Meio Ambiente & Desenvolvimento Humano

sábado, 18 de março de 2017

Escola do Distrito Federal se destaca por ações positivas para uso consciente da água

O Centro Educacional Agrourbano Ipê, em Brasília, desenvolve há seis anos projetos de soluções sustentáveis para o bom uso da água, envolvendo os alunos e a comunidade local (Foto: TV MEC) Sexta-feira, 17 de março de 2017, 17h08
MEC

Todos os dias nos deparamos com cenas corriqueiras de desperdício de água. Um banho demorado, uma torneira pingando, uma descarga disparada. A torneira da pia que permanece aberta enquanto a louça é lavada. Essas situações estão presentes em diversos ambientes: em casa, na escola, no trabalho. Muitas vezes, é difícil fazer o uso racional e consciente da água. Mas não para o Centro Educacional Agrourbano Ipê, em Brasília.
A escola, com sede no Riacho Fundo II, é um exemplo de consciência coletiva. Há seis anos a instituição desenvolve projetos que agregam soluções sustentáveis para o bom uso da água, envolvendo os alunos e a comunidade local. As ações são realizadas desde 2010, quando a escola foi inserida no projeto Escolas Sustentáveis, do Ministério da Educação.

A vice-diretora do centro educacional, Jedilene Lustosa, defende a iniciativa. “Não basta economizar; precisamos ter atitudes que preservem a água em todo o seu ciclo”. Segundo Jedilene, a conscientização no uso da água ocorre em todas as áreas da escola. “Na cantina, a gente reutiliza o resto de frutas para a nossa composteira; na limpeza, eliminamos o uso da mangueira e só usamos balde”, diz. “Quem chega à escola sabe que aqui tem esse trabalho com a sustentabilidade.”

Um dos projetos culminou na construção de um tanque para criação de tilápias. O professor de ciências e biologia da unidade, Leonardo Hatano, explica que a iniciativa foi pensada com o intuito de fazer com que uma família pequena conseguisse o sustento com a produção de sua própria chácara. “O coração principal desse sistema é o tanque de peixe”, afirma.

“A partir desse tanque, nós temos a produção de uma proteína de alta qualidade, já que a proteína do peixe é saudável”, exemplifica o professor. “Além disso, são produzidas diversas plantas, que irão fornecer carboidratos e vitaminas para essa família poder se sustentar”. Leonardo explica, ainda, que a água retorna para o tanque de forma oxigenada, o que viabiliza a economia de água quando comparado ao sistema tradicional de cultivo de peixe. A construção de um segundo tanque já está em andamento.

Reutilização – Em outra iniciativa, a água da chuva tem sido aproveitada para a limpeza das dependências do centro educacional Agrourbano Ipê. Para a diretora da unidade, Sheila Pereira da Silva Mello, além do envolvimento dos alunos, que levam adiante as boas práticas, a economia na escola já é visível, o que gera benefícios para todos.

“Em outubro, nós estávamos com 110 metros cúbicos de água; em novembro passamos a 68. Este ano, nós já pudemos perceber com o início do ano letivo que chegamos a 38 metros cúbicos de economia”, comemora. “O propósito desse trabalho é a conscientização que nós estamos conseguindo ensinar aos nossos alunos e servidores. Vemos que é um trabalho eficiente na conscientização da importância de economizar a água.”

Agrofloresta – A instituição também criou um sistema agroflorestal, que busca um equilíbrio natural do ecossistema com o intuito de restaurar florestas e recuperar áreas degradadas. Essa cultura ainda incentiva o combate às pragas sem o uso de agrotóxicos – como tem acontecido na propriedade de Julião de Assis. Ele é avô de uma aluna do centro educacional Agrourbano Ipê e permitiu que o projeto dos estudantes fosse expandido para fora dos muros da escola.

“Os professores vieram e nos ensinaram como plantar, como fazer os canteiros, como adubar. Agora aqui é tudo orgânico”, garante. “Não tem nada mais, nem química, nem inseticida, nem fogo. É aí que a gente vê que o negócio vai dar certo, porque além de ajudar o meio ambiente, a nossa saúde vai melhorar”. A expectativa de Julião é de que seus filhos e netos deem prosseguimento ao projeto.

Resultados – O professor Leonardo Hatano relata que, com a experiência, não só as notas dos estudantes melhoraram, mas o próprio envolvimento com o conteúdo tem surpreendido. “A principal mudança é a motivação dos alunos; eles estarem a toda hora querendo vir aqui trabalhar nesses projetos”, celebra. “O que eu notei mesmo foi que nossas ações realmente criaram um aprendizado significativo para os alunos.”

Wynne Costa, de 13 anos, se orgulha dos projetos da escola em que estuda e já planeja levar o aprendizado do dia a dia no ambiente escolar para casa. “Quero fazer uma horta vertical, onde quero colocar plantas medicinais e temperos. Também quero fazer um jardim na minha janela”. A estudante garante não ver dificuldades. “Não é difícil, não. Eu acho legal por isso: porque economiza água, você reutiliza coisas, faz a reciclagem e ainda consegue plantinhas. E ainda fica bonito.”

As lições motivam da mesma forma a estudante Luana Jesus. Ela inclusive já planeja o que fazer quando ingressar na faculdade: engenharia ambiental. A escolha do curso, explica, parte da certeza de que irá colaborar também para a preservação do meio ambiente. “Eu acho bom porque a gente pode praticar, plantar, fazer o que a gente gosta”, afirma. “A escola me ensinou que plantar é muito bom. E ajuda o mundo, porque ajuda nas nascentes, ajuda a não poluir e é sustentável também porque a gente pode tirar alimentos da natureza sem agrotóxicos.”

Assessoria de Comunicação Social
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VIDHA LINUS

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