Cientistas afirmam ter descoberto localização exata dos Terraços Rosa e Branco, soterrados por uma erupção vulcânica em 1886
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13 jun 2017, 17h08 VEJA/ABRIL
Terraços Rosa e Branco, às margens do Lago Rotomahana em panorama do pintor John Barr Clarke Hoyte (1870). (Hocken Library/Reprodução) |
Uma dupla de cientistas afirma que os Terraços Rosa e Branco, atração natural da Nova Zelândia soterrada por uma erupção vulcânica há 131 anos, pode estar a um passo de ser redescoberta. Em um estudo publicado no Journal of the Royal Society of New Zealand, na última
semana, os pesquisadores afirmam ter encontrado a localização exata dos
terraços, que estariam a cerca de quinze metros da superfície, sob
toneladas de lama e cinza.
“Oitava maravilha”
Os Terraços Rosa e Branco eram cascatas que exibiam uma coloração característica branca e rosada no Lago Rotomahana, na ilha Norte da Nova Zelândia. A formação atraía turistas de toda a Europa no século XIX e, por sua beleza, costumava ser descrita como a “oitava maravilha do mundo”. Em 1886, uma erupção do Vulcão Tarawera destruiu o local.Na última década, pesquisas foram conduzidas no local para averiguar se alguma parte dos terraços havia resistido, mas todas apontavam para a sua completa destruição. Contudo, o local exato da formação jamais havia sido encontrado. Para tentar verificar se algo dos terraços ainda poderia estar submerso, os pesquisadores neozeolandeses Rex Bunn e Sascha Nolden pesquisaram mapas e anotações do geólogo austro-alemão Ferdinand von Hochstetter (1824-1884) feitas antes da erupção de 1886. Hochstetter deu descrições detalhadas da localização dos terraços no século XIX e, com a aplicação dessas informações a um mapa topográfico atualizado da região, Bunn e Nolden acreditam ter encontrado a localização precisa da antiga formação.
De acordo com os pesquisadores, ainda é necessária uma investigação mais ampla, que inclua captura de imagens e perfuração do solo, para examinar a região e poder determinar possíveis escavações no local. Segundo Bunn, o local pode estar soterrado, mas em boas condições e a retirada da lama e cinzas poderia restaurar a formação para o turismo.
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