Além do óbito, Secretaria de Estado da Saúde aguarda resultado de exames de mais nove pacientes do Piauí e do Maranhão com suspeita da doença.
Secretaria de Estado da Saúde aguarda resultado de exame laboratorial acerca de um óbito registrado em Teresina,
em janeiro de 2017, com suspeita de Febre do Nilo Ocidental. Nesta
quinta-feira (15), o diretor de vigilância e atenção à saúde da
Secretaria, Herlon Guimarães, informou que há mais 9 casos de pacientes
suspeitos de terem contraído a doença.
Todo o material colhido de pacientes que apresentaram sintomas da Febre
do Nilo foram enviados ao laboratório de referência Evandro Chagas,
localizado em Belém, no Pará. Não há prazo para resultado.
"Além do Piauí, eles atendem mais 15 estados, então não há prazo.
Contudo, já tomamos providências em três vertentes, que é a captura de
mosquitos, coleta de material biológico de aves e cavalos, que são
alguns dos hospedeiros do vírus e o cuidado junto à população por nossos
agentes, no entorno da residência daqueles pacientes suspeitos",
informou.
O paciente que morreu com suspeita da doença criava galinhas -
principal hospedeiro do vírus da Febre do Nilo. Segundo Herlon
Guimarães, ele era morador do bairro Dirceu, Zona Sudeste de Teresina.
De acordo com a Sesapi, a doença é de notificação compulsória imediata
(em até 24h) em todo o território nacional, desde 2006. Em 2014, o Piauí foi o primeiro estado do país a apresentar um óbito confirmado em decorrência da doença. A vítima era um agricultor morador da cidade de Aroeiras do Itaim, no Sul do Piauí.
Sintomas
A Febre do Nilo manifesta-se na forma de encefalite, paralisia flácida
aguda ou meningite asséptica, podendo levar à morte em 10% dos casos ou
deixar sequelas neurológicas em significativa proporção dos
sobreviventes.
As pessoas gravemente afetadas podem desenvolver encefalite (inflamação do cérebro) ou meningite (inflamação das membranas do cérebro ou da espinal medula). Não existe tratamento específico para a Febre do Nilo. O cuidado do paciente infectado é de suporte e envolve hospitalização, reposição intravenosa de fluidos, suporte respiratório e prevenção de infecções secundárias.
Transmissão
A Febre do Nilo é uma arbovirose causada pelo Vírus do Nilo Ocidental
(VNO), com transmissão aos seres humanos principalmente através da
picada de mosquitos do gênero Culex (pernilongo comum). O mosquito Aedes
albopictus também é considerado um vetor potencial.
A Sesapi destacou que mantém as recomendações para medidas de combate à
proliferação de mosquitos já indicadas por conta do risco de
transmissão de dengue, zika e chikungunya.
Ao G1, Herlon Guimarães reforçou que é fundamental combater o acúmulo
de água nas residências para eliminar os criadouros dos mosquitos.
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