Sensor analisa os componentes moleculares do suor e transmite os resultados a um laboratório. Dispositivo estimula as glândulas sudoríparas para obter o suor rapidamente.
Uma pulseira ultra-sensível com sensor de suor poderia melhorar o
diagnóstico e tratamento da fibrose cística, diabetes e outras condições
de saúde, disseram pesquisadores nesta segunda-feira (17).
Esse sensor analisa os componentes moleculares do suor e transmite os
resultados a um laboratório, explicam seus inventores, da Faculdade de
Medicina da Universidade de Stanford e de Berkeley na Califórnia, cuja
pesquisa foi publicada na revista Proceedings of the National Academy of
Sciences (PNAS).
"Este é um grande progresso", disse o coautor Carlos Milla, professor associado de pediatria na Universidade de Stanford.
Diferentemente dos sensores de suor anteriores, este novo sistema não
requer que os pacientes fiquem sentados sem falar durante trinta
minutos, o tempo que o suor leva para se acumular nos coletores. Esse
longo processo, utilizado há muitas décadas, é particularmente penoso
para as crianças, apontam os pesquisadores.
Estímulo ao suor
Este novo sensor portátil no pulso estimula as glândulas sudoríparas
com microprocessadores para obter o suor em poucos minutos, e depois
transmite o conteúdo molecular através de um telefone celular, a um
servidor que pode analisar os resultados rapidamente.
O sistema pode ser utilizado facilmente em países em desenvolvimento,
principalmente em povoados isolados que carecem de centros médicos. Pode
medir, por exemplo, o nível de glicose no sangue, que indica o risco de
diabetes.
Outros elementos moleculares presentes no suor, como o sódio, o potássio e a lactose também podem ser medidos pela pulseira.
"Este sistema pode ser usado para medir virtualmente tudo o que se
encontra no suor", destaca Ronald Davis, professor de bioquímica e de
genética na Universidade de Stanford e coautor do estudo.
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