Meio Ambiente & Desenvolvimento Humano

sábado, 15 de abril de 2017

Várzea da Roça - Moradores se reúnem para criar medidas de proteção a fauna e flora da Caatinga


15 abril 2017 19:56h
VALDIR RIOS


Motivados pelo ressurgimento de algumas espécies animais nativos da caatinga, amigos,  amantes da natureza e autoridades se reuniram neste sábado (15), na Câmara de Vereadores de Várzea da Roça, no período da tarde.

Estiveram presentes o comerciante Sidney Sales da Cruz Rios, contador Valfredo Barreto Rios, O presidente da Câmara e vereador Jamilson Nunes e José Maciel, o Secretário de Educação Milton Filho, os ambientalistas, Alan Araújo , Roque O. Rios e Renato Trindade, o Engenheiro Ambiental Valdir Barreto Rios e a Psicóloga Vânia Cássia Silva de Oliveira.
A iniciativa visa fortalecer ações que garantam a preservação da caatinga (fauna e flora) tendo de imediato a meta de conscientizar os caçadores a não caçar e matar espécies como veado catingueiro, tatu, tamanduá aves que até então dava por extinto na região e passou a ser avistado ultimamente com maior frequência.

A ideia é transformar os fazendeiros, proprietários rurais e caçadores em protetores, transformando-se em Amigos da Caatinga.  Para tanto vai ser desenvolvido um trabalho direto com estas pessoas, visando a mudança dos seus hábitos.

Outras frentes foram criadas e algumas reivindicações feitas tanto ao Secretário de Educação Milton Filho, como a Presidente da Casa SR. Jamilson Nunes e ao vereador José Maciel. Ao Secretário foi solicitado a comemoração do dia 05 de junho (meio ambiente) e implantação da Educação Ambiental como disciplina escolar a partir de 2018 conforme prevê LEI Nº 12.056 DE 07 DE JANEIRO DE 2011 que “Institui a Política de Educação Ambiental do Estado da Bahia”.

Para Milton Filho a proposta vem em um momento importante já que somos testemunhos da devastação e dos problemas ambientais que se tem enfrentado por conta da intervenção humana, “sentarei com a equipe para avaliar a forma de atender o pleito” disse.
Aos vereadores foi solicitado a criação de leis que torne mais rígido o controle de herbicidas e outros defensivos no município, de forma que possa amenizar a contaminação do ar, solo e da água.

De imediato ficou acertado campanhas educativas em rádio, redes sociais, carro de som, panfletos e outras frentes nas comemorações do 1º de maio.

Nova reunião ficou marcada para criar ou fortalecer uma entidade voltada às causas ambientais, buscar uma atuação mais firme das autoridades policiais, MP-BA e INEMA, devendo ainda elaborar uma proposta a ser levado ao Executivo Municipal no sentido de criar a Secretária de Meio Ambiente pra fazer valer as Leis Ambientais no município.
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Parlamentares modificam MP para permitir mineração em Parque no Pará

 Deputados e senadores acertam os últimos detalhes do relatório da MP 758 antes da votação simbólica. Na foto, deputado Josué Bengtson (PTB-PA); senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA); relator José Reinaldo (PSB-MA) e senador Paulo Rocha (PT-PA). Foto: Roque de Sá/Agência Senado.

Um dia após aprovarem um texto recortando ainda mais a Floresta Nacional de Jamanxim, parlamentares membros de outra comissão mista votaram para desmembrar outras duas Unidade de Conservação do oeste do Pará: o Parque Nacional de Jamanxim e a Floresta Nacional de Itaituba II, que originalmente não estava na matéria. As mudanças beneficiam mineradores que exploram ouro na região.

Em dezembro, o governo Temer alterou, via Medida Provisória, os limites do Parque Nacional de Jamanxim. A mudança foi pontual: 862 hectares foram tirados para dar lugar a ferrovia Ferrogrão. Em compensação, o governo anexou 51 mil hectares de uma área pertencente à Área de Proteção Ambiental (APA) do Tapajós no Parque. Após a ampliação, o parque passou a abrigar um território de 909 mil hectares e a APA do Tapajós passou de 2.039.580 hectares para 1.988.445 hectares. Isso até a Medida Provisória ir para o Congresso.

Após tramitar em uma comissão mista formada por deputados e senadores, a matéria foi descaracterizada. Foram apresentadas 7 emendas à proposta original em fevereiro. O relator, deputado José Reinaldo (PSB-MA), acatou parcialmente 4 emendas. A votação, feita em menos de 10 minutos na manhã desta quarta-feira (12), incluiu a diminuição na Floresta Nacional de Itaituba II e a criação de mais três Áreas de Proteção Ambiental: a APA de Rio Branco, a APA de Carapuça e a APA de Trairão.

Com as mudanças do relator, a chamada Medida Provisória da Ferrogrão ficou assim: 273 mil hectares do Parque Nacional do Jamanxim foram transformados nas Áreas de Proteção Ambiental (APAs) Carapuça e Rio Branco e 71 mil hectares do Parque foram incorporados à Floresta Nacional do Trairão. As mudanças também atingem a Floresta Nacional Itaituba II, que teve 42% do seu território transformado na Área de Proteção Ambiental do Trairão (Veja Tabela).

tabela-mp-758

A criação e recategorização de unidades de conservação de categorias mais restritivas em APAs sinaliza a legalização de títulos de terra e de passivos ambientais do grosso dos proprietários de terra legítimos e invasores, já que essa a categoria de unidade de conservação mais branda do país. Um parque nacional, por exemplo, é uma unidade de 'Proteção Integral', onde só é permitido a visitação. Já uma Floresta Nacional é uma unidade de 'Uso Sustentável' cujo objetivo é a exploração de produtos florestais (madeiras, sementes, etc), mas não permite propriedades privadas dentro. Já uma APA, a mais branda de todas, comporta propriedades privadas e produção, com pouquíssimas restrições.

Na Medida Provisória 758, o governo aumentou a proteção da área no entorno da BR 163, ao anexar 51 mil hectares da Área de Proteção Ambiental (APA) do Tapajós no Parque Nacional de Jamanxim, uma categoria mais restritiva. Os parlamentares fizeram o movimento contrário: retiraram 442,865 mil hectares do Parque, sendo que 79% dessa redução foram para as APAs e 21% viraram floresta.
A criação das APAs, segundo admite o relator, deputado José Reinaldo, permitirá a continuidade de atividades mineradoras anteriores à criação de reservas ambientais com a justificativa de que “ali há investimentos muito grandes que não podem ser desconhecidos”.

O relator destacou ainda que os pequenos produtores rurais foram prejudicados com a criação das Unidades de Conservação em 2006, criadas para impedir o aumento de desmatamento ao longo da BR 163, que estava sendo asfaltada. Autor da emenda que cria a APA de Carapuça, o deputado Francisco Chapadinha (PTN-PA) afirmou que a mudança de categoria “concilia a continuidade das atividades produtivas com a preservação ambiental”.

A demanda no Congresso é recategorizar ou até sustar as Unidades que impedem o aumento da produção agropecuária e exploração mineradora no seio da Amazônia. O movimento ganhou força recentemente com a diminuição de áreas protegidas no Pará pelas Medias Provisórias 756 e 758. As modificações feitas pelos congressistas nos dois textos já atingem 1 milhão de hectares em pelo menos 5 unidades de conservação: nas Florestas Nacionais de Jamanxim e Itaituba II, nos Parques Nacionais do Jamanxim e São Joaquim e na Reserva Biológica Nascentes da Serra do Cachimbo.
*Com informações da Agência Senado.

Disponível: http://www.oeco.org.br/noticias/parlamentares-modificam-mp-para-permitir-mineracao-em-parque-no-para/
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quinta-feira, 13 de abril de 2017

Projeto autoriza dedução no Imposto de Renda de doações para escolas


(Foto: Sinduprom/ PE)

12/04/2017 UNDIME


Está pronto para ser votado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) o projeto de lei (PLS 198/2013) que cria o Programa Nacional de Incentivo à Educação Escolar Básica Gratuita (Pronie). O projeto autoriza a dedução  no Imposto de Renda, por pessoas físicas e Jurídicas, de doações feitas para escolas da educação infantil e dos ensinos fundamental e médio.
De autoria do senador licenciado Blairo Maggi (PR-MT), o projeto cria o Pronie para incentivar a doação de recursos privados que sirvam para ampliar os investimentos e melhorar a qualidade da educação escolar gratuita em todo o país, ou seja, nas escolas públicas e nas escolas privadas sem fins lucrativos. O projeto recebeu voto favorável do relator, o senador Ivo Cassol (PP-RO), e ainda terá de passar pelas Comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e de Educação, Cultura e Esporte (CE).
Pessoas físicas e jurídicas poderão fazer doações ou patrocinar projetos de instituições de ensino gratuito para melhoria da educação escolar básica, construção, ampliação ou reforma de escolas, aquisição de equipamentos e materiais didáticos ou atualização e aperfeiçoamento de profissionais da educação.
As pessoas físicas poderão deduzir até 100% dos valores doados a projetos educacionais, limitado a 6% do Imposto de Renda devido, tendo como referência a declaração de ajuste anual feita no modelo completo. O contribuinte terá apenas que informar, na aba "pagamentos efetuados" da declaração do Imposto de Renda, nome e CNPJ da escola que recebeu a doação e o valor doado.
As pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real poderão deduzir até 100% dos valores doados, observado o limite de até 4% do Imposto de Renda devido. Entretanto, as pessoas jurídicas não poderão deduzir os valores para fins de determinação do lucro real e da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido das Empresas (CSLL). Já as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro presumido poderão deduzir 50% das doações efetuadas.
Não serão dedutíveis doações a instituições privadas sem fins lucrativos que tenha em seu corpo diretor “pessoa física vinculada ao doador ou patrocinador, assim considerados o cônjuge e parentes até terceiro grau”.
Todas as instituições beneficiadas com doação ou patrocínio estarão sujeitas a fiscalização dos órgãos públicos competentes, quanto à movimentação financeira e ao alcance dos objetivos.
O autor do projeto lembra que o artigo 205 da Constituição determinou que a educação, além de ser um direito de todos, é dever do Estado e da família e deve ser “promovida e incentivada com a colaboração da sociedade”.
Blairo Maggi argumenta, na justificação do projeto, que com a proposta "dá-se às pessoas físicas e jurídicas a oportunidade de direcionar parte dos gastos que derivariam da receita de Imposto de Renda para doações e patrocínios diretos, ao alcance da demanda e do acompanhamento da sociedade local". Para ele, "a grande vantagem do mecanismo é a oportunidade de uma colaboração direta de pessoas e empresas a demandas objetivas de escolas públicas e comunitárias gratuitas de sua própria comunidade, estreitando os laços de cidadania”.
O relator do projeto diz que o mérito da proposta é inegável, pois o Estado “deve oferecer instrumentos que facilitem o financiamento privado da educação, tanto das instituições públicas quanto das instituições privadas sem fins lucrativos”. Cassol acredita que a medida vai ampliar a participação da sociedade no desenvolvimento da educação e melhorar a qualidade do ensino.
Fonte: Agência Senado
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Projeto cria prêmio em dinheiro para município com práticas inclusivas


(Foto: Cesar Brustolin/SMCS)

12/04/2017 UNDIME


Os municípios com os melhores índices de inclusão de pessoas com deficiência serão premiados com valores em dinheiro. É o que propõe o Projeto de Lei do Senado 89/2017, que cria o prêmio Cidade Acessível.
A iniciativa é do senador Ciro Nogueira (PP-PI). O objetivo é dar destaque aos municípios com mais de 50 mil habitantes que tenham as melhores políticas públicas para pessoas com deficiência. Os valores em dinheiro seriam definidos pelo governo federal.
Pelo texto, serão premiados os dez municípios mais bem classificados individualmente nas categorias habilitação e reabilitação; saúde e assistência social; educação, cultura, esporte, turismo e lazer; moradia e transporte e mobilidade. Cada município só poderá ser premiado em uma categoria a cada ano.
O projeto também determina que os recursos recebidos pelo município como prêmio serão obrigatoriamente aplicados em ações e serviços públicos voltados à promoção da cidadania e da inclusão social da pessoa com deficiência.
Ao justificar a proposta, Ciro Nogueira explicou que a intenção do prêmio é “homenagear e divulgar boas iniciativas de inclusão das pessoas com deficiência”.
Para o senador Romário (PSB-RJ), um dos principais defensores das leis de inclusão, algumas cidades já estão adiantadas nesse processo, independentemente de prêmios. Mas, apesar de o Congresso ter aprovado, em 2015, a Lei de Inclusão da Pessoa com Deficiência, ainda há muito o que ser feito.
A lei prevê igualdade de oportunidades e proíbe qualquer tipo de discriminação contra cidadãos com deficiência. Também especifica os direitos constitucionais à saúde, à educação e ao trabalho e o direito à cultura, ao esporte, ao turismo e ao lazer.
- O Brasil tem crescido bastante. Muitas coisas avançaram. A política pública em relação às pessoas com deficiência a cada dia melhora, mas a falta de respeito, a desconsideração e o preconceito tem de começar a mudar dentro da nossa cabeça – argumentou ele.
O projeto que cria o prêmio Cidade Acessível está na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado aguardando o recebimento de emendas. De lá, seguirá para Comissão de Educação, para decisão terminativa.
Com informações da Rádio Senado.
Fonte: Agência Senado
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IV Encontro dos Municípios com o Desenvolvimento Sustentável: 24 a 28 de abril. Inscrições abertas!


12/04/2017 UNDIME

A 4ª edição do Encontro dos Municípios com o Desenvolvimento Sustentável (EMDS), uma iniciativa da Frente Nacional de Prefeitos (FNP) em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), será realizado de 24 a 28 de abril, no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília (DF). As inscrições estão abertas e são gratuitas! Mais de 2 mil pessoas já estão inscritas.

A ideia do evento é reunir prefeitos, gestores municipais, autoridades do governo federal, parlamentares, além de representantes de entidades, universitários e professores para pautar os mais diferentes assuntos que envolvem os municípios. Este ano, o tema será "Reinventar o Financiamento e a Governança das Cidades”. Para tanto, a Frente Nacional de Prefeitos organizou uma programação bastante diversificada. Haverá salas temáticas, eventos de parceiros, espaços para estandes etc. A programação completa está disponível no portal do evento.

Serão 22 salas temáticas com diferentes assuntos. Entre eles: inovações para transformar a gestão e qualificar o gasto; garantia da qualidade e do acesso universal à saúde; financiamento e implementação da Nova Agenda Urbana e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS); cidades inteligentes, humanas e eficientes; desafios da mobilidade urbana; eficiência energética, iluminação pública e energias renováveis; transparência na gestão, prevenção e combate à corrupção, entre outros.

A Undime participará do encontro na sala temática intitulada "Os desafios federativos para a promoção da cidadania e da transversalidade na Educação". Na ocasião, a vice-presidente da Undime e Dirigente Municipal de Educação de Costa Rica (MS), Manuelina Martins, representará a instituição e falará sobre os desafios da expansão da oferta de vagas de educação infantil para garantia do direito à Educação, com discussões de alternativas para a sua expansão de forma qualificada e sustentável.

IV Encontro dos Municípios com o Desenvolvimento Sustentável
Data: 24 a 28 de abril de 2017
Local: Estádio Mané Garrincha, em Brasília/ DF
Programação: http://www.emds.fnp.org.br/programacao/geral
Inscrições: http://www.emds.fnp.org.br/inscricoes
Informações: (61) 3044-9805
Fonte: Undime
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A árvore que guiou a história humana e sustenta vida de milhares de espécies

Há mais de 2 mil anos, o galho de uma importante árvore foi cortado sob ordens de Ashoka, o Grande, imperador da Índia.


ALAMY                                                                          A imponente Ficus religiosa

Diz-se que foi embaixo dessa mesma árvore que Buda alcançou a iluminação - Ashoka deu status de realeza ao galho e o plantou em um vaso de ouro.
Essa história, baseada no poema épico Maja-vansha ("A grande linhagem", em tradução livre), fala da espécie de figueira que os cientistas chamam de Ficus religiosa.
Mas ela não é a única que existe. Há mais de 750 tipos de figueira - e nenhuma outra planta influenciou tanto a imaginação no transcorrer da história.

Raízes aéreas

A maioria das espécies da Ficus enterra suas raízes abaixo da superfície, mas algumas preferem mostrá-las ao público.
Um exemplo são as figueiras estranguladoras, plantas extraordinárias que crescem a partir de sementes soltas por aves e outros animais no topo das árvores.
Em seguida, elas lançam suas raízes aéreas, que vão se tornando cada vez mais grossas até cobrirem a árvore que lhes serviu como anfitriã.

Algumas vezes, elas se tornam uma espécie de parasita, chegando a um tamanho tão grande que chegam a matar a árvore que invadiram.
Figos Direito de imagem Alam   
Os figos sustentam uma série de animais
Dois países têm as figueiras estranguladoras em seu brasão.
Um deles é a Indonésia, onde a árvore simboliza a unidade dentro da diversidade - suas raízes despontando para fora representam as inúmeras ilhas que compõem a nação.
O outro é Barbados, que deve seu nome à imagem que o explorador português Pedro a Campos viu quando seu barco chegou à ilha, em 1536.

A embarcação passou por muitas figueiras estranguladoras que cresciam ao longo da costa, do tipo chamado Ficus citrifolia.
Era uma massa de raízes marrons e avermelhadas saindo dos galhos das árvores, como grandes mechas de pelos emaranhados - e foi por isso que Campos chamou a ilha de Barbados.

Testemunha da história

Mas as figueiras estranguladoras já haviam conquistado a mente humana havia muito tempo.
Budistas, hindus e jainistas têm venerado essa árvore por mais de dois milênios.
Figueira Direito de imagem Alamy 
A figueira é reverenciada por vários povos
Ela também aparece nos hinos de guerra cantados pela civilização védica há 3,5 mil anos. E, 1,,5 mil anos antes, apareceu na mitologia e na arte da civilização do Vale do Indo.

Estão presentes ainda em histórias de ficção, folclore e ritos de fertilidade.

A mais notória é a figueira-de-bengala (Ficus benghalensis), uma árvore tão grande que de longe parece um pequeno bosque.

Dizem que uma figueira-de-bengala do Estado de Uttar Pradesh, na Índia, é imortal. Outra, mais ao sul, teria florescido no lugar onde uma mulher desesperada se jogou na pira funerária do marido, morrendo queimada - essa árvore, em Andhra Pradesh, pode abrigar 20 mil pessoas.

Alimento indispensável

Os primeiros europeus a desfrutarem da sombra de uma figueira-de-bengala foi Alexandre, o Grande e seus soldados, que chegaram à Índia em 326 a.C.
As histórias dessa árvore logo chegaram ao filósofo grego Teofrasto, o fundador da botânica moderna.
Teofrasto estava estudando a figueira comestível, Ficus carica, e notou pequenos insetos que entravam e saíam dos figos.
Figueira Direito de imagem Alamy 
As figueiras existem há 80 milhões de anos
Mais de 2 mil anos se passaram até que os cientistas se deram conta de que cada espécie de figo tem seus próprias vespas polinizadoras.

Cada espécie de vespa de figueira só pode colocar seus ovos nas flores de seus figos correspondentes, uma relação que começou há mais de 80 milhões de anos e mudou o mundo.

As espécies da árvore devem produzir figos durante o ano inteiro para garantir que suas vespas polinizadoras sobrevivam, o que é uma ótima notícia para os animais que comem a fruta, já que eles teriam dificuldade para encontrar comida em todo o período.

Dessa forma, os figos sustentam mais animais do que qualquer outro tipo de fruta.

Há mais de 1,2 mil espécies que comem figos, incluindo um décimo de todas as aves do mundo, quase todos os morcegos que se alimentam de frutas e dezenas de tipos de primatas.

Por isso, ecologistas acreditam que, se essa fruta desaparecesse, todo o resto entraria em colapso.
Acredita-se ainda que presença de figos maduros durante todo o ano teria ajudado a sustentar nossos primeiros antepassados.
Figueira Direito de imagem AditiVerma 
Ponte feita de raízes de figueira
Além disso, o alimento estaria relacionado ao desenvolvimento de cérebros maiores nos nossos antecessores.

Há até uma teoria sugerindo que as nossas mãos evoluíram como ferramentas para avaliar quais figos são mais macios e, portanto, doces e ricos em energia.

Domesticadas

As espécies de figueira estavam entre as primeiras plantas domesticadas, há vários milhares de anos.
Os egípcios antigos dominaram uma espécie chamada Ficus sycomorus, cujas vespas polinizadoras estavam extintas ou nunca haviam chegado ali, o que os impedia de produzir figos maduros.

Mas graças à sorte ou à engenharia, os agricultores desenvolveram um método para enganar a árvore e amadurecer seus figos: tirar um pedaço delas com uma faca.

Em pouco tempo, os figos viraram a base da agricultura egípcia - eles até treinaram macacos para subir nas árvores e cortá-las.

Os faraós levavam figos secos às suas tumbas para alimentar suas almas durante a viagem à outra vida. Além disso, acreditavam que a deusa Hathor surgiria de uma figueira mítica para dar as boas-vindas ao paraíso.

O rei Nabucodonosor 2º plantou várias Ficus carica nos jardins suspensos da Babilônia. O rei Salomão, de Israel, homenageou-as com músicas. Os gregos e romanos antigos diziam que os figos eram um presente dos céus.
Macaco Direito de imagem Alamy 
Figos são frutas repletas de nutrientes e sustentam vários animais
Sua atração talvez se deva a outra característica crucial. Além de ser doce e saborosa, a fruta contém fibras, vitaminas e minerais.

Um exemplo famoso do poder dos figos é descrito na Bíblia.

Ezequiel, rei de Judá, estava à beira da morte com uma praga de furúnculos, mas conseguiu se recuperar depois que suas servas aplicaram uma espécie de pomada feita com figos picados na sua pele.

Medicamentos desenvolvidos durante milênios utilizaram não apenas o fruto, mas também sua casca, folhas, raízes e o látex que desprende dela.

Ruínas escondidas

As figueiras não apenas ajudaram civilizações, mas também testemunharam seu declínio e até ajudaram a ocultar suas ruínas.
As grandes cidades da civilização do Vale do Indo se multiplicaram entre 3300 e 1500 a.C. e desapareceram até 1827, quando um desertor da Companhia das Índias Orientais chamado Charles Masson as encontrou.
Na época, árvores estranguladoras gigantescas dominavam a paisagem - as ruínas saíam de misteriosos montes delas.
  A deusa egípcia Hathor dando as boas-vindas no paraísoDireito de imagem - 
A deusa egípcia Hathor dando as boas-vindas no paraíso
O colapso dessa civilização se deve a uma prolongada seca, o mesmo que aconteceu nas pirâmides maias de Tikal, na Guatemala.

Na ilha de Krakatoa, na Indonésia, a vida foi extinta em 1883, logo após a erupção de um vulcão. Os figos foram excelentes veículos para estimular a formação de áreas arborizadas novamente.

Com base nisso, os cientistas estão replicando esse efeito nos trópicos, plantando figueiras para acelerar a regeneração da floresta tropical em áreas que perderam árvores devido ao desmatamento.

Arma contra mudanças climáticas

A capacidade de regenerar a vegetação não é o único elemento que permite às figueiras ajudar no combate às mudanças climáticas.
No noroeste da Índia, as pessoas estimulam as raízes a cruzarem os rios, formando pontes naturais para serem usadas nas temporadas de chuvas, que frequentemente deixam vários mortos.
Na Etiópia, as árvores ajudam os agricultores a cultivar durante a seca, proporcionado sombra vital às plantações e abrigo para as cabras, algo que também poderia ser aplicado em outros lugares com condições extremas.
A longa história de 80 milhões de anos das figueiras é uma lembrança de que somos os últimos a povoar a Terra. E de que, sem dúvidas, nosso futuro estará mais seguro se incluirmos essas árvores nos nossos planos.
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Ar poluído pode ser fator de risco para o câncer de mama, revela pesquisa

A poluição propicia o surgimento dos tumores na mama e também dificulta o diagnóstico do câncer

postado em 12/04/2017 06:00 / atualizado em 12/04/2017 08:35
Correio Braziliense 
Fernando Lopes/CB/D.A Press
Viver em um ambiente com o ar poluído pode ser fator de risco para o câncer de mama. A constatação foi feita por pesquisadores dos Estados Unidos após analisar dados de quase 28 mil mulheres colhidos entre 2001 e 2009. Chegou-se à conclusão de que o contato regular com os poluentes aumenta a densidade das mamas — caracterizada pela percentagem mais elevada de tecido fibroglandular. Essa condição propicia o surgimento dos tumores e também dificulta o diagnóstico da doença.

Divulgado neste mês na revista Breast Cancer Research, o estudo da Universidade da Califórnia é o maior do tipo. Os investigadores concluíram que cada unidade de aumento na concentração de partículas finas (PM2,5) eleva a chance de ter as mamas densas em 4%.  Essas partículas inaláveis passam pelas vias respiratórias e se instalam nos pulmões e em outras partes do corpo. Seus constituintes químicos são conhecidos por incluir poluentes que têm propriedades de perturbação do sistema endócrino.

As mulheres analisadas que tinam seios densos apresentaram 20% mais probabilidades de terem sido expostas a maiores concentrações de PM2,5. Por outro lado, aquelas com menor densidade tinham 12% menos probabilidade de terem sido expostas a altas concentrações de PM2,5. A líder do estudo,  Lusine Yaghjyan, ressaltou, no artigo divulgado, a necessidade de que a relação entre os fatores seja mais investigada.
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PROGRAMA PRODUTOR DE ÁGUAS - CONHECENDO

VEJA O VÍDEO: 

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Formação de agentes comunitários de saúde é discutida em seminário

Formação de agentes comunitários de saúde é discutida em seminário
Foto: Max Haack/Ag. Haack/ Bahia Notícias
 
Quarta, 12 de Abril de 2017 - 21:10     BAHIA NOTICIAS
 
A Assembleia Legislativa da Bahia recebe na próxima segunda-feira (17) um seminário sobre a formação e atribuições dos agentes comunitários de saúde e de combate às endemias. O evento acontece a partir das 9h, com a presença de profissionais da área e representantes da Confederação Nacional dos Agentes Comunitários de Saúde; Fundação Osvaldo Cruz; do Conselho Estadual de Saúde, entre outros. A atividade faz parte do cronograma de ações da Comissão Especial que trata do tema na Câmara Federal.

http://www.bahianoticias.com.br/saude/noticia/19389-formacao-de-agentes-comunitarios-de-saude-e-discutida-em-seminario.html 
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quarta-feira, 12 de abril de 2017

Pesquisa com veneno de aranha pode gerar remédio para disfunção erétil

A biotecnologia desenvolvida já foi licenciada pela empresa Biozeus, que dará sequência ao projeto

por
Léo Rodrigues ? Correspondente da Agência Brasil
Publicada em 09/04/2017 11:09:57
 
Foto: Agência Brasil

A picada da aranha armadeira pode provocar, nos homens, o priapismo. Trata-se de uma ereção involuntária e dolorosa que, se não for tratada, pode levar à necrose do pênis em alguns casos. No laboratório, porém, cientistas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Fundação Ezequiel Dias (Funed) mostraram que o veneno desse aracnídeo pode ser manipulado em favor da saúde e levar a um novo medicamento para disfunção erétil, com algumas vantagens em relação aos já existentes no mercado. A biotecnologia desenvolvida já foi licenciada pela empresa Biozeus, que dará sequência ao projeto.

De origem sul-americana, a aranha armadeira é bem distribuída no sudeste brasileiro, tanto em áreas rurais como em áreas urbanas. Conhecida cientificamente como Phoneutria nigriventer, ela é também chamada popularmente de aranha-de-bananeira por ser constantemente encontrada em cachos de bananas. Seu veneno é extremamente potente e pode provocar a morte de pequenos mamíferos. A picada em humanos não é incomum.

Segundo dados preliminares do Ministério de Saúde, o país registrou no ano passado 171.576 acidentes com animais peçonhentos. A maioria dos casos estão relacionados com escorpiões. Foram 90.026 registros. Os episódios com aranhas vêm em segundo lugar e envolvem 28.799 notificações, das quais 14% se relacionavam com a aranha armadeira. A maioria dos acidentes ocorre quando a espécie se esconde entre entulhos ou busca abrigo nas residências, misturando-se às roupas e aos sapatos.

A pesquisa da UFMG e da Funed teve início há mais de dez anos, quando a molécula responsável pelo priapismo – a toxina PnTx(2-6) – foi isolada do restante das substâncias do veneno. Os primeiros estudos buscaram mostrar o processo pelo qual essa molécula levava à ereção. A toxina mostrou atividade nos canais para sódio, que são altamente distribuídos pelo organismo e presentes, por exemplo, no sistema nervoso e nos músculos do coração.

“Nós começamos a estudar qual a parte da toxina atuava nesses canais, para que pudéssemos removê-la. Ao final, dos 48 resíduos de aminoácido que compõem a toxina, nós selecionamos um grupo de 19 aminoácidos e eliminamos o resto. E a partir desse estudo, pudemos sintetizar o peptídeo PnPP 19. Aí, já não era mais a molécula do veneno. Era outra molécula produzida em laboratório”, explica a pesquisadora Maria Elena de Lima Perez Garcia, do departamento de química e neurologia da UFMG.

O peptídeo PnPP 19 foi testado em ratos, onde foi verificada a ereção sem os efeitos indesejados. “Para nossa surpresa, ele não mostrou toxicidade nenhuma nos animais. E também não foi imunogênico, isto é, o organismo não produziu anticorpos contra a substância. Observamos que não houve nenhuma outra alteração no tecido do pênis além da ereção. E também não houve ação nos canais para sódio no restante do organismo”, relata Maria Elena.
Medicamentos

Os testes com a nova molécula vêm sendo conduzidos pela pesquisadora Carolina Nunes Silva, que desenvolve seu doutorado em cima da pesquisa. Ela acredita que um medicamento com base no peptídeo, por ter um mecanismo diferente, poderia atender pacientes com contraindicação aos que hoje estão em circulação, como o Viagra ou o Cialis.

“O grande problema do Viagra é que ele não pode ser usado por pessoas que tem problemas cardiovasculares. E, pelo que vimos, um medicamento a partir do peptídeo não teria esse problema. Nós fizemos testes isolados nos corações dos ratos e também em canais pra sódio expressos exclusivamente no miocárdio e não foi observada nenhuma ação”, diz a pesquisadora. Ela avalia ainda que é possível imaginar medicamentos que combinem as duas drogas. “O efeito aditivo pode atender a pacientes que não sejam tão responsivos ao Viagra”, acrescenta.

Resultados mais recentes mostraram que o peptídeo estimulou a ereção em ratos com diabetes ou hipertensão, enfermidades que podem provocar a disfunção erétil. A molécula também não provocou alteração na pressão arterial dos roedores. Essa é uma boa notícia para muitas pessoas diabéticas e hipertensas com contraindicação ao Viagra ou ao Cialis, pois são medicamentos que podem amplificar a vasodilatação e levar a quedas acentuadas e perigosas da pressão arterial.

Um medicamento a partir do peptídeo PnPP 19 possivelmente não geraria esse efeito indesejado. “Os avanços da pesquisa nos animam. Quando começamos os estudos, era mais pela curiosidade em entender a farmacologia do veneno. Pela toxicidade da substância, não imaginava que íamos chegar a um medicamento e hoje estamos caminhando nessa direção. Confesso que foi praticamente um golpe de sorte, porque quando passamos a trabalhar com os 19 aminoácidos, a molécula deixou de ser tóxica e, ao mesmo tempo, continuou ativando a ereção sem nenhum efeito secundário. Tem uma dose de conhecimento, mas também uma dose de sorte”, diz Maria Elena.
Patente

A UFMG detém a patente da biotecnologia que desenvolveu o peptídeo PnPP 19. Em dezembro de 2016, foi feita a transferência de tecnologia para a Biozeus, que passou a ter os direitos de exploração da molécula. A empresa, que existe desde 2012, promove a articulação entre as instituições científicas e as indústrias farmacêuticas.

“Nós mapeamos estudos com potencial para gerar fármacos que atendam a uma necessidade médica global. E fazemos os ensaios que podem comprovar a viabilidade do produto. A indústria hoje busca minimizar riscos. Então, ela evita realizar as primeiras fases dos testes, que envolvem uma aposta financeira alta. Atualmente, ela prefere licenciar projetos mais desenvolvidos. Aí, entra a nossa empresa", explica Perla Borges, analista de projetos da Biozeus.

Alguns testes mais complexos e mais caros estão sendo realizados no exterior. Se as etapas ocorrerem dentro do esperado, o produto pode chegar ao mercado em 2023. Os ensaios pré-clínicos com animais levariam mais dois anos. Os testes clínicos com humanos demandariam aproximadamente quatro anos, parte deles desenvolvidos pela Biozeus e outra pela indústria que vier a se interessar pelo remédio.

A Biozeus está estudando a melhor formulação. Uma das possibilidades é o desenvolvimento de um medicamento para aplicação tópica, como pomada, gel, creme ou adesivo. Testes preliminares na UFMG mostraram que a aplicação do peptídeo na pele dos ratos provocou ereção. Um remédio com essas características, além de reduzir bastante os riscos de efeitos adversos, pode obter uma tramitação mais rápida nos órgãos de saúde.

 http://www.tribunadabahia.com.br/2017/04/09/pesquisa-com-veneno-de-aranha-pode-gerar-remedio-para-disfuncao-eretil

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Filmes sobre meio ambiente alcançam o público

Reprodução
Vídeo Terra do Meio, produção do ISA

Em um ano de plataforma Videocamp, produções do Circuito Tela Verde chegaram a quase 23 mil espectadores. Projeto é coordenado pelo MMA.

LETÍCIA VERDI
Quarta, 12 Abril 2017 17:00
 
Uma parceria firmada em 2016 pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) com o Instituto Alana propiciou um aumento significativo no alcance de público para os filmes que trabalham a conscientização ambiental. Em um ano, foram 305 solicitações de vídeos do Circuito Tela Verde (CTV) na plataforma Videocamp, exibidos a 22.917 expectadores. Antes, a distribuição dos filmes era feita apenas por meio de DVDs enviados pelos correios para os espaços exibidores.

A plataforma Videocamp, gerida pelo Instituto Alana, assume o cinema como poderosa ferramenta de transformação da sociedade. Além dos filmes, o site oferece um “guia prático para conduzir discussões”, por exemplo. Para ter acesso aos filmes, basta preencher um cadastro no próprio site. Uma vez disponíveis, os conteúdos da mostra podem ser exibidos em todo o território nacional e em algumas localidades no exterior.

“O Circuito Tela Verde é uma política pública em que o MMA exerce seu papel de articulador, identificando e selecionando vídeos que potencializem o debate entorno das problemáticas socioambientais, disponibilizando esses vídeos a espaços exibidores”, explica a diretora do Departamento de Educação Ambiental, Renata Maranhão. Segundo ela, a parceira com a Videocamp ampliou o número de espaços exibidores, aumentando ainda mais o alcance do circuito e seu potencial de contribuir com a construção de sociedades sustentáveis.

A diretora de Comunicação do Instituto Alana, Carolina Pasquali, conta que os filmes reunidos na Videocamp têm como missão divulgar causas que merecem ser amplificadas e histórias que merecem ser contadas. “Para isso, a plataforma possibilita que seus usuários organizem exibições públicas gratuitas de alguns títulos catalogados”, explica.

TELA VERDE

O Circuito Tela Verde (CTV) é uma iniciativa do Departamento de Educação Ambiental do Ministério do Meio Ambiente (MMA), realizada em parceria com a Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura.

O CTV promove regularmente uma mostra nacional, com o objetivo de discutir desafios e propostas para as questões socioambientais do país e divulgar e estimular atividades de Educação Ambiental por meio da linguagem audiovisual. O circuito atende os princípios básicos da Política Nacional de Educação Ambiental como a vinculação entre ética, educação, trabalho e as práticas sociais, além do reconhecimento e respeito a pluralidade e à diversidade individual e cultural.

Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA): 2028-1227
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Mudanças climáticas devem aumentar turbulência em voos

Correntes de ar mais fortes, provocadas pelas mudanças climáticas, tornam as turbulências mais frequentes e intensas, segundo novo estudo

  Da redação                   VEJA/ABRIL

Cinto de segurança de avião

Turbulências devem se tornar mais frequentes por causa das mudanças climáticas, indica um estudo publicado na última edição do periódico Advances in Atmospheric Sciences. O maior impacto será na ocorrência de turbulências severas – capazes de derrubar passageiros sem cinto de segurança e provocar a queda de objetos –, que se tornarão duas vezes e meia mais comuns até o fim do século.

“Nosso novo estudo traça o quadro mais detalhado até agora de como a turbulência nos aviões vai responder às mudanças climáticas”, afirma em comunicado Paul Williams, da Universidade de Reading, no Reino Unido, que conduziu o estudo. “Mesmo os passageiros mais experientes devem alarmar-se diante da perspectiva de um aumento de 149% na ocorrência de turbulência severa, que frequentemente hospitaliza viajantes e comissários de bordo ao redor do mundo.” Os resultados da pesquisa apontam para a necessidade de adaptações nos aviões, a fim de evitar e suportar turbulências mais intensas no futuro.

A turbulência pode acontecer por diversas razões, incluindo trovoadas, nuvens, mudanças na pressão atmosférica ou o choque entre diferentes temperaturas do ar. Porém, às vezes, ela é imprevisível e ocorre quando o céu está completamente claro e limpo – quando isso acontece, normalmente é porque a aeronave atravessou um ponto de encontro entre jatos de vento verticais de diferentes velocidades. Segundo Williams, devido às mudanças climáticas essa instabilidade nas correntes de ar vai se tornar cada vez mais intensa e frequente.

Maior turbulência

Para avaliar qual seria o impacto das mudanças nas correntes, Williams conectou os dados de 21 modelos de turbulência  em um supercomputador, tomando como referência um avião que realiza um voo transatlântico a uma altitude de 12.000 metros. Depois, simulando o cenário que está previsto para o fim deste século, ele projetou o dobro da quantidade de CO2 presente na atmosfera hoje em dia. Comparando os resultados, percebeu que todos os graus de turbulência, desde as mais leves até as mais extremas, aumentaram.   

De acordo com os dados obtidos pela equipe, além do acréscimo expressivo na ocorrência de turbulência severa, a média da frequência de turbulências leves vai aumentar 59%, a de leves a moderadas, 75%, a de moderadas, 94% e a de moderadas a severas, 127%.

“Minha principal prioridade para o futuro é investigar outras rotas de voo ao redor do mundo”, diz Williams. Segundo ele, também é preciso expandir o estudo, avaliando diferentes modelos climáticos e cenários de aquecimento global com altitudes e estações variadas.

 http://veja.abril.com.br/ciencia/mudancas-climaticas-devem-aumentar-turbulencia-em-voos-2/
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Formigas já eram boas agricultoras 30 milhões de anos atrás

Novo estudo demonstra que, milhões de anos antes dos humanos, as formigas controlavam o ambiente para cultivar alimentos, mesmo em condições desfavoráveis

Da redação    VEJA/ABRIL

 

Formiga saúva
A formiga saúva é um dos tipos de espécies agricultoras que vivem no Brasil (VEJA.com/Folhapress/Folhapress)

 

Há 30 milhões de anos, as formigas revolucionaram a agricultura para lutar contra a seca. Elas começaram a plantar seus próprios alimentos – fungos, no caso – em ambientes onde a umidade era baixa e a comida não crescia em estado selvagem. Tudo isso muito antes de os humanos desenvolverem suas próprias técnicas de plantio, o que, segundo as estimativas, aconteceu cerca de 19.000 anos atrás. Em um estudo publicado nesta quarta-feira na revista científica britânica Proceedings of the Royal Society B, um grupo de pesquisadores indica que os pequenos insetos já possuíam uma agricultura sofisticada o suficiente para criar extensas plantações de fungos nos habitats secos da América do Sul.

“Essas sociedades sofisticadas de formigas agricultoras vêm praticando agricultura sustentável em escala industrial há milhões de anos”, disse em comunicado Ted Schultz, do Museu Nacional de História Natural Smithsonian nos Estados Unidos, coautor do estudo. “Estudar a sua dinâmica e como as suas relações com os fungos evoluíram pode oferecer lições importantes para os nossos próprios desafios com as nossas práticas agrícolas. As formigas estabeleceram uma forma de agricultura que fornece toda a nutrição necessária para suas sociedades usando uma única cultura que é resistente a doenças, pragas e secas em uma escala e nível de eficiência que rivalizam com a agricultura humana.”

O cultivo feito por grandes colônias desses insetos nas úmidas florestas tropicais do Brasil e do Panamá já era conhecido pelos pesquisadores, embora representassem uma forma de agricultura mais primitiva. Agora, os cientistas descobriram que, mesmo em ambientes de pouca umidade, as formigas desenvolveram uma forma de cultivo sofisticada, capaz de levar esses fungos às regiões secas da América do Sul. Muito antes dos humanos, esses animais conseguiram utilizar suas técnicas para plantar alimentos em regiões nas quais o cultivo seria naturalmente inviável. Além disso, segundo os pesquisadores, elas “domesticaram” os fungos, aprendendo a fertilizá-los, livrá-los de parasitas, controlar seu crescimento e manter as condições ideais para o cultivo.

A equipe de cientistas analisou o DNA de 119 espécies de formigas, das quais 78 praticavam agricultura e outras 41 não. Com os dados em mãos, eles foram capazes de construir a primeira árvore completa da evolução das formigas cortadeiras, revelando qual era o parente não agrícola vivo mais próximo das agricultoras atuais. Dessa forma, foi possível olhar para os antecedentes geográficos dessas espécies, deduzindo quando, onde e sob que condições surgiram traços particulares.

A equipe estava interessada em saber quando as formigas começaram a praticar uma agricultura mais sofisticada – isto é, quando algumas culturas de fungos passaram a depender da sua relação com as formigas para sobreviver. De acordo com a árvore genealógica montada, isso aconteceu justamente no momento em que o planeta estava resfriando, quando áreas mais secas se tornaram prevalentes.

Os fungos, que até então haviam evoluído para viver em florestas úmidas, não estavam aptos a sobreviver de maneira independente naquele clima. Por isso, assim como humanos que vivem em um clima seco ou temperado e criam plantas tropicais em estufas, as formigas cuidadosamente desenvolveram técnicas para manter a umidade dentro de seus jardins de fungos. “Se está ficando um pouco seco demais, as formigas saem, pegam água e acrescentam [à terra]”, disse Schultz. “Se está muito úmido, elas fazem o oposto.”
 http://veja.abril.com.br/ciencia/formigas-ja-eram-boas-agricultoras-30-milhoes-de-anos-atras/
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Nova espécie de camarão que mata com ‘ataque sônico’ é batizada em homenagem ao Pink Floyd

Encontrado na costa do Panamá, o 'Synalpheus pinkfloydi', que gera estalo mais alto que um tiro com sua garra rosa, foi identificado por grupo de cientistas britânicos, brasileiros e americanos.

 O 'Synalpheus pinkfloydi' usa sua grande garra para gerar um barulho capaz de matar peixes pequenos  (Foto: Arthur Anker)
O 'Synalpheus pinkfloydi' usa sua grande garra para gerar um barulho capaz de matar peixes pequenos (Foto: Arthur Anker)
Uma nova espécie de camarão marinho foi batizada em homenagem à banda Pink Floyd graças a um pacto entre cientistas que o descobriram, que são fãs de rock. 

O Synalpheus pinkfloydi usa sua grande garra para gerar um barulho tão alto que é capaz de matar peixes pequenos. 

Os membros da equipe por trás da descoberta estavam em busca de uma oportunidade para celebrar os roqueiros ingleses se identificassem uma nova espécie de camarão rosa - "pink" é a palavra em inglês usada para designar essa cor. 

A espécie, com uma garra rosa, foi descrita no periódico Zootaxa por cientistas da Universidade Oxford, no Reino Unido, da Universidade Federal de Goiás, no Brasil, e da Universidade Seattle, nos Estados Unidos. 

Sammy De Grave, chefe de pesquisa do Museu de História Natural de Oxford, disse gostar de Pink Floyd desde a adolescência. "Ouço desde que (o álbum) The Wall foi lançado em 1979, quando eu tinha 14 anos", afirmou. 

Cientistas de Oxford divulgaram capas de disco fictícias do Pink Floyd 'inspiradas' na descoberta de camarão; essa seria uma capa para o 'The Wall'  (Foto: Kate Pocklington)
Cientistas de Oxford divulgaram capas de disco fictícias do Pink Floyd 'inspiradas' na descoberta de camarão; essa seria uma capa para o 'The Wall' (Foto: Kate Pocklington)
"Fazer a descrição dessa nova espécie de camarão-pistola foi a chance perfeita para finalmente homenagear minha banda favorita." 

De Grave já batizou outros crustáceos com referências a lendas do rock. O nome de uma outra espécie de camarão, a Elephantis jaggerai, foi inspirada no vocalista da banda Rolling Stones, Mick Jagger. 

O camarão-pistola, ou camarão-de-estalo, é capaz de gerar energia sônica ao fechar sua garra rapidamente. 

A nova espécie desse tipo de camarão é encontrada na costa do Pacífico do Panamá. 

Ele produz um som de 210 decibéis, um dos mais altos de todo o oceano. Isso supera o barulho de um tiro, que varia entre 140 e 190 decibéis de acordo com a arma usada.






















































































































































































 Ilustração colocando o 'Synalpheus pinkfloydi' no álbum 'Animals'  (Foto: Chris Jarvis)
Ilustração colocando o 'Synalpheus pinkfloydi' no álbum 'Animals' (Foto: Chris Jarvis)


 

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Comissão aprova texto que altera categorias de áreas florestais da Amazônia

Medida é criticada por grupos ambientalistas que afirmam que mudanças vão deixar terras vulneráveis à exploração irregular; relator nega. Proposta segue para plenário da Câmara. 


Uma comissão especial no Senado aprovou nesta terça-feira (11) , por 12 votos a 3, uma medida provisória que altera os limites da Floresta Nacional do Jamanxim, no Pará, e cria a Área de Proteção Ambiental (APA) do Jamanxim. 

A proposta segue agora para análise do plenário da Câmara e, se for aprovada pelos deputados, deverá ainda ser analisada pelo plenário do Senado. 

De acordo com o deputado José Priante (PMDB-PA), relator da proposta, a APA do Jamanxim terá 486 mil hectares no município paraense de Novo Progresso. 

O objetivo dessa APA, segundo o parlamentar, é regularizar a ocupação de terras por pessoas que estavam na região antes do estabelecimento da Floresta Nacional do Jamanxim, em 2006. O relatório de Priante prevê que, na APA do Jamanxim, serão permitidas atividades de pesca, manejo florestal, minerária e agropecuária. 

Com a regularização, essas pessoas conquistarão a propriedade das terras que ocupam e, segundo Priante, terão “segurança” para explorar, de forma “sustentável”, os recursos minerais e agropecuários da área.
Catorze grupos de ambientalistas, entre os quais a WWF-Brasil e o Instituto Socioambiental, apresentaram uma carta aberta contra a aprovação da medida. Essas entidades argumentam que terras categorizadas como APA estão menos “protegidas” do que áreas classificadas como Floresta Nacional. 

Os grupos ambientalistas dizem que a recategorização das terras pode deixá-las “vulneráveis” à exploração irregular e à especulação imobiliária. 

“A MP 756 visa legalizar extensas áreas ocupadas ilegalmente por grileiros que se aproveitam do fato de haver na região ocupantes com mais de três décadas na região, misturando-se a eles e tentando confundir a opinião pública”, diz trecho da carta das organizações não-governamentais.
Priante negou que seu relatório vá permitir a “devastação” de áreas da Amazônia. 

“Eu me sinto à vontade com o relatório, sem qualquer peso na consciência de estar tentando ampliar área que possa contribuir com devastação, com destruição da floresta [...] Apenas estamos recorrendo às diversas modalidades que existem na legislação ambiental para que possamos atender à preocupação originária da MP”, declarou.

Outras mudanças

Os parlamentares também incluíram na MP a alteração da categoria da unidade de conservação (UC) da Reserva Biológica Nascentes da Serra do Cachimbo, também no estado do Pará, para Parque Nacional Nascentes da Serra do Cachimbo. Esse trecho também foi criticado por ambientalistas.
A crítica ocorre porque também será criada uma APA dentro de uma parte dessa área, o que, na avaliação de opositores, pode diminuir a proteção sobre a região. 

O relator argumentou que, com a mudança, a área poderá ser melhor aproveitada com a exploração do potencial turístico da região. “Tem cachoeiras belíssimas”, opinou. 

Priante disse, ainda, que atualmente essa área já é explorada irregularmente, e que a criação da APA vai submeter os ocupantes da região à legislação ambiental, o que hoje não acontece. 

Os integrantes da comissão também modificaram o texto original da MP para alterar os limites do Parque Nacional de São Joaquim, em Santa Catarina, e modificar o seu nome para Parque Nacional da Serra Catarinense. 

Parlamentares contrários a essa modificação argumentaram que o tema é “estranho” ao objetivo original da medida, o que, na avaliação deles, pode provocar uma judicialização da proposta.

Outros pontos

O relator também retirou da proposta a ampliação do Parque Nacional do Rio Novo sobre a Floresta Nacional do Jamanxim, porque, segundo Priante, no local já há autorização para a realização de atividades de exploração de recursos. 

Outro ponto modificado pelo relator com relação ao texto original diz respeito ao avanço da criação da APA do Jamanxim sobre uma área em que a floresta já foi derrubada e que já é explorada. “Isso criaria um conflito entre ambientalistas e pessoas que já exploram a região”, explicou o relator.

http://g1.globo.com/politica/noticia/comissao-aprova-proposta-que-altera-categorias-de-areas-florestais-da-amazonia.ghtml 

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VIDHA LINUS

CONSULTORIA AMBIENTAL LICENÇAS,ELABORAÇÃO EIV, PRAD. Av Radial B, 122 Bairro Mangueiral CEP 42807-380 CAMAÇARI - BAHIA 71 3040 5033 99168 5797 VBRAMBIENTAL@YAHOO.COM.BR

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