Meio Ambiente & Desenvolvimento Humano

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Mistério das águas escuras nas Cataratas do Niágara é desvendado

Observadores temiam que mancha tivesse sido causada por vazamento de óleo; autoridades disseram se tratar de resíduos dos filtros de carvão liberados durante manutenção.

 Por BBC
 Desavisados temiam que a mancha negra tivesse sido causada por um vazamento de óleo (Foto: Rainbow Air Inc)
 Quando as águas das famosas Cataratas do Niágara, na fronteira entre os Estados Unidos e o Canadá, apareceram escuras e fedidas, no último sábado, visitantes ficaram em alerta. O temor era de que se tratasse de um vazamento de óleo.
Nesta segunda-feira (31), porém, o mistério foi desvendado.
A mancha escura malcheirosa foi causada por resíduos produzidos pelos filtros de carvão que são usados para limpar a água.
Esses resíduos foram despejados na água durante trabalhos de manutenção no sábado, segundo autoridades americanas.
A Niagara Falls Water Board (NFWB), administradora do local, pediu desculpas pelo alarme causado entre moradores e turistas.
Em comunicado, a administradora disse que a "água tingida" era resultado de "mudanças rotineiras, necessárias e de curto prazo feitas no processo de tratamento dos resíduos" na planta da NFWB perto da cidade americana de Buffalo. 
 A mancha negra permaneceu na água durante boa parte do sábado (Foto: Rainbow Air Inc)
 A mancha negra permaneceu na água durante boa parte do sábado (Foto: Rainbow Air Inc)
"A água escurecida continha alguns sólidos acumulados e resíduos de carbono, dentro dos limites permitidos. Não havia ali nenhum tipo de óleo ou solvente orgânico", agregou o comunicado. "O odor infeliz limitou-se ao cheiro normal de descarga de água de esgoto."
Autoridades dizem que a planta de tratamento tinha autorização para liberar os resíduos na água.
Um dos primeiros a notar o escurecimento das águas foi Pat Proctor, vice-presidente da Rainbow Air, que realiza tours de helicóptero sobre as cataratas. 

Share:

Brócolis, couve e repolho ajudam no tratamento de diabetes

 Segundo os pesquisadores, alimentos ricos em sulforafano são essenciais para dieta de quem tem diabetes tipo 2

Por Da Redação

 Repolho, brócolis e couve-flor

 

 

Além de brócolis, couve e repolho, o sulforafano pode ser encontrado em folhas de mostarda, couve-flor e couve-de-Bruxelas. (Istock/Getty Images)
Reduzir o açúcar e a gordura não devem ser os únicos ajustes na dieta de um diabético. De acordo com um novo estudo, publicado no periódico científico Science Translation Medicine, brócolis, couve, repolho e outros alimentos da mesma família possuem um composto antioxidante que pode atuar no tratamento do diabetes tipo 2.
Segundo os pesquisadores da Universidade de Gothenburg, na Suécia, a glucorofanina, presente nesses alimentos, quando ingerida, se transforma em sulforafano, que controla a produção de glicose de forma semelhante a metformina, um dos medicamentos mais utilizados no tratamento do diabetes. Além de brócolis, couve e repolho, a substância pode ser encontrada em outros vegetais crucíferos como folhas de mostarda, couve-flor e couve-de-bruxelas.

Redução na glicose do sangue

No estudo, a equipe de pesquisa observou como pacientes obesos e com diabetes tipo 2 reagiam à ingestão de uma cápsula diária com extrato de broto de brócolis concentrado – quantidade cerca de 100 vezes superior à encontrada no brócolis in natura -, durante 12 semanas. Os resultados mostraram que os participantes obesos que receberam a cápsula – também havia um grupo de controle que recebeu apenas um placebo –  houve redução de 10% nos níveis de açúcar no sangue enquanto estavam em jejum, em comparação com os controles.
Essa descoberta é importante porque em pessoas com a doença, os níveis de glicose no sangue tendem a permanecer altos mesmo em jejum. Além disso, essa redução seria o suficiente para reduzir risco delas desenvolvem complicações de saúde associadas ao diabetes. O composto também não causou problemas gastrointestinais, comuns em quem toma metformina, nem outros efeitos colaterais. No entanto, o sulforafano não apresentou nenhum efeito em pacientes com peso considerado normal.
“Frequentemente é recomendado que pessoas com a doença façam mudanças em seu estilo de vida e apesar das alterações, elas ainda precisam de medicamentos complementares no tratamento. É animador e abre caminho para novas possibilidades no tratamento do diabetes tipo 2.”, disse Anders Rosengren, um dos autores do estudo, ao site americano especializado Live Science.

Sulforafano

Estudos anteriores já haviam mostrado a eficácia do sulforafano na prevenção de outros problemas de saúde, como câncer de intestino.

Fibras

Outro nutriente importante na prevenção e tratamento de diabetes são as fibras, que ajudam na redução da absorção de gordura dos alimentos. A ingestão ideal de fibras é de 30 a 35 gramas por dia, segundo especialistas. Uma maçã média, por exemplo, tem cerca de 4,5 gramas e uma porção de 100 gramas de grão-de-bico, 17 gramas de fibras.
De acordo com a Federação Internacional do Diabetes, um estilo de vida saudável, que inclui uma alimentação balançada rica em vegetais, legumes, frutas, castanhas e carnes brancas, pode prevenir em até 70% o diabetes tipo 2
http://veja.abril.com.br/saude/brocolis-couve-e-repolho-ajudam-no-tratamento-de-diabetes/ 
Share:

Enem: confira estratégias de estudo para se dar bem na prova

  Resumir, grifar, ler em voz alta e falar na frente do espalho estão entre as técnicas indicadas por especialistas ouvidos pelo CORREIO
 
Hilza Cordeiro (hilza.cordeiro@redebahia.com.br)
Você sente dificuldades em estudar sozinho quando chega em casa após a aula? Sensações como a de estar perdendo tempo, estudando da maneira errada ou com baixa concentração são comuns e, por isso, o CORREIO ouviu especialistas e listou algumas técnicas de aprendizagem para você testar e se dar bem na preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Segundo o professor Leandro Piccini, pesquisador em neurociência para a aprendizagem, essas dificuldades em estudar sozinho têm uma explicação histórica, porque nossa educação tem origem num tempo em que o conhecimento não era acessível e o professor era o único responsável por nos transferir a informação.
“O estudante consegue sentar numa sala olhando para o quadro, mas, quando está sozinho, não sabe o que fazer e é aí que recorrem aos métodos de estudo”, explica Piccini. E eles são diversos.
Método próprioO próprio professor desenvolveu um método, chamado de Técnica do Estudo Completa ou Neuro-Técnica. Segundo ele, é preciso que o estudante saiba definir muito bem um início e um fim para o estudo. Se você estiver lendo um livro, por exemplo, marque onde começa e onde termina a leitura. Em seguida, folheie para ter uma noção rápida do que você lerá. E só então leia todo o conteúdo, grifando o essencial.
Depois de ler tudo, releia as partes grifadas e anote informações com suas próprias palavras. Feito isso, sem olhar o texto, faça anotações no seu caderno, simplificando ao máximo. A partir daí, é hora de dar uma pausa de cinco a dez minutos, evitando usar o celular ou ver televisão. Ao retornar, fale em voz alta o que você aprendeu.
O estudante do 3º ano Diego Figueiredo estuda Redação, falando os temas em voz alta, no espelho; ele quer cursar Direito e Cinema (Foto: Almiro Lopes/CORREIO)
Voz altaO estudante Diego Figueiredo, 19 anos, segue a dica de ler em voz alta. Ele encontrou seu próprio jeito de estudar para a redação do Enem, escrevendo e fazendo apresentações para si mesmo sobre os possíveis temas da prova.
“Eu fico no espelho, falando comigo mesmo sobre os assuntos, me explicando. Eu acho que, assim, eu memorizo melhor, mas também escrevo as redações”, conta ele, que está no 3º ano do Colégio Estadual David Mendes Pereira e quer cursar Direito e Cinema.
Quando a disciplina é História ou Geografia, ele prefere fazer resumos. “Eu também vejo videoaulas na internet, mas isso é pouco para aprender, então, faço resumos. Pego tudo o que eu entendi do que li ou ouvi e transformo em resumo”, conta ele.
EficiênciaPara o professor Piccini, esse é mesmo um ótimo jeito de se estudar. “A maioria dos alunos tende a copiar para aprender. Escrever à mão é um método eficaz de memorização, mas é preciso que o aluno coloque no papel as suas próprias palavras, numa técnica de estudo ativa, produzindo conteúdo”, esclarece.
Numa comparação simples, o especialista explica que, entre copiar e criar conteúdo da própria mente, o ato de copiar rende 10% em aprendizagem, enquanto tirar as ideias da própria cabeça rende entre 80% e 90%. E é por isso que ele acredita que o método de grifar os conteúdos numa leitura não significa que você vá memorizar o que destacou.
“É um mecanismo de produtividade para se buscar uma informação durante uma revisão. Grifar, simplesmente, não significa que se está aprendendo”, salienta.

Para o professor Leandro Piccini, pesquisador em neurociência para a aprendizagem, estudar sozinho é um desafio (Foto: Divulgação) 
NobelOutra técnica que pode ser experimentada é a de Feynman, desenvolvida pelo cientista ganhador do Prêmio Nobel de Física em 1965. O primeiro passo é escolher um conceito para entender melhor. A partir daí, anote o conceito, escrevendo o máximo possível sobre ele, como se fosse explicá-lo a uma criança.
Em seguida, pesquise sobre o tema, buscando coisas que você esqueceu ou que não conseguiu explicar. Depois, pesquise os subtemas, também deixando o mais claro possível. Depois de tudo, revise o que você escreveu e simplifique ainda mais, criando analogias e certificando-se de que não há nenhum jargão. Por último, leia em voz alta.
“Essa é uma técnica excelente para o aprendizado, porque o aluno precisa colocar a ideia dele no papel e explicá-la para alguém. Isso é excelente para a memorização. Para o Enem, é melhor que a técnica seja usada aliando com a resolução de questões”, defende Piccini.
Outro caminho de aprendizagem é o método SQ3R, bastante parecido com a técnica de Feynman, mas bem mais conhecida. A sigla vem de Survey, Question, Read, Recite and Review, que significam Examine, Questione, Leia, Recite e Revise. Assim, antes de ler, você deve dar uma escaneada rápida, vendo títulos, subtítulos, fotos, gráficos, olhando o parágrafo de abertura e conclusão, ambientando-se com o conteúdo.
Enquanto examina, transforme os títulos em perguntas, questione-se o que o professor falou a respeito dos temas. Assim que começar a ler, procure respostas para essas questões. Depois de ler, faça apontamentos com suas próprias palavras e em seguida recite o que aprendeu. Por último, reveja o resumo que você produziu. Segundo o professor Waldir, o método é interessante porque induz a pessoa a raciocinar sobre o que está sendo estudado.
ResumosO resumo é um dos métodos considerados positivos e indicados por Piccini, mas com ressalvas. De acordo com ele, não vale ficar com o livro do lado, fazendo uma cópia de pedacinhos do conteúdo. “Alguns alunos alegam que aprendem bastante assim e, tudo bem, cada pessoa tem sua forma de aprender, mas o mais correto é fazer toda a leitura e depois sintetizar, porque, se você não treinar sua memória, pode ficar sem suporte na hora da prova”, alerta ele.
É mais ou menos assim que Isabela Oliveira, 18, aluna do 3º ano do Colégio Antônio Vieira, costuma estudar. Primeiro, a estudante faz um fichamento do conteúdo, passando as partes mais importantes para o caderno e depois volta lendo todo o capítulo novamente para fazer um resumo. “É o jeito que sempre fiz, não conheço muitas outras formas”, conta ela, que pensa em cursar Medicina. Para as matérias de exatas, Isabela prefere recorrer a videoaulas e resolução de questões.
O professor de métodos de estudo para concurso Waldir Santos explica que quem não usa técnicas costuma fazer apenas uma mera leitura do conteúdo. “Às vezes, por excesso de conteúdo, as pessoas fazem apenas uma leitura passiva, enquanto os métodos são mais trabalhosos”, afirma Waldir.
Ainda segundo ele, os métodos que costumam ocupar menos tempo devem ser usados para matérias em que a pessoa já tenha um bom rendimento e o inverso para as que ele se dá mal.
Estratégia pessoalA psicopedagoga e coach pessoal Luciana Luttigards defende que cada pessoa deve ter suas próprias estratégias de estudo. “Cada sujeito é individual até mesmo na forma de aprendizagem. Se o professor pede um fichamento, por exemplo, para alguns será fantástico porque é visual e ao olhar aquilo ele pode ter uma assimilação maior, mas existem outras pessoas que são mais auditivas, por exemplo, que preferem gravar o conteúdo para escutar depois”, afirma.
Ainda segundo a especialista, “o melhor jeito de descobrir sua forma de aprender é mesmo experimentando”.

http://www.correio24horas.com.br/detalhe/educacao/noticia/enem-confira-estrategias-de-estudo-para-se-dar-bem-na-prova/?cHash=7b582b754cd1232c9b9d596d8dd71af7
Share:

Humanidade esgota nesta quarta os recursos planetários do ano

Total do que pode ser renovado já foi consumido e planeta viverá de crédito até 31 de dezembro. ONG destaca que 'Dia de Sobrecarga da Terra' chega cada vez mais cedo todos os anos.

 

Por France Presse

Total dos recursos que o planeta pode renovar em um ano já foi consumido (Foto: Pixabay)

A humanidade terá consumido nesta quarta-feira, dia 2 de agosto, o total dos recursos que o planeta pode renovar em um ano, e viverá de crédito até 31 de dezembro, calcula a Global Footprint Network.
A ONG destaca que esse momento chega cada vez mais cedo todos os anos.
Esta quarta-feira é o "Dia de Sobrecarga da Terra" ("overshoot day", em inglês): "A partir dessa data, a humanidade terá consumido o conjunto dos recursos que o planeta pode renovar em um ano", escreveram a Global Footprint e o WWF (World Wildlife Fund) em um comunicado conjunto.
Para seus cálculos, a Global Footprint leva em conta em particular a pegada de carbono, os recursos consumidos pela pesca, a pecuária, os cultivos, a construção e a utilização de água.
Em 2016, o "Dia de Sobrecarga da Terra" ocorreu em 3 de agosto. Embora o ritmo de progressão tenha reduzido um pouco nos últimos seis anos, esta data simbólica "continua avançando de maneira inexorável: este dia passou do final de setembro em 1997 a 2 de agosto neste ano", destacam as ONGs.
"Para satisfazer nossas necessidades, hoje deveríamos contar com o equivalente a 1,7 planeta", detalham.
"O custo deste consumo excessivo já é visível: escassez de água, desertificação, erosão dos solos, queda da produtividade agrícola e das reservas de peixes, desmatamento, desaparecimento de espécies. Viver de crédito só pode ser algo provisório porque a natureza não conta com uma jazida para nos prover indefinidamente", ressaltam o WWF e a Global Footprint.
As emissões de gases de efeito estufa "representam apenas 60% da nossa pegada ecológica mundial", lembram.
Segundo as duas organizações, "sinais animadores" indicam, no entanto, que "é possível inverter esta tendência".
Apesar do crescimento da economia mundial, "as emissões de CO2 vinculadas à energia não aumentaram em 2016, pelo terceiro ano consecutivo", ressaltam. "Isto pode ser explicado pelo grande desenvolvimento das energias renováveis para produzir eletricidade".
A comunidade internacional se comprometeu na Conferência de Paris sobre o clima (COP21), em dezembro de 2015, a reduzir as emissões de gases de efeito estufa com o objetivo de limitar o aquecimento global.
Levando em conta os dados científicos mais recentes, a Global Footprint recalcula a cada ano a data do "Dia de Sobrecarga" para os anos passados, desde que este "déficit ecológico" começou a se aprofundar, no início dos anos 1970.

http://g1.globo.com/natureza/noticia/humanidade-esgota-nesta-quarta-os-recursos-planetarios-do-ano.ghtml

Share:

Este é o aspecto que tinham as primeiras flores da Terra

A reconstrução da aparência do ancestral das flores, que surgiu há pelo menos 140 milhões de anos, fornece mais uma peça na árvore genealógica das plantas

 Primeira flor do mundo

Modelo 3D da primeira flor a surgir na Terra, mostrando partes femininas e machos masculinas e seus múltiplos círculos concêntricos de órgãos semelhantes a pétalas. (Universidade Paris-Sul/Herve Sauquet and Jurg Schonenberger/AFP)
Delicada, composta de conjuntos sobrepostos de três pétalas curvas e com órgãos femininos e masculinos na mesma estrutura. Essas são as principais características das primeiras flores a surgir na Terra, entre 250 e 140 milhões de anos atrás, segundo uma pesquisa divulgada nesta terça-feira na revista Nature Communications. Uma equipe de cientistas conseguiu reconstruir digitalmente o aspecto que o ancestral de todas as flores teria, a partir de uma análise dos traços mais primitivos de grande parte das suas descendentes atuais.

“Não sabemos quase nada sobre como as flores evoluíram desde a sua origem e, no entanto, isso é extremamente importante para o papel ecológico que as plantas desempenham hoje na Terra”, disse o biólogo evolutivo Hervé Sauquet, da Universidade Paris-Sud, na França, em entrevista ao The Guardian. Os cientistas acreditam que a nova descoberta é um passo a mais para desvendar a evolução completa das angiospermas (plantas que dão flores), um mistério que afligiu até o famoso naturalista Charles Darwin, pai da teoria evolutiva.

As angiospermas correspondem a cerca de 90% das 3.000 espécies de plantas vivendo atualmente na Terra. Ainda assim, o fóssil mais antigo já encontrado desses vegetais que florescem é relativamente jovem – uma planta aquática de 130 milhões de anos –, o que dificulta o trabalho dos cientistas para desvendar como seria a estrutura do ancestral comum a todos eles.
O que Sauquet e sua equipe fizeram, então, foi construir uma árvore genealógica das angiospermas baseada em dados de 792 espécies, mapeando todas as características estruturais das flores dessas plantas. Rastreando os traços em comum a cada ponto de ramificação – e repetindo o processo com outras árvores genealógicas, construídas com base em outros métodos, para garantir que os resultados se mantinham – os pesquisadores conseguiram reunir as características consideradas mais primitivas, que dariam forma à reconstrução da flor ancestral.

O resultado foi uma flor delicada, com pétalas e sépalas arranjadas em vários círculos concêntricos que se assemelham a anéis sobrepostos, na forma de espirais. Durante a evolução, explica Sauquet, as flores foram perdendo alguns desses anéis. “Para chegar as flores atuais é muito simples, basta livrar-se de algumas espirais”, disse. Segundo ele, apenas um conjunto de sépalas para proteção e um de pétalas para atrair polinizadores são necessários, sendo o excesso dessas estruturas um desperdício dos recursos da planta e um obstáculo para abelhas ou outros insetos chegarem até o pólen.
Além disso, como a maioria das angiospermas vivas hoje em dia, a flor ancestral possui tanto a estrutura reprodutiva feminina quanto masculina, o que facilita a polinização e, consequentemente, a reprodução.
Share:

terça-feira, 1 de agosto de 2017

Ministério promove curso em Salvador

Capacitação presencial voltada a servidores de órgãos públicos abre 60 vagas na capital baiana. As inscrições são gratuitas.

WALESKA BARBOSA
Terça, 01 Agosto 2017 19:30

Mateus Pereira/ Secom-BA
Biblioteca recebe curso presencial





Sustentabilidade na administração pública é o tema do curso gratuito que o Ministério do Meio Ambiente realiza entre os dias 8 e 10 de agosto, em Salvador (BA), por meio da Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P), iniciativa coordenada pela pasta. As inscrições podem ser feitas pelo endereço a3p@mma.gov.br, com o envio dos seguintes dados: nome completo, órgão, setor, telefone, e-mail.

Voltado a servidores de órgãos públicos (gestor, concursado ou comissionado), o curso oferece 60 vagas e será realizado na Biblioteca Pública do Estado da Bahia, espaço cedido pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente da Bahia.  A carga horária é de 24 horas, com aulas das 8h30 às 12h e das 14h às 18h. Os participantes com 85% de presença recebem certificado.

O objetivo é aprimorar e ampliar as ações de sustentabilidade na gestão pública e reforçar a implementação da A3P nos órgãos públicos. O conteúdo programático inclui os eixos temáticos prioritários fundamentados pela política dos 5 R's: repensar, reduzir, reaproveitar, reciclar e recusar o consumo de produtos que gerem impactos socioambientais.

Serão abordados temas como gerenciamento de projetos; construções sustentáveis; eficiência energética; eficiência no uso da água; gestão de resíduos; qualidade de vida no ambiente de trabalho; sensibilização e capacitação dos servidores; análise do ciclo de vida e licitações sustentáveis.
Até o final do ano serão abertas novas turmas em Belo Horizonte (agosto), Rio de Janeiro e Espírito Santo (setembro), Rondônia (outubro), Acre e Amapá (novembro).

SERVIÇO
Curso de Sustentabilidade na Administração Pública
Dias: 8 a 10 de agosto
Horário: 8h30 às 12h e 14h às 18h
Local: Biblioteca Pública do Estado da Bahia (Rua General Labatut, 27, Barris, Salvador-BA)

INFORMAÇÕES
(61) 2028-1500 ou a3p@mma.gov.br

Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA): (61) 2028-1227
Share:

Consultas avaliam APA e Refúgio da Ararinha-azul

ICMBio promove reuniões públicas em Juazeiro e Curaçá, na Bahia, para criar duas unidades de conservação que servirão de lar para a ave extinta na natureza

 
Publicado: Terça, 25 de Julho de 2017, 20h31 
 


esforco devolver ararinhas actp

Elmano Augusto
elmano.cordeiro@icmbio.gov.br

Brasília (25/07/20170 – O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) promove, a partir deste fim de semana, no interior da Bahia, consultas públicas para apresentar e discutir a proposta de criação de duas unidades de conservação (UCs), a Área de Proteção Ambiental (APA) e o Refúgio de Vida Silvestre (RVS) da Ararinha-azul. As consultas serão neste sábado (29), em Juazeiro, e na segunda-feira (31), em Curaçá (Confira no serviço abaixo).

Consultas públicas são uma das etapas conclusivas do processo de criação de unidades de conservação. Elas são antecedidas por estudos técnicos e permitem que as comunidades locais opinem sobre temas como a oportunidade de implantação da unidade na região, sua localização, a dimensão e os limites mais adequados, entre outros. Antes dos debates, técnicos do ICMBio esclarecem, em linguagem simples e com uso de recursos gráfico-visuais, como mapas, todas essas questões.

A criação da APA e do RVS faz parte das estratégias de reintrodução na Caatinga baiana dos primeiros exemplares da ararinha-azul mantidos em programa de cativeiro no Brasil e exterior. A ave é considerada, oficialmente, extinta na natureza desde o ano de 2000. Os estudos para a implantação das unidades foram feitos pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres (Cemave) e a Coordenação de Criação de UCs, ambos do ICMBio, com a ajuda de parceiros.

A região de Curaçá e Juazeiro é considerada de extrema importância para criação de unidades de conservação, por ser habitat histórico da ararinha-azul e, também, por possuir vegetação (savana estépica parque) pouco protegida da Caatinga. Além disso, Curaçá fica em área tida como de grande ocorrência de aves pela Birdlife, organização internacional dedicada à protecção de pássaros.

Com aproximadamente 120,4 mil hectares, a APA da Ararinha-azul tem, segundo a proposta de criação, o objetivo de ordenar o processo de ocupação na região da bacia hidrográfica dos riachos da Melancia e do Barra Grande, juntamente com a proteção dos recursos hídricos e vegetais para a conservação da ararinha-azul.

Já o refúgio de vida silvestre, com 28,9 mil hectares totalmente circunscritos à APA, visa, ainda segundo a proposta, proteger ambientes naturais, assegurando as condições para a existência e reprodução da ararinha-azul e de outras espécies ou comunidades da flora e da fauna, como a maracanã-verdadeira, similar à ararinha.

Após as consultas, o ICMBio finalizará a proposta de criação das UCs, que será submetida à área jurídica do Ministério do Meio Ambiente antes de seguir para a Casa Civil. O último passo é a publicação do decreto presidencial instituindo, oficialmente, as unidades que servirão, num futuro bem próximo, de lar para as ararinhas azuis.

Atualmente existem cerca de 150 exemplares, distribuídos em criadouros particulares do Catar, Alemanha, Espanha e Brasil. A expectativa é que as primeiras solturas ocorram até 2021, segundo o Cemave/ICMBio. Para isso, o ICMBio lançou em 2012 o Plano de Ação Nacional para a Conservação da Ararinha-azul. O plano deu origem, logo depois, ao projeto Ararinha na Natureza, que, entre outras coisas, desenvolve ações de educação ambiental na região de Curaçá preparando a comunidade local para as futuras reintroduções.

Serviço:

Consultas públicas para criação da APA e do RVS da Ararinha-azul

. Em Juazeiro (BA), sábado (29/07), às 8h,
na Escola Municipal Santo Antônio, Rua Dois, NH 3-Itamotinga

. Em Curaçá (BA), segunda-feira (31/07), às 14h,
no Teatro Raul Coelho, Praça Raul Coelho, Centro

Mais informações sobre a proposta de criação das UCs aqui.

Clique aqui para ver o folder sobre as consultas e a proposta de criação das UCs e aqui para conhecer o projeto Maracanãs e a Ararinha-azul.

Comunicação ICMBio
(61) 2028-9280
Share:

Uso desenfreado de plástico ameaça oceanos e saúde humana

Desde 1950, 8,3 bilhões de toneladas de plástico foram produzidas no mundo. Cada pessoa utiliza em média 60 quilos do material por ano. Parte disso vai parar nos mares e entra na cadeia alimentar.

Por Deutsche Welle

 

Do ponto de vista histórico, o plástico é um fenômeno muito novo. Em 1950, a produção global total do material foi de pouco mais de 2 toneladas. Em 2015, ou seja, apenas 65 anos depois, a produção foi de 448 milhões de toneladas. 

Atualmente, utilizamos uma média global de aproximadamente 60 quilos de plástico por ano por pessoa. Nas regiões mais industrializadas – América do Norte, Europa Ocidental e Japão – a média é de mais de 100 quilos per capita. 

Em um novo estudo, pesquisadores estimaram que cerca de 8,3 bilhões de toneladas de plástico foram fabricadas a partir de petróleo bruto desde 1950. Desse total, cerca de 30% permanecem em uso – em lares, carros ou fábricas. Outros 10% foram queimados. 

Isso significa que 60% da quantidade total de plástico produzido até o momento leva uma existência obscura, seja em lixões ou descartado ao acaso. Globalmente, isso significa que existem cerca de 650 quilos de lixo plástico inutilizados. 

Frequentemente esse plástico descartado vai parar nos oceanos. A União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) estima que 2% da produção total de plásticos acaba nas águas oceânicas. 

Uma vez nos mares, o plástico permanece ali por anos, já que não é biodegradável ou digerível. Normalmente, ele se fragmenta em pedaços cada vez menores. Alguns deles são engolidos por organismos marinhos, entrando em cadeias alimentares – algo prejudicial tanto para ecossistemas marinhos quanto para as pessoas que comem peixe. 

"Estamos caminhando em direção a um planeta plástico", disse o pesquisador da Universidade da Califórnia, Roland Geyer, coautor do novo estudo. Ele acrescenta que o crescimento global na produção de plásticos é "extraordinário e não dá sinais de que vá abrandar no curto prazo".
Os pesquisadores estimam que, se as tendências atuais continuarem, até 2050 haverá cerca de 12 bilhões de toneladas de lixo plástico no mundo. 

 Fontes de microplásticos

 
Os microplásticos são partículas de plástico com um tamanho na faixa de micrômetros ou nanômetros (0.0001 a 0.0000001 centímetro). Abrasão e decomposição de resíduos plásticos no mar são fontes de microplásticos. Outra é a abrasão de plásticos em terra.
A maioria dos microplásticos é liberada por tecidos sintéticos, como fiapos. Cerca de 60% das roupas contêm fibras sintéticas, e essa proporção deverá aumentar, em parte porque as fibras sintéticas são baratas de se produzir.
Isso significa uma quantidade enorme de fiapos de plástico no mundo todo. De acordo com um estudo atual da União Europeia (UE), somente na Europa, as máquinas de lavar despejam cerca de 30 mil toneladas de fibras sintéticas no sistema de esgoto a cada ano. E algumas acabam no mar.
Tintas usadas para a marcação de rodovias e para evitar que os navios apodreçam também contribuem para o acúmulo de microplásticos nos oceanos. Pequenos pedaços de plástico desgastado de pneus e marcações rodoviárias são transportados pelo vento e pela água para córregos e riachos. Eventualmente, parte deles termina no mar.

Ingestão de plático

A menos que haja uma mudança, dentro das próximas três décadas a massa total de lixo plástico nos oceanos pode ser maior do que a de peixes. Os microplásticos são muito pequenos para serem vistos a olho nu. Mexilhões, vermes marinhos e peixes absorvem alguns desses pequenos fragmentos ao se alimentarem. 

Uma vez que o plástico não pode ser digerido, ele se acumula nesses pequenos organismos, e quando predadores se alimentam deles, também ingerem o plástico. Assim como outros poluentes, os microplásticos ficam mais concentrados no topo da cadeia alimentar.
Estudos mostram que a ingestão de microplásticos pode ter efeitos adversos em vários animais marinhos. Esses efeitos incluem: chances reduzidas de reprodução; crescimento e locomoção mais lentos; bem como uma maior tendência à inflamação e maior mortalidade. 

Cientistas ainda não sabem ao certo quais toxinas químicas são transferidas de plásticos para o meio ambiente ou para a carne de organismos marinhos. A pesquisa sobre os impactos ambientais e biológicos dos microplásticos marinhos continua engatinhando. O que se sabe é que uma pequena quantidade de microplástico é inevitavelmente absorvida por seres humanos quando comemos peixes ou crustáceos.                                                                                                                                            O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) emitiu uma declaração dizendo que os microplásticos não são considerados atualmente um risco significativo para a saúde humana. Ao mesmo tempo, no entanto, reconhece que poucos dados estão disponíveis e que mais pesquisas são necessárias.
 

Problema na agenda internacional 

 
A poluição oceânica está agora na agenda internacional. No início de junho, em Nova York, a Conferência dos Oceanos da ONU tentou encorajar países-membros a apresentarem projetos e programas para proteger a saúde dos ecossistemas oceânicos. 

O G20, grupo das maiores economias do mundo, também colocou a poluição oceânica em sua agenda com um plano de ação conjunta para reduzir o lixo marinho, também acordado em junho. Significaria isso que o problema está a caminho de ser resolvido? 

"Se é para a Terra continuar sendo o planeta azul, temos que parar de sufocar os oceanos com lixo", disse a ministra alemã do Meio Ambiente, Barbara Hendricks. 

"A dimensão da inundação global de lixo se tornou inconcebivelmente enorme. Então, estou muito feliz com o acordo do G20 sobre um plano de ação conjunta", comemorou. "Isso leva faz a proteção de nossos oceanos dar um grande passo adiante em termos de consciência global."
Grupos ambientais apontaram o acordo como um bom começo. No entanto, o plano de ação do G20 não presta atenção suficiente às causas, dizem alguns. 

"Os governos procuram respostas demais na reciclagem, mas deveriam ir até a raiz do problema: embalagens e produtos plásticos desnecessários não devem sequer ser produzidos", diz Thilo Maack, biólogo marinho que trabalha para o Greenpeace na Alemanha. 

Maack reconhece, contudo, que a reutilização e a reciclagem de produtos plásticos também são importantes. Na opinião dele, uma medida-chave para controlar o crescente fluxo de lixo plástico seriam instrumentos econômicos que incluem os custos ambientais no preço final. 

"Se esses custos forem inseridos no preço final de produtos plásticos desde o início, o plástico será usado mais moderadamente, reutilizado e mais reciclado. E alternativas mais ecológicas [como embalagens biodegradáveis] se tornariam mais baratas em comparação", afirma o biólogo.

Maack reconhece, contudo, que a reutilização e a reciclagem de produtos plásticos também são importantes. Na opinião dele, uma medida-chave para controlar o crescente fluxo de lixo plástico seriam instrumentos econômicos que incluem os custos ambientais no preço final.
"Se esses custos forem inseridos no preço final de produtos plásticos desde o início, o plástico será usado mais moderadamente, reutilizado e mais reciclado. E alternativas mais ecológicas [como embalagens biodegradáveis] se tornariam mais baratas em comparação", afirma o biólogo. 

 

Share:

Tática de defesa será testada em asteroide que passará pela Terra

Uma rocha que voará a 'apenas' 6.800 quilômetros do nosso planeta, sem oferecer risco, será usada pela Nasa para testar detecção e rastreamento de ameaças

Da redação

 

Desde que um cientista da Nasa declarou que a Terra não estaria preparada para barrar um asteroide “surpresa” que se aproximasse sem ser detectado, a preocupação do público vem crescendo em relação a uma potencial ameaça. Mas, para proteger nosso planeta, a agência espacial americana já está desenvolvendo um poderoso sistema de defesa planetária. E a passagem de uma rocha espacial a 6.800 quilômetros da Terra (perto, em termos cósmicos, mas não o suficiente para oferecer qualquer risco) será a chance perfeita para testar essas novas tecnologias. Segundo a Nasa, que anunciou o experimento neste fim de semana, a oportunidade colocará à prova os observatórios e cientistas responsáveis por detectar e rastrear asteroides potencialmente perigosos.

“Cientistas sempre apreciaram saber quando um asteroide fará uma passagem próxima e segura pela Terra, porque eles podem fazer preparativos para coletar dados, caracterizar [o objeto] e aprender o máximo possível sobre ele”, disse Michael Kelley, cientista envolvido no programa e líder da campanha de observação do TC4, como foi batizado o asteroide que será objeto de estudo. “Desta vez, estamos adicionando outros esforços, usando este voo próximo para testar a rede mundial de detecção e rastreamento de asteroides, avaliando nossa capacidade de trabalhar juntos para encontrar uma potencial ameaça real.”

TC4 tem entre 10 e 30 metros, um pouco maior do que o asteroide que atingiu Chelyabinsk, na Rússia, em 2013. Ainda assim, é relativamente pequeno, se for levado em conta que o asteroide responsável por extinguir os dinossauros tinha quase dez quilômetros. Os cientistas, no entanto, garantem que, assim como a maioria dos Near Earth Objects (NEOs, na sigla em inglês, traduzida como “Objetos Próximos à Terra”), o TC4 não oferece nenhum risco de colisão catastrófica com o nosso planeta.

Ele foi escolhido pela Nasa porque, desde que foi descoberto em 2012, está fora do alcance dos telescópios. Quando ele se aproximar da Terra, os cientistas esperam utilizar grandes telescópios para rastreá-lo e restabelecer sua trajetória precisa, assim como definir sua órbita, determinando exatamente a que distância que ele passará do nosso planeta.

“Este é o alvo perfeito para esse exercício, porque conhecemos a órbita do TC4 suficientemente bem para ter certeza absoluta de que não impactará a Terra, mas ainda não estabelecemos sua trajetória exata”, afirmou Paul Chodas, diretor do Centro de Estudos de Objetos Próximos à Terra (CNEOS, na sigla em inglês). “Compete aos observatórios obter uma correção [na trajetória já conhecida] do asteroide à medida que se aproxima e trabalhar em conjunto para obter observações de acompanhamento para fazer determinações de órbita de asteroides mais refinadas.”

 http://veja.abril.com.br/ciencia/tatica-de-defesa-sera-testada-em-asteroide-que-passara-pela-terra/
Share:

Veja as fotos mais surpreendentes de eventos astronômicos do ano

A primeira lista de candidatos selecionados para o prêmio Fotógrafo do Ano de Astronomia, organizado pelo Observatório Real de Greenwich, foi divulgada

O Observatório Real de Greenwich, no Reino Unido, acaba de divulgar a lista oficial de concorrentes para o Fotógrafo do Ano de Astronomia 2017, a maior competição internacional de fotografia de fenômenos astronômicos. Todos os anos, a premiação elege imagens do céu noturno e do universo retratadas por uma comunidade global de astrofotógrafos para uma exibição gratuita no instituto. Os vencedores serão anunciados em 14 de setembro, em uma cerimônia na sede do observatório, em Londres.

A primeira lista de selecionados desta edição inclui imagens de uma superlua vista da Itália, uma aurora boreal refletindo suas luzes em um espelho d’água na Noruega e uma estrela cadente atravessando o céu de Portland, nos Estados Unidos, enquanto Vênus aparece no fundo. A competição está dividida em nove categorias e dois prêmios especiais. Pela primeira vez nos nove anos de existência da competição, os juízes receberam imagens de Urano e asteroides entre as 3.800 inscrições de fotógrafos amadores e profissionais, pertencentes a 91 países ao redor do globo.

Confira as imagens da primeira lista de selecionados:

NGC 2023, nebulosa localizada na constelação de Orion, a uma distância de <span>1.467 anos-luz (cada ano-luz equivale a 9,46 trilhões de quliômetros) da Terra. Com 4 anos-luz de diâmetro, NGC 2023 é uma das maiores nebulosas de reflexão já descobertas. </span>
1/15 NGC 2023, nebulosa localizada na constelação de Orion, a uma distância de 1.467 anos-luz (cada ano-luz equivale a 9,46 trilhões de quliômetros) da Terra. Com 4 anos-luz de diâmetro, NGC 2023 é uma das maiores nebulosas de reflexão já descobertas.  (Warren Keller/Astronomy Photographer of the Year 2017/Reprodução)


Share:

Excesso de açúcar pode levar à depressão, aponta estudo

Pesquisa encontrou relação entre dietas ricas em açúcar, ansiedade e depressão em homens. Segundo cientistas, ligação pode também estar presente em mulheres

Da redação

Os pesquisadores identificaram que para um terço dos homens, aqueles com maior consumo de açúcar, houve alta de 23% da ocorrência desses problemas mentais. (iStock/Getty Images)
Dietas com alto teor de açúcar, ligadas ao consumo de refrigerantes e doces, podem estar associadas a um maior risco de problemas mentais comuns, como ansiedade e depressão leve, apontou um estudo publicado nesta quinta-feira na revista Scientific Reports. A pesquisa, feita com homens e mulheres, apresentou tais resultados apenas no grupo masculino – mas, segundo os autores, não é impossível que a associação esteja presente também no sexo feminino, uma vez que outros estudos já verificaram uma relação entre excesso de açúcar e depressão em mulheres.

O trabalho foi liderado por Anika Knüppel, da University College London, no Reino Unido. “Os resultados mostram efeito adverso de longo prazo na saúde mental dos homens, ligado ao excessivo consumo de açúcar proveniente de alimentos e bebidas doces”, disse Anika. Os autores recomendam uma menor ingestão de doces e produtos industrializados com muito açúcar para melhorar a saúde mental.

Açúcar e depressão

Altos níveis de consumo de açúcar já haviam sido relacionados a uma prevalência mais alta de depressão em diversos estudos anteriores. No entanto, até agora, cientistas não sabiam se a ocorrência do problema mental desencadeava um consumo maior de açúcar, ou se os doces é que levavam à depressão.

Para descobrir se a voracidade por açúcar é causa ou consequência dos problemas mentais, os cientistas analisaram os dados de 8.087 britânicos com idades entre 39 e 83 anos, coletados por 22 anos para um estudo de larga escala. As descobertas foram feitas com base em questionários sobre a dieta e a saúde mental de participantes.

Para um terço dos homens – aqueles com maior consumo de açúcar – houve alta de 23% da ocorrência de problemas mentais após cinco anos, independentemente de obesidade, comportamentos relacionados à saúde, do restante da dieta e de fatores sociodemográficos.

O consumo de açúcar foi medido por 15 itens que incluem refrigerante, suco industrializado, doce, bolo, biscoito e açúcar adicionado ao café. Para homens, foi considerado alto consumo maior que 67 gramas por dia e, para mulheres, acima de 50 gramas. A Organização Mundial da Saúde recomenda uso máximo de 50 gramas por dia e aponta que o ideal é não passar dos 25 gramas.

Gênero

Segundo os pesquisadores, o fato de a ligação entre açúcar e doenças mentais ter aparecido apenas no grupo masculino foi surpreendente. “Esse resultado foi bastante inesperado e não encontramos boa explicação para isso. Mas não é impossível que os resultados também se apliquem a mulheres. Um estudo americano em 2015, exclusivamente com mulheres, também encontrou associação de alto consumo de açúcar e depressão”, disse Anika.

Segundo ela, há várias explicações biológicas plausíveis para a associação entre açúcar e depressão. A principal delas é que o açúcar reduz os níveis do chamado fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF, na sigla em inglês), que ajuda no desenvolvimento de tecidos cerebrais. “O BDNF tem sido discutido como um facilitador da atrofia do hipocampo em casos de depressão”, disse Anika.

“O doce me acalma”

Açúcar e ansiedade estão na vida do empresário Mardone Paz, de 38 anos. Ele não sabe se a ansiedade, no seu caso, está ligada ao consumo de doces, mas diz correr a um café ou padaria sempre que bate o nervosismo. “O doce me acalma. Como com frequência mesmo sabendo que não faz bem à saúde, porque gosto muito.”

Por pressão da família, ele passou a se preocupar mais com a alimentação, mas não abandonou o açúcar. “Sei que é preciso, mas não consigo.”
(Com Estadão Conteúdo)

Share:

Planeta vai esquentar mais de 2 graus neste século, diz estudo

Segundo o estudo, a chance de haver uma redução de 1,5 grau na temperatura – objetivo firmado pelo Acordo de Paris – é de apenas 1%

São Paulo – Um novo estudo mostra que é de apenas 5% a probabilidade de manter o aquecimento global, até o fim do século, dentro de um limite de 2 graus Celsius.

Segundo os autores, é de 1% a chance de cumprir a meta estabelecida pelo Acordo de Paris, de manter as temperaturas médias abaixo de 1,5 grau Celsius nesse período.

Um aumento de 2 graus Celsius da temperatura média do planeta é o limite para um “ponto sem retorno” a partir do qual as catástrofes climáticas poderiam se tornar incontroláveis, de acordo com muito climatologistas.

O novo estudo, publicado hoje na revista Nature Climate Change, aponta que são de 90% as chances do aumento das temperaturas médias, no século 21, para um valor entre 2 e 4,9 graus Celsius.

“Nossa análise mostra que o objetivo de 2 graus Celsius é o melhor cenário possível. É alcançável, mas apenas com um esforço maciço e sustentado em todas as frentes pelos próximos 80 anos”, disse o autor principal do estudo, Adrian Raftery, professor de estatística e sociologia da Universidade de Washington (Estados Unidos).

“Nossa análise é compatível com estimativas anteriores, mas mostra que as projeções mais otimistas são muito improváveis. Estamos mais próximos da margem do que pensamos”, disse Raftery.
O relatório mais recente do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) estabeleceu as taxas futuras de aquecimento com base em quatro cenários de emissões de carbono.

Os cenários variam desde o mais pessimista, no qual as emissões continuariam na mesma tendência atual, até o mais otimista, no qual haveria um esforço global sério de transição para uma economia sem combustíveis fósseis.

“O IPCC deixou bem claro que esses cenários não são previsões. O grande problema com os cenários é que você não sabe até que ponto eles são prováveis, nem se eles cobrem toda a gama de possibilidades, ou se são apenas um punhado de exemplos. Cientificamente, esse tipo de abordagem não foi totalmente satisfatória”, disse Raftery.

O novo estudo tem foco em três fatores que sustentam os cenários para emissões futuras: população mundial total, produto interno bruto per capita e “intensidade de carbono”, que é a quantidade de carbono emitida para cada dólar de atividade econômica.

Utilizando projeções estatísticas para cada um desses três fatores, com base nos dados dos últimos 50 anos em todos os países, o estudo mostra um valor médio de aquecimento de 3,2 graus Celsius até 2100 e uma chance de 90% de que o aquecimento neste século fique entre 2 e 4,9 graus Celsius.

“Os países lutaram pela meta de 1,5 grau Celsius por causa dos severos impactos em seus meios de subsistência no caso de excedermos esse limite. De fato, os danos causados por temperaturas extremas, seca, clima extremo e aumento do nível do mar será muito mais severo se permitirmos uma temperatura de 2 graus Celsius ou mais. Nossos resultados mostram que será preciso realizar uma mudança abrupta de curso para atingirmos essas metas”, disse outro dos autores da pesquisa, Dargan Frierson, professor de ciências atmosféricas na Universidade de Washington.

Um outro estudo coordenado por Raftery em 2014, sob encomenda da Organização das Nações Unidas, utilizou ferramentas estatísticas para mostrar que a população mundial dificilmente se estabilizará no século 21.

O planeta deverá chegar a 11 bilhões de habitantes em 2100.

Intensidade de carbono

Raftery imaginou que o crescimento populacional causaria um grande impacto no aumento das projeções de aquecimento global, mas ficou surpreso ao descobrir, no novo estudo, que o impacto populacional não é tão grande.

Segundo ele, a explicação para isso é que o maior crescimento populacional ocorrerá em países da África, que usam poucos combustíveis fósseis.

Segundo Raftery, o fator mais importante para o futuro aquecimento global é a intensidade de carbono – a quantidade de carbono emitida para cada dólar de atividade econômica.

Esse valor caiu nas últimas décadas, porque os países aumentaram a eficiência e estabeleceram padrões para redução de emissões de carbono, segundo o pesquisador.

A velocidade da queda desse número nas próximas décadas será crucial para determinar o aquecimento global, de acordo com Raftery.

O estudo mostrou uma ampla gama de possíveis valores de intensidade de carbono nas próximas décadas, dependendo do progresso tecnológico e do compromisso dos países para implementar mudanças.

“De maneira geral, as metas expressas no Acordo de Paris são ambiciosas, mas realistas. A má notícia é que elas provavelmente serão insuficientes para atingir o objetivo de manter o aquecimento abaixo de 1,5 grau Celsius”, afirmou Raftery.

http://exame.abril.com.br/ciencia/planeta-vai-esquentar-mais-de-2-graus-neste-seculo-diz-estudo/ 
Share:

Estudo mostra que uso de etanol nos veículos reduz poluição

Substituir álcool por gasolina eleva 30% na concentração atmosférica de partículas ultrafinas - que de tão pequenas, ultrapassam barreiras respiratórias

Quando, por algum motivo, o preço do etanol sobe nas bombas de combustível, torna-se economicamente mais vantajoso para o motorista abastecer um carro flex com gasolina.
Porém, a saúde de toda a população paga o preço: a substituição do combustível implica uma elevação de 30% na concentração atmosférica de material particulado ultrafino – aquele com diâmetro menor do que 50 nanômetros.

O fenômeno foi constatado na cidade de São Paulo em um estudo apoiado pela FAPESP e publicado este mês na revista Nature Communications.

“Essas nanopartículas de poluição são tão pequenas que se comportam como moléculas de gás. Ao serem inaladas, conseguem atravessar todas as barreiras de defesa do sistema respiratório e alcançar os alvéolos pulmonares, levando diretamente para o sangue substâncias potencialmente tóxicas, podendo aumentar a incidência de problemas respiratórios e cardiovasculares”, disse Paulo Artaxo, professor do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IF-USP) e coautor do artigo.
Como explicou o pesquisador, atualmente a concentração desse tipo de nanopartícula não é monitorada ou regulamentada por órgãos ambientais do Brasil ou de outras nações.

A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), por exemplo, monitora rotineiramente apenas as partículas sólidas de 10 mil nanômetros de diâmetro (PM10) e as de 2,5 mil nanômetros (PM 2,5) – além de outros poluentes gasosos como ozônio (O3), monóxido de carbono (CO) e dióxido de nitrogênio (NO2).

“Entre 75% e 80% da massa de nanopartículas que medimos neste estudo corresponde a compostos orgânicos emitidos por veículos, ou seja, carbono em diferentes formas químicas. Quais exatamente são esses compostos e seus impactos na saúde é algo que precisa ainda ser melhor investigado”, afirmou Artaxo.

Ainda segundo o professor, nos Estados Unidos e na Europa já está se estabelecendo, com base em pesquisas recentes, um consenso de que essas emissões são potencialmente prejudiciais à saúde e precisam ser regulamentadas.

Em vários estados norte-americanos, como a Califórnia, já há leis obrigando a mistura de 20% a 30% de etanol na gasolina, o que também ajuda a reduzir a liberação de material particulado ultrafino.

Metodologia

Os dados analisados no estudo foram coletados entre os meses de janeiro e maio de 2011 – período em que houve fortes oscilações no preço do etanol em relação à gasolina, motivadas por fatores macroeconômicos, como a variação do preço do açúcar no mercado internacional.

A coleta ocorreu no topo de um prédio de 10 andares localizado no Instituto de Física da USP, zona oeste da capital. Segundo Artaxo, foi escolhido um local relativamente distante de grandes avenidas – onde chegam principalmente os aerossóis mais envelhecidos, ou seja, que já interagiram com outras substâncias presentes na atmosfera.

“De modo geral, a poluição que respiramos no cotidiano, em nossas casas ou no trabalho, não é aquela que sai diretamente do cano de descarga dos veículos e sim partículas já processadas na atmosfera. Por isso, optamos por um local que não fosse diretamente impactado pelas emissões veiculares primárias”, explicou.

O trabalho foi desenvolvido durante o pós-doutorado de Joel Ferreira de Brito, sob a supervisão de Artaxo. O modelo usado para analisar os dados foi desenvolvido pelo economista brasileiro Alberto Salvo, professor da Universidade Nacional de Cingapura e primeiro autor do artigo. Colaborou ainda o químico Franz Geiger, da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos.

“Adotamos um modelo estatístico sofisticado, desenvolvido originalmente para análises econômicas e pela primeira vez usado na análise da química atmosférica de nanopartículas. A grande vantagem é que essa ferramenta aceita um grande número de variáveis, como presença ou não de chuva, direção do vento, intensidade do tráfego, concentração de ozônio, monóxido de carbono e outros poluentes”, contou Artaxo.

As análises foram feitas antes, durante e após uma forte flutuação no preço do etanol, induzindo a troca do combustível consumido em São Paulo. Economizar gasolina: A Mongeral Aegon mostra os 7 hábitos que você precisa mudar Patrocinado
 
Se por um lado não se constatou alteração importante nas concentrações de material particulado fino inalável – PM 2,5 e PM10 –, comprovou-se em uma situação cotidiana real que a opção pelo etanol reduz a emissão de particulado ultrafino. Até então, esse fenômeno só havia sido observado em laboratório.

“Esses resultados reforçam a necessidade de políticas públicas para estimular o uso de biocombustíveis, pois deixam claro que a população perde com saúde o dinheiro economizado na bomba quando se opta pela gasolina”, avaliou Artaxo.

Em São Paulo, cidade com 7 milhões de veículos e a maior frota urbana de carros flex, acrescentou, seria viável que todos os ônibus fossem movidos a biocombustível. “Existe tecnologia para isso no Brasil e a preço competitivo.”

O fato de a frota de ônibus da capital paulista ainda depender do diesel, alertou Artaxo, traz um problema ainda mais grave para a saúde: a emissão do chamado carbono negro – um dos principais componentes da fuligem e um dos poluentes que contribuem para o aquecimento do planeta.
O setor de transportes é, ao lado da geração de energia, o maior emissor de poluentes oriundos da queima de combustíveis fósseis.

Para Artaxo, o incentivo a veículos elétricos, híbridos ou a biocombustíveis é fundamental para diminuir a emissão de gases de efeito estufa.

“O incentivo aos biocombustíveis permite resolver vários problemas de uma vez. Ajuda a combater a mudança climática, reduz danos à saúde e promove avanços na tecnologia automotiva, pois a indústria terá estimulo para desenvolver carros mais econômicos e eficientes movidos a etanol”, disse Artaxo.

O artigo Reduced ultrafine particle levels in São Paulo’s atmosphere during shifts from gasoline to ethanol use pode ser lido aqui.

*Conteúdo publicado originalmente no site da Agência Fapesp.
Share:

VIDHA LINUS

CONSULTORIA AMBIENTAL LICENÇAS,ELABORAÇÃO EIV, PRAD. Av Radial B, 122 Bairro Mangueiral CEP 42807-380 CAMAÇARI - BAHIA 71 3040 5033 99168 5797 VBRAMBIENTAL@YAHOO.COM.BR

QUAL SEU IDIOMA?

Postagens mais visitadas

Total de visualizações de página

ARQUIVOS DO BLOG

Arquivo do blog