Meio Ambiente & Desenvolvimento Humano

sábado, 4 de fevereiro de 2017

Feira de Saneamento da Assemae: reserve seu estande

Em Campinas, serão mais de dois mil metros quadrados destinados à inovação tecnológica no setor de saneamento. Participe!

02 de Fevereiro, 2017  

Feira de Saneamento da Assemae: reserve seu estande 

Reconhecida pela diversidade de inovação e de público com poder de decisão, a tradicional feira anual de saneamento da Assemae será realizada em Campinas (SP), de 19 a 22 de junho, como parte do 47º Congresso Nacional da entidade. As empresas fornecedoras de tecnologias para o setor já podem reservar os estandes e garantir sua presença no evento, que deve reunir cerca de três mil participantes.
Em Campinas, a feira será formada por 2.190m² e 69 estandes, incluindo áreas de convivência, banheiros, lanchonete, saídas de emergência e secretaria administrativa. O visitante poderá acessar tecnologias em produtos, equipamentos, processos e serviços, que repercutem na maior qualidade dos serviços de saneamento básico.
As empresas expositoras da feira terão a oportunidade de construir uma rede de relacionamento com gestores públicos, prefeitos, diretores de serviços de saneamento, técnicos, pesquisadores e profissionais liberais que atuam no setor de saneamento e que buscam soluções inovadoras.
O representante da empresa D’Alttax, Marcos Bastos, que participou da feira em 2016, destaca o retorno positivo obtido no evento. “Ficamos surpreendidos pela qualidade das exposições, além do grande número de visitantes e de participantes, que se mostraram bastante interessados. Com certeza, a feira nos trouxe grandes chances de negócios. Só temos a agradecer por essa oportunidade, que gerou resultados satisfatórios para todos”, afirma.
A feira de saneamento integrará a programação do 47º Congresso Nacional de Saneamento da Assemae, antes conhecido como Assembleia Nacional. O encontro é considerado um dos maiores eventos do país sobre o setor de saneamento básico, promovendo palestras, painéis, apresentações de trabalhos técnicos e feira de tecnologias.
Para a comercialização de estandes, a empresa interessada deve entrar em contato com a Assemae pelos telefones (61) 3322-5911 / 3325-7592, ou pelo e-mail: atendimento@assemae.org.br. As novidades do Congresso estão disponíveis no site www.assemae.org.br/assembleianacional

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Ciência explora o valor do jejum para combater o câncer



Especialistas em oncologia e envelhecimento exploram os benefícios de deixar de comer durante um ou mais dias

Em Londres, cozinheiro prepara pratos do ramadã, um tipo de jejum.
No mês de maio, 20 jovens saudáveis, incluindo vários cientistas, chegaram a um instituto de pesquisa em Madri dispostos a passar um dia e meio sem comer. Pouco antes, fizeram um exame de sangue e, 36 horas mais tarde, fizeram outro para garantir que não tinham ingerido nada em segredo. O objetivo era revelar os mecanismos moleculares por trás do jejum e seus benefícios para a saúde, especialmente como uma arma potencial contra o câncer.
O jejum durante dias ou semanas, apenas com água, ou prescindindo somente de algum tipo de alimento, ou limitando as horas do dia nas quais se pode comer, é uma prática quase universal entre as religiões majoritárias. Alguns lhe atribuem qualidades regenerativas. Do ponto de vista científico, o jejum parece proporcionar longevidade e uma saúde melhor em estudos com animais e não requer tantas penalidades como a restrição calórica. E parece que alguns dos maiores e mais claros benefícios são obtidos pelos animais com tumores.
Quando alguém para de comer por um ou mais dias, seu metabolismo muda de andamento diante do estresse. A multiplicação celular se torna mais lenta, ativa-se o processo de autofagia em que o corpo elimina as células velhas ou defeituosas e, geralmente, começa a se alimentar de suas próprias reservas de energia. Até o momento, não se sabe como e por que essa prática parece ser benéfica para a saúde.
Camundongos com câncer tratados com quimioterapia e submetidos ao jejum respondem melhor ao tratamento e se recuperam antes dos efeitos colaterais
A equipe de Valter Longo, da Universidade do Sul da Califórnia, é uma das mais avançadas na pesquisa sobre o jejum, tanto em pessoas saudáveis quanto doentes. Suas experiências demonstraram que o jejum de um ou mais dias faz com que os camundongos com câncer tratados com quimioterapia respondam melhor ao tratamento e se recuperem antes dos efeitos colaterais.
Passar vários dias sem comer de forma periódica (não há uma definição unificada do jejum em termos científicos), seria uma prova muito dura para muitas pessoas. Por isso Longo desenvolveu uma dieta de baixa caloria que imita os efeitos do jejum sem deixar de comer. Quando essa dieta é fornecida a camundongos com câncer de mama e de pele, seu sistema imunológico parece despertar da letargia e começa a reconhecer e a aniquilar as células tumorais, algo que não acontece com os roedores bem alimentados. De acordo com Longo, o jejum tem um efeito “rejuvenescedor” sobre o organismo, tanto em animais como em humanos. “Num estudo piloto com voluntários saudáveis, vimos que a dieta que imita o jejum reduziu os indicadores de risco cardiovascular, os níveis de glicose [fator de risco de diabetes] e os de IGF-1, um potencial marcador de câncer, além de eliminar a gordura abdominal”, explica o pesquisador. A dieta em questão tem 60% de calorias a menos do que a dieta normal de cada indivíduo. Na experiência, os voluntários seguiram essa dieta durante cinco dias, depois voltaram a comer normalmente durante três semanas e depois repetiram o mesmo ciclo mais duas vezes.
No Centro Nacional de Pesquisa Oncológicas, em Madri, a equipe de Manuel Serrano descobriu um dos possíveis responsáveis pelos benefícios do jejum no câncer. Até recentemente, a pesquisa nesse domínio estava centrada na restrição calórica, muito mais radical e difícil de manter. “A restrição calórica tem efeitos indesejáveis, se passa fome constantemente, a libido é quase zero e a vida social fica reduzida, porque muitas vezes esta acontece em torno da comida”, explica Serrano. Nesse sentido, o jejum e a imitação dos seus efeitos com dietas de baixo teor calórico ou com drogas pode ser muito mais viável, especialmente no contexto do câncer.
O jejum pode produzir dores de cabeça ou stress e nunca deve ser realizado sem a supervisão de um médico
Numa experiência recente, sua equipe demonstrou que os camundongos aos quais foi retirada toda a comida durante um dia ou dois aumentaram a expressão do gene P21, um importante supressor tumoral. No teste com voluntários com que comecei esta história, realizado no Instituto IMDEA Alimentación e cujos resultados serão publicados em breve numa revista científica, de acordo com Serrano, foi demonstrado que o mesmo acontece em humanos.
“Constatamos que os níveis de P21 aumentam com o jejum e voltam a baixar quando se volta a comer”, explica Pablo Fernández-Marcos, um dos coautores do estudo que decidiu participar do grupo experimental e testar a falta de alimentos na própria carne. “Nenhum dos participantes teve qualquer problema, embora em alguns casos o jejum possa causar dores de cabeça ou estresse”, explica.
O pesquisador defende a ligação entre o gene estudado e os efeitos benéficos sobre o câncer. “O P21 interrompe a multiplicação celular, especialmente em órgãos como o cabelo, o intestino e a medula óssea, que estão entre os mais afetados pela quimioterapia”, explica. Agora a equipe pretende investigar se o P21 é a causa dos benefícios observados e não apenas uma reação colateral.
Uma das vertentes da pesquisa é buscar moléculas que ativam alguma das “vias metabólicas” que são acionadas com o jejum, como “a redução da insulina ou dos corpos cetônicos que transformam a gordura armazenada em energia para o cérebro”, diz Fernández-Marcos. No futuro, esse tipo de droga poderia ser aplicado à população saudável, mas chegará primeiro aos pacientes com câncer, porque “é mais simples uma vez que os efeitos observados são muito rápidos”, afirma.
A equipe de Longo está realizando novos testes em pessoas saudáveis e com câncer e sua dieta que imita o jejum para confirmar se é realmente benéfica. Muitas de suas pesquisas foram financiadas por organismos públicos como os Institutos Nacionais de Saúde. Seu trabalho não é isento de controvérsia, porque o cientista nunca revela a composição exata da dieta em seus estudos. Por outro lado, decidiu comercializá-la.
“Até agora não sabemos se o jejum tem efeitos de adaptação metabólica, simplesmente ainda não temos dados”
O pesquisador adverte que ninguém deve tentar o jejum sem a supervisão de um médico, mas sua dieta, chamada de Prolon, baseada em barras energéticas, sucos e outros alimentos embalados, é vendida pela internet nos EUA, Austrália, Itália e, por meio desse país pode ser comprada na Espanha, diz o bioquímico ítalo-americano. O pesquisador começou esse projeto há um ano. Ele diz que com os dados do estudo piloto e os que ainda vai publicar, é “muito razoável comercializar essa dieta” e afirma que doará os lucros que obtiver com sua empresa, a L-Nutra, a uma ONG.
Os especialistas consultados enviam uma mensagem de esperança no potencial do jejum, mas também enviam um sinal de cautela em relação às dietas milagrosas. “Todos os dados disponíveis em modelos experimentais, incluindo primatas, avalizam essas intervenções nutricionais”, diz Carlos López-Otín, da Universidade de Oviedo. Mas ele acrescenta que “os estudos em humanos são muito incipientes e em alguns casos indiretos, o que convida à máxima prudência”, acrescenta.
José Ordovás, especialista em nutrição e genômica da Imdea Nutrición e da Universidade Tufts (EUA), afirma que “é provável que uma dieta rica em produtos derivados de plantas, frutas e legumes, obtenha efeitos semelhantes” à de Longo. “Minha preocupação é que em nenhum momento sua dieta foi comparada com uma dieta que qualquer um pode preparar em casa, em vez de comprá-la pré-fabricada em sacos de plástico ou de alumínio na forma de sopas ou de barras nutricionais”, acrescenta. Além disso, o pesquisador ressalta que “nenhum dos artigos [de Longo] descreve em que consiste essa dieta e só fala de ingredientes ‘proprietários’”, o que “não é consistente com o fato de que uma boa parte dessa pesquisa foi realizada por meio de fundos públicos e, portanto, as descobertas e os benefícios deveriam ser públicos”, acrescenta.
Luigi Fontana, pesquisador das universidades de Brescia (Itália) e de Washington em Saint Louis (EUA), é outro dos líderes da pesquisa sobre o jejum em seres humanos. Há alguns anos, assinou vários artigos com Longo descrevendo o potencial do jejum para a saúde, mas agora diz que “não quer comentar os estudos do colega”. Ele também criou um tipo de jejum simulado e aberto ao público: durante dois ou três dias, comer apenas vegetais, à vontade, e uma colher de sopa de azeite de oliva a cada refeição. Num teste clínico de seis meses cujos dados serão publicados em breve, sua equipe observou perdas de peso muito significativas, de até “16 quilos em seis meses”, com essa dieta, afirma.
O pesquisador adverte que ainda não existem dados confiáveis em humanos que permitam respaldar algumas das afirmações de Longo e suas dietas comerciais. “Até agora não sabemos se o jejum tem efeitos de adaptação metabólica, os dados simplesmente ainda não existem, e camundongos não são seres humanos”, comenta. Fontana tampouco acredita que seja possível encontrar “dois ou três comprimidos” que possam “enganar o corpo” e aportar os benefícios na longevidade e na saúde observados pelo jejum. Em sua opinião, a única forma comprovada de conseguir benefícios reais é clássica: estilo de vida saudável e exercício físico. “As pessoas gostam de atalhos, mas ninguém pode se tornar faixa preta de karatê com alguns truques”, salienta.

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“Mudando os hábitos já se poderia reduzir 40% dos tumores”

Especialista de um Instituto de Oncologia espanhol afirma que a medicina de precisão é uma das linhas estratégicas para combater o câncer

O doutor Tabernero em um dos laboratórios do Vall d’Hebron Instituto de Oncologia (VHIO).

Barcelona

O ano de 2015 se encerrou com 248.000 novos diagnósticos de câncer na Espanha. Muito acima do número previsto para 2020, mas “dentro da expectativa”, tranquiliza o doutor Josep Tabernero, diretor do Vall d’Hebron Instituto de Oncologia (VHIO), em Barcelona. Dentro de uma das grandes trincheiras da pesquisa contra o câncer, como é o VHIO, Tabernero tornou-se um nome reconhecido entre a comunidade científica internacional por suas descobertas. Das suas mãos surgiu uma tecnologia que, mediante uma biopsia líquida (um exame de sangue) se pode detectar marcadores tumorais no sangue.

Tabernero, que em 2018 assumirá a presidência da Sociedade Europeia de Oncologia Clínica (ESMO, na sigla em inglês), conversou com o EL PAÍS por telefone dentro de um trem durante viagem na Alemanha de Heidelberg para Frankfurt. Às vésperas do dia mundial contra a doença, sua agenda não dá trégua. O câncer também não. O médico antecipa algumas das pesquisas realizadas pelo VHIO: "Teremos avanços em imunoterapia e biopsia líquida, e novas subclassificações de tumores".

Pergunta. Os casos de câncer cresceram 15% em cinco anos e já superam os diagnósticos previstos para 2020. O que está acontecendo?

Resposta. O diagnóstico de casos de câncer aumentou como se esperava e um pouco mais, mas porque a população está envelhecendo, não porque existem mais causas do que as previstas que geram câncer. Os casos aumentam conforme as expectativas, o que ocorre é que nesses anos não se corrigiu variáveis, como a imigração.

"O objetivo é tornar o câncer crônico e muito além disso. Tentamos preveni-lo, que não apareça, diagnosticá-lo precocemente e curá-lo. E onde não pudermos curá-lo, torná-lo crônico”
E também influencia a detecção precoce. O tumor mais frequente é o colorretal, e se colocou em andamento o programa de triagem de sangue nas fezes, e isso faz com que se diagnostique agora os tumores que apresentam [sintomatologia] clínica e também os que não apresentam, os que seriam diagnosticados em dois ou três anos.

P. A medicina personalizada ou de precisão se transformou em um termo recorrente na oncologia. A quimioterapia está com os dias contados?

R. A medicina de precisão é o futuro. Os tratamento dirigidos substituíram a quimio em alguns tumores, como a leucemia mieloide crônica. Também está se estudando muito a imunoterapia, especialmente para ver por que existem células do sistema imunológico que não veem como anormais as células cancerígenas e não atuam contra elas. Mas a quimioterapia continuará tendo seu papel porque em outros tumores será muito difícil conseguir terapias dirigidas e continuará se utilizando a quimio.

P. A estratégia de explodir passa por disparar nos genes em vez de nos órgãos, como até agora?

R. Sim. Dispara-se no órgão através da cirurgia e das diferentes modalidades de radioterapia, mas os tratamento médicos disparam nas alterações moleculares, nas células cancerígenas, independentemente de onde estejam.


Mudar os hábitos


Tabernero afirma que uma mudança nos hábitos de vida pode representar uma redução na incidência dos tumores. “Com 10 medidas podemos conseguir deixar fora 40% dos tumores, e sete delas têm custo zero”, diz o oncologista.
“Eliminar o tabaco, limitar o consumo de álcool, combater a obesidade, ter una dieta pobre em gordura e carne vermelha e rica em fibra, fazer exercício e proteger-nos da exposição ao sol. Com essas sete mudanças em nossos hábitos podemos reduzir a incidência do câncer”, afirma o médico. Evitar a poluição, incentivar os programas de vacinação e os de triagem são as outras três propostas que completam as dez, e, apesar de necessitarem de decisões políticas e investimento econômico, também são factíveis, diz Tabernero.

P. O doutor Josep Baselga [oncologista catalão que dirige o Memorial Sloan Kettering Cancer Center, em Nova York] disse há alguns meses que em 20 anos o câncer já não será a causa principal de mortes. É uma afirmação realista ou otimista?

R. É isso, pelos avanços de diagnósticos. O câncer não será curado, mas deixará de ser a primeira causa de morte. Só mudando os hábitos [dieta saudável, não fumar, exercício físico, etc.] se poderia reduzir 40% dos tumores, de forma que deixaria de ser a primeira causa de morte, e as doenças cardiovasculares voltariam a ser.

P. O objetivo é tornar o câncer crônico?

R. Sim, torná-lo crônico, mas muito além disso. Tentamos preveni-lo, que não apareça, diagnosticá-lo precocemente e curá-lo. E, onde não pudermos curá-lo, torna-lo crônico.

P. Existe algum tumor que já tenham conseguido tornar crônico?

R. Sim, a leucemia mieloide crônica. Antes, a sobrevivência era de dois anos e agora existem pacientes que vivem 20. Também algum câncer de pulmão.

P. Os oncologistas costumam monitorar a sobrevivência do câncer por cinco anos, mas, o que acontece com os pacientes que superam essa barreira? Em que condições ultrapassam os cinco anos?

R. Agora já damos prognósticos de 10 a 15 anos em alguns casos, mas na maioria das enfermidades os primeiras anos são críticos para se detectar recidivas.

Há pacientes que ficam com sequelas físicas, como transtornos gastrointestinais, sequidão na boca, cirurgias que resultaram em mutilações, depende do tipo de tumor. E também existem sequelas psicológicas, como o transtorno psicológico do medo. Cada vez há mais programas para ajudar o paciente a enfrentar essa nova vida depois do câncer.

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Aterro é interditado e prefeito de Santa Cruz do Rio Pardo decreta emergência

Otacílio Parras (PSB) mandou suspender a coleta de lixo, alegando não ter onde depositar o material

José Maria Tomazela ,
O Estado de S. Paulo
03 Fevereiro 2017 | 20h17 


SOROCABA - A prefeitura de Santa Cruz do Rio Pardo, interior de São Paulo, decretou situação de emergência sanitária e ambiental, nesta sexta-feira, 3, depois de ter o aterro sanitário interditado pelos órgãos ambientais do Estado. 
O prefeito Otacílio Parras (PSB) mandou suspender a coleta de lixo, alegando não ter onde depositar o material. Com o decreto, ele poderá contratar uma empresa para fazer o transbordo do lixo para um aterro sanitário particular. A cidade de 46,3 mil habitantes produz 34 toneladas de lixo por dia.
O aterro foi interditado após vistoria dos técnicos da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) constatar vazamento de chorume, produto altamente nocivo ao ambiente. O secretário estadual do Meio Ambiente, Ricardo Salles, acompanhou a inspeção.
Conforme a Cetesb, o aterro vinha operando acima da capacidade, e além de derramar chorume, emanava gases na atmosfera, além de atrair urubus e animais. A prefeitura vinha sendo advertida e multada desde 2004 pelas más condições do lixão. O prefeito informou que a prefeitura adquiriu área para fazer novo aterro e vai recorrer contra a interdição.
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Anatel e Defesa Civil implantam alertas de catástrofes naturais

Os usuários de telefones móveis vão receber um SMS de alerta em caso de iminência de desastres naturais
 Fonte: EBC

Alagamento Defesa Civil do Amapá
 

Anatel e Defesa Civil implantam sistema de alertas de catástrofes naturais por SMS. Até o final deste ano, a população deverá contar com este sistema de alerta de riscos de inundações, alagamentos, temporais, perigo de deslizamentos de terra, entre outros.


A implantação do projeto está a cargo da Anatel, em parceria com a Defesa Civil. O serviço de alerta via SMS é bancado pelas empresas de telecomunicações, sem nenhum custo para o cidadão e nem para o governo. Os alertas serão dados pelo Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad) e Defesa Civil dos estados e municípios.


Sobre o assunto o programa Revista Brasil entrevistou o assessor da Gerência de Controle de Obrigações de Qualidade da Anatel, Vinícius Oliveira Caram Guimarães. Ele informa que o projeto começa a partir do próximo dia 1º de fevereiro. O projeto piloto será apenas para o estado de Santa Catarina. “Nós teremos 120 dias, período de avaliação, mais 60 dias para ajustes, de forma que o projeto esteja apto à adesão dos demais estados a partir de julho”, afirma Vinicius Guimarães.


Ele explica que os usuários de telefonia móvel que moram nas cidades selecionadas vão receber uma mensagem convocando para adesão ao projeto piloto.


Saiba mais sobre o assunto, ouvindo a entrevista na íntegra no player acima.

O Revista Brasil vai ao ar, de segunda a sábado, às 8h, na Rádio Nacional AM Brasília, em rede com as Radio Nacional da Amazônia, do Rio de Janeiro e do Alto Solimões.

Apresentação: Valter Lima e Sula Sevillus
Produtor
Eliana Nascimento
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Sedentarismo aumenta o risco de demência tanto quanto genética

Pior ainda: de acordo com um estudo canadense, a falta de atividade física pode anular o efeito protetor dos genes

Bored, lazy, overweight man sits on the sofa
O novo estudo mostrou que idosos com um estilo de vida sedentário apresentam o mesmo risco de demência daqueles que carregam a mutação genética APOE, principal fator de risco genético para a doença. (iStock)
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Irlanda aprova lei para acabar com combustíveis fósseis

O país está prestes a se tornar o primeiro do mundo a cortar investimentos do governo para a produção de carvão, óleo e gás

gasolina
O governo da Irlanda terá cinco anos para se adequar à nova legislação
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Carros elétricos, uma séria ameaça para companhias petroleiras

Segundo relatório, a queda dos preços dos carros elétricos e das energias renováveis poderia frear a demanda de petróleo a partir de 2020

Carros elétricos
Carros elétricos: o setor de energia e transporte rodoviário representa a metade do consumo de energias fósseis (Wikimedia Commons)

O auge dos carros elétricos e a consequente queda do consumo de petróleo são uma séria ameaça para este setor a médio prazo, alertam especialistas, um risco até agora subestimado pelas grandes petroleiras.
Segundo um relatório publicado esta semana pelo ‘think tank’ Carbon Tracker e o Instituto Grantham, ambos com sede em Londres, a queda dos preços dos carros elétricos e das energias renováveis poderia frear a demanda de petróleo a partir de 2020.
A partir de 2025, se o setor dos carros elétricos continuar no ritmo de expansão atual, a demanda de petróleo poderia cair em dois milhões de barris diários, segundo o relatório, um número similar ao que afundou o mercado petroleiro em 2014.
E em 2035, essa queda poderia se multiplicar por cinco, em um mundo onde os carros elétricos representarão mais de 30% do mercado, prevê o relatório.
O setor de energia e transporte rodoviário representa a metade do consumo de energias fósseis, de modo que o crescimento da energia solar e dos veículos elétricos terá um grande impacto na demanda.
“Muito poucas companhias ou instituições da indústria energética estão considerando a mudança que a explosão desta tecnologia e seu crescimento exponencial representarão”, afirmou à AFP Luke Sussams, analista da Carbon Tracker.
É o caso do BP, uma das gigantes mundiais do petróleo e gás, que na semana passada previu em seu relatório anual que a demanda de petróleo para combustível para carros continuará crescendo após 2035.
Nesse ano, segundo os cálculos da multinacional, os veículos elétricos representarão apenas 6% da frota global, muito menos do que preveem os dados do Carbon Tracker e do Instituto Grantham.
Esse otimismo é compartilhado por muitas companhias petroleiras, mas contradiz a tendência marcada pelo relatório e por outros analistas exteriores à indústria.

Cálculos conservadores

A Agência Internacional da Energia (AIE) prevê que o ritmo de crescimento do setor do automóvel elétrico será modesto, representando 8% da frota mundial (cerca de 150 milhões de veículos) em 2040 e provocando uma queda da demanda de apenas 1,3 milhão de barris por dia.
“A AIE e as companhias petroleiras ainda estão tentando acompanhar as energias renováveis”, assegurou Sussams, apontando que estas são conservadoras demais nos seus cálculos.
Por outro lado, um estudo da Bloomberg New Energy Finance augura uma cota de mercado importante, de 22%, para os carros elétricos em 2035.
“Calculamos que a partir de 2020 os veículos elétricos serão mais baratos que os de combustão fóssil”, explica Sussams para justificar as previsões de seu estudo.
O modelo de cálculo da Carbon Tracker também parte da hipótese de um crescimento rápido do setor e da ausência de obstáculos para seu desenvolvimento, como a escassez de estações de recarregamento.
A China, o maior mercado do mundo para os carros elétricos, vendeu mais de meio milhão destes veículos em 2016.
O relatório de 60 páginas publicado na quarta-feira, intitulado “O poder disruptivo da tecnologia de baixo carbono”, lembra que a indústria mineira nos Estados Unidos afundou por uma queda de 10% da cota de mercado desta energia.
Na Europa, cinco grandes companhias energéticas perderam cerca de 105 bilhões de dólares entre 2008 e 2013 “porque não estavam preparadas para o crescimento de 8% das energias renováveis”, advertiu Sussams.

 

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Raso da Catarina: Única reserva biológica de caatinga no mundo

 Fonte: UPB

A região mais inóspita do semi árido brasileiro, localizado no norte da Bahia entre os municípios de Paulo Afonso, Jeremoabo, Canudos e Macururé, está o Raso da Catarina. Inicialmente pertencente a índios da tribo Pankararés, atualmente a localidade é uma Área de Proteção Ambiental (APA) e Estação Ecológica, fiscalizada pelo Ibama. Com 99.772ha a reserva abrange ainda parte dos municípios de Paulo Afonso, Rodelas e Jeremoabo.  A área é dividida em reserva biológica e indígena onde vivem os pankararés. A área de reserva biológica de caatinga é considerada única no mundo.
O Raso recebe esse nome porque seu relevo é quase toda sua totalidade, plano com vegetação rasteira e Catarina é em homenagem a proprietária da Fazenda Catarina, que existe até hoje na região. Conta a lenda, que a fazendeira lutou contra a seca, mas foi derrotada por uma nuvem de gafanhotos que devorou a plantação de milho e feijão, deixando-a em estado de loucura e sozinha até o fim da vida. Dizem que seu espírito vaga a localidade ajudando vaqueiros a encontrar animais perdidos.
A seca é comum no Raso. Com temperatura que chega a atingir 43 C é difícil até se refrescar nos rios que cortam a região, pois a grande parte tem vida curta e o único que se mantém é o Vaza-Barris que forma o açude de Cocorobó. É difícil encontrar água por lá. É preciso muita sabedoria e astúcia, já que elas se escondem nas depressões nas rochas ou em locais onde o lençol de água subterrâneo fica próximo a superfície.
CANGAÇO x (804)
SECA – Quem por lá habita, sobrevive por longos períodos de seca, já que com o solo árido, plantação não faz efeito. A saída é a criação de cabras e ovelhas, animais que resistem a esse tipo de solo e o sertanejo consome sua carne, porém o leite é reservado para os filhotes dos animais. O gado é criado solto e por muitas vezes, pode-se ver um típico vaqueiro, vestindo sua indumentária tradicional em couro a procura do animal.
A primeira vista, parece um território desolado, onde só brotam cactos, bromélias e imbuzeiros. Mas basta uma chuva leve para que a passagem acinzentada se transforma em verde. Nessa área localizada no Nordeste da Bahia, convivem vaqueiros, sertanejos, milhares de espécies de plantas (xiques-xiques, mandacarus, coroas de frade, os facheiros, as palmatórias etc), centenas de animais pouco conhecidos da ciência (arara azul de lear) e uma sociedade de índios panklararés.
CANGAÇO 072
LAMPIÃO – O Raso da Catarina foi cenário de aventuras e esconderijo de dois famosos cangaceiros, o líder social Antonio Conselheiro, fanático religioso e revolucionário e o cabra-macho Virgulino Ferreira da Silva, mais conhecido como Lampião. O Homem Santo, como ficou conhecido Conselheiro, lutava pela justiça social afirmando que “roubar para se alimentar, não é crime” e com essa máxima ele ganha notoriedade entre os sertanejos e se torna uma “figura Santa” entre os homens. No ano da libertação dos escravos pela princesa Isabel (1888), muitos dos escravos libertos, sem residência e trabalho viajam em busca do “Bom Jesus” e encontram em Conselheiro um líder religioso e social.
É nas mediações do Raso da Catarina que ele se esconde em uma fazenda abandonada em 1893, junto com sua tropa de ex-escravos. Três anos após, ocorre uma das mais sangrentas guerras nordestinas, a Guerra de Canudos. “Armados até o dente”, os fanáticos seguidores de Conselheiro eliminaram três expedições do governo liderado pelo Capitão Antônio Moreira César, o “Corta-Cabeças”. Em 1897 o Exército Brasileiro monta um pelotão que tinha proposta de exterminar os “malucos” de Conselheiro e conseguem o feito de forma mais covarde. Antonio Conselheiro morre em 22 de outubro de 1897 vítima de ferimentos causado pelo massacre. A tropa militar retira seu corpo da sepultura e sua cabeça é levada para a Escola de Medicina de Salvador, que baseado no visão preconceituosa do determinismo europeu acreditava que a “loucura”, a “demência” e o “fanatismo” podiam ser explicados na mistura de raças e nas características faciais do considerado “monstro dos sertões”.
Entre as décadas de 1920 a 1930 o Robin Hood do sertão, o cangaceiro Lampião, roubava dos ricos para entregar aos pobres, mas a história desse terrível forasteiro começa quando ele resolve vingar a morte de seu pai, José Ferreira dos Santos e se alista na tropa do cangaceiro Sinhô Pereira. O Sinhozinho abandona a tropa e dá todo o poder a Lampião que passa a invadir cidades nordestinas. Antes da invasão, ele mandava uma solicitação pedindo ajuda aos prefeitos da época; caso a ajuda fosse negada, ele saqueava a cidade e se tornou assim, o bandido mais temido do nordeste brasileiro. Em 1938, a volante comandada pelo Tenente João Bezerra localiza Lampião, Maria Bonita (sua esposa) e seu bando, mata e decepa suas cabeças, que ficam expostas na escadaria da prefeitura da cidade de Piranhas (AL) e depois seguem para “estudos científicos” no Instituo Médico Legal, Nina Rodrigues em Salvador.
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Psiquiatra Daniel Barros fala do preconceito contra doenças psicossomáticas, causadas pela mente

Especialista explica que a mente pode produzir doenças reais, mas que sintomas ainda são vistos com preconceito. 

Sintomas físicos podem ser desencadeados a partir de causas psicológicas: são as doenças psicossomáticas. O psiquiatra Daniel Barros alerta que esse tipo de problema ainda é visto com preconceito, o que atrapalha seu diagnóstico e tratamento. 

Casos de doenças psicossomáticas são abordados no livro "It's All in Your Head: True Stories of Imaginary Illness" ("Está tudo na sua cabeça: Histórias reais de doenças imaginárias", em tradução livre), escrito pela neurologista irlandesa Suzanne O'Sullivan em 2015.

A obra ganhou no ano passado o prestigiado prêmio literário britânico Wellcome Book Prize.
A neurologista falou sobre o livro na 11ª edição do Hay Festival, um dos eventos literários anuais mais importantes do mundo hispânico, que acontece até o próximo dia 29 na cidade de Cartagena, na Colômbia.
"Dedico grande parte do meu tempo a pacientes com convulsões e, em geral, um terço das pessoas que atendo sofre de convulsões de origem psicológica. Mas, de acordo com estudos, em outras especialidades médicas um terço dos pacientes também apresenta sintomas de ordem psicológica", disse O'Sullivan.

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Jiboia mais rara do mundo é achada viva após mais de 60 anos de buscas

Animal foi encontrado em área de Sete Barras, no Vale do Ribeira, SP.
Último registro do animal vivo havia sido feito na mesma região em 1953.

04/02/2017 06h18 - Atualizado em 04/02/2017 12h47
Orion PiresDo G1 Santos

A região do Vale do Ribeira, no interior de São Paulo, é a casa de uma jiboia considerada por especialistas como a mais rara do mundo. O último animal da espécie capturado vivo foi achado há mais de 60 anos, em Miracatu. Passadas mais de seis décadas, a “jiboia do Ribeira”, ou Corralus cropanii, apareceu viva na pequena comunidade do município de Sete Barras. A captura aconteceu no mês passado e foi divulgada na última sexta-feira (3) por pesquisadores do Insituto Butantan e do Museu de Zoologia da USP.
A descoberta do animal que, pelo que se sabe até o momento, é exclusivamente brasileiro, só foi possível graças a um projeto de educação e conservação ambiental desenvolvido há cerca de um ano na comunidade rural do Guapiruvu, onde a jiboia foi encontrada no dia 21 de janeiro por dois moradores.

Biólogo Bruno Rocha segura animal encontrado no Vale  (Foto: Lívia Corrêa/Arquivo Pessoal)
Biólogo Bruno Rocha segura animal encontrado
no Vale (Foto: Lívia Corrêa/Arquivo Pessoal)
Trata-se de um macho, de 1,70 metro de comprimento e 1,5 kg, de cor alaranjada, com escamas bem definidas e losangos pretos espalhados pelo corpo.
O biólogo Bruno Rocha, de 33 anos, um dos responsáveis pelo programa comunitário na região, nem era nascido quando a primeira serpente da espécie foi capturada viva, em 1953. O animal foi descrito pelo herpetólogo do Instituto Butantan, Alphonse Richard Hoge, como um macho de um metro de comprimento.
Mais de meio século depois, Rocha não esconde a felicidade de participar do que ele classifica como um novo capítulo da história da ciência mundial. "Não se sabe nada sobre os hábitos dela. Agora será possível estudá-la com todos os detalhes. Existem exemplares da mesma família registrados há muito tempo na África, Ásia e até aqui nas Américas, mas a cropanii só temos identificada na Mata Atlântica do Vale do Ribeira", explica Rocha, que integra a equipe do Museu de Zoologia da USP.
Apesar das poucas informações sobre a jiboia do Ribeira, os pesquisadores sabem que não se trata de uma serpente venenosa. "É uma descoberta rara e muito importante para a biologia. Finalmente vamos desvendar os mistérios a partir de um um rádio transmissor que será colocado no corpo da cobra, semelhante aos usados em onças e outros animais silvestres, para monitorar o comportamento dela na natureza", acrescenta.

Últimos registros da jiboia do Ribeira foram em Miracatu, Eldorado e Sete Barras (Foto: Reprodução/Google)Últimos registros da jiboia do Ribeira foram em Miracatu, Eldorado e Sete Barras (Foto: Reprodução/Google)
 
Por que Vale do Ribeira?
O foco dos pesquisadores sempre foi a região do Vale do Ribeira justamente pelos primeiros registros datados da década de 1950, em Miracatu. Ao longo dos anos, a jiboia chegou a aparecer outras vezes em Eldorado e em Sete Barras, mas morta.

 
Comunidade recebeu treinamento (Foto: Amigos da Mata/Divulgação)
Comunidade recebeu treinamento
(Foto: Amigos da Mata/Divulgação)
Motivados pelas últimas ocorrências, os pesquisadores decidiram investir em um trabalho de parceria com a própria comunidade local. O projeto foi determinante para o sucesso da empreitada em busca da "cobra rara". Para auxiliar na procura, os moradores receberam treinamentos e foram orientados a acionarem a equipe de pesquisadores assim que encontrassem a cropanii. Até um panfleto informativo foi distribuído para facilitar a identificação.
“O projeto mostrou que a parceria entre a ciência e a sociedade funciona e traz benefícios para a produção de conhecimento científico, para a comunidade local e também para a preservação de espécies ameaçadas de extinção”, reforça a bióloga Lívia Corrêa, do Instituto Butantan.
"O pessoal da comunidade Guapiruvu já possui uma frente ambiental chamada 'Amigos da Mata' e eu espero que, a partir dessa descoberta, eles ganhem mais visibilidade e recebam ajuda para melhorar a estrutura. A participação deles para encontrar esse animal, que já era praticamente considerado extinto, foi essencial", acrescenta o biólogo Bruno Rocha.
Satisfação
Pesquisadores do Instituto Butantan, do Museu de Zoologia da USP e do Grupo de especialistas em Boideos e Pitonídeos da IUCN (International Union for Conservation of Nature) desenvolveram um projeto para conservar a jiboia-do-Ribeira. O projeto conta também com o apoio governamental do RAN-ICMBio (Centro Nacional de pesquisa e conservação de Répteis e Anfíbios) e financiamento de The Mohamed Bin Zayed Species Conservation Fund e do Boa & Pythons Specialist Group.
Apesar dos estudos que envolvem dezenas de pessoas, o biólogo Bruno Rocha espera que o trabalho atual seja só o começo de uma grande história que dê ainda mais frutos. "Essa descoberta mexe com meu coração porque vários cientistas tentaram em métodos tradicionais de coleta e não conseguiram, mas a parceria, educação e comunidade foram fundamentais. É fantástico viver um momento desses como cientista, mas o mais importante agora é que a própria jiboia comece a contar sua história quando voltar à natureza nos próximos dias".

Cobra era procurada há mais de 60 anos por cientistas (Foto: Lívia Corrêa/Arquivo Pessoal) 
Cobra era procurada há mais de 60 anos por cientistas (Foto: Lívia Corrêa/Arquivo Pessoal)

 

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Ter cancro e continuar a viver




Joana Petiz

São boas notícias sobre um assunto em que muitas vezes ainda temos dificuldade em conseguir ver a luz ao fundo do túnel. Há em Portugal quase meio milhão de pessoas sobreviventes de uma doença oncológica. E metade está mesmo livre de tratamentos e de qualquer sinal de cancro há pelo menos cinco anos. Métodos de combate mais eficazes, deteção de problemas em fases prematuras e sensibilização para a prevenção têm dado aqui uma boa ajuda para chegarmos a crescentes taxas de sobrevivência à doença oncológica. Mas é sobretudo pela inovação e investigação que passa o futuro - um futuro realmente animador, e não muito distante, em que se prevê que seja possível detetar a probabilidade de vir a desenvolver tumores e agir ainda antes de a primeira célula ficar doente. Com tamanha capacidade de prevenção, a tendência, dizem-nos médicos da área, é que as taxas de sucesso sejam cada vez mais expressivas. Ou seja, nos próximos anos haverá um número crescente de casos em que as células com anomalias não chegarão a formar tumores e mesmo o cancro passará a ser encarado como uma doença, e não como uma sentença de morte. O coordenador do Programa Nacional para as Doenças Oncológicas é claro: "Ter tido cancro e estar vivo é uma situação cada vez mais comum." Ainda não chegámos lá, mas estamos a dar passos importantes nesse sentido. Aumentar o ritmo passa por um compromisso assumido com quem pode fazer a diferença. Pela capacidade que estamos preparados para assegurar a quem investiga, a quem experimenta novas abordagens científicas, a quem aposta em terapêuticas alternativas. E quanto mais pessoas houver a percorrer esta estrada, mais rapidamente chegaremos a esse destino em que morrer de cancro é algo raro e estranho. É fundamental que se estabeleçam e fortaleçam laços entre instituições públicas e privadas e de investigação. E que haja verdadeiro empenho na luta contra o cancro. Com uma certeza: cada passo dado no sentido certo e no mais curto prazo possível equivale a milhares de vidas prolongadas com qualidade.

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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Rio Jacuipe, das águas ao esgoto


O Sertanejo terá que contar com a fé, cobrar e ajudar a preservar o Jacuipe, para que seus tormentos não sejam ainda maiores

03 Fev 2017 18:10
Valdir Rios
Cidade São josé do Jacuipe - Divisa com Várzea da Roça

Confiante em suas visões distorcidas, parte da população assim como gestores públicos descomprometidos, não tem dado a devida atenção aos problemas que continuadamente tem dado causa a morte dos rios. Neste dilema, com todo  esse  descaso, a recuperação torna-se mais difícil e obviamente mais cara.

O  jacuipe, tem sido um destes rios que nada se faz a não ser degradar. Nas cidades ou populações ribeirinhas, utiliza-se das águas para consumo humano/animal e como retribuição encaminham para estas mesmas águas, seus dejetos e lixos e  seguindo via rio, parte disso percorre o curso das águas chegando também às populações a montante, que além de conviver com o aspecto paisagístico negativo, estão em constante risco de saúde, já que o rio poluido é um habitat ideal pra vetores de doenças. 

Assim, neste  habito degradante, para a maioria da população, toda esta problemática não é algo questionável ou se é, suas atitudes na demonstram isso. Tanto que transparece ser natural os contaminantes oriundos de esgotos, agrotóxicos, até lixo e efluentes hospitalares que vem rio acima (jusante) fazerem parte do seu dia a dia convivendo com tudo isso sem nenhuma ou pouca atitude tomar.


Em meados dos  anos 2010, quando jovens de Várzea da Roça desenvolvendo um trabalho acadêmico fizeram exploração desde a nascente (Cachoeira do Morro Doido, Morro do Chapeu-Ba) até sua foz (Rio Paraguaçu, prox. Pedra do Cavalo), um Raio X pode ser traçado de modo a obter preliminarmente um diagnostico da situação. Segundo membros da equipe, encontraram pocilgas que descartavam as fezes sem tratamentos diretamente no rio, esgotos nas áreas urbanizadas, retirada das matas ciliares, acumulo de lixo, animais mortos se decompondo dentro da água, além de oficina e postos de lavagens veicular com suas tubulações canalizada para o leito do rio.

Apesar do rio percorrer um trecho de 437 Km, até chegar a sua foz no Rio Paraguaçu, observando-se em alguns pontos e pontes da BA 130 e BR 324, é possível,  por meio de uma amostragem simbólica, verificar que a situação do Jacuípe, se agrava em Gavião, Riachão e Feira de Santana. No município de São José do Jacuípe na divisa com Várzea da Roça, apesar das baronesas denunciar um certo volume de carga orgânica, ainda assim, a olho nu, o rio, apresenta um quadro melhor devido a retenção que as barragens do França, Morrinhos e de São José fazem com parte das impurezas.

O Rio Jacuípe é o principal afluente do Paraguaçu, que por sua fez abastece grande parte das cidades do recôncavo e da capital baiana (Salvador). Apesar da qualidade das suas águas serem questionadas, abastecem ainda assim os municípios do Vale a qual leva seu nome, e numa espécie de blender com as águas da Barragem de Pedras Altas, também sai dos reservatórios feito em sua calha uma média de 50% das águas que matam a sede da população da região Sisaleira.

A gestão das águas neste e demais rios da região tem sido uma caixa preta que poucos possuem o acesso e quase nada de concreto há de informação. Tendo a certeza apenas do abandono governamental que por décadas permeia o rio,  tendo o descaso levado a  morte, agravado, com pesca predatória, uso indiscriminado de agrotóxicos (principalmente em lavouras que por muito tempo era cultivadas às sua margens), a aplicação de herbicidas, e o avanço da destruição da Caatinga.
Somente resta crê que uma população consciente, gestores novos com maior compromisso ambiental e um Ministério Público da Bahia e um INEMA atuante, possa dar uma repaginada na história desse e tantos outros rios que estão morrendo, para que também não morra aqueles que dependem destas águas para sobreviver.

A implantação de esgotamento sanitário, a gestão adequado do lixo nas cidades e vilas ribeirinhas, a recuperação da mata ciliar e proibição ou controle de determinadas atividades às margens ou leitos, dariam uma sobrevida ao rio garantindo o seu uso por maior tempo e com qualidade dos seus recursos.

Tendo uma carga tributária alta como é no Brasil, que se trabalha quatro dos doze meses do ano pra repassar pro governo, seria de esperar melhor eficiência na gestão dos recursos naturais e nos serviços essências  e indispensáveis a população. 

VALDIR BARRETO RIOS
Eng. Ambiental e Radialista
71 9 9168 5797 (zap)
vbrambiental@yahoo.com.br

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VIDHA LINUS

CONSULTORIA AMBIENTAL LICENÇAS,ELABORAÇÃO EIV, PRAD. Av Radial B, 122 Bairro Mangueiral CEP 42807-380 CAMAÇARI - BAHIA 71 3040 5033 99168 5797 VBRAMBIENTAL@YAHOO.COM.BR

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