Meio Ambiente & Desenvolvimento Humano

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

ADENOMIOSE - Eu não conhecia...



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Normeide Rios tem 48 anos e é mãe de 4 filhos. 
Natural de Várzea da Roça, reside em Feira de Santana.
É mestre em Literatura e Diversidade Cultural
e atua como professora e formadora de professores
 na rede estadual de ensino. 

15 Jan 2016 13:50
Normeide Rios 

Resolvi trazer a público um problema que estou vivenciando, por se tratar de uma enfermidade que afeta muitas mulheres e sobre a qual pouco se fala. Eu, particularmente, nunca tinha ouvido falar. Em setembro/16 tive uma crise de dor abdominal aguda, fui levada (literalmente) à emergência de um hospital onde passei seis horas em observação, tomando Tramal e Buscopam, e nenhum exame foi feito. As dores cessaram e, como não voltaram, achei que fosse algo isolado, uma cólica extremamente forte, enfim, não busquei outra investigação médica. Cerca de três semanas depois, já em outubro, novamente a dor, tão lancinante que tive vertigem, suores frios e muito mal estar. Na emergência do hospital, novamente Tramal e Buscopam. Dessa vez foram feitos alguns exames laboratoriais, que nada detectaram, e fui liberada. Resolvi buscar outros médicos e me consultei com a minha ginecologista e meu gastroenterologista na mesma semana. Este suspeitou de cálculo renal deslocado. Foi pedido então uma tomografia computadorizada do abdome total, além de outros exames. Marquei a tomografia para a semana seguinte, mas antes disso tive outra dor intensa. A tomografia acabou sendo feita enquanto eu estava na emergência do hospital. Foi diagnosticado apenas um cisto no ovário esquerdo. Retornei à ginecologista com esse diagnóstico e ela pediu uma ultrassonografia com doppler para especificar o tipo e tamanho do cisto. Eram dois, avascularizados, porém muito grandes. Não têm tratamento, sendo necessária a remoção cirúrgica. A ginecologista então me encaminhou para um cirurgião que trabalha com a técnica de vídeolaparoscopia (cirurgia sem corte, através de pequenas incisões). O cirurgião, quando ouviu meus relatos e olhou os exames, considerou que aqueles cistos não justificavam as dores intensas que eu estava tendo (agora com uma frequência de 10 a 15 dias, algumas mais suportáveis, outras extremamente intensas). Pediu então uma ressonância magnética do abdome total, suspeitando também de cálculo renal deslocado. No dia da entrega do resultado, eu estava mais uma vez na emergência do hospital. Quando o resultado chegou, o médico da emergência olhou e disse que não havia nada mais do que os dois cistos. Voltei para casa sem entender o motivo das dores. Passei o restante do dia muito debilitada e só peguei o resultado da ressonância para dar uma olhada no dia seguinte.Me deparei com uma palavra totalmente nova para mim: ADENOMIOSE. Na hora achei que era algo sem importância, já que o médico da emergência viu aquele laudo e não levou em consideração a tal da adenomiose. Eu também não dei importância e agendei o retorno ao cirurgião para marcar a retirada dos cistos. Mas a bendita palavra ADENOMIOSE não saía de minha cabeça. No meio da noite fui pesquisar no Google, para entender que se trata de uma doença parecida com endometriose. A adenomiose é uma doença que ocorre quando pedaços de endométrio surgem no miométrio (parte muscular do útero). Isso faz com que ocorram sangramentos dentro do miométrio, provocando dores intensas. Enquanto lia tudo que encontrava sobre essa doença, inclusive artigos acadêmicos, me perguntava: como o médico da emergência não deu importância a um diagnóstico que estava claríssimo, com todas as letras, no laudo da ressonância magnética e que explicava o motivo das dores tão intensas que eu estava tendo há quatro meses??? Retornei à ginecologista e ao cirurgião (a quem serei eternamente grata por suspeitar que havia algo mais além dos cistos e pedir mais exames investigativos antes de me operar). Agora, além da retirada dos cistos, e possivelmente ovário, terei que me submeter a uma histerectomia. 
 Que esse post sirva de alerta para darmos mais atenção ao que o nosso corpo nos diz e exigirmos maiores investigações com exames médicos até descobrirmos as causas dos sintomas que estão sendo manifestados. Eu vacilei em relação a isso e demorei quatro meses para diagnosticar uma enfermidade que estava me fazendo sofrer e que poderia ter sido descoberta bem antes se os médicos que me atenderam fossem mais atentos aos sinais que meu corpo estava dando. Dores intensas não surgem do nada. É preciso investigar e não apenas atenuar os sintomas.
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Entenda o que é Adenomiose

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2 comentários:

  1. Oi, fiz uma videohisteroscopia cirúrgica semana passada e o médico me disse que tenho isso, embora o resultado da biópsia ainda demore.

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VIDHA LINUS

CONSULTORIA AMBIENTAL LICENÇAS,ELABORAÇÃO EIV, PRAD. Av Radial B, 122 Bairro Mangueiral CEP 42807-380 CAMAÇARI - BAHIA 71 3040 5033 99168 5797 VBRAMBIENTAL@YAHOO.COM.BR

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