Devido ao aquecimento global e a outros fatores, daqui a 75 anos parte do mar Cáspio pode secar.
Um grupo de cientistas da Rússia, Azerbaijão, França e EUA chegou a uma conclusão: toda a parte norte do mar Cáspio, que serve de fronteira natural entre a Rússia e os vizinhos Azerbaijão, Irã, Turcomenistão e Cazaquistão, pode desaparecer em 75 anos.
De acordo com um relatório publicado no site da American Geophysical Union, os pesquisadores detectaram três principais fatores que afetam o nível das águas no mar Cáspio: o caudal dos rios que nele desaguam, a precipitação e a evaporação. Para fazer esses cálculos, os especialistas usaram dados hidrológicos de diferentes países, entre 1979 e 2015. Os estudos evidenciaram que, desde o início das observações até 1995, o nível do mar Cáspio aumentou a cada ano até 12 centímetros, mas depois começou a declinar.
"De 1996 a 2015, o nível das águas do mar
Cáspio diminuiu de forma constante, cerca de sete centímetros por ano.
Durante o período de observação se reduziu em cerca de 1,5 metro",
informa a pesquisa.
De acordo com Clark Wilson, colaborador do Centro de Pesquisas Espaciais, a maior redução no nível da água do mar Cáspio ocorrerá na zona norte, nas costas das regiões russas de Astrakhan, Kalmykia e da república do Daguestão. Atualmente, a profundidade mínima do mar nessa zona é de apenas cinco metros.
Em outras palavras, a Rússia pode perder um de seus mares no futuro
próximo. "Essa parte [do mar] pode desaparecer em 75 anos, se persistir o
atual nível de aquecimento", advertiram os cientistas.
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