Projeto internacional usa a inteligência artificial para medir a saúde da floresta com uma rede de sensores instalados debaixo da cobertura vegetal
Barcelona
Uma onça-pintada na Amazônia. Emiliano Esterci Ramalho |
A atividade humana reduz a biodiversidade da Amazônia. Alguns estudos, como um artigo publicado na revista Nature em julho,
apontam inclusive perdas próximas – ou superiores – à metade das
espécies nas áreas onde a cobertura florestal foi reduzida em 20%. Mas,
até que ponto esses resultados são precisos? Um projeto internacional
procura responder à pergunta, pelo menos no que diz respeito ao
conhecimento da fauna. Para conseguir isso, os pesquisadores que estão
por trás da iniciativa instalarão uma rede de sensores na reserva
natural de Mamirauá (Estado do Amazonas).
Para os responsáveis pela iniciativa, chamada Providence, as
ferramentas utilizadas até agora têm sérias limitações. A exploração com
drones ou satélites permite conhecer exaustivamente o estado da
cobertura florestal e saber, por exemplo, se uma área de floresta está
sofrendo os estragos do desmatamento. No entanto, tudo o que acontece
abaixo da copa das árvores escapa ao seu olhar. E, apesar de que as
observações de campo permitem obter informações detalhadas sobre o
estado da fauna, estas exigem que cientistas trabalhem em um ponto da
floresta. Um método caro por causa dos investimentos necessários para
realizar uma expedição e pelo risco que implica para os próprios
cientistas. Além disso, tais estudos só permitem conhecer a situação de
uma determinada porção da massa florestal.
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