7.2.2017 - 9:25
"Essa experiência [à frente do ministério] me dá condição de entender hoje, mais do que nunca, que a cultura não é algo que pode ser considerado supérfluo" (Foto: Reprodução) |
Em meio às dificuldades da economia brasileira, a cultura terá
papel fundamental para a geração de novos empregos e a superação da
crise. A avaliação é do ministro da Cultura, Roberto Freire, que
participou do programa É Notícia, apresentado pela jornalista Amanda Klein e exibido na madrugada desta terça-feira (7) pela RedeTV!.
"A cultura tem uma dimensão muito maior do que a simples expressão de
uma identidade nacional", destacou Freire. "Essa experiência [à frente
do ministério] me dá condição de entender hoje, mais do que nunca, que a
cultura não é algo que pode ser considerado supérfluo. Cada vez mais,
há uma participação de fundamental importância na economia. Temos uma
discussão sobre a contribuição e o papel da economia da cultura no
mundo", afirmou.
O ministro destacou o
dinamismo do setor cultural em um momento de forte recessão da atividade
econômica. "O Brasil tem de começar a entender que a cultura passou a
ser uma categoria de fundamental importância, inclusive para enfrentar a
crise", afirmou Freire. "E tem esse aspecto de produzir, gerando renda e
emprego, com maior dinamismo e facilidade. O mundo está cada vez mais
ligado na cultura, no lazer, no entretenimento, no turismo. A cultura
tem de ser entendida como algo que ajuda a expandir a economia",
ponderou.
Roberto Freire citou como exemplo o
carnaval brasileiro, que movimenta o turismo, o comércio e gera emprego e
renda em diversas cidades do País. "Não são apenas os dias de desfile. É
uma atividade anual, com escolha de samba-enredo, ensaios, toda uma
infraestrutura de trabalho, uma atividade econômica que funciona durante
todo o ano. Isso não é uma economia qualquer, é um grande mercado",
disse o ministro.
Atenção à leitura
Durante a entrevista, Freire também falou sobre a atenção especial dada
à leitura por sua gestão no Ministério da Cultura. "A preocupação [do
MinC] tem de ser bem maior do que apenas patrocinar shows. Tem de fazer
isso, mas também buscar novas linguagens e aquilo que foi um pouco
relegado. O Brasil continua sendo um país que lê pouco. Incentivar a
leitura é fundamental. Isso faz parte da cultura", afirmou.
O ministro voltou a defender a necessidade de mudanças na Lei Rouanet –
que, segundo ele, é um "mecanismo muito importante" que foi
"demonizado" nos últimos anos. "Ocorreram alguns desvios, não por causa
da lei, mas para muitos isso pareceu ser algo generalizado", lamentou.
"A política cultural do País não pode prescindir de uma lei de incentivo
à cultura. A lei precisa de alguns ajustes, de uma reforma, mas tem de
continuar. Estamos resolvendo esse problema por meio de instruções
normativas internas do ministério", informou.
Fábio Matos
Assessoria de Comunicação
Ministério da Cultura
0 comentários:
Postar um comentário