Dado consta de estudo publicado na revista científica Nature Energy; óbitos seriam causados por problemas de saúde relacionados à poluição do ar
fonte:correio
Substituir o uso de combustíveis fósseis
(originários do petróleo e do carvão) por alternativas menos poluentes
contribui para a melhoria da qualidade do ar, o que reduz os riscos de
mortes prematuras. A conclusão é de um estudo da Universidade de
Berkeley, na Califórnia (EUA), publicado em agosto na conceituada
revista científica Nature Energy.
A pesquisa demonstra que, entre 2007 e
2015, a melhoria na qualidade do ar de várias cidades americanas levou a
uma economia entre US$ 29,7 bilhões e US$ 112,8 bilhões - dependendo da
região - e poupou de 3 mil a 12,7 mil mortes prematuras que seriam
causadas por problemas de saúde relacionados à poluição do ar. Os
investimentos em energia solar e eólica teriam sido, portanto,
fundamentais para esses números, aponta o estudo.
Enquanto no Brasil a maior fonte de geração
de energia são as hidrelétricas, os Estados Unidos têm o gás natural e
as termelétricas movidas a carvão como principais vetores de sua matriz
energética.
O principal autor do estudo, Dev Millstein,
afirmou que o maior benefício da melhoria na qualidade do ar reside no
fato de que a redução na emissão de poluentes ajudou a evitar milhares
de mortes. “Também houve diminuições na incidência de asma, bronquite,
enfartes não-fatais, visitas ao pronto-socorro por problemas
respiratórios, cardiovasculares e nas faltas ao trabalho e escola”,
acrescentou.
E no Brasil?
Aqui no Brasil, apenas na cidade de São
Paulo, 12.796 vidas seriam poupadas até 2050 caso houvesse 100% da
substituição do diesel pela matriz elétrica. A mudança também evitaria
gastos da ordem de R$ 3,8 bilhões por causa da perda de produtividade
decorrente das mortes, segundo estudo do Instituto Saúde e
Sustentabilidade, uma Organização da Sociedade Civil de Interesse
Público (OSCIP), divulgado no último mês de maio.
A pesquisa analisou três
cenários elaborados pela organização não governamental Greenpeace. O
pior reflete a continuidade das políticas públicas atuais. Se mantida
essa situação até 2050, seriam contabilizadas 178.155 mortes que podem
ser atribuídas à poluição do ar por causa da emissão de material
particulado fino, uma característica do uso do diesel.
De acordo com um dos autores do estudo, o
médico Paulo Saldiva, diretor do Instituto de Estudos Avançados da
Universidade de São Paulo (USP), os poluentes da queima do diesel podem
aumentar o risco de derrame, além de câncer de pulmão e bexigahttp://www.correio24horas.com.br/noticia/nid/eua-investimento-em-energia-renovavel-evitou-12-mil-mortes/
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