Apesar dos avanços, Juazeiro tem um longo caminho a percorrer para ter um desenvolvimento Sustentável. Este é o desafio do novo gestor
Embarcações que realizam o transporte de pessoas Juazeiro-Petrolina |
As águas do Velho Chico banha Juazeiro da Bahia, cidade a 560 km de Salvador. Suas águas servem pra matar a sede, produzir alimentos, gerar energia, entretenimento e transporte, onde através do vaivém das embarcações, os produtos, mercadorias e pessoas, cotidianamente são levadas principalmente a outra margem do rio até cidade de Petrolina.
O velho vapor que outrora fazia o percurso da Januário –MG, até as cidades de
Juazeiro-Ba/Petrolina-Pe, fomentando a economia das cidades ribeirinhas, trazendo
junto a carga, aquela velha e boa cachaça mineira, agora faz parte de um
passado. Nos dias atuais, os trajetos são curtos e realizados apenas por
pequenas embarcações, que deslizam enquanto é possível nas barrentas águas do Velho
Chico.
O ansioso viajante que depois de um longo período, atravessa
a antiga ponte sobre o rio, continua a perceber a diferença no desenvolvimento
entre Petrolina e Juazeiro, tendo a primeira cidade se destacado aos longos do
tempo, dando ares de planejamento.
As evoluções nos avanços urbanísticas são comprovadas ao
olhar do visitante. Nesta ótica destaca-se a imponência imobiliária, haja visto um maior investimento com prédios verticais
construído em Petrolina, notadamente ali edificados, apontando certo poderio
econômico, (fato registrado pelas lentes da velha maquina fotográfica).
De certo modo, mesmo não sendo ainda a evolução desejável,
algumas melhorias ocorreram em Juazeiro. Alguns itens como limpeza pública,
calçadões, cobertura das avenidas e ruas do centro com pavimentação asfáltica, a
proposta arquitetônica das reformas dos estabelecimentos comerciais e dos empreendimentos
que surgiram, a diversidade de atividades econômicas atualmente estabelecidas,
deram certa pujança no centro comercial da cidade.
Há outros quesitos observados, sinônimos de boas
iniciativas, a educação no transito (verificado o respeito ao pedestre ao
pisar as faixas preferências), as praças e monumentos públicos bem cuidados e
arborização seguindo sistema de poda controlada que oferecem sombra e ar
fresco, amenizando o calor escaldante do sertão é um fator positivo.
Alguns poucos ônibus novos, ensaiam a ideia de renovação de
frota, porém segundo moradores e
usuários é frustrado esta ideia. As pessoas ouvidas alegam que maiores avanços
teriam ocorrido, se não fosse um antigo
monopólio que não permite um transporte público de qualidade.
Apesar do muito a percorrer, os avanços citados são pontos
que reafirmam a necessidade de gestões comprometidas com o planejamento das
cidades, o que de certo modo é possível (visão
do visitante), credenciar a gestão passada comprometida com determinadas metas
de sustentabilidade.
Certamente se não fosse a ausência de investimentos em
projeto de mobilidade, obras estruturais que deveriam ser revertidas às
populações menos desassistidas e denunciadas pelas imagens negativas encontradas
nos bairros periféricos de esgotos e lixos espalhados ao longo das ruas e BR’s,
incontestavelmente o visitante levaria consigo a primeira imagem de uma cidade com
grandes avanços, seguindo um caminho rápido para ser modelo em gestão.
Resta desejar que o futuro seja prospero às duas cidade
Juazeiro/Petrolina, e que além de ser cantada em versos e prosas, os moradores
e turistas possam usufruir de cidades cada vez mais humanizada e sustentável.
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