No
Brasil, cerca de 35 milhões de pessoas ainda não têm acesso a água
tratada, segundo dados do Sistema Nacional de Informações sobre
Saneamento (SNIS). A informação é preocupante, principalmente se
levarmos em consideração a quantidade de doenças decorrentes desse tipo
de precariedade, além da qualidade de vida desses moradores que fica
comprometida.
Foi
após sentir na pele esta situação durante uma visita à comunidade da
Lagoa da Pedra, na zona rural baiana, que as estudantes Ingrid Meira,
Júlia Lima e Franciele Nunes, do Colégio Estadual Eurides Santana, de
Poções (BA), tiveram a ideia de montar um dessalinizador utilizando
conceitos de biomatemática.
Para
que a população pudesse ter acesso, o protótipo foi montado com
materiais de baixo custo, conforme explica a professora e orientadora do
projeto Roberta Pereira:
“Foram
utilizados vários materiais, entre eles canos de PVC, cola, conexões, e
o papel celofane que serviu de membrana. Com relação à montagem, foi
criado um manual de instruções para explicar melhor as etapas de
construção e ressaltar algumas observações. Já sobre o uso do rejeito,
pensou-se na irrigação da erva-sal (atriplex nummularia), que juntamente
com o capim e a palma serve para alimentar o gado, e, em grande
quantidade, para a criação de tilápias”.
Os
próximos passos do projeto serão adaptar o dessalinizador para filtrar
uma maior quantidade de água e diminuir a quantidade de resíduos
gerados. No ano passado, a iniciativa foi apresentada na Feira de
Ciências e Matemática da Bahia (Feciba) e ainda participou do Desafio
Criativos da Escola, que está com inscrições abertas até o dia 18 de
outubro pelo site www.criativosdaescola.com.br.
Fonte: http://www2.webradioagua.org/index.php?option=com_k2&view=item&id=177%3Aestudantes-da-bahia-desenvolvem-dessalinizador-de-baixo-custo&Itemid=331
quarta-feira, 26 de outubro de 2016
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