O radiotelescópio vai medir as oscilações na distribuição de matéria no universo, conhecidas como Oscilações Acústicas de Bárions
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8 fev 2017, 09h42
- Atualizado em 8 fev 2017, 10h07
Energia escura: ela representa cerca de 70% da composição do universo (Nasa) |
Equipamento construído no Brasil vai auxiliar cientistas no conhecimento da chamada “energia escura”, que representa cerca de 70% da composição do universo.
O radiotelescópio vai medir as oscilações na distribuição de
matéria no universo, conhecidas como Oscilações Acústicas de Bárions (em
inglês, BAO).
O projeto é desenvolvido por um consórcio internacional formado por pesquisadores do Brasil, Reino Unido, da Suíça e do Uruguai.
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) lidera o projeto, com a responsabilidade da construção, do desenvolvimento, da calibração, dos testes e análise de dados, bem como do comitê gestor do projeto.
A coordenação-geral, do lado brasileiro, está sob a responsabilidade do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP).
Segundo o pesquisador do Inpe Carlos Alexandre Wuensche, responsável pela construção da instrumentação do projeto, o objetivo é medir as oscilações acústicas de baríons quando o universo era muito jovem.
O equipamento permite a investigação da energia escura, tema de estudo da física, e ainda considerado um mistério para os cientistas.
Ele foi concebido por cientistas do Reino Unido, da Suíça, do Uruguai, da China e do Brasil para fazer a primeira detecção de BAO nas frequências de rádio.
Operando na faixa de frequência que vai de 0,96 GHz a 1,26 GHz, o equipamento contará com dois espelhos de 40 metros que iluminarão cerca de 50 cornetas de 4,7 metros de comprimento e 1,90 metro de abertura. O custo total estimado é de US$ 4,9 milhões.
Do lado brasileiro, o projeto tem financiamento de R$ 12 milhões pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Os recursos são investidos no desenvolvimento dos componentes para módulos receptores e a construção e montagem de antena.
A equipe brasileira é composta de 25 pessoas, entre pesquisadores, técnicos, engenheiros e estudantes.
De acordo com o pesquisador, o projeto é um desafio para o país. “A indústria brasileira nunca construiu nada desse tamanho e com essa precisão”, afirma.
O radiotelescópio tem previsão de ser instalado em 2018, no Noroeste do Uruguai. A posição para instalação do equipamento considera aspectos como área despovoada, sem a contaminação de ondas de rádio e instalações de torres de celular para evitar, assim, qualquer tipo de interferência. As primeiras análises, em caráter preliminar, devem ser divulgadas um ano após a instalação do equipamento.
As Oscilações Acústicas de Bárions são utilizadas em astrofísica para entender os processos de formação de aglomerados de galáxias, medir a expansão do universo e a quantidade de matéria escura.
A escala de BAO é uma das sondas mais poderosas para investigar parâmetros cosmológicos, incluindo a energia escura.
O projeto é desenvolvido por um consórcio internacional formado por pesquisadores do Brasil, Reino Unido, da Suíça e do Uruguai.
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) lidera o projeto, com a responsabilidade da construção, do desenvolvimento, da calibração, dos testes e análise de dados, bem como do comitê gestor do projeto.
A coordenação-geral, do lado brasileiro, está sob a responsabilidade do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP).
Segundo o pesquisador do Inpe Carlos Alexandre Wuensche, responsável pela construção da instrumentação do projeto, o objetivo é medir as oscilações acústicas de baríons quando o universo era muito jovem.
O equipamento permite a investigação da energia escura, tema de estudo da física, e ainda considerado um mistério para os cientistas.
Tecnologia
O radiotelescópio Bingo (da sigla em inglês para Oscilações Acústicas de Bárions em Observações de Gás Neutro) fará a medição da distribuição de hidrogênio neutro a distâncias cosmológicas, utilizando uma técnica chamada Mapeamento de Intensidade.Ele foi concebido por cientistas do Reino Unido, da Suíça, do Uruguai, da China e do Brasil para fazer a primeira detecção de BAO nas frequências de rádio.
Operando na faixa de frequência que vai de 0,96 GHz a 1,26 GHz, o equipamento contará com dois espelhos de 40 metros que iluminarão cerca de 50 cornetas de 4,7 metros de comprimento e 1,90 metro de abertura. O custo total estimado é de US$ 4,9 milhões.
Do lado brasileiro, o projeto tem financiamento de R$ 12 milhões pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Os recursos são investidos no desenvolvimento dos componentes para módulos receptores e a construção e montagem de antena.
A equipe brasileira é composta de 25 pessoas, entre pesquisadores, técnicos, engenheiros e estudantes.
De acordo com o pesquisador, o projeto é um desafio para o país. “A indústria brasileira nunca construiu nada desse tamanho e com essa precisão”, afirma.
O radiotelescópio tem previsão de ser instalado em 2018, no Noroeste do Uruguai. A posição para instalação do equipamento considera aspectos como área despovoada, sem a contaminação de ondas de rádio e instalações de torres de celular para evitar, assim, qualquer tipo de interferência. As primeiras análises, em caráter preliminar, devem ser divulgadas um ano após a instalação do equipamento.
As Oscilações Acústicas de Bárions são utilizadas em astrofísica para entender os processos de formação de aglomerados de galáxias, medir a expansão do universo e a quantidade de matéria escura.
A escala de BAO é uma das sondas mais poderosas para investigar parâmetros cosmológicos, incluindo a energia escura.
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