Fragmentos do antigo continente Gondwana, desaparecido há 200 milhões de anos, foram descobertos na superfície da ilha, no Oceano Índico
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3 fev 2017, 17h57
Disponível: http://super.abril.com.br/ciencia/restos-de-continente-perdido-sao-encontrados-nas-ilhas-mauricio/
(iStock | Casarsa) |
Sob as águas das Ilhas
Maurício, no Oceano Índico, pesquisadores descobriram vestígios de um
antigo continente, que se desintegrou há 200 milhões de anos para formar
a Antártida, a América do Sul, a Austrália, a Índia e a África.
A descoberta, publicada em janeiro na Nature Communications, foi feita a partir de análises de um mineral chamado zircão, encontrado na superfície da ilha, que teria mais de 3 bilhões de anos.
Não é a primeira vez que zircões dessa idade são encontrados nessa região. Um estudo, conduzido em 2013, já havia encontrado fragmentos do mineral nas areias da ilha. Mas, na época, recebeu várias críticas indicando que o material poderia ter aparecido ali por diferentes meios, como ventos e contaminação.
Nessa nova pesquisa, cientistas fizeram um diagnóstico aprofundado de zircões encontrados em rochas, o que refutaria a ideia de que eles teriam sido transportados por aves ou ondas, por exemplo.
Para o geólogo Lews Ashwal, da Universidade de Witwatersrand, em Johanesburgo, ficou claro que o mineral foi expelido por uma erupção vulcânica. Segundo ele, não é comum encontrar partes de zircões antigos, que são produzidos principalmente em rochas continentais, na superfície de uma ilha muito mais jovem – as Ilhas Maurício têm, aproximadamente, 9 milhões de anos.
A partir do resultado foi concluído que existem fragmentos de um pedaço de crosta do antigo continente abaixo da ilha, que teriam sido cobertos por lava durante erupções vulcânicas. Isso significa que a ruptura do Gondwana não se limitou a uma simples divisão, mas a uma “fragmentação complexa, que aconteceu com pedaços de crosta continental de tamanhos variados deixados à deriva dentro da bacia do Oceano Índico em evolução”, explicaram os pesquisadores.
O estudo traz uma nova perspectiva sobre as placas tectônicas e seus mecanismos, abrindo novas linhas de pesquisa sobre as zonas de convergências e divergência, e a formação de novos contornos terrestres a partir dos movimentos das placas.
A descoberta, publicada em janeiro na Nature Communications, foi feita a partir de análises de um mineral chamado zircão, encontrado na superfície da ilha, que teria mais de 3 bilhões de anos.
Não é a primeira vez que zircões dessa idade são encontrados nessa região. Um estudo, conduzido em 2013, já havia encontrado fragmentos do mineral nas areias da ilha. Mas, na época, recebeu várias críticas indicando que o material poderia ter aparecido ali por diferentes meios, como ventos e contaminação.
Nessa nova pesquisa, cientistas fizeram um diagnóstico aprofundado de zircões encontrados em rochas, o que refutaria a ideia de que eles teriam sido transportados por aves ou ondas, por exemplo.
Para o geólogo Lews Ashwal, da Universidade de Witwatersrand, em Johanesburgo, ficou claro que o mineral foi expelido por uma erupção vulcânica. Segundo ele, não é comum encontrar partes de zircões antigos, que são produzidos principalmente em rochas continentais, na superfície de uma ilha muito mais jovem – as Ilhas Maurício têm, aproximadamente, 9 milhões de anos.
A partir do resultado foi concluído que existem fragmentos de um pedaço de crosta do antigo continente abaixo da ilha, que teriam sido cobertos por lava durante erupções vulcânicas. Isso significa que a ruptura do Gondwana não se limitou a uma simples divisão, mas a uma “fragmentação complexa, que aconteceu com pedaços de crosta continental de tamanhos variados deixados à deriva dentro da bacia do Oceano Índico em evolução”, explicaram os pesquisadores.
O estudo traz uma nova perspectiva sobre as placas tectônicas e seus mecanismos, abrindo novas linhas de pesquisa sobre as zonas de convergências e divergência, e a formação de novos contornos terrestres a partir dos movimentos das placas.
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