Falta de ações dos governantes e o uso incorreto pela população, decretam a morte do rio.
17 mar 2019 às 20:22H
VALDIR RIOS
Eng. Ambiental e Radialista
A comunidade de Morrinhos incentivada pelo grupo
COLORIRVÁRZEADAROÇA tirou o final da tarde deste sábado (16), para uma caminhada
ecológica, saindo do povoado até às margens do Rio Jacuípe para chamar a tenção das autoridades e realizar um trabalho de conscientização juntos aos jovens e crianças que acompanharam a caminhada.
A participação das crianças foi um dos destaques, já que há um entendimento de que a formação voltada ao uso sustentável dos recursos naturais, será o único meio para garantir a preservação da natureza e a vida no planeta sendo essencial ter uma população com conhecimentos e praticando hábitos sustentáveis.
CONHECENDO O RIO JACUÍPE
Rio Jacuípe nasce no município de Morro do Chapéu fazendo
parte da bacia do Paraguaçu. Existe pequenas e grandes barragens no percurso deste rio, entre elas a barragem do França (Piritiba), Barragem do Morrinhos (Várzea da Roça) e Barragem do Jacuípe (Várzea da Roça/São José do Jacuípe) a segunda maior em capacidade do Estado.
Até chegar ao Rio Paraguaçu no município de Antônio Cardoso
o Jacuípe corta as terras seca do sertão, percorrendo os municípios de Miguel Calmon, Piritiba, Várzea do Poço,
Mairi, Serrolândia, São José do Jacuípe, Várzea da Roça, Capela do Alto Alegre,
Santa Luz, Gavião, São Domingos, Nova Fátima, Riachão do Jacuípe, Retirolândia,
Candeal, Serra Preta, Feira de Santana, São Gonçalo dos Campos e Conceição da
Feira.
SITUAÇÃO LOCAL
No limite entre Várzea da Roça/Várzea do Poço, local
da antiga passagem de acesso entre os dois municípios, o rio se encontra em
avançado estado de degradação.
Com vegetação invasora tomando lugar da mata ciliar e sem
os poços já não se vê a fartura de peixes que antes matava a fome dos
ribeirinhos e aumentava a renda em período de quaresma.
A passagem que em outrora se fazia de jangada ou mapeando locais mais rasos para a travessia com carros de boi, rural, jeep e camionetas, encontra-se totalmente seco atestando a degradação do Rio Jacuípe. Estes transportes levavam feirantes e mercadorias de um lado a outro dos municípios.
Atualmente do rio ainda se extrai o barro para poucas
olarias e produção artesanal de panelas e vasilhas de barro em um trabalho de
louceiras que insistem em manter a tradição.
O que mantem ainda uma reserva de água é uma pequena barragem feita por moradores da localidade. O barramento encontra-se com vazamento, necessitando de reparos em sua estrutura e possível aumento da sua capacidade.
O que mantem ainda uma reserva de água é uma pequena barragem feita por moradores da localidade. O barramento encontra-se com vazamento, necessitando de reparos em sua estrutura e possível aumento da sua capacidade.
A ATUAL SITUAÇÃO DO JACUÍPE
Por amostragem com base em relatos de moradores, notícias
de site e blogs destes municípios onde são cortados pelo rio, é fácil perceber
que a situação é ainda pior daquela encontrada em Morrinhos.
O ponto visitado no dia de ontem pela comunidade, pode
ser considerada de menor impacto se é que assim podemos afirmar., já que não há
lixo ou presença de esgotos ao longo de suas margens.
No município de Várzea da Roça, a atividade agrícola
com o uso indiscriminado de agrotóxicos (pesticidas, herbicidas e inseticidas)
e de fertilizantes utilizados pela agricultura principalmente às margens do
lago da barragem do Jacuípe e nas fazendas com aplicação do herbicida, são grandes
vilões da poluição, podendo inclusive ser um dos fatores do aumento de casos de
câncer no município.
Retratando a situação a partir dos municípios de São
José do Jacuípe onde a BA 130 permite uma proximidade de suas margens a visão é
catastrófica, sendo observado mais adiante na sede municípios de Gavião e
Riachão do Jacuípe as margens do Rio da BR 324 onde o lixo e esgoto doméstico
torno o corpo hídrico em um ambiente sem vida e fétido.
Em Feira de Santana quem olha o Jacuípe através da
ponte na BR 116, pensa ser ainda um rio preservado com água em abundância e de
qualidade. Na realidade o entanguecer das margens se dar pelo retorno águas do Paraguaçu
após a construção da barragem Pedra do Cavalo.
A IMPORTÂNCIA DO RIO PARA A CAPITAL BAIANA E O
RECÔNCAVO
Apesar de ser um rio praticamente sertanejo, o Jacuípe
contribui indiretamente com o abastecimento da grande Salvador e parte das
cidades do Recôncavo baiano, já que este sendo um dos mais importantes afluentes
do Paraguaçu, ajuda a contribuir com o nível da barragem pedra do Cavalo.
Apesar da importância na economia através da agropecuária, agricultura irrigada e
abastecimento humano/animal para o Vale o Jacuípe, região sisaleira, capital e recôncavo,
pouco são as ações ou investimento público verificadas neste corpo hídrico.
A falta de projetos para recuperação da mata ciliar, o encerramento dos lixões principalmente próximos ao rio só complica ainda mais a situação. Para piorar, os municípios que são diretamente envolvidos por estarem às margens, a exemplo de São José do Jacuípe, Gavião e Riachão do Jacuípe, que poderiam dar maior contribuição na preservação destes corpos hídricos, o fazem de forma negativa transformando o Jacuípe em deposito de lixo e descarte de esgoto.
A falta de projetos para recuperação da mata ciliar, o encerramento dos lixões principalmente próximos ao rio só complica ainda mais a situação. Para piorar, os municípios que são diretamente envolvidos por estarem às margens, a exemplo de São José do Jacuípe, Gavião e Riachão do Jacuípe, que poderiam dar maior contribuição na preservação destes corpos hídricos, o fazem de forma negativa transformando o Jacuípe em deposito de lixo e descarte de esgoto.
O Rio Jacuípe na escala do tempo, perde seus objetivos
naturais, transformando-se em habitat de porcos, urubus, ratos, escorpião e
outros vetores de doenças.
O dinheiro que era pra ser investido na preservação do
rio e sua qualidade hídrica/ambiental, é gasto na saúde com tratamentos muitas
vezes ineficientes com doenças causadas por verminoses, bactérias, insetos, vírus
e outros vetores.
O cidadão por falta de investimentos e políticas de
saneamento ambiental, engordam as estatísticas de mortes ou problemas de saúde
relacionados a este fator.
Muitas destas doenças a exemplo das causadas pelo aedes
aegypti (dengue, zika, chikungunya e febre
amarela), podem deixar
sequelas pro resto da vida.
O povo de Morrinhos acredita que é possível trazer a
vida de volta ao Rio Jacuípe, que esta fé também chegue aos gabinetes e se
transforme em ações.
CONHECENDO MORRINHOS
Morrinhos é um dos povoados mais antigo do município a qual Várzea da Roça se emancipou "MAIRI".
Foto:Capelinha no Morro Fonte:Val Bahia
Pertencendo atualmente a Várzea da Roça, Morrinhos fica a 400 metros do Rio Jacuípe, possui um morro a qual deu nome ao povoado, recebendo muitos visitantes na Quinta e Sexta-feira Santa, onde tradicionalmente, fieis realizam uma caminhada morro acima.
Outro ponto forte da comunidade é a produção do artesanatos. Existe o de barro feito por louceiras em um processo rudimentar, o artesanato de palha (bolsas, carteiras, chapéu) e artefatos de cimento.
Para conhecer a localidade e desfrutar de um agradável ambiente de sombra de arvores a pequena pracinha do local é só seguir na BA que liga Várzea da Roça a Várzea do Poço.
VEJA O REGISTRO FOTOGRÁFICO:
1. CONHECENDO O POVOADO
2. CONHECENDO UM POUCO DO ARTESANATO
Faça contato direto com o produtor
MARIA LUIZA (ZAP) 71 99648-3631
3. ACOMPANHE A VISITA
CONHECENDO MORRINHOS
Morrinhos é um dos povoados mais antigo do município a qual Várzea da Roça se emancipou "MAIRI".
Foto:Capelinha no Morro Fonte:Val Bahia
Pertencendo atualmente a Várzea da Roça, Morrinhos fica a 400 metros do Rio Jacuípe, possui um morro a qual deu nome ao povoado, recebendo muitos visitantes na Quinta e Sexta-feira Santa, onde tradicionalmente, fieis realizam uma caminhada morro acima.
Outro ponto forte da comunidade é a produção do artesanatos. Existe o de barro feito por louceiras em um processo rudimentar, o artesanato de palha (bolsas, carteiras, chapéu) e artefatos de cimento.
Para conhecer a localidade e desfrutar de um agradável ambiente de sombra de arvores a pequena pracinha do local é só seguir na BA que liga Várzea da Roça a Várzea do Poço.
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2. CONHECENDO UM POUCO DO ARTESANATO
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