Estudo com 230 adolescentes de São Paulo mostra que aqueles com problemas de peso têm hábitos como cortar alimentos em pequenos pedaços e comer apenas de um lado da boca. O excesso de oferta de produtos processados pode explicar o costume
postado em 16/01/2017 06:00 / atualizado em 16/01/2017 08:03
“Mastigue dos dois lados e devagar!”. “Beba menos líquido com a comida!”. Os conselhos muitas vezes repetidos aos filhos pequenos e até adolescentes encontrou amparo na ciência. Aliás, foi para entender se havia fundamento nesse conhecimento popular que a pesquisadora Paula Midori Castelo decidiu testar se poderia haver associação entre a mastigação e o sobrepeso. E tem.
“Observamos frequência maior de alterações nos músculos da face e de hábitos prejudiciais à nutrição nos jovens com sobrepeso ou obesidade do que nos com peso normal”, conta a pesquisadora ligada ao Instituto de Ciências Ambientais, Químicas e Farmacêuticas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) em Diadema. O estudo coordenado por Castelo foi conduzido com colegas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), no campi de Piracicaba, e contou com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
Participaram da pesquisa 230 adolescentes com idade entre 14 e 17 anos, filmados pelos investigadores enquanto mastigavam. Os vídeos foram analisados por uma fonoaudióloga, que avaliou a forma de mastigar de cada um dos voluntários. A alteração constatada que mais se sobressaiu foi o costume de mastigar apenas em um dos lados da boca, diz Castelo. Nenhum dos participantes tinha cárie ou qualquer problema na arcada dentária que levasse a esse comportamento.
“O alimento precisa ser jogado de um lado para o outro, formar um bolo uniforme para evitar a formação de bolhas de ar que dão desconforto e atrapalham a digestão”, ressalta a pesquisadora. Como a mandíbula deixa de atuar igualmente nesse processo, “também pode haver alterações na estrutura de um dos lados do arco dentário”, completa Castelo. O costume de mastigar com mais frequência de um lado da boca foi observado, sobretudo, entre as meninas com sobrepeso ou obesas.
“Observamos frequência maior de alterações nos músculos da face e de hábitos prejudiciais à nutrição nos jovens com sobrepeso ou obesidade do que nos com peso normal”, conta a pesquisadora ligada ao Instituto de Ciências Ambientais, Químicas e Farmacêuticas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) em Diadema. O estudo coordenado por Castelo foi conduzido com colegas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), no campi de Piracicaba, e contou com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
Participaram da pesquisa 230 adolescentes com idade entre 14 e 17 anos, filmados pelos investigadores enquanto mastigavam. Os vídeos foram analisados por uma fonoaudióloga, que avaliou a forma de mastigar de cada um dos voluntários. A alteração constatada que mais se sobressaiu foi o costume de mastigar apenas em um dos lados da boca, diz Castelo. Nenhum dos participantes tinha cárie ou qualquer problema na arcada dentária que levasse a esse comportamento.
“O alimento precisa ser jogado de um lado para o outro, formar um bolo uniforme para evitar a formação de bolhas de ar que dão desconforto e atrapalham a digestão”, ressalta a pesquisadora. Como a mandíbula deixa de atuar igualmente nesse processo, “também pode haver alterações na estrutura de um dos lados do arco dentário”, completa Castelo. O costume de mastigar com mais frequência de um lado da boca foi observado, sobretudo, entre as meninas com sobrepeso ou obesas.
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