Os vestígios foram descobertos por operários que faziam escavações para a construção do Estádio Nacional de Beisebol, na capital do país
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21 jun 2017, 19h07

Funcionários do Instituto de Cultura
da Nicarágua trabalham na extração de cerca de 30 peças de 1.200 anos
que foram encontradas nos arredores do local de construção do novo
Estádio Nacional de Beisebol em Manágua - 20/06/2017 (Inti Ocon/AFP)
Um sítio arqueológico de 1.200 anos, com ossadas humanas e vasos de cerâmica, foi encontrado a oeste de Manágua, a capital da Nicarágua, onde existia uma cemitério
pré-colombiano, disseram nesta terça-feira pesquisadores do país.
Operários que faziam escavações para a instalação elétrica da iluminação
do Estádio Nacional de Beisebol, que está sendo construído na cidade,
descobriram os materiais por acaso. Segundo a diretora de Arqueologia do
Instituto Nicaraguense de Cultura (INC), Ivonne Miranda, os restos
“correspondem a um contexto funerário de 800 a 350 anos depois de
Cristo”.
No sítio foram encontrados vestígios de
enterros, urnas funerárias de cerâmica e restos humanos, segundo
especialistas citados pela emissora estatal Canal 6. Uma ossada mostra
um crânio com alguns dentes e extremidades, embora os restos
correspondentes a mãos e pés estejam ausentes.
Também foram descobertos objetos que
datam do mesmo período nas cidades de Masaya e Granada, ao sudeste de
Manágua, e Rivas, ao Sul, explicou Ivonne. “Isto permite compreender um
pouco melhor como foi a dispersão destes materiais em um mesmo espaço de
tempo […] e tentar resgatar a identidade cultura dos antigos povoados
de Manágua.” A descoberta arqueológica também “serve [para saber] como
era o comportamento das sociedades pré-hispânicas”, assinalou a
especialista.
O estudo das urnas funerárias está a
cargo do INC junto com o Centro Arqueológico de Documentação da
Universidade Nacional Autônoma da Nicarágua e da prefeitura de Manágua.
As peças arqueológicas serão levadas para o Palácio Nacional da Cultura
para a análise em laboratório, segundo Ivonne.
O terreno onde foi encontrado o
cemitério ficou desabitado durante muitos anos. Ao seu redor,
encontra-se a Universidade de Engenharia e um condomínio de militares
construído na década de 1990.
(Com AFP)
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