Um gigantesco iceberg se solta de uma espécie de prolongamento flutuante das geleiras da Antártica e reacende alerta sobre as ameaças que rondam o planeta
13 jul 2017, 20h33
FERIDA ABERTA - Detalhe da fenda que formou o superbloco de gelo: 200 quilômetros de extensão (John Sonntag/Nasa)
Depois de duas décadas de observações, os cientistas do Projeto Midas, que monitora a Antártica, anunciaram na quarta-feira 12 que um gigante de gelo de 5 800 quilômetros quadrados, 190 metros de espessura e 1 trilhão de toneladas de peso se desprendeu da Plataforma Larsen C, na região oeste do continente. Trata-se de um dos maiores icebergs de que se tem notícia: sua área é equivalente à do Distrito Federal e quatro vezes a do município de São Paulo. Posto à deriva, muito provavelmente por motivos “naturais”, e não em consequência do aquecimento global resultante de ações do homem, o formidável bloco gelado tem agora um destino intrigante. A Antártica é hoje um território internacional, Patrimônio da Humanidade — e esse não é apenas um título honorífico. Qualquer coisa que a afete afetará o planeta.
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