Meio Ambiente & Desenvolvimento Humano

quinta-feira, 4 de junho de 2020

SEMANA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL, SABEMOS DAR O SEU VALOR?



A Educação Ambiental em tempos de pandemia

VALDIR RIOS
Eng ambiental e radialista
04 jun 2020 13:51h

O atual momento é oportuno para uma reflexão a respeito do que determina a lei que trata da Educação Ambiental na grade curricular.
A PANDEMIA tem mostrado ineficácia em parte das ações, especialmente quando se trata de isolamento ou orientações às normas de segurança que deveriam ser seguidas pela população.
A forma em que os entes públicos estão lidando na coordenação destas normas tem como termômetro a obediência popular. Este fato prova que desatinos ou desatinados no poder, podem deixar pior o que já está ruim.
Se por um lado o COVID é dito como algo novo, sendo assim uma das justificativas para falhas ou aumento de casos principalmente em algumas regiões ou  cidades do interior, por outro lado é possível ter a certeza do quão importante é ter cidadãos que entendam seu papel como autores para obtenção de bons resultados quando enquadrado na  coletividade
O exercício cotidiano da Educação Ambiental principalmente na grade curricular permitiria ao cidadão entender que para o zelo da sua saúde não há necessidade do governo recorrer a um diário oficial e mídia estampando uma série de portarias com um rodapé grafado com  registre-se e cumpra-se, sendo estas, muitas vezes palavras jogadas ao leu ou ao vento como dizia nossos avós.

Vejamos que a orientação sobre os melhores métodos de combater  o COVID 19, sua proliferação e evitar perdas de vida tem sido até então: higiene e isolamento social. Isso nada mais é do que a bendita EDUCAÇÃO AMBIENTAL, ou não?
Assim, estes dois hábitos que salvam vidas é a mais pura compreensão obtida no contexto da educação ambiental que há anos se arrasta sem o mínimo interesse por grande parte dos  municípios em implantar na grade curricular.

Breve histórico e inserção da Educação Ambiental

As especificidades da Educação Ambiental acumulam numerosas experiências e estão amparadas por marcos legais como a Constituição Federal de 1988, a Lei nº 9.795/99, que estabelece a PNEA, e os compromissos internacionalmente assumidos.
Nesse sentido, também merece destaque o Programa Nacional de Educação Ambiental – ProNEA que, em 2004, teve a sua terceira versão submetida a um processo de Consulta Pública como estratégia de planejamento incremental e articulado.
Dentre os principais documentos firmados pelo Brasil no âmbito internacional, cite-se o documento resultante da Conferência Intergovernamental de Educação Ambiental de Tbilisi, que foi promovida no Município da Geórgia (ex-União Soviética), em outubro de 1977. Sua organização ocorreu a partir de uma parceria entre a UNESCO e o então ainda recente Programa de Meio Ambiente da ONU (PNUMA). Nesse encontro foram formulados objetivos, definições, princípios e estratégias para a Educação Ambiental que até hoje são adotados em todo o mundo. FONTE : MEC
Acesso: 01-06-2020

As narrativas de projetos ambientais em vários municípios ocorrem descontextualizada dos objetivos principais, " educar " estando muito mais para justificativa de gastos que desvirtuam-se do verdadeiro papel em formar cidadãos.
Pela elevação dos números de casos de COVID em certas localidades não é difícil comprovar que a educação ambiental está fazendo falta.
A ausência desta mesma educação tem alimentado de forma exponencial   uma triste estatísticas que assola este país tanto de doentes, como de cidadãos que não sabem bem dos seus direitos e deveres.
Assim, o tema Ambiental exposto em semanas pedagógicas e alguns outros poucos eventos de rotinas, não conseguem isoladamente assumir o papel de transformar ou criar a consciência responsável de uma sociedade, que deveria se replicar da escola à família até a sociedade.
Em tempos de pandemia, cabe uma boa avaliação sobre o consumo responsável, ou seja, um olhar para os sete "R's da sustentabilidade.
Conheça,  pratique e seja multiplicador:
O termo consumo sustentável surge para conscientizar a população e diminuir ao máximo os impactos ao meio ambiente. Conheça os 7 Rs e saiba como ter um padrão de consumo mais consciente.

1. Reduza
Diminua o consumo de água e de luz em sua casa reutilizando a água que sobrou do último enxágue da máquina para lavar o quintal, diminuindo o tempo de banho e trocando lâmpadas incandescentes por fluorescentes, por exemplo.
Você também pode diminuir o uso de produtos de higiene e limpeza convencionais, que são super poluentes, fabricando-os em casa. Veja aqui como fazer uma faxina ecológica.
 2. Repense
Procure utilizar menos seu carro. Ande mais a pé, de bicicleta, use transporte coletivo ou mesmo táxi: é mais barato e você evita emissão de poluentes.
3. Responsabilize-se
Pergunte e pesquise sobre a origem dos produtos que você consome. Veja se os fabricantes não estão envolvidos com desmatamento ilegal e trabalho escravo, por exemplo.
Evite o desperdício de alimentos e planeje melhor suas compras. Priorize frutas e legumes da estação e, se possível, adquira alimentos orgânicos, de preferência em feiras especializadas. Nelas, você compra direto do produtor e os alimentos são mais baratos que nos supermercados. Consulte a mais próxima de você no Mapa de Feiras Orgânicas do Idec.
Você também pode cobrar das empresas de eletroeletrônicos uma política de fabricação de produtos com baixo consumo de energia e maior prazo de duração.
4. Reintegre
Seu lixo orgânico também pode ser reaproveitado em sua casa com a compostagem, que é uma espécie de "reciclagem dos resíduos orgânicos". Essa técnica permite a transformação de restos orgânicos (sobras de frutas e legumes e alimentos em geral, podas de jardim, trapos de tecido, serragem, etc) em adubo. É um processo biológico que acelera a decomposição do material orgânico, tendo como produto final o composto orgânico.
5. Recuse
Quando for fazer compras, leve sua sacola retornável para evitar pegar as plásticas. Recuse também comprar produtos com embalagens desnecessárias - por exemplo, prefira frutas e legumes a granel do que os embalados em bandejas de isopor no supermercado.
Pressione também as empresas a diminuir ou eliminar embalagens desnecessárias (como a caixa do tubo de pasta de dentes: são duas embalagens para um produto só).
6. Reaproveite
Na hora de construir ou reformar, avalie os produtos que utilizará e, no projeto, busque meios de facilitar reuso de água (por meio de uma cisterna, por exemplo) e avalie a possibilidade de instalar paineis de energia solar.
Organize com amigos, familiares ou colegas de trabalho um bazar para troca de produtos que estão encostados no fundo do armário. Se você tem crianças em casa, pense também em trocar brinquedos e roupas que não servem mais.
7. Recicle
Separe materiais descartáveis do lixo orgânico em sua casa. Se não existir coleta seletiva em sua cidade, procure uma cooperativa de catadores para encaminhar os produtos para reciclagem.
Informe-se sobre locais para descarte apropriado de eletroeletrônicos, como celulares e computadores velhos. Uma alternativa é perguntar ao fabricante ou à loja onde comprou sobre locais para fazer o descarte correto. IDEC (2019).

Pensar em políticas de saúde pública sem saneamento ambiental é inexplicável e sem EDUCAÇÃO AMBIENTAL impraticável.


O verdadeiro investimento é preparar os munícipes para utilizar bem as infraestruturas e ou equipamentos que lhes permitirão qualidade de vida. Se o cidadão não entender a importância do uso, sua forma e o valor em ter tudo isso em sua comunidade, em vão será aplicação destes recursos que certamente foram direcionados para servir a outros destinos menos a população.
Immanuel Kant já afirmava:
“É no problema da educação que assenta o grande segredo do aperfeiçoamento da humanidade”.


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VIDHA LINUS

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