Meio Ambiente & Desenvolvimento Humano

quinta-feira, 6 de abril de 2017

Obras para preservação do Rio São Francisco chega a 116 milhões até 2018

05 de abril de 2017
 
Estação de Tratamento de Esgoto do município de Luz – Foto: Patrícia Gusmão

Distribuídos em sete unidades da federação, com 2.830 km de comprimento, nascendo na Serra da Canastra e morrendo no Oceano Atlântico, o Rio São Francisco está cada dia mais sedento de cuidados. Por isso, a Funasa junto ao Governo Federal, por meio do “Programa Novo Chico”, está engajada em obras de saneamento para preservação da Bacia do Rio São Francisco e investirá 116 milhões na finalização dessas obras.

Nos municípios de Luz e Moema, no sul de Minas Gerais, o retorno de vida nos córregos mineiros, afluentes do Rio São Francisco, se tornou realidade. Essa evolução ambiental foi fruto da construção de três estações de tratamento de esgoto (ETE’s) financiadas pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa) nas duas cidades. Os municípios que despejavam seus esgotos diretamente nos córrego do Doce (Moema), Capão e Estiva (Luz), atualmente, tratam 100% do esgoto urbano gerado.

As obras de Moema e Luz fazem parte dos 984 empreendimentos financiados pela Funasa para preservação da Bacia do Rio São Francisco, desde a implantação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Em Luz, os dois sistemas de esgotamento sanitário, custeados pela Fundação, atendem à população urbana e rural, universalizando o tratamento de esgoto da cidade. “Com o bom relacionamento com a Funasa, surgiu a oportunidade de fazer mais convênios depois da inauguração da primeira ETE, em 2014. O novo convênio financiou a ETE do Distrito de Campinho, que está a 2km do Rio São Francisco, diminuindo a zero o impacto de esgoto jogado no ‘Velho Chico'”, explicou o prefeito de Luz, Ailton Duarte.

Sem dificuldades para celebrar o convênio junto à Funasa, e com o bom andamento das obras, Duarte ressaltou ainda que devolveu R$ 168.318,64 à União de recursos economizados na construção das estações de tratamento.

Outro fator importante para a população, com a implantação das ETE’s, foi a diminuição de doenças como a diarreia, bem como de mosquitos causadores de diversas endemias. “Hoje a gente tem a tranquilidade de andar pelo meio fio sem a preocupação de pisar na água suja, não tem moscas incomodando, hoje a qualidade de vida é bem melhor”, disse Alice, diretora da escola municipal do Distrito de Esteios.

Em Moema, a estação de tratamento de esgoto já está trazendo grandes benefícios à população, principalmente na limpeza da Lagoa do Espraiado, local onde o esgoto da cidade era despejado antes da inauguração da ETE. Hoje, o índice de doenças como dengue e esquistossomose caiu consideravelmente. “Com a limpeza do riacho que abastece a cidade, houve uma grande atenuação no fluxo de pernilongos e, consequentemente, diminuição no número de casos de dengue”, explicou o ex-secretário de Saúde de Moema, atual gestor de convênios, Guilherme Levi.

Outro fator, levantado por Levi, foi a queda dos casos de esquistossomose que diminuiu de 2.224 casos em 2004 para zero em 2016, além da diminuição geral dos casos de internação. “Com a ETE se tem uma água de melhor qualidade o que proporciona que a população adoeça menos”, ressaltou.
Nos três anos de funcionamento da estação de tratamento já se pode verificar os ganhos para o meio ambiente. A Lagoa do Espraiado já produz peixe sem contaminação e as matas ciliares estão se fechando, fatos importantes para a preservação dos afluentes do São Francisco. “Hoje Moema tem 96% de esgoto tratado, o que livrou nosso córrego do Doce da contaminação”, destacou a diretora do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de Moema, Talita Barros.

Por Patrícia Gusmão, da Coordenação de Comunicação Social
Atendimento à imprensa (61)3314-6440
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VIDHA LINUS

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