Ex-prefeita, cinco empresas e nove empresários são denunciados por crimes ambientais

10/07/2017 - 14:39
Redator:
George Brito (DRT-BA 2927)
Indenizações
no total de R$ 72,8 milhões por danos ambientais causados por
atividades ilegais de extração e beneficiamento de mármore “Bege Bahia”
foram pedidas à Justiça pelo Ministério Público estadual em uma série de
16 ações civis públicas ajuizadas, nos últimos 20 dias, contra o
Município de Ourolândia, 32 empresários e o Instituto do Meio Ambiente e
Recurso Hídricos (Inema). Segundo o promotor de Justiça Pablo Almeida,
as atividades eram desenvolvidas por meio de licenças ambientais
ilegais, sem licenciamento ou em desacordo com as obtidas. Foram pedidas
também a anulação das licenças concedidas pelo Município e pelo Inema e
a paralisação das atividades.
Pelas ilegalidades, a ex-prefeita Yhonara Rocha de
Almeida Freire; o ex-secretário municipal de Meio Ambiente, Múcio
Ancelmo Oliveira de Azevedo; e a ex-técnica ambiental do Município
Bernadeth Sousa Rocha Simões foram denunciados por crime ambiental, na
concessão de licenças ilegais, e pelo crime de prevaricação. Se
condenados, a pena máxima pode chegar a 16 anos de prisão para cada um,
informou Pablo Almeida. Também foram denunciados, criminalmente, nove
empresários e cinco empresas por apresentarem, no licenciamento,
estudos, laudos e relatórios ambientais falsos e enganosos. A pena para
eles pode alcançar até seis anos de prisão. As empresas denunciadas são a
Polibege Mármores, RM Mármore e Granito, JN Mármore, Fladmar e a Bege
Gran. Os empresários denunciados são: Antônio Neto Alecrim Freire,
Noberto Marques Rodrigues, Miriam Feitosa Alexandrino, João Ricardo de
Jesus Brito, Cristiane de Jesus Brito, Nilton Mesquita Góis Júnior,
Emerson Megia Iglesias Simal, Guidacy Ribeiro Piovezan e Marco Luiz
Ribeiro Piovezan.

Pablo Almeida destacou que a atividade de extração e
beneficiamento do mármore, realizada de forma predatória, prejudica os
recursos hídricos da Bacia do Salitre, bem como o relevante conjunto de
cavernas da cidade, com volume significativo de fósseis e pinturas
rupestres. “Segundo o Inema, por exemplo, o complexo de cavernas
denominado 'toca dos ossos' é considerado o mais fossilífero do Brasil.
Um dos fósseis de preguiça gigante encontrado em Ourolândia se encontra
exposto no Museu Nacional do Rio de Janeiro”, pontuou.
Cecom/MP - Telefones: (71) 3103-0446 / 0449 / 0448 / 0499 / 6502
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