Estudo feito na Holanda revela que os indivíduos não costumam desprezar uma "oportunidade de ouro" para a prática da corrupção
Da redação
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13 fev 2017, 16h06
- Atualizado em 13 fev 2017, 16h10
Disponível: http://veja.abril.com.br/ciencia/corrupcao-surge-de-uma-vez-e-nao-de-maneira-gradual-diz-estudo/
Segundo os pesquisadores, estudos que ajudem a compreender quando e como as pessoas começam a praticar atos de corrupção podem trazer benefícios sociais cruciais. (iStock/Getty Images) |
Em um país onde escândalos de corrupção têm se tornado comuns e investigações como a Lava Jato parecem
envolver todas as instâncias políticas, muitos brasileiros
provavelmente se perguntam como um cidadão se transforma em um sujeito
desonesto capaz de cometer tais atos. Cientistas já haviam tentado
solucionar essa questão, mostrando que a mentira e a desonestidade podem
ser estimuladas pela prática e,
gradativamente, pequenos atos se tornam grandes crimes. Um estudo
publicado recentemente, porém, avaliou o comportamento de quase cem
pessoas durante um jogo envolvendo dinheiro virtual e concluiu que,
quando uma boa oportunidade surge repentinamente, somos mais propensos a praticar atos de corrupção.
“Comportamentos antiéticos como a
corrupção nem sempre surgem gradualmente, mas, às vezes, ocorrem de
maneira abrupta, espontânea e inesperada”, afirmou Nils Köbis, da
Universidade Livre de Amsterdã, na Holanda, líder do estudo, em
comunicado. “Especialmente quando as decisões aparecem em rápida
sucessão, as pessoas podem ser relutantes em praticar corrupção
repetidamente e preferir aproveitar os benefícios de formas maiores de
corrupção em um ato único.”
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