Pesquisadores brasileiros e canadenses testam o potencial do fruto contra doenças neuropsiquiátricas, como a bipolaridade
Por
Thais Manarini, de Saúde
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5 abr 2017, 20h43
|
(Brasil2/iStock) |
Uma iguaria paraense que faz sucesso no Brasil todo, o
açaí já foi associado ao melhor controle do colesterol e à prevenção do
câncer. Agora, pesquisadores da Universidade Federal de Santa Maria, no
Rio Grande do Sul, e da Universidade de Toronto, no Canadá, adicionam
outra façanha à lista: a possível melhora no quadro de transtorno
bipolar.
É que o extrato do fruto reverteu, em laboratório, uma
disfunção nas mitocôndrias, organelas que produzem energia para as
células – na doença, elas acabam liberando os perigosos radicais livres.
“Além disso, houve redução na inflamação”, conta o biomédico Alencar
Kolinski Machado, um dos brasileiros envolvidos no projeto. “Sabemos que
indivíduos bipolares têm uma ativação inflamatória crônica”, informa.
Como tirar proveito
De acordo com Machado, é provável que o consumo do fruto (e não só do
extrato) já traga vantagens. Um estudo demonstrou, por exemplo, que 120
mililitros do suco por dia promoveram um efeito anti-inflamatório capaz
de amenizar a dor. O açaí na tigela cairia igualmente bem, pois contém a
polpa do alimento. Basta evitar certos acompanhamentos, como xarope de
guaraná e leite condensado. Prefira frutas naturais e um pouco de mel – e
não abuse da granola.
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