pulgas de dezenas de espécies. Os principais hospedeiros são os roedores, como camundongos, ratos, capivaras e até porquinhos-da-índia.

Humanos não são os hospedeiros naturais, mas contraem a doença sendo mordidos pelas pulgas infestadas nesses animais ou inalação de ar contaminado, no caso de pneumonia grave. O contato com os roedores ocorre, segundo a secretaria, quando o homem invade os ecossistemas desses hospedeiros infectados em atividades de caça, agricultura, comércio ou lazer.

Animais domésticos, tais como cães e gatos domésticos, também estão associados a algumas das principais espécies de pulgas da peste. " Fortaleza teve uma epidemia de peste no século XIX e primeiro metade do século 20. Nos dias de hoje, é muito improvável que ocorra epidemia porque as condições de vida mudaram", explica o médico infectologista e professor da Universidade Federal do Ceará (UFC), Roberto da Justa.

Ainda que a doença possa ocorrer em todo o território, inclusive urbano, o risco de epidemia é quase nulo devido às melhores condições de higiene. "Apesar de ainda termos muitos defeitos em termos de saneamento, a situação sanitária melhorou (em relação ao período de infestação). Era uma doença bem grave e dizimava muitas pessoas, mas contamos agora com antibióticos que há 100 anos não existiam", frisa.

No Estado, as áreas com focos de peste e, portanto, de importância para a vigilância, estão localizadas nas Serras de Baturité, Serra do Macaco, Uruburetama, Pedra Branca, Ibiapaba, Matas e Chapada do Araripe, conforme a nota técnica.
A nota da Sesa destaca que "a persistência desses focos deve ser considerada uma ameaça real e permanente de acometimento humano nessas regiões, que pode estender-se para outros lugares, inclusive centros urbanos, tornando-se imperativo que os técnicos de saúde estejam preparados para lidar com o problema".

Casos no CE
 
Na década de 1980, foram notificados 76 casos de peste bubônica no Ceará e na Paraíba, com a ocorrência de três mortes. Entre 1994 e 1997, foram confirmados laboratorialmente no Ceará três casos da doença - dois em Guaraciaba do Norte e um em Ipu.

De acordo com Roberto, o alerta não é motivo para pânico, mas é importante para prevenir qualquer forma da peste. A recomendação é, em ambientes mais rurais, proteger as pernas para evitar transmissão por roedores que possam estar contaminados.

Os sintomas da peste bubônica relatados na nota técnica da Sesa são mal-estar, abatimento, dor de cabeça, dores no corpo, vômitos, pulso acelerado, arrepios de frio, febre alta, bubões. Já a peste pneumônica pode acarretar arrepios de frio, dor de cabeça intensa, delírio ou prostração absoluta, respiração ofegante, tosse frequente, escarro abundante (a princípio claro, depois sanguinolento), e pulso acelerado.

A Sesa define como caso suspeito o paciente sintomático ganglionar (manifestação da bubões ou adenite dolorosa) ou respiratório (manifestação de tosse, dispneia, dor no peito, escarro muco-sanguinolento) com febre e/ou mais dos sintomas: calafrios, cefaleia, dores no corpo, fraqueza, anorexia, hipotensão e/ou pulso rápido/irregular oriundo de zonas ativas de ocorrência da peste (1 a 10 dias). 

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terça-feira, 13 de junho de 2017

Elevação do nível dos mares aumenta casos de desastres naturais na costa brasileira

Estudo produzido por especialistas brasileiros indica a formação de tempestades e ressacas em decorrência das mudanças climáticas. Segundo José Marengo, do Cemaden, país precisa avançar no conhecimento sobre o tema.
Por Ascom do MCTIC
Publicação: 13/06/2017 | 10:38
Última modificação: 13/06/2017 | 10:48
 
O nível médio dos mares subiu, em média, 19 centímetros entre os anos de 1901 e 2010.
Crédito: Agência Brasil
O nível do mar no litoral do Brasil deve aumentar nas próximas décadas. Em consequência disso, o risco de ocorrência de ressacas, enchentes, enxurradas e deslizamentos de terra nas cidades costeiras aumenta consideravelmente. As conclusões estão em relatório produzido por cientistas de todo o país a pedido do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PMBC), que reúne representantes dos ministérios da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e do Meio Ambiente (MMA), universidades e centros de pesquisa.
Segundo o documento, o aumento da temperatura média do planeta influencia diretamente a elevação do nível dos mares, decorrente da aceleração do derretimento da camada de gelo nos polos. Com mais calor e maior volume de água, aumenta-se o potencial de formação de tempestades ao longo da costa.
"O aumento do nível do mar, aliado ao aumento das tempestades, traz uma série de riscos para a ocorrência de eventos extremos na linha costeira. As chuvas ficam muito concentradas em regiões próximas à costa e, sendo de maior intensidade, podem causar impactos econômicos, sociais e ambientais em escala maior. O que buscamos com esse estudo foi mapear as vulnerabilidades das cidades brasileiras situadas próximas ao mar, avaliar o potencial de impactos e propor meios para termos ações preventivas ao invés de reagir aos episódios extremos depois que eles acontecem", explica o climatologista José Marengo, coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – entidade vinculada ao MCTIC – e colaborador do PBMC.
Ele alerta que uma das consequências da elevação do nível dos oceanos é a redução da faixa de areia. Em alguns casos, como em Recife (PE), o mar avançou 20 metros na Praia de Boa Viagem, um dos cartões postais do município e uma das áreas residenciais mais valorizadas da capital pernambucana. O mesmo acontece em Santos (SP), que abriga o maior porto da América Latina.
Marengo afirma que esse fenômeno eleva o potencial de ocorrências de ressacas. As ondas do mar chegam à costa com muito mais intensidade e avançam sobre as cidades. "Não é como nos filmes, em que uma onda gigantesca ‘afoga' a cidade. Mas já há casos em que o mar invade a cidade e entra em garagens, afetando carros e estações de energia. Isso é muito perigoso e traz muitos prejuízos. No futuro, isso pode ser mais frequente. Santos, por exemplo, já sofre com isso, porque a linha do mar é muito próxima das construções. Os estudos mostram que, com elevação de 50 centímetros do nível do mar, o centro histórico do Recife pode sofrer com as ressacas, podendo até perder parte do seu acervo histórico."
Mais informação
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 60% da população do país vive em cidades à beira-mar. Entretanto, não há estudos sobre a vulnerabilidade dos municípios litorâneos à elevação do nível do mar ou outros impactos decorrentes das mudanças climáticas.
"O Brasil ainda está engatinhando na produção de conhecimento sobre esse tema. Temos conhecimento, mas bastante reduzido. Poucas cidades têm. Em muitas vezes, os dados são inexistentes ou não estão disponíveis para o público. Os cientistas precisam deles para entender esses fenômenos climáticos e ajudar na prevenção", diz Marengo.
Diante deste cenário, o Cemaden busca ampliar sua área atuação para abarcar os desastres naturais ocorridos por conta da influência marítima, trabalho que não é feito atualmente. Para o pesquisador, este tipo de monitoramento vai ajudar na prevenção e enfrentamento de eventos extremos no país.
"O Cemaden trabalha com desastres naturais decorrentes de questões meteorológicas, como enchentes, enxurradas e deslizamentos de terra. Queremos colocar também inundações costeiras. Porque também é um tipo de desastre natural. Não está no nosso foco de estudo, mas queremos trabalhar com isso, para melhorar o sistema de vigilância e mitigar os impactos nas cidades em que já fazemos o monitoramento e estão na linha costeira."
Cenário
Segundo o relatório "Impacto, Vulnerabilidade e Adaptação das Cidades Costeiras Brasileiras às Mudanças Climáticas", o nível médio dos mares ao redor do planeta subiu, em média, 19 centímetros entre os anos de 1901 e 2010. O período de maior elevação é recente, de 1993 a 2010, quando a taxa de elevação correspondeu a mais de 3,2 milímetros por ano. As projeções do quinto relatório (AR5) do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), indicam que o nível do mar vai subir, globalmente, entre 26 centímetros e 98 centímetros até 2100.
Em Santos (SP), o nível do mar tem aumentado 1,2 milímetro por ano, em média, desde a década de 1940. Além disso, aumentaram o tamanho das ondas – que passou de 1 metro em 1957 para 1,3 metro em 2002 – e a quantidade de ressacas.
No Rio de Janeiro (RJ), a estação maregráfica da Ilha Fiscal, localizada na Baía de Guanabara, detém a mais longa série histórica desse tipo de dados do Brasil, indicando uma tendência de aumento do nível do mar de 1,3 milímetro por ano, com base nos dados mensais do nível do mar do período de 1963 a 2011. O índice de confiança é de 95%.
Já em Recife (PE), o nível do mar subiu 5,6 milímetros entre 1946 e 1988, o que significa uma elevação de 24 centímetros em 42 anos. A erosão costeira e a ocupação do pós-praia provocaram uma redução da linha de praia em mais de 20 metros em Boa Viagem, segundo os autores do estudo.
O relatório "Impacto, Vulnerabilidade e Adaptação das Cidades Costeiras Brasileiras às Mudanças Climáticas" tem apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), por meio do Projeto Metrópole, do Programa Fapesp de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais (PFPMCG) e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) para Mudanças Climáticas, financiado pela fundação paulista e pelo CNPq.
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Projeto sobre onças da Amazônia une ciência e turismo de observação

Os objetivos da expedição são entender os hábitos do animal nas florestas alagadas e incentivar a preservação



por Portal BrasilPublicado12/06/2017 16h02Última modificação12/06/2017 16h02
Divulgação/Instituto MamirauáOnças são monitoradas o ano todo pelos pesquisadores do Instituto Mamirauá
Onças são monitoradas o ano todo pelos pesquisadores do Instituto Mamirauá
Roteiros orientados por especialistas da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá permitem que turistas no Amazonas vejam um comportamento único das onças-pintadas em maio e junho: com a falta de terrenos secos, elas buscam as copas das árvores para se abrigar.
Os pesquisadores encontraram no turismo científico uma alternativa para fortalecer as pesquisas sobre as onças da Amazônia. "Para conservar, é preciso conhecer e amar", afirma a pesquisadora Wezddy Del Toro, do Grupo de Pesquisa em Ecologia e Conservação de Felinos da Amazônia.
Para entender os hábitos do animal nas florestas alagadas e realizar o turismo de observação, os pesquisadores monitoram as onças durante o ano inteiro. "O turismo de observação é uma forma de envolver os comunitários nas atividades turísticas e científicas e coletar dados durante as atividades para pesquisas", afirma a pesquisadora. 
Turismo de observação
A Expedição Onça-Pintada é desenvolvida pelo instituto em parceria com a Pousada Uacari, hospedagem flutuante de turismo de base comunitária. O terceiro ano de atividades, encerrado em maio, teve três pacotes turísticos de duração de uma semana cada. 
Cada pacote turístico tem limite de um a seis visitantes por excursão. O número reduzido de turistas é intencional: as atividades são planejadas para o menor impacto ou interferência no ambiente das onças-pintadas, em sintonia com o ritmo e a vida desses animais na várzea.
"A porcentagem de venda foi bastante satisfatória, gerando renda para colaborar com atividades da pesquisa e para o fundo dividido entre as dez comunidades que atuam com a Pousada Uacari", comemora o coordenador do Programa de Turismo de Base Comunitária do Instituto Mamirauá, Pedro Nassar. Além da observação das onças, os pacotes incluem palestras com pesquisadores sobre a biologia, a ecologia e a conservação da espécie.
Para realizar o monitoramento das onças, os pesquisadores contam com tecnologias como as armadilhas fotográficas instaladas na floresta e os colares telemétricos, colocados nos pescoços dos animais durante as expedições de campo.
Depois de marcar os pontos de localização das onças por meio de busca aérea, parte do grupo de pesquisadores segue pela floresta até a Reserva Mamirauá para tentar avistar as onças monitoradas. Nas florestas alagadas, os cientistas contam com a ajuda dos comunitários para caminhar.
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Boa saúde mental e bons relacionamentos são determinantes para a felicidade

O Bem Estar do Dia dos Namorados mostrou que amar faz muito bem para a saúde. No estúdio, o ginecologista e consultor José Bento falou sobre a ocitocina, o hormônio do amor. O programa também mostrou um casamento coletivo em Campina Grande, na Paraíba.

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A ocitocina é um hormônio produzido no cérebro. Ela tem o papel de melhorar o humor, interação social, diminuição da ansiedade e aumento da ligação entre parceiros. No homem, este hormônio é capaz de diminuir a agressividade, deixando-o mais amável, generoso e social.

Segundo estudos, uma boa saúde mental e bons relacionamentos são determinantes para a felicidade. Para a maioria das pessoas que participaram de uma pesquisa, questões psicológicas, como depressão e ansiedade, impactam negativamente, enquanto estar em um relacionamento é um fator que aumenta a felicidade.

Segunda – Feira, 12 de junho de 2017
Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/boa-saude-mental-e-bons-relacionamentos-sao-determinantes-para-a-felicidade.ghtml
http://portaldoamazonas.com/boa-saude-mental-e-bons-relacionamentos-sao-determinantes-para-a-felicidade
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Obesidade atinge mais de 10% da população mundial

Um novo estudo classifica o sobrepeso, não só a obesidade, como uma 'crise de saúde pública global' responsável pela morte de milhões de adultos e crianças

 

Obesidade
sobrepeso, sem necessariamente ser considerado obesidade, tem causado a morte de milhões de pessoas no mundo. Além disso, mais de 2 bilhões de adultos e crianças, o que corresponde a 30% da população mundial, sofrem de problemas de saúde relacionados ao excesso de peso. Os dados são do estudo Fardo Global das Doenças (GBD, na sigla em inglês), o maior já realizado sobre o tema, publicado recentemente no periódico científico New England Journal of Medicine.
Segundo os especialistas, o problema é uma crescente e perturbadora “crise de saúde pública global”.

Acima do peso, mas não obesas

A equipe de pesquisa, composta por 2.300 especialistas do Institute for Health Metrics and Evaluation (IMHE), da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, reuniu números de 195 países, utilizando dados coletados em 1980 e 2015.
Os resultados mostraram que, nesse período, aproximadamente 4 milhões de pessoas morreram de doenças relacionadas ao sobrepeso, principalmente problemas cardíacos. No entanto, apenas 60% eram consideradas obesas, ou seja, com índice de massa corporal (IMC) superior a 30. Os outros 40%, resultando em 1,6 milhão de pessoas, estavam acima do peso, IMC entre 25 e 29,9, mas não tinham classificação para obesidade.

Ranking entre países

Desde 1980, o número de pessoas obesas dobrou em mais de 70 países e tem crescido cada vez mais na maioria dos outros. Embora a prevalência da obesidade infantil tenha sido menor que entre os adultos, em muitos países, a taxa de crianças obesas  foi maior que a dos adultos.
Entre os 20 países mais populosos, o maior em nível de obesidade entre crianças e jovens foi os Estados Unidos, com quase 13%. Já o líder em obesidade entre adultos foi o Egito, com cerca de 35%. Enquanto isso, os que tiveram as menores taxas de obesidade foram Bangladesh e Vietnam, que atingiram apenas 1%.
No Brasil, assim como na maioria dos países, a prevalência da obesidade em mulheres foi maior do que em homens. No entanto, considerando a população mais jovem, a quantidade de meninos obesos foi maior do que a de meninas.

Sobrepeso é tão grave quanto a obesidade

Muitas pessoas assumem que estão fora de risco a menos que sejam consideradas obesas. “O risco de morte e doenças relacionadas aumentam à medida que seu peso aumenta. As pessoas geralmente assumem que precisam ser muito gordas para estarem em risco, mas uma vez que você atinge um IMC de 25, seu risco de diabetes, doenças cardíacas e câncer começam a aumentar”, disse Azeem Majeed, pesquisador do Imperial College London e um dos autores do estudo, ao jornal britânico on-line The Guardian.

Problema de saúde pública

“O excesso de peso é um dos problemas de saúde pública mais desafiadores do nosso tempo, afetando quase uma a cada três pessoas. Ao longo da última década, várias intervenções foram estudadas, mas existem poucas evidências sobre eficácias a longo prazo”, explicou Afshin.
“Nos próximos 10 anos, com a colaboração da FAO, vamos monitorar e avaliar o progresso dos países no controle de sobrepeso e obesidade. Além disso, vamos compartilhar esses dados e descobertas com cientistas, políticos e outras partes interessadas que estejam procurando por estratégias baseadas em evidências que resolvam o problema.”, finalizou.
Os especialistas apontam que o sobrepeso e a obesidade estão associados ao câncer de esôfago, tireoide, cólon, reto, fígado, vesícula biliar, trato biliar, pâncreas, mama, útero, rins, e leucemia, bem como doenças cardíacas e derrames.
Eles também ressaltam que o peso é um fator importante por trás de deficiências causadas por lesões músculo-esqueléticas.
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segunda-feira, 12 de junho de 2017

Cidade da China adota ‘política do cão único’

Município de Qingdao proíbe famílias de ter mais de um cachorro por família. Quem tiver mais de um animal deverá entregá-los para adoção

Cão labrador
Durante quase três décadas, a China impôs severas restrições para que as famílias do país limitassem o número de filhos com o objetivo de conter a taxa de crescimento da população, medidas conhecidas como “política do filho único”. Agora, a cidade chinesa de Qingdao resolveu adorar procedimentos semelhantes para restringir o número de cães na cidade. A “política do cachorro único” pretende limitar os animais a apenas um por núcleo familiar.
A decisão foi tomada na última semana pela prefeitura do município, localizado na província de Shandong, Leste da China. As autoridades ainda obrigam os habitantes a vacinar seus animais e usar chips de identificação nos cachorros, além de registrá-los em um escritório especial, fornecendo dados sobre o animal e os donos. A cidade também proibiu quarenta raças “perigosas”, lista que inclui pastor alemão, pit-bull e dobermann. Famílias com mais de um animal devem entregar os “excedentes” para uma agência de adoção.
Quem descumprir as regras pode receber multas de 60 yuans (cerca de 200 reais). As medidas incluem também multas de 2.000 yuans (cerca 1.000 reais) de para o abate de cães, abandono e maus-tratos.

Cães regulamentados

Segundo o governo, as medidas foram tomadas para conter os distúrbios provocados pelos cães e também casos de ataques. A população, entretanto, recebeu a resolução com críticas, afirmando que as regras estavam colocando em risco as vidas inocentes dos animais.
“No passado tínhamos a ‘política do filho único’ e agora temos a ‘política do cão único’, não sabemos quantas vidas inocentes serão, novamente, perdidas”, afirmou um do usuários da rede social chinesa Sina Weibo.
Em 2015, o número de cães e gatos no país atingiu 100 milhões, sendo 62% deles cachorros, segundo levantamento local. De acordo com as estatísticas, o número de bichos de estimação cresce a uma taxa de 10% ao ano no país.
Qingdao não é a primeira cidade a regulamentar a posse de animais de estimação: Xangai foi a primeira cidade a obrigar o registro de cães e o município de Changzhou tentou limitar o número de cães por família, sem sucesso.
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VIDHA LINUS

CONSULTORIA AMBIENTAL LICENÇAS,ELABORAÇÃO EIV, PRAD. Av Radial B, 122 Bairro Mangueiral CEP 42807-380 CAMAÇARI - BAHIA 71 3040 5033 99168 5797 VBRAMBIENTAL@YAHOO.COM.BR

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