Novo recurso é mais uma opção aos candidatos, que já contavam com auxílios de tradutor-intérprete de libras ou de leitura labial na hora da prova
17 maio 2017, 14h42
Pela primeira vez, participantes com surdez ou deficiência auditiva poderão prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) por meio de uma vídeo-prova traduzida em Língua Brasileira de Sinais (libras). Além deste recurso, os estudantes ainda poderão contar com auxílio de tradutor-intérprete de libras ou de leitura labial na hora da prova, ambos disponíveis desde 2016.
Para desenvolver o novo modelo, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que organiza o exame, teve a parceria da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que já oferece essa opção em seus vestibulares.
Para montar a vídeo-prova, a universidade fez o teste com dois simulados de sessenta questões de edições passadas do Enem. As perguntas, com diferentes níveis de dificuldade, foram então aplicadas em grupos de estudantes surdos ou com deficiência auditiva que aceitaram participar da pesquisa como voluntários.
Agora, depois de aprovado, o material está disponível online para quem quiser fazer o teste nesse formato. A diferença é que na vídeo-prova do estudo as respostas podem ser marcadas no próprio computador, enquanto no dia do Enem elas deverão ser repassadas para o cartão-resposta impresso, como fazem todos os participantes.
O candidato que quiser fazer a vídeo-prova deve escolher esta opção no ato da inscrição, que termina nesta sexta-feira. É preciso ainda anexar o laudo médico que comprove a deficiência auditiva ou surdez. Caso queira, o participante também tem direito a uma hora adicional para realização da prova, desde que solicite esse benefício na inscrição.
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