Meio Ambiente & Desenvolvimento Humano

quinta-feira, 7 de junho de 2018

O mundo à beira de uma calamidade global causada por excesso de plásticos

Um bloco de garrafas plásticas comprimidas é visto em um centro de lixo plástico, nos arredores de Pequim, na China (Foto: Fred Dufour/AFP)


Por Amelia Gonzalez, G1
 
a lanchonete, pedi a lata de refrigerante e, junto, veio o canudo.
Eu iria pegá-lo, rasgar a embalagem de papel fino, jogar no lixo. Iria usá-lo só um pouco porque, de verdade, não gosto de beber refrigerante no canudo. Seria só por hábito mesmo, ou para não deixar de aceitar algo que me deram. E iria abandoná-lo logo depois, também no lixo. Seria quase um ato reflexo.
Mas, desta vez, a imagem da baleia morta entalada com plástico na Tailândia novamente veio à minha cabeça e eu desisti. Disse à moça que não queria o canudo, que também não queria copinho. Limpei a borda da lata e saí bebendo.
Naquele momento, senti-me capaz de responder às pessoas que criticam o fato de a mídia propalar notícias ambientais tão pungentes e tristes quanto a da baleia morta. Associar a imagem de algo ruim a uma mudança de hábito para evitar que a situação piore, eis o bom resultado da notícia espraiada. Não serei a única a ter abandonado de vez o canudo e a priorizar o não uso do copo plástico, tenho certeza.
Até porque, se vocês repararem bem, estão cada vez mais finos e imprestáveis os tais copinhos, não?
Por coincidência, quando cheguei em casa, nesta mesma tarde, fiz contato com o texto publicado pelo diretor executivo da agência da ONU para o meio ambiente (Unep, na sigla em inglês), Erik Solheim, no jornal britânico "The Guardian", como parte das comemorações do Dia Mundial do Meio Ambiente nesta terça-feira (5).
Solheim usa palavras fortes para descrever a falta de cuidados da humanidade ao descartar de qualquer jeito uma quantidade quase incomensurável de plástico que passou a usar em um século, desde que este produto foi criado. O planeta está, segundo ele, à beira de uma calamidade global dos plásticos.
"Estamos adictos. Passar um dia sem encontrar alguma forma de plástico é quase impossível. Criamos a expectativa, quando o plástico apareceu, de termos um produto que poderia tornar a vida mais barata, mais rápida e mais fácil. Agora, depois de um século de produção e consumo descontrolados, a conveniência se transformou em crise. Não é mais só uma mera comodidade material. Hoje se encontra plástico onde menos se espera, incluindo os alimentos que comemos, a água que bebemos e os ambientes em que vivemos. Uma vez no ambiente, entra em nossa cadeia alimentar onde, cada vez mais, partículas de microplásticos estão aparecendo em nossos estômagos, sangue e pulmões. Os cientistas estão apenas começando a estudar os possíveis impactos na saúde", escreve ele.
A questão é que o uso do plástico se tornou algo efêmero para nós, que dura pouco tempo, mas cujo impacto vai ficar reverberando muitos anos ainda, não só na terra, como no mar.

"Em seu carrinho de compras, um saco plástico será usado por menos de uma hora, mas quando ele chega ao oceano, matam mais de cem mil animais marinhos por ano. São 13 milhões de toneladas de lixo plástico que acabam no oceano a cada ano", explica Solheim.
É hora de trabalhar para aumentar a consciência dos cidadãos comuns e estimulá-los a pensar duas vezes, pelo menos isso, antes de usar sacolas plásticas, canudos, copinhos e afins. Até porque, projeções atuais mostram que a indústria de plásticos não vai arrefecer a produção, pelo contrário: pretende aumentar bastante e jogar ainda mais desses produtos no mercado nos próximos 10, 15 anos.
Não dá para vilanizar a indústria antes de medirmos nossa própria responsabilidade. Podemos pensar em conseguir um meio termo ideal, baixando a produção e o consumo, mas posso apostar que os leitores julgam utópico este pensamento, e não posso criticá-los por isso. Porque, sempre que penso desse jeito, me dá a sensação de que estou falando sobre o impossível. É cada vez mais forte a sensação de que o valor maior, a vida, está sendo rebaixado em nome do lucro.
Se o setor privado não se sentir estimulado a colaborar, que se exija do governo atitudes fortes. E sabem de onde vem um exemplo que deu certo? Do Quênia, país africano de baixo desenvolvimento humano, segundo relatório do Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento). O Quênia costeia o Oceano Índico e se tornou um grande exportador de sacos plásticos, e não é difícil imaginar que isso não deu certo. Eram milhares de sacolinhas jogadas nas praias, parques, em todos os lugares.
O governo do Quênia baixou um decreto proibindo o uso delas, sob pena de multa e até prisão. A lei entrou em vigor em agosto do ano passado e uma reportagem feita pelo site da ONU em dezembro mostrou que os resultados já podiam ser observados no parque marinho Melinde.
Se foi possível que os supermercados quenianos passassem a fornecer bolsas de pano para os consumidores, é possível que o mesmo possa acontecer em qualquer outro lugar do mundo. Em vez disso, o que se vê com frequência em supermercados do Rio e de São Paulo é a venda de sacolas chamadas de reutilizáveis. E cobram, por isso, preços até bem salgados.
Solheim, em seu artigo, lembra aos céticos de plantão que este é, sim, um problema sério que deve ser atacado com força para que se possa diminuir os impactos ao meio ambiente.
"Aqueles que dizem que há crises ambientais mais importantes para enfrentar estão equivocados. No mundo atual, proteger nosso meio ambiente não é escolher um problema acima do outro. Os sistemas estão profundamente interconectados, o que desafia uma abordagem tão limitada. Diminuir a poluição causada pelo uso abusivo dos plásticos é uma atitude que ajudará a preservar os ecossistemas, mitigará as mudanças climáticas, protegerá a biodiversidade e, de fato, a saúde humana", escreve ele.
Lembro-me bem que, quando eu editava o "Razão Social" e este tema começou a ser ventilado aqui no Brasil, surgiu em 2007 a lei que proibia o uso de sacolas plásticas. Mas foi mais uma lei que não vingou. Houve, na época, uma grita geral da indústria de plásticos, com o discurso de sempre: a produção é alta, sim, mas gera emprego e renda.
Seria necessário um debate, de preferência com a participação da parte afetada da sociedade civil, que pudesse concluir o que, de fato, é melhor ou pior. Mas, aí, lá estou eu de novo flertando com a utopia...
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EUA devolvem à Espanha carta roubada de Cristóvão Colombo achada no Brasil

EUA devolvem à Espanha carta roubada de Cristóvão Colombo achada no Brasil
(Arquivo) Foto mostra estátua de Cristóvão Colombo em Nova York, nos Estados Unidos, em 23 de agosto de 2017 - GETTY IMAGES NORTH AMERICA/AFP
Uma rara e valiosa carta de Cristóvão Colombo, impressa em 1493 e roubada há mais de uma década da Biblioteca da Catalunha, foi devolvida pelos Estados Unidos à Espanha após uma investigação de sete anos que a encontrou no Brasil.
A impressão da carta do italiano Colombo, na qual o “descobridor” da América descreve à coroa espanhola os resultados de sua primeira expedição, foi vendida várias vezes após ser roubada em 2004 ou 2005, a última vez por mais de um milhão de dólares a um colecionador no Brasil, informou o departamento de Justiça americano em um comunicado.
O documento fazia parte da coleção da Biblioteca da Catalunha desde 1918. Foi impresso em Roma por Stephan Plannck em 1493 e se conservam apenas 16 exemplares destas cartas em todo o mundo.
“Estamos realmente honrados de retornar este documento historicamente importante à Espanha, seu verdadeiro proprietário”, disse o procurador David Weiss após sua entrega ao embaixador da Espanha em Washington DC, Pedro Morenés, em uma recepção realizada na residência do diplomata na noite de quarta-feira.
Na carta, Colombo narra o início de sua expedição financiada pela rainha Isabel a Católica após sua partida do Puerto de Palos em agosto de 1492, e tudo que aconteceu na busca das Índias até sua chegada a Lisboa em março de 1493, e dez dias depois a Espanha, acreditando ainda que havia chegado às Índias Orientais.
Tudo começou em 2011, quando a procuradoria de Delaware e a polícia aduaneira receberam uma pista: vários documentos do século XV teriam sido roubados de bibliotecas europeias e substituídos por cópias, sem o conhecimento de bibliotecários ou da polícia desses países.
Uma investigação de sete anos que envolveu as autoridades de Espanha, França e Brasil determinou que a carta roubada de Colombo foi vendida em novembro de 2005 por 600.000 euros (708.000 dólares) por dois livreiros italianos.
Após ficar sabendo que duas impressões à mão da mesma carta tinham sido roubadas e substituídas por cópias em bibliotecas de Florença e do Vaticano, em 2012 um especialista e um policial americano visitaram a Biblioteca da Catalunha em Barcelona e determinaram que a versão da carta de Colombo em sua posse era falsa.
Em março de 2013, as autoridades descobriram que a impressão à mão da carta de Colombo tinha sido revendida pela última vez em junho de 2011 por 900.000 euros (1,062 milhão de dólares no câmbio atual).
Após extensas negociações, a pessoa em posse da carta no Brasil concordou em entregá-la em 2014 a agentes da unidade de investigações da polícia aduaneira.
As autoridades continuam investigando, mas ainda não houve prisões.

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terça-feira, 5 de junho de 2018

O "#Colorir Várzea da Roça", une a população pró-meio ambiente

Semana de Meio Ambiente é comemorado em Várzea da Roça com o projeto de inciativa popular Adote um Ipê.

VALDIR RIOS
05 Jun 2018  10:12h



Deu início neste sábado (02), através do #ColorirVárzeadaRoça, a realização da primeira etapa do Projeto intitulado Adote um Ipê, em comemoração a Semana de Meio Ambiente.

Foram plantados 51 mudas de ipês das cores amarelo, branco e roxo, distribuído na margem direita sentido entrada da cidade até David margeando a ciclovia. Este quantitativo faz parte dos 300 ipês previstos a serem plantadas naquele espaço.

Entendendo o projeto:

O “#ColorirVárzeadaRoça”, (adote um Ipê), pretende colorir a cidade plantando média de 300 ipês na entrada da cidade em ambas margens. Para isso conta com apoio de adotadores, sendo dividido em doadores (aqueles que contribuem doando grades) e cuidadores (aqueles que irão cuidar das mudas regando-as). Os cuidadores são geralmente pessoas que praticam atividade esportiva no espaço, comerciantes e moradores da localidade.
As 300 mudas de ipês foram conseguidos por Roniedson Carneiro (Roni), através de Associações ligadas aos irrigantes onde 200 destas ja se encontram a disposição do projeto.
Adotaram a ideia comerciantes da cidade, políticos, agricultores e cidadãos em geral, a surpresa foi adesão de varzeanos de vários estados. (A relação de adotadores sairão posteriormente).


O início:

Vários amigos se reuniram para discutir questões ligadas ao meio ambiente, desenvolvimento do município e resgate de valores culturais e históricos, surgindo desta forma a ideia de criar uma entidade que atuasse neste campo.

Entre uma reunião e outra, bate papo em grupo de ZAP, decidiram verificar e propor um projeto de inciativa popular criando o Bairro Vereador Hermes Gomes (poligonal da sede da fazenda), reconhecendo a importância histórica e econômica tanto do local quanto do seu criador. 
Em abril foi realizada a visita da equipe na Fazenda e Lagoa de Hermes. O projeto que cria o Bairro Ver. Hermes Gomes encontra-se em fase de elaboração através do Advogado Dr. Danilo Almeida.



SANEAMENTO AMBIENTAL

Na questão de Saneamento Ambiental, a proposta é indicar soluções para os lixões e esgotamento sanitário (fase de conclusão) para que o  poder público possa melhor desenvolver politicas ambientais e melhoria a qualidade de vida dos munícipes. A equipe multidisciplinar realizaram visitas inloco para quem melhor conhecesse a realidade tanto do esgotamento quanto aos lixões. 

      


Figura 1:Lixão sede município criação de porcos no local
2° passo

Para melhor desenvolver as atividades buscaram readequar uma Associação para que também se tornasse um veiculo propulsor destes projetos e assim sai a ADESA – ASSOCIAÇÃO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL DE VÁRZEA DA ROÇA, (em fase de alteração e mudança de diretoria), sendo de uma reformulação da VAZART.



Quem faz parte?

O #ColorirVárzeadaRoça é formado por Biólogas, Eng. Ambiental, Advogados, estudantes de engenharia, professores, Técnicos Agrícolas, comerciantes, contador, sindicalista, agricultores, profissionais liberais e pessoas da comunidade.

Houve no mês de abril uma visita aos lixões e um relatório esta sendo preparado para discutir com os Vereadores e o Prefeito Municipal uma solução ou remediação nos lixões do município para que se evite novo surto de doenças que origem em vetores deste habitat.



Nascente Rio Urubu afluente do Rio do Peixe - Campo de S. João

Lixão de Campo de S. João

Adicionar legenda

Lagoa de Hermes







Melância lixão de C. de S. João

Lixão de Campo de São João



Lixão sede

Lixão sede



Lixão Várzea do meio

Lixão Várzea do Meio



Lixão Cruz de Almas


As fotos a seguir são do Lixão de Cruz de Almas e lagoa ao seu redor:




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VIDHA LINUS

CONSULTORIA AMBIENTAL LICENÇAS,ELABORAÇÃO EIV, PRAD. Av Radial B, 122 Bairro Mangueiral CEP 42807-380 CAMAÇARI - BAHIA 71 3040 5033 99168 5797 VBRAMBIENTAL@YAHOO.COM.BR

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