Meio Ambiente & Desenvolvimento Humano

terça-feira, 5 de março de 2019

VAI UM MICROPLÁSTICO AI SENHOR?


O plástico na dieta humana

05 março de 2019 17:15H

VALDIR RIOS
Eng. Ambiental e Radialista



Nesta segunda-feira (04), um relatório do WWF (Fundo Mundial para a Natureza), vem reforçar a produção desenfreada de lixo plástico. O estudo aponta a ineficácia na gestão e destino final deste tipo de lixo, tanto nos países desenvolvidos como também no Brasil que ocupa posição de destaque no ranking.


Segundo este relatório o Brasil é o 4º maior produtor de lixo plástico no mundo, com 11,3 milhões de toneladas, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, China e Índia.

O Brasil recicla apenas 1,28% do total produzido, um dos menores índices da pesquisa e bem abaixo da média global de reciclagem plástica que é de 9%. WWF 2019.

Alguns dados merecem analise criterioso, principalmente no quesito reciclagem, onde o Brasil se destaca principalmente com o alumínio chegando quase 100%, conforme a associação de fabricantes ABRALATAS.

Diante do cenário estampado em quase todas cidades brasileiras, há de convir que uma simples observação às margens das calçadas, recantos de praças, ruas e avenidas já daria suficientemente para concordar com os números apresentados.

Um RAIO X estarrecedor, tem sido apresentado por grande maioria dos rios urbanos e rurais causando maiores danos ambientais e econômico, atingindo diretamente às comunidades ribeirinhas que sobrevivem do pescado.

Além da contaminação ocorrida com o despejo de esgoto doméstico sem o devido tratamento os córregos e rios tem sido um meio de transporte para os variados tipos de plásticos especialmente garrafas PET’s.


Sem coleta seletiva e reciclagem que atenda a demanda produzida, diariamente um grande quantitativo de brinquedos, garrafas e embalagens plasticas, são descartadas em locais impróprios indo parar nestes corpos d’águas, sendo seguidamente encaminhado aos mares e oceanos formando verdadeiras ILHAS MARINHAS provocando morte na flora e fauna aquática.

O PLÁSTICO NA DIETA HUMANA E ANIMAL


Com a elevada produção de notícias na mídia e nas redes sociais envolvendo mortes e acidentes com animais marinhos devido os plásticos espalhados nos oceanos, grupos de cientistas passaram a se interessar e desenvolver estudos no sentido de desvendar o caminho do plástico, seu ciclo no planeta e impactos na saúde humana.

Através de estudos em FEZES HUMANAS foi possível detectar a presença de microplásticos na alimentação humana, através de sal, peixes, algas e até na água consumida.

Novas  pesquisas deverão trazer riscos e danos do microplástico na saúde humana. 

O PLASTICO NO LITORAL BAIANO

Em 2010, uma equipe de jovens ambientalista de Massarandupió, litoral de Entre Rios-Ba, preocupado com a quantidade lixo que frequentemente surgiam nas praias, mesmo em baixa estação onde ocorre pequena frequência de turistas, passaram a monitorar estes resíduos sólidos. Segundo depoimento dos mesmo a grande quantidade de lixo era plástico, surgiam nas praias vindos pelas correntes marinhas e navios. 

Conforme relato observando as informações contidas nas embalagens (lixo), grande parte deste material tinha origem de outros continentes inclusive europeu e asiático. (Depoimento feito durante capacitação do Plano de Saneamento ambiental promovido pela UNEB e EMBASA na cidade de Entre Rios-Ba).

A matéria do WWF  aponta caminhos que podem amenizar a situação, levando a condições minimamente acetáveis. O  acordo entre países quando foi necessário salvar a camada de ozônio é o modelo apontado, para ter acesso ao  relatório na sua integra basta se cadastrar no próprio site.

Algumas leis estão sendo criadas por estados e municípios no sentido de reduzir o uso de sacolas e canudos plásticos, São atitudes que ajudam, mas deve vir acompanhada com ações de educação ambiental.

A conscientização dos consumidores podem trazer melhores resultados do que tão somente proibir e punir. Que seja resgatada a cultura da capanga de tecido e do velho bocapiú de palha.


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VIDHA LINUS

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