13 Nov de 2016 09:31 h
Dividido entre duas naturalidades, onde muita gente até hoje
tem duvidas a respeito do estado em que Luiz Gonzaga nasceu, se Ceará ou
Pernambuco, fica mesmo a certeza que melhor nordestino não há, já que sua
musica retrata o cotidiano de cada recanto sertanejo como se ali tivesse vivido
e conhecido a história do povo que esta sempre retratado em suas musicas.
Em Exu, sertão de Pernambuco, no dia 13 de dezembro de 1912,
nasceu Luiz Gonzaga do Nascimento conhecido por Lua, Gonzagão dentre varias
outras apelidos ganhado carinhosamente por seu vasto público. Sendo o Segundo
filho de Ana Batista de Jesus e de Januário José dos Santos, foi um dos
principais representantes da música popular brasileira, levando o baião, o xote
e o xaxado para todo o país.
Asa Branca
Quando olhei a terra ardendo
Qual fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Que braseiro, que fornalha
Nem um pé de plantação
Por falta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Por falta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Até mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
Então eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
Então eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
Hoje longe muitas léguas
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim voltar pro meu sertão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim voltar pro meu sertão
Quando o verde dos teus olhos
Se espalhar na plantação
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu voltarei, viu
Meu coração
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu voltarei, viu
Meu coração
Qual fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Que braseiro, que fornalha
Nem um pé de plantação
Por falta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Por falta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Até mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
Então eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
Então eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
Hoje longe muitas léguas
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim voltar pro meu sertão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim voltar pro meu sertão
Quando o verde dos teus olhos
Se espalhar na plantação
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu voltarei, viu
Meu coração
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu voltarei, viu
Meu coração
Asa branca é considerada o hino do nordeste, sendo gravado
em 1947 e até os dias de hoje é tocado com frequência nas emissoras que
difundem a cultura popular em especial o forró.
Antes da chegada da sanfona, as festas no sertão eram
embaladas pelos pífanos, instrumentos feitos de pedaço de bambu ou tubo,
acompanhado de tambores rústicos feitos geralmente de couro de bode, ganhando em
algumas regiões acompanhamento de pandeiro, triangulo e prato.
Na Bahia, o Capitão Corisco continua fazendo a festa e
seguindo adiante com sua bandeira da musica regional, embalando as noites de
quem ainda gosta de arrastar o pé em um bom forró ao som do seu famoso pífano, conhecido
hoje internacionalmente por Bando Virado no Mohi de Coentro.
Infelizmente os governos, principalmente os gestores
municipais, desrespeitam a cultura popular e investem milhões nas contrações de
músicos ou bandas que nada tem a vê com os festejos juninos.
Mesmo com a Lei do Zabumba, vários gestores com a
preocupação de atrair grandes públicos ou poder ampliar os desvios que acontecem
com o erário do povo tornando-os reembolsáveis
a si próprio, assim não cumprem a lei e nem tão pouco respeitam a cultura, realizando festas juninas que mais parecem carnaval ou salada de arrocha com
pagode e sertanejo, pra piorar ainda mais a falta de respeito, colocam o nome nestas festas “Arraiá do Gonzagão”.
O Rei do Baião morreu, em Recife, em 2 de agosto de 1989, se
vivo, completaria 104 anos. As comemorações assim como seu museu criado na
cidade Exu-Pernambuco, só se enfraquece a cada período. Se não fosse por seus
seguidores parte da sua história só existiria
nas lembranças, já que os governantes não descobriram a força que a cultura tem
em fomentar a economia local e a geração de emprego através do turismo.
Como Gonzagão é forte e assim a cultural popular, é esperar
que continuem sua missão, apesar de todas as mazelas e empecilhos burocráticos
de certos gestores de plantão.
VALDIR RIOS
Engenheiro Ambiental e Radialista
Show!... parabéns
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