Com mais 4 milhões de hectares de área, Reserva Nacional do Cobre e Associados tem alto potencial para exploração de ouro poderá ser concedida para a exploração mineral
Foi publicado na edição do Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (23) o decreto presidencial que extingue a Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca) na divisa entre o Sul e Sudoeste do Amapá com o Noroeste do Pará.
De acordo com reportagem publicada no G1 Amapá, o decreto assinado pelo presidente Michel Temer garante que a abertura da área vai respeitar as normas de preservação ambiental: "A extinção de que trata o art. 1º não afasta a aplicação de legislação específica sobre proteção da vegetação nativa, unidades de conservação da natureza, terras indígenas e áreas em faixa de fronteira", diz texto da publicação.
Impactos Ambientais
Na opinião de ambientalistas, as atividades mineradoras na Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca) poderão trazer riscos às áreas protegidas e aldeias indígenas no Sul do Amapá e Norte do Pará. O alerta consta em um relatório elaborado pela Organização Não-Governamental WWF-Brasil.
"Apesar do forte apelo econômico, o desenvolvimento da atividade minerária pode trazer impactos indesejáveis para as áreas protegidas inseridas na Renca, tais como explosão demográfica, desmatamento, comprometimento dos recursos hídricos, perda de biodiversidade, acirramento dos conflitos fundiários e ameaça a povos indígenas e populações tradicionais", argumentou Maurício Voivodic, diretor executivo da ONG WWF-Brasil.
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