09 Nov de 2016 22:07H
O desafio ao combate da
corrupção mostra-se como algo indispensável ao fortalecimento de um Estado
igualitário, que possa oferecer, além de serviços básicos de qualidade, maiores
avanços na formação e qualificação das pessoas de modo a prepara-las pro campo
operário assim como demais campos competitivos da vida moderna.
Como um raio X de toda
lama extraída com a operação Lava Jato, diga-se de passagem talvez umas das
primeiras e principais formas deste país enfim sair da UTI político-social,
mais um diagnostico pode ser verificado da situação deste paciente chamado
Brasil. Desta vez através dos Análises e reflexões sobre o desempenho dos
estudantes brasileiros no Programa
de Avaliação Internacional de Estudantes, PISA (2015), apresentados na manhã desta terça-feira, 6, no
Seminário do Pisa 2015, na sede do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira (Inep) em Brasília.
Segundo avaliação feita
pelo G1(2016), houve uma queda de
pontuação nas três áreas avaliadas: ciências, leitura e matemática. A queda de
pontuação também refletiu uma queda do Brasil no ranking mundial: o país ficou
na 63ª posição em ciências, na 59ª em leitura e na 66ª colocação em
matemática..
A prova acontece a cada
três anos e foi coordenada pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE) sendo aplicada no ano de 2015 em 70 países e economias, entre
35 membros da OCDE e 35 parceiros, incluindo o Brasil. É possível saber mais e obter detalhamento do relatório
através do
http://www.oecd.org/pisa/PISA-2015-Brazil-PRT.pdf
Vale
a pena conferir alguns dados do PISA 2015:
AVALIAÇÃO DE CIÊNCIAS
Resultados – A proficiência
média dos jovens estudantes brasileiros na avaliação de ciências foi de 401
pontos, valor significativamente inferior à média dos estudantes dos países
membros da OCDE, que é de 493. O desempenho médio dos jovens brasileiros da
rede estadual foi de 394 pontos. Por ofertar prioritariamente o ensino
fundamental, a rede municipal apresentou desempenho inferior ao das escolas de
outras dependências administrativas (329). Alunos da rede federal obtiveram o
melhor desempenho em ciências, 517 pontos, superando a média nacional, mas não
sendo estatisticamente diferente do desempenho médio dos estudantes da rede
particular (487).
Por estado – O Espírito Santo
apresentou o maior desempenho (435), e Alagoas,
o menor (360). O desempenho médio dos meninos em ciências foi superior ao das
meninas na maioria das UFs brasileiras.
Dificuldades – Interpretar dados
e evidências cientificamente, lidar com conhecimento procedimental, e questões
com resposta abertas e de múltipla escolha complexa são os pontos fracos dos
brasileiros revelados na avaliação de ciências. Nossos estudantes têm mais
facilidade em explicar fenômenos cientificamente, e lidar com conhecimento de
conteúdo e respostas do tipo múltipla escolha simples.
AVALIAÇÃO DE LEITURA
Resultados – A proficiência
média dos estudantes brasileiros na avaliação de leitura foi de 407 pontos,
significativamente inferior que o escore médio dos estudantes dos países
membros da OCDE, que foi de 493. O desempenho médio em leitura dos jovens
brasileiros da rede estadual foi de 402 pontos, enquanto na rede municipal
observou-se um desempenho médio de 325. Alunos da rede federal têm o melhor
desempenho em leitura, 528 pontos, superando a média nacional, o que não é,
entretanto, estatisticamente diferente do desempenho médio dos estudantes da
rede particular (493).
Por estado – O Espírito Santo apresentou
o maior desempenho (441 pontos) e Alagoas,
o menor (362). Em todas as UFs, o desempenho em leitura das meninas superou o
dos meninos.
Dificuldades – Os pontos fortes
dos estudantes brasileiros é lidar com textos representativos de situação
pessoal (e-mails, mensagens instantâneas, blogs, cartas pessoais, textos
literários e textos informativos). Questões com textos contínuos, definidos por
sua organização em orações e parágrafos, e típicos em textos argumentativos,
contos e romance e questões que envolvem o aspecto localizar e recuperar
informação também foram mais fáceis para eles. A principal dificuldade, por
outro lado, é lidar com textos da situação pública (textos e documentos
oficiais, notas públicas e notícias). Questões com textos no formato combinado,
caracterizados pela junção de parágrafos em prosa e listas, gráficos, tabelas
ou diagramas; e que envolveram o aspecto integrar e interpretar foram as mais
difíceis para os brasileiros.
AVALIAÇÃO DE MATEMÁTICA
Resultados – A proficiência
média dos jovens brasileiros na avaliação de matemática foi de 377 pontos,
valor significativamente inferior à média dos estudantes dos países membros da
OCDE, que é de 490. O desempenho médio em matemática dos estudantes da rede
estadual foi de 369 pontos e da rede municipal, 311, uma diferença
estatisticamente significativa. Estudantes da rede federal tiveram melhor
desempenho, 488 pontos, embora esse resultado não seja estatisticamente
diferente do desempenho médio dos estudantes de escolas particulares, que foi
de 463.
Por estado – O Paraná apresentou
melhor desempenho (406 pontos) e Alagoas,
o pior desempenho (339). Contudo, o estado do Paraná, bem como o Amapá, não
atingiu a taxa de respostas exigida, prejudicando, assim, uma análise fidedigna
desses estados. Praticamente em todas as UFs o desempenho em matemática dos
meninos superou o das meninas.
Dificuldades – Estudantes
brasileiros têm melhor desempenho em questões sobre valor em dinheiro, razão e
proporção e cálculos aritméticos. Isso significa que o manuseio com dinheiro ou
a vivência com fatos que gerem contas aritméticas ou proporções é uma realidade
mais próxima. Por outro lado, o desempenho é mais baixo em questões que
trabalham as propriedades das figuras geométricas, como o perímetro ou a área,
ou as características das figuras espaciais. A interação dinâmica com formas
reais bem como suas representações mostrou-se como um conteúdo mais difícil e
trabalhoso para os brasileiros, INEP (2016).
Se por um lado a
corrupção avançou como um tufão destroçando tudo de bom que o Brasil possuía em
riquezas por outro lado como é de se
esperar o nível da educação despenca a ponto de nos colocar nas ultimas
posições dos países participantes. Por tabela, sofreu a saúde, segurança,
emprego, moradia, saneamento básico, assim como parte dos conhecimentos que
foram ou seriam obtidos através de pesquisas que ficaram pela metade ou nem
começaram por falta de recursos.
Se estes questionamentos servem como elemento pra
afirmar o quanto a corrupção faz mal ao desenvolvimento de uma sociedade, é
possível dar um zoom óptico em dois pontos:
1º Nível máximo da corrupção, aliado
queda do Brasil no ranking mundial de educação em ciências, leitura e
matemática;
2° O pior
desenvolvimento por estado acontece em Alagoas, justamente o estado comandado
politicamente pelo Senador REINAN CALHEIROS, o epicentro de denuncias desta
semana.
Coincidência ou não, se até a palavra patriótica ganha novo significado, é necessário um combate
acirrado a corrupção por toda sociedade, em cada estado em cada município e
recantos deste país, pra que não se roube e nem se deixe roubar os sonhos e
direitos dos filhos desta madrasta Pátria comandada por muitos ladrões.
VALDIR RIOS
Eng. Ambiental e
Radialista
Sites pesquisados:
http://g1.globo.com/educacao/noticia/brasil-cai-em-ranking-mundial-de-educacao-em-ciencias-leitura-e-matematica.ghtmlhttp://g1.globo.com/educacao/noticia/brasil-cai-em-ranking-mundial-de-educacao-em-ciencias-leitura-e-matematica.ghtml