Fonte: ADVENTISTA.EDU.BR
Raimon Rios, professor de Fisiologia
Humana e Parasitologia publicou um artigo no "Journal of
Ethnopharmacology", o jornal oficial da Sociedade Internacional de
Etnofarmacologia, que se dedica a publicar o uso medicinal tradicional
de plantas e outras substâncias. O trabalho foi fomentado pela FAPESB
(Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia) e teve participação
dos professores Hugo Bernardino e Marta Santos, como coautores do
trabalho.
Raimon conta que o interesse no tema,
que foi produto do mestrado em Imunologia, se deu após um levantamento
etnofarmacológico realizado no recôncavo baiano, onde ficou evidente que
a população fazia uso cultural de vários produtos vegetais para
tratamento empírico de inflamações respiratórias, como asma e alergias.
Uma das plantas citadas foi a S. paniculatum.
A S. paniculatum, conhecida
popularmente como Jurubeba verdadeira, é muito comum no Brasil e faz
parte da Lista de Plantas Medicinais de Interesse do SUS - RENISUS, uma
relação de plantas que o Ministério da Saúde elaborou para subsidiar o
desenvolvimento de pesquisas sobre plantas medicinais e fitoterápicas.
“Neste trabalho, utilizamos evidências
etnofarmacológicas do uso popular de uma planta chamada popularmente de
Jurubeba (seu nome científico é Solanum paniculatum) para inflamações e asma. Este trabalho mostrou evidências in vitro de que a jurubeba poderia alterar a expressão de genes envolvidos em respostas inflamatórias, atenuando a inflamação” explica.
Assim sendo, o estudo justifica o uso
popular da Jurubeba em condições de inflamação. Estes resultados, apesar
de promissores, são iniciais e mais estudos precisam ser realizados
para explicar maiores mecanismos da atividade anti-inflamatória da S. paniculatum.
Este estudo é o primeiro a testar a ação anti-inflamatória da planta. Fornecendo provas para o uso popular do S. paniculatum em
condições inflamatórias. Estudos adicionais devem ser conduzidos para
explorar ainda mais o potencial anti-inflamatório do SpE e para elucidar
possíveis aplicações clínicas.
Para ter acesso ao artigo completo, clique AQUI (este link poderá ser livremente acessado até o dia 12 de setembro de 2017).
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