10 Nov 2016 22:55 texto II
Envolto numa preocupação ainda maior com resultados
da eleição que deu vitória a Trump, povos do mundo inteiro, principalmente
aqueles ligados às causas ambientais se mostram ainda mais preocupados com o
agravamento do aquecimento global, de acordo comentários do então presidente no
período eleitoral.
Entendo a história:
Mesmo com regras consideradas fracas e metas poucas ousadas
o Acordo de Paris, foi um passo importante, porém há muito a fazer para que
algo de concreto possa acontecer no controle da emissão de gases que provocam
ainda mais o aquecimento climático do planeta. Neste aspecto entra Donald Trump,
onde em período pré eleitoral afirmava algumas
atitudes caso chegasse a Casa Branca:
1.
Cancelamento Acordo
de Paris;
2.
Cortar ajuda a
programas de mitigação às mudanças climáticas das Nações Unidas;
3.
Dentro dos EUA,
Trump declarou apoio a desregulamentação para facilitar a expansão do gás de
xisto e por novas explorações de petróleo;
4.
Favorável a
construção de um oleoduto polêmico ligando os EUA e o Canadá;
5.
Não acredita na ciência
afirmando que aquecimento global é uma farsa, criado por chineses com propósito
único de atrapalhar competitividade dos americanos.
(Dados extraídos
do artigo “Por que a eleição de Trump ameaça o clima da terra”. Revista Época ALEXANDRE MANSUR , 09/11/2016, visita 10 nov 2006. Disponível em: http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/blog-do-planeta/noticia/2016/11/por-que-eleicao-de-trump-ameaca-o-clima-da-terra.html)
A radiografia dos males brasileiros junto
ao meio ambiente tem o pior diagnostico possível. Mesmo possuindo grande parte
de toda a quantidade de água doce do mundo e o Amazonas maior Rio do
planeta em extensão e volume, são milhões de brasileiros sem acesso a água potável,
até mesmo para atender necessidades de dessedentação animal. Alguns dados vale a pena ser
levantados para uma melhor avaliação:
No
mundo:
Existem 783
milhões de pessoas que vivem sem água potável, 2,5 bilhões não têm saneamento
adequado e 1,4 bilhão não têm acesso a eletricidade”. Além disso, todos os
anos 3,5 milhões de pessoas morrem no mundo por problemas relacionados ao
fornecimento inadequado da água, à falta de saneamento e à ausência de
políticas de higiene, (ONU, 2013).
No Brasil:
No Brasil, 19
milhões de pessoas que vivem em áreas urbanas não contam com água potável.
Outras 21 milhões que vivem em áreas rurais também não têm acesso à água
tratada. Além disso, apenas 46% dos domicílios brasileiros contam com coleta de
esgoto. (Funasa/Sistema Nacional de Informação sobre Saneamento Básico – 2010)
Segundo o
Instituto Trata Brasil (2016), metade da população brasileira não conta com
coleta de esgoto e apenas um quarto dela vive em localidades com tratamento dos
dejetos e de acordo ainda com levantamento feito pelo referido Instituo, com
base em dados do Ministérios da Cidade (2014), o país ocupa a 11ª posição entre
17 países analisados pela Comissão Econômica para a América Latina (Cepal),
estando atrás da Bolívia, Peru, Uruguai, Equador, Venezuela, Chile, México,
Argentina, Colômbia e Costa Rica.
Visão local:
Em cada recanto das cidades, é possível
verificar as agressões aos recursos naturais, esgotos são lançados em corpo hídrico
pela população sem nenhum tratamento, o lixo é descartado em qualquer lugar e
fazem surgir novos lixões, além daqueles existentes na grande maioria dos municípios
brasileiros. Os rios e lagoas são soterrados pra darem espaço às construções, já
que a ideia de progresso supera toda problemática ambiental. Os novos loteamentos urbanos ou rurais
satisfazem os gestores no pensamento errôneo de que suas cidades estão
crescendo, não conseguem observar que a falta de infraestrutura destes espaços afetarão
diretamente o meio físico e biótico, assim como por tabela a qualidade de vida
dos seus munícipes, sem colocar em conta que a supressão vegetal (muitas vezes
nativa), desnudam os solos expondo-o de forma fragilizada tanto às intempérie s como aos fatores Antrópico.
O lixo de cada dia é
uma preocupação, enquanto permanece no domicilio, onde ele vai parar, qual
forma de tratamento ou destino final é dada, na cabeça de muitos não é da
responsabilidade do gerador e nas enchentes quando são afetados, ainda reclamam
dos gestores, logo se vê que a educação ou responsabilidade ambiental não é algo
convencional.
Devido a todos estes
fatos e muitos outros a serem mencionados, fica difícil estabelecer um paralelo
de provável insensatez ou nocividade, entre brasileiros e o Presidente eleito
Donald Trump. O melhor por enquanto é praticar aquela máxima de “pensar global
e agir local”, somente desta forma se eliminará possíveis Trump’s que todo ser
humano pode trazer consigo.
VALDIR RIOS
Eng. Ambiental e Radialista