O jovem transformou seu quarto em uma espécie de museu, com mensagens e símbolos escritos nas paredes e uma estátua de filósofo italiano
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4 abr 2017, 22h11
- Atualizado em 5 abr 2017, 09h26
“Mas, ele deixou a chave”, diz a mãe, Denise Borges, empresária mineira, radicada no Acre. O estudo das quatro criptografias está acomodado em uma pasta. Decifrar os símbolos é objeto de preocupação dos pais agora.
Segundo a família, Bruno transformou seu quarto em uma espécie de museu. Nele há uma réplica da imagem de Giordano Bruno, filósofo italiano, vítima da inquisição.
“Hoje, eu sei que dentro desses livros deve haver uma riqueza imensa. Todos queremos saber o conteúdo. É complicado, mas é possível”.
Os pais já convidaram filósofos e historiadores para olhar o material. Mas, ainda não sentiram confiança suficiente para que a obra fosse avaliada.
“Há outra criptografia em que ele não deixou (a chave)”, lamenta Athos Borges, pai de Bruno. “Eu sei que na hora certa vai aparecer a pessoa que nos ajude a tocar isso pra frente. Isso não pode ser feito por uma pessoa qualquer”.
Poucos dias após o desaparecimento de Bruno, o pai, Athos Borges, gravou um vídeo em uma rede social onde faz reavalia a relação com o filho.
Antes, os pais achavam que o filho tinha necessidade de algum tipo de tratamento psiquiátrico. “Hoje, não vejo assim. Até o psicólogo dele disse o seguinte: ‘seu filho é uma pessoa normal com uma grande ideia'”.
Segundo a Rede Amazônica, afiliada da TV Globo, toda a mudança no quarto aconteceu durante uma viagem de férias dos pais que durou 24 dias.
De acordo com a irmã do rapaz, em entrevista à TV Globo, o jovem mantinha a porta trancada e não contava o que estava fazendo.
O primo de Bruno, o oftalmologista Eduardo Veloso afirmou ainda à reportagem da Rede Amazônica que deu a Bruno R$ 20 mil. Ele teria pedido o dinheiro alegando que tinha algo muito importante para investir e que mudaria a vida das pessoas.
Introspectivo e um leitor voraz, o jovem passou a não comer carne e ultimamente era vegano, diz a família. Os pais entendem que a mudança foi uma espécie de preparação para a obra deixada.
“As pessoas me criticam porque estou valorizando muito a obra e não mais o desaparecimento dele. Eu gostaria de encontrar com ele agora e dar um abraço nele. Mas, eu não vou forçar uma barra. Não é um sequestro. Ele saiu por conta própria. Ele sabe o que ele fez. A gente tem umas coisas que ele fez quando sumiu que comprovam que foi muito premeditado. Ele não quer ser encontrado agora e, se eu não estiver ficando louco, eu estou respeitando esse tempo dele”.
O desaparecimento do rapaz já foi informado a todas as forças de Segurança Pública, incluindo Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal.
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