Meio Ambiente & Desenvolvimento Humano

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

Tubo seco não mata a sede nem tão pouco produz alimentos para matar a fome.

A conta-gotas, lama, esgoto e agrotóxico este é o cenário dos rios brasileiros. 


15 fev 2019
22:28H
VALDIR RIOS
Eng. Ambiental e Radialista


Rio Camaçari, Camaçari-BA.

Mesmo diante do cenário desenhado por estudos de uma crise hídrica sem precedentes, 
não é difícil ver rios, nascentes lagoas e outros corpos hídricos se transformarem em esgotos, deposito de lixo, além de serem terraplanados dando lugar a outras finalidades.


Nascente soterrada, Via Parafuso, Camaçari-BA

Além das constantes agressões, a diminuição das chuvas, o desperdício, o aumento do consumo e a contaminação dos corpos hídricos por agrotóxicos e carga orgânica lançada só contribui para agravar ainda a temida realidade que gestores fazem de conta em não enxergar.

Tratar e transformar esgoto em água potável é possível. Existe tecnologias, porém para torna-las potáveis, há um custo muito alto a ser pago.

Rio Joanes, Parafuso, Camaçari-BA,
presença de baronesa (indicador de carga orgânica)

Neste pensamento a água já é visto como produto e todo população brasileira muito em breve terá um acréscimo em sua conta, não por conta de aumento, sim como compra do produto “água”.

Para o governo o cidadão paga a concessionaria apenas pelos serviços de captação, tratamento e entrega no domiciliar.

As novas cifras financeiras, devem dificultar a acessibilidade da população com menor poder aquisitivo a água e alimentos.  A linha que separa as classes sociais deve ser esticada, distanciando cada vez mais a base do topo da pirâmide.



O homem, as plantas, toda vida animal depende da água, todos sabem disso. Mas quando se trata de gestão dos recursos ambientais principalmente hídrico a situação se assemelha ou caminha para as mesmas realidades, seja na grande ou pequena cidade, no campo ou em qualquer um dos biomas brasileiros.

O NORDESTE


Lagoa de Nasa, Várzea da Roça-BA

O clima não é inimigo, a gestão hídrica e alguns gestores sim. Estes alias usam canetas, fazem-se de santos, mas retiram soluções viáveis às condições a qual o sertanejo vive, para ofertar falsas modéstias principalmente às vésperas de eleições.

"As esmolas são como soluções curativas em troca de dependência, certa a cada ano".

As previsíveis estiagens retomam seu canto costumeiramente e o que pode se traduzir em grandes safras com frutos de boa qualidade, traduz-se em lamentações.

Tudo isso infelizmente por falta de competência e seriedade com nossos recursos hídricos e com o povo sertanejo.

Inventam-se grandes obras, inventam-se a roda, tudo isso pra manter e alimentar um sistema onde o povo é visto como coisa, como problema e não como parte.


CAPACIDADE HÍDRICA DO NORDESTE


Rio Jacuípe, Morrinhos, Várzea da Roça/Várzea do Poço-BA

O sertão tem grande potencial de reservatórios hídricos, basta mapeá-los elaborar projetos e implantar às soluções.

Espalhadas estão lagoas, rios, riachos para pequenas barragens, áreas propicias à barragens subterrâneas, açudes, tanques, caldeirão, cacimbas, poços, cisternas e várias outras formas técnicas.

"Somos nordeste, somos fortes, o que nos falta é solução definitiva que tornem UNO chão/sertanejo/água".

Fato curioso até acontece! Tem região que se perderam vários poços em décadas passadas por falta de água ou alto teor de sal, hoje jorra nos poços água doce.

O melhor clima do planeta é o do Nordeste, falta seriedade na condução das políticas públicas, em especial quanto ao trato com os recursos naturais.



O Nordeste será uma grandeza econômica, quando o povo entender e cobrar uma verdadeira política ambiental.

Ao contrario continuaremos a matar os nossos corpos hídricos e muito em breve se amargará sede e fome. 


Sugestões/criticas 71 99168-5797 (ZAP)



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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

ECOPARC RIO CAMAÇARI – Um olhar para o Distrito de Parafuso

Moradores de Parafuso, aguardam projetos que possam colocar o Distrito na rota do turismo baiano.


10 fev 2019
22:40h
Valdir Rios
Eng. Ambiental e Radialista




Neste domingo (10), foi realizada uma visita no histórico distrito de Parafuso - Camaçari.

Foto: Imagem de satélite da localização de Parafuso                                                       Fonte: EARTH (2019). 

O povoado para quem não conhece, está a 13 KM da sede do município e seu acesso principal se dá pela BA que leva seu nome (Via Parafuso). No sentido Salvador, a saída para esta localidade ocorre defronte a fábrica de pneus Bridgestone.


O distrito dentro do projeto “ECOPARC RIO CAMAÇARI”.


Existem vários elementos históricos e ambientais que despertam o interesse turístico na localidade. A linha e estação férrea, o centro comercial, manifestações culturais, a prainha e toda sua contribuição histórica para a Bahia em especial o período em que foi elevado a categoria de sede do município.

Para ampliar entretenimento a ser ofertado aos turistas e visitantes, foi prospectado no projeto ECOPARC RIO CAMAÇARI extensão Parafuso, um mini zoo, um kartódromo e a recuperação da estação de trem para que possibilite apresentações culturais e uma feira de artesanatos/produção familiar.

Vale salientar que o povoado tem recebido agentes da Secretaria de Turismo do Estado para um mapeamento das manifestações culturais a exemplo do que também está ocorrendo em Santo Amaro e Cachoeira.

Conhecendo a história

Segundo Paula uma das líderes do Projeto Boi Mirim, o Distrito de Parafuso ganhou este nome devido um descarrilamento de um dos vagões do trem que levava pinos e parafusos a outras localidades durante a construção desta malha ferroviária.

Parafuso começou a se desenvolver após a implantação da linha férrea em 1863. Com a chegada do equipamento viário, o progresso foi tão grande que Parafuso passou a ser sede do Município, no final do século 19. Um dos marcos da localidade é justamente a Estação Ferroviária, que fica no centro de Parafuso, que resistiu ao tempo e tornando-se um ponto turístico. ASCOM-PMC (2015)
Acesso: 10 fevereiro de 2019

A estação férrea

A estação durante décadas, foi orgulho para o povoado e principal meio de transporte de carga do polo industrial, por longas décadas, encontra-se abandonada com riscos de desabar.

Em 2009 deu-se inicio ao projeto do Transbaio, Com esta iniciativa aguardava-se uma recuperação do espaço.

Devido a questões políticas partidárias/administrativas o projeto não avançou tendo este se encerrado em 2011 levando junto o desejo da população de entrar no eixo turístico da região metropolitana.


As religiões


Apesar das influências de matrizes religiosas africanas, na comunidade há uma grande quantidade de igrejas protestantes.
A igreja Católica da comunidade, festeja anualmente no dia 8 de dezembro, a Festa de Nossa Senhora da Conceição.



O centro comercial


O centro comercial está localizado próximo à antiga estação férrea, possui uma capacidade aproximada de 15 Box.

Entregue ao abandono, sem pintura, nem banheiros e com vários box’s fechados o local demonstra a falta de manutenção pelo poder público.

Alguns bares ainda funcionam no local resistindo ao tempo, entre eles o mais conservado o Bar da Selma.  

A esperança e o sorriso da sua proprietária se mantem de forma natural a quem carrega a alegria em si, já o bar a custo de sacrifício acreditando que algum dia um projeto posso colocar o Distrito de Parafuso na rota do turismo e desta forma possa mudar a realidade da localidade e seu povo.

As manifestações culturais

Existem várias manifestações que colocam o antigo Distrito de Parafuso entre as localidades ricas em cultura, conhecidas a nível nacional e internacional.

São vários documentários e matérias exibidas em canais baianos e nacionais mostrando o samba de roda, os dois bailes pastoril, O Boi Janeiro e Mirim e o Samba de Caboclo.

Confira algumas matérias locais:

A prainha


A prainha de Parafuso é formada pelo lago do Rio Joanes, sendo um lugar exuberante.
Uma paisagem de cartão postal é a visão de quem senta em um dos dois bares construído às margens do rio.

Os ribeirinhos são acolhedores, porém lhes falta maior apoio em políticas públicas como infraestrutura, demanda, capacitação e incentivo para investimentos.

Além de uma cerveja gelada acompanhado de um bom bate-papo, uma quadra de futebol improvisada é a oferta de lazer aos frequentadores.

Falta maior variedade de serviços, seja em alimentação, trilhas e esportes terrestre e aquático que poderiam ser desenvolvidos na localidade.

O dia foi de reencontros entre velhos amigos que em ruelas e recantos de Parafuso e o Bairro Maria Meire (Camaçari), a distância chamavam por meu nome. 

Coincidentemente  ao chegar na Prainha me deparei com um antigo consultor do SEBRAE da época do Tambor Lascado. Ele  dialogava com um arquiteto sobre o rio e o projeto que arquiteto tem pronto para o local, ficou acertado para em breve um dia de prosa às margens do Joanes.

Rodeada por toda linha férrea o Transbaião ainda é um dos mais fortes apelos para que o povoado possa receber turistas que queiram desfrutar dos sabores e encantos de Parafuso.


























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VIDHA LINUS

CONSULTORIA AMBIENTAL LICENÇAS,ELABORAÇÃO EIV, PRAD. Av Radial B, 122 Bairro Mangueiral CEP 42807-380 CAMAÇARI - BAHIA 71 3040 5033 99168 5797 VBRAMBIENTAL@YAHOO.COM.BR

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