A principal irregularidade encontrada é a mistura de óleo vegetal e azeite de baixa qualidade. Os produtores foram multados e serão denunciados ao Ministério Público.
O Ministério da Agricultura identificou irregularidades em 45 marcas de
azeite. Segundo informou nesta quarta-feira (12), ao longo de dois anos
o ministério coletou amostras de 140 marcas de azeite. O ministério
analisou 279 amostras de 214 lotes e encontrou problemas em 38,7% dos
lotes.
De acordo com o ministério, a maior parte das irregularidades diz
respeito a baixa qualidade e envolvem principalmente a mistura de óleo
vegetal com azeite lampante. O azeite lampante é extraído de azeitonas
deterioradas ou fermentadas e não deve ser destinado à alimentação. No
Paraná, o ministério encontrou uma marca que vendia como azeite de oliva
uma mistura que tinha 85% de óleo de soja e 15% de lampante.
As empresas fraudadoras foram autuadas, multadas em até R$ 532 mil e os
produtos foram apreendidos para descarte. Além das punições
administrativas, as empresas foram denunciadas ao Ministério Público.
O ministério publicou em sua página na internet a lista de marcas com problemas e das marcas que passaram no teste.
Os estados onde foram registradas mais irregularidades foram São Paulo, Paraná, Santa Catarina e o Distrito Federal.
O azeite de oliva virgem pode ser classificado em três tipos: o extra
virgem (acidez menor que 0,8%), virgem (acidez entre 0,8% e 2%),
lampante (acidez maior que 2%). Os dois primeiros podem ser consumidos
in natura, mantendo todos os aspectos benéficos ao organismo. O
terceiro, tipo lampante, deve ser refinado para ser consumido, quando
passa a ser classificado como azeite de oliva refinado.
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