Com o sistema Synligh é possível atingir temperaturas de até 3.000 graus Celsius. Tudo por uma boa causa
Vanessa Barbosa
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27 mar 2017, 15h05
- Atualizado em 28 mar 2017, 11h27 EXAME/ABRIL
Trata-se de um paredão coberto por lâmpadas de arco curto de xenônio, o mesmo tipo comumente usado para projeção em cinemas. Essas lâmpadas costumam ficar muito quentes, a ponto de 149 delas, se canalizadas em um ponto fixo da superfície, criarem uma verdadeira fornalha.
É exatamente isso o que os cientistas estão fazendo em laboratório para conseguir gerar até 10.000 vezes a quantidade de radiação solar que atinge a superfície da Terra.
Com o megadispositivo, chamado de Synlight, é possível atingir temperaturas de até 3.000 graus Celsius. Toda essa energia ajudará os cientistas a estudarem novas maneiras de produzir hidrogênio combustível.
Apesar de ser abundante no universo, o hidrogênio é um elemento raro na Terra. Uma maneira de fabricá-lo é dividir a água (H2O) em seus dois componentes – hidrogênio (H) e o outro Oxigênio (O2) – usando eletricidade, em um processo chamado eletrólise.
Claro que simular o sol para gerar hidrogênio em boa quantidade exige muita energia. Em quatro horas, o sistema Synlight usa tanta eletricidade como uma família de quatro pessoas em um ano.
Ao estudar o funcionamento do sol artificial, os cientistas esperam eventualmente descobrir uma forma de usar a luz solar real para fazer hidrogênio, ao invés de luz artificial.
Claro que ainda há um longo caminho a percorrer até que o método possa ganhar as vias comerciais, o que exigiria bilhões de toneladas de hidrogênio.
Mas toda essa investida se justifica. Cada vez mais, o hidrogênio tem sido considerado o combustível do futuro porque ele não produz emissões de carbono quando queimado, o que significa que não contribui para o aquecimento do Planeta.
Disponível: http://exame.abril.com.br/ciencia/por-que-a-alemanha-esta-testando-o-maior-sol-artificial-do-mundo/
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