Além de ser mais barata, a ferramenta é mais segura para os cientistas e menos invasiva para os animais
11 maio 2017, 18h10 - Atualizado em 11 maio 2017, 18h12
Pesquisadores da British Antarctic Survey (centro de estudos que pertence à Inglaterra) estão usando imagens de satélites para monitorar o albatroz-real-setentrional, uma espécie de ave que está ameaçada de extinção e vive exclusivamente nas ilhas Chatham, na Nova Zelândia. De acordo com os cientistas, é a primeira vez que uma população inteira de qualquer espécie da Terra é monitorada de fora do globo. A pesquisa saiu no Ibis, periódico científico britânico.
Para realizar a contagem, os cientistas examinaram as imagens de satélite em alta definição. Um albatroz adulto, de cerca de um metro de comprimento, aparece na imagem como um ponto minúsculo, porém suas penas brancas destacam-se em meio à vegetação, o que permite que a contagem seja feita manualmente pelos cientistas (veja na imagem).
Os albatrozes são uma espécie difícil de monitorar, uma vez essas aves se estabelecem em locais de difícil acesso, como pequenas ilhas no mar que distam em 680 km da Nova Zelândia.
A nova ferramenta, além de ser mais barata, é mais segura para os cientistas e menos invasiva para as aves; no modo convencional os pesquisadores utilizam aviões e/ou navios – veículos que espantam as aves por conta do barulho – para ir a campo.
Nas ilhas Chatham, onde a técnica foi aplicada, os especialistas já contabilizaram 3600 ninhos das aves; o número é menor do que os 5700 ninhos contabilizados em 2010. Para os pesquisadores, existem duas possibilidades para o declínio no índice: ou a população de albatrozes está reduzindo bruscamente, ou este ano foi “particularmente pobre” em termos de reprodução.
http://veja.abril.com.br/tecnologia/cientistas-usam-imagens-de-satelite-para-monitorar-aves/
http://veja.abril.com.br/tecnologia/cientistas-usam-imagens-de-satelite-para-monitorar-aves/
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