Segundo a OMS, a falta de apoio e estigmatização faz com que muitos não recebam tratamento adequado
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30 mar 2017, 11h23 EXAME/ABRIL
“Estas novas cifras são um chamado para que todos os países repensem suas abordagens para a saúde mental e a tratem com a urgência que ela merece”, disse Margaret Chan, diretora-geral da OMS, em um comunicado feito na sede da agência da Organização das Nações Unidas (ONU) em Genebra.
A OMS está realizando uma campanha de saúde mental para enfrentar os estigmas e os equívocos ligados ao tema chamada “Depressão: Vamos Conversar”.
“Para alguém que vive com depressão, conversar com uma pessoa em quem confiam muitas vezes é o primeiro passo rumo ao tratamento e à recuperação”, disse Shekhar Saxena, que dirige o departamento de saúde mental da OMS.
A depressão é uma doença mental comum caracterizada pela tristeza persistente, perda de interesse e falta de capacidade para atividades cotidianas e o trabalho, e afeta cerca de 322 milhões de pessoas em todo o mundo.
Ela ainda aumenta o risco de várias doenças e transtornos graves, como vício, comportamento suicida, diabetes e doenças cardíacas, que em si mesmas são algumas das maiores causas de mortalidade.
A OMS expressou o temor de que em muitos países exista pouco ou nenhum apoio para pessoas com distúrbios mentais, e disse que só cerca de metade das pessoas com depressão recebem tratamento em nações mais ricas.
Em média, só 3 por cento dos orçamentos de saúde dos governos são investidos na saúde mental, variando de 1 por cento em países pobres a 5 por cento nos ricos, de acordo com a OMS.
“Uma compreensão melhor da depressão e de como ela pode ser tratada… é só o começo”, disse Saxena. “O que precisa vir a seguir é um reforço contínuo nos serviços de saúde mental acessíveis a todos, até as populações mais remotas”.
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