Tão importante quanto manter as memórias, deixá-las para trás torna nossas escolhas mais inteligentes
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21 jun 2017, 20h18 acesso SUPER INTERESSANTE/ABRIL
O que pesquisadores da Universidade de Toronto, no Canadá, queriam descobrir era a influência disso em nossa capacidade de fazer escolhas e focar no que realmente importa. Segundo o estudo, publicado no jornal Neuron, nossa memória funciona não para que guardemos mais coisas durante o tempo, mas sim para tomarmos decisões mais inteligentes.
“Se seu cérebro se manter constantemente trazendo memórias conflitantes, isso torna mais difícil para você fazer uma decisão mais racional”, explica Blake Richards, um dos líderes do estudo.
Se nos lembrássemos com detalhes de todos os momentos da vida, teríamos de carregar memórias muito complexas. A tarefa do cérebro é simplificar essas memórias, fazendo com que fique apenas o necessário. Isso nos torna mais eficientes em fazer previsões e lidar com novas experiências.
Isso é vital para nossa adaptação em diferentes ambientes. Lugares que estão sempre em mudança fazem que precisamos nos lembrar menos. Para alguém que trabalha como caixa de supermercado, por exemplo, lembrar dos nomes dos clientes por alguns dias já está de bom tamanho. No entanto, um designer que está fechando um projeto com um grupo de clientes que encontra todo dia, tem a obrigação de levar seus nomes na ponta da língua.
A partir disso, os pesquisadores acreditam que coisas pontuais são esquecidas de forma mais rápida do que informações que temos de recorrer diariamente. Ou seja: se você não usa, você perde. E isso não é nem um pouco ruim – pelo menos no que diz respeito àquilo que você escolhe guardar.
http://super.abril.com.br/ciencia/esquecer-das-coisas-melhora-nossa-capacidade-de-tomar-decisoes/
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