PARTE DA MESMA POPULAÇÃO QUE RECLAMA DO CALOR, É A QUE UTILIZA OU APOIA O USO DE MOTOSSERRAS.
09 fev 2020 13:48h
VALDIR RIOS
Eng. Ambiental e Radialista
A elevação das temperaturas tem mudado hábitos, trazendo
maior ocorrência e risco a saúde e assim a procura por unidades de saúde.
Contrariando dados negativo, este fato (elevação da
temperatura), tem aumentado o consumo de bebidas em especial a cerveja, tanto
que o crescimento no mercado de cerveja artesanal cresce a cada ano sendo um atrativo de investimentos até em
cidade de médio porte a exemplo da acolhedora Jacobina na Chapada Diamantina.
Enquanto os termômetros assinalam novos record’s, os
fatores que provocam a elevação das temperaturas seguem a todo vapor causando
maiores danos, a exemplo de queimadas, desmatamentos, emissão de carbono e
metano, bem como a urbanização onde áreas verdes passam a ser substituídos por
cimento e ferro.
A gestão pública pode mudar este quadro. Se houvesse
politicas ambientais eficazes onde a educação e o poder de polícia funcionassem,
a realidade seria outra. Haveria empresas e sociedade mais envolvida na
preservação dos recursos naturais ou na busca de melhorias ambientais para
amenizar os riscos às quais a humanidade está exposta. Seja, a preservação dos
recursos naturais aconteceria pelo amor (educação), ou pela dor (autos: embargos,
compensações, multas).
Com base na Lei
N° 9.795, de 27 de abril de 1999, a
EDUCAÇÃO AMBIENTAL já deveria estar na grade curricular de todas escolas brasileiros.
Porém poucos são os municípios que já tenham atendido os requisitos da lei.
Com a educação ambiental na grade curricular o ser humano
passaria a conhecer os problemas que os rodeia e trataria de cuidar da natureza
bem mais cedo, a partir de sua formação lá na base.
Um outro fator negativo é de que grande parte dos municípios
não possuem um Plano Municipal de Arborização, não há um manejo de podas e nem
tão pouco projeto de plantios.
A segregação de arvores é algo constante em parte dos municípios
nordestinos, tudo isso, para dar lugar a construções, pavimentação e ou
calçadas.
Falta critérios técnicos para segregar uma planta. Assim dissipam
árvores muitas vezes centenária sem olhar a questão do conforto térmico e o
paisagismo. Enfim as árvores são facilmente substituídas por ferro e cimento.
A arborização é fundamental, sendo arma eficaz no combate
ao calor, porém o déficit por habitantes
é negativo e a tendência é que este número cresça ainda mais.
O próprio Governo Federal por seu modo truculento de
utilizar a fala, deixa claro que Meio Ambiente não é prioridade em seu governo
e as ações dos Órgãos Ambientais se amiúdam frente aos crimes ambientais que só
aumenta a degradação do meio natural.
Como bem dizia um dito popular: “a língua fala, o corpo
paga”, neste caso especifico “o Presidente fala, a população paga”.
Segundo o professor Emerson Sales (2008), as relações do crescente aquecimento global com as intervenções humanas nos ecossistemas estão exaustiva e cabalmente demonstradas pela comunidade científica nacional e internacional. É triste e lamentável, porém, em pleno século XXI, grande parte da humanidade ainda vive alheia a este fato tão grave, muitas vezes por falta de acesso às informações, outras por achar-se impotente diante de um problema tão amplo. A dificuldade da sociedade de refletir sobre si mesma faz com que esta não veja a ligação entre o modo de vida dominante e a degradação contínua do meio ambiente natural. Respeitar a Lei N° 9.795, de 27 de abril de 1999, e incluir EDUCAÇÃO AMBIENTAL na grade curricular como matéria de FORMAÇÃO HUMANÍSTICA, sem dúvida séria um diferencial para que tivessimos cidadãos com uma olhar sensível ao nosso meio ambiente já tão degradado. Acredito que só teremos o amadurecimento do homem quanto ao conceito de desenvolvimento sustentável quando este tiver acesso a Educação Ambiental.
ResponderExcluirMuito bom seu comentário. A sociedade não entendeu ainda a realidade do futuro que o aguarda, apesar das constantes tragedias anunciadas pela mídia, fica indignado por curto prazo de tempo, ou seja, o suficiente para não tomar ou mudar atitudes responsáveis para pelo menos amenizar os danos as quais o planeta esta sofrendo. Mas continuemos a fazer o melhor.
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