As relíquias foram encontradas no distrito de Mattarya, local da antiga capital Heliópolis, hoje um bairro populoso nos arredores do Cairo
10 mar 2017, 17h23 - Atualizado em 10 mar 2017, 17h40
Estátua: alguns dos restos correspondem a uma estátua de oito metros de comprimento, esculpida em quartzo, e que representa "provavelmente" o próprio Ramsés II (Mohamed Abd El Ghany/Reuters) |
Uma equipe de arqueólogos anunciou a descoberta no Cairo de duas estátuas de faraós de mais de 3.000 anos de antiguidade.
As relíquias foram encontradas no distrito de Mattarya, local da antiga capital Heliópolis, hoje um bairro populoso nos arredores do Cairo.
O anúncio da descoberta, feito na quinta-feira à noite, reforça a hipótese sobre a escultura gigantesca do Templo do Sol que se encontrava nesse local na época do faraó Ramsés II.
Segundo Ayman Ashmawy, o chefe da equipe de arqueólogos egípcios e alemães, alguns dos restos correspondem a uma estátua de oito metros de comprimento, esculpida em quartzo, e que representa “provavelmente” o próprio Ramsés II.
“Esta estátua não pode ser identificada, mas o fato de que se encontre às portas do templo do rei Ramsés II poderia significar que lhe pertence”, explicou o ministério egípcio de Antiguidades em um comunicado.
O outro fragmento da estátua é de calcário, e pertenceria à época do rei Seti II.
Ramsés II e Seti II eram faraós da dinastia XIX, que governaram de 1314 a 1200 a.C.
“A descoberta das duas estátuas mostra a importância de Heliópolis, dedicada ao culto de Rá”, o deus do Sol do Antigo Egito, explicou Ashmawy.
Heliópolis ficou muito danificada durante a época greco-romana, quando a maior parte dos seus obeliscos e colossos foi transportada a Alexandria ou à Europa.
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