Meio Ambiente & Desenvolvimento Humano

segunda-feira, 6 de março de 2017

MEIO AMBIENTE- Altos investimentos X Pequenas soluções

Nem sempre altas cifras financeiras representam projetos eficazes que atendam minimamente os fins a que foram criados

06 mar 2017 18:55h
VALDIR RIOS




Alguns rios urbanos,  abastecem reservatórios como barragens e canais, atendendo demanda de grandes regiões, sejam  água potável para consumo humano, bem como dessedentação animal e atividades agrícolas.

Cidades como Jacobina (Rio Itapicuru), Camaçari (Rio Camaçari), Cachoeira de São Felix (Rio Parauaçu), Riachão do Jacuipe e Feira de Santana (Rio Jacuipe), apesar de separados geograficamente, possuem realidades comum entre si e vários outros municípios brasileiros, já que os rios que cortam suas cidades abastecem reservatórios importantes sejam superficiais ou freáticos.

Com certeza a visibilidade (negativa) será ainda maior  aos municípios que fazem a descarga de seus efluentes ou ainda  possuem lixões ou outras situações que provoquem degradação a estes corpos hídricos.

Diante da crise estabelecida com agravamento da seca, a gestão inadequada no uso das águas, é notório que municípios, consumidores, empresários e demais usuários deste bem, sentido-se ameaçados ou prejudicados, já iniciam movimentos com cobranças mais rigorosas aos causadores dos impactos.

Atento a tudo isso e atuando com poder de policia, estão os órgãos municipais de meio ambiente, o INEMA, o Ministério Público da Bahia, além das ONG’s, a imprensa  e ambientalistas.
Pensar na recuperação dos rios ou nascentes, sem o saneamento básico destas cidades e ou projetos estruturais, é algo difícil. Porém, sabe-se dos altos custos destes projetos, das filas de municípios com as mesmas demandas e do alto custo (corrupção) que ainda opera no país, deixando parte destas obras inacabadas (exemplos por todo Brasil).

Há medidas que podem amenizar a situação atual melhorando tanto a qualidade da água, solo, a emissão de odores e principalmente a visão paisagística (fator também importante já que o rio corta toda a cidade), este é o desafio pra gestores, órgãos, empresas e profissionais da área
Existe literatura, que acredita, em resultados maiores, quando  se busca imitar a natureza dando condições, para que ela desenvolva sua auto recuperação. Assim natureza  aliado às intervenções realizada no meio físico, sobressairá a modelos desenvolvidos com base principal no ferro e concreto .
A biorremediação, a gestão  e o uso responsável das águas, controle das atividades ribeirinhas, recuperação da mata ciliar e a educação ambiental são quesitos que devem ser inseridos.


Dentro desta visão, deve se ter um diagnostico pra conhecer a realidade e elaborar um prognostico propondo soluções a nível local, com pretensões de reduzir custos de modo ser  absorvidos por todos envolvidos e interessados, sejam municípios, concessionárias, empresários e a população.
Os resultados devem atender minimamente os requisitos ambientais, legais, urbanísticos e até paisagísticos, de modo que as pessoas se sintam dentro destes projetos e a sua autoestima se transforme em energia a ser revertida como parte de tudo isso.  

Assim, dentre os requisitos estão, a arte do conhecer, pesquisar e utilizar, os elementos que se tenha na região, desde a madeira, pedra, vegetação assim como a próprio  saber do caboclo mateiro que no seu dia a dia adquiriu conhecimento que não se obtém nas faculdades.

Vários modelos Brasil a fora, estão sendo testados onde deram e estão dando certo, fatos estes largamente noticiados pela mídia onde os esgotos passam por tratamento sendo feito o reuso para atividades agropecuárias.

Um exemplo do poder da natureza,  pode ser testemunhado em uma das lagoas da cidade de Capim Grosso-BA, onde a mesma recebe uma carga de esgoto,  sendo este efluente tratado por plantas como a taboa do brejo (Typha domingensis) , que a apenas 100 metros já liberam uma água de  permite a sobrevivência de peixes.

Grande parte dos recursos aplicados pelos governos federais estaduais e municipais , nem sempre tem na sua aplicação o principio do bom uso. É sabido que há projetos com orçamentos menores e, mesmo com cifras reduzidas ainda assim representam maior eficiência do que os projetos surreais, que só alimentam a corrupção.


Utilizar-se do que se tem, dentro da própria  capacidade, com o devido conhecimento, habilidades e recursos disponíveis, será sempre louvável, já que na natureza toda boa iniciativa, mesmo que pequena torna-se valida.

VALDIR RIOS
Eng. Ambiental e Radialista
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2 comentários:

  1. Concordo com você Valdir, muitas vezes e na maioria delas são necessários tão poucos recursos para mitigar problemas ambientais, que em outros locais aqui mesmo no país, foram ou tem sido um sucesso. O que falta, é interesse dos governos. Pois preferem remediar ao invés de prevenir.

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    Respostas
    1. Obrigado, falta justamente isso. Uma compreensão que muitas iniciativas com custos não tão altos trazem resultados espetaculares. Será uma honra ter artigo seu publicado em meu BLOG

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VIDHA LINUS

CONSULTORIA AMBIENTAL LICENÇAS,ELABORAÇÃO EIV, PRAD. Av Radial B, 122 Bairro Mangueiral CEP 42807-380 CAMAÇARI - BAHIA 71 3040 5033 99168 5797 VBRAMBIENTAL@YAHOO.COM.BR

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